26/5 – Dia Nacional de Combate ao Glaucoma


A data, instituída pela Lei nº 10.456/2.002, tem o objetivo de conscientizar as pessoas para a importância de verificar a pressão intraocular em suas consultas regulares com o oftalmologista, pois o glaucoma não apresenta sintomas iniciais e pode levar à cegueira.

Glaucoma é uma doença ocular causada, principalmente, pela elevação da pressão intraocular que provoca lesões no nervo ótico e, como consequência, comprometimento visual. Se não for tratado adequadamente, pode levar à cegueira.
 
Tipos de Glaucoma:

– glaucoma de ângulo aberto: representa mais ou menos 80% dos casos; incide nas pessoas acima de 40 anos e pode não ter sintomas. É causado por uma alteração anatômica na região do ângulo da câmara anterior, que impede a saída do humor aquoso (líquido transparente que colabora com a nutrição de algumas estruturas intraoculares) e aumenta a pressão intraocular;

– glaucoma de ângulo fechado:  é o aumento súbito de pressão intraocular;

– glaucoma congênito:
forma mais rara, acomete os recém-nascidos;

– glaucoma secundário: decorrente de enfermidades como diabetes, uveítes, cataratas, etc.

 
Sintomas:

A doença pode não provocar sintomas no início. A perda visual só ocorre em fases mais avançadas e compromete, primeiro, a visão periférica. Depois, o campo visual vai estreitando progressivamente até transformar-se em visão tubular. Sem tratamento, o paciente fica cego.
 
A pressão ideal deve ser determinada para cada paciente pelo oftalmologista e depende de vários fatores como, a gravidade da doença, a idade, o tipo do glaucoma, etc.
De modo geral, a doença aparece com mais frequência a partir dos 40 anos, mas pode ocorrer em qualquer faixa de idade, dependendo da causa que provocou a pressão intraocular mais elevada.
Tratamento:
 
Inicialmente, o tratamento é clínico e à base de colírios. Existem drogas por via oral que só são usadas em casos emergenciais. Alguns tipos de glaucoma estão associados a distúrbios que requerem tratamento específico. Cessada a causa, a pressão intra-ocular regride e o problema visual desaparece. Portanto, a medicação oftalmológica é usada por prazo curto enquanto se trata a outra doença que provocou o glaucoma, por exemplo, diabetes.
O glaucoma crônico – tipo mais comum da doença – exige o uso constante de colírios pela vida inteira, porque não tem cura. Como pode ser controlado por meio de medicação, cirurgia ou raio laser, o paciente precisa ser mantido sob controle ininterruptamente e o tratamento inadequado ou a falta de tratamento podem levar à cegueira.
Recomendações:
 
– consulte regularmente o oftalmologista, principalmente a partir dos 35 anos. O diagnóstico precoce é fundamental para o controle da doença;
– não se descuide e mantenha o tratamento. Muitas pessoas deixam de seguir as recomendações do médico, primeiro pela ausência de sintomas, depois, porque os medicamentos são caros. Esse descuido pode ter graves consequências.
 

Fontes:
 
Academia Nacional de Medicina
 
Dr. Drauzio Varella