SAÚDE MATERNO-INFANTIL


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MARTINELLI, Katrini Guidolini; SANTOS NETO, Edson Theodoro dos; GAMA, Silvana Granado Nogueira da; OLIVEIRA, Adauto Emmerich. Adequação do processo da assistência pré-natal segundo os critérios do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento e Rede Cegonha. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 36, n. 2, p. 56-64, fev. 2014. Disponível em Scielo

OBJETIVO: Avaliar a adequação do processo de assistência pré-natal segundo os parâmetros do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento (PHPN), acrescido dos procedimentos previstos pela Rede Cegonha, no Sistema Único de Saúde (SUS) de uma microrregião do Espírito Santo, Brasil. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal, em 2012-2013, por meio de entrevistas e de análise do Cartão da Gestante e do prontuário do recém-nascido, com 742 puérperas em 7 maternidades da região escolhida para a pesquisa. As informações foram coletadas, processadas e submetidas aos testes do χ2 e exato de Fisher para testar a diferença de proporção entre os critérios adotados pelo PHPN mais a Rede Cegonha e o local de moradia, renda familiar mensal e modalidade de cobertura do serviço pré-natal. Foi considerado um nível de significância de 5%. RESULTADOS: Os parâmetros que apresentaram as menores taxas de adequação foram os testes rápidos e os exames de repetição, com frequências em torno de 10 e 30%, respectivamente, além das atividades educativas (57,9%) e da imunização antitetânica (58,7%). Já os parâmetros manejo do risco (92,6%) e exame de glicemia de jejum (91,3%) apresentaram os melhores resultados. Foi encontrada adequação de 7,4% para o PHPN, de 0,4% para a Rede Cegonha, no que diz respeito aos parâmetros da gravidez de risco habitual, e de 0 para os de alto risco. Houve diferença estatisticamente significante entre as puérperas segundo local de moradia para realização de sorologia para sífilis (VDRL), teste anti-HIV e repetição de glicemia de jejum, e a renda familiar mensal influenciou a realização dos exames tipagem sanguínea/fator Rh, VDRL, hematócrito e teste anti-HIV. CONCLUSÃO: A assistência pré-natal no SUS mostrou-se inadequada, de acordo com os procedimentos previstos pelo PHPN e Rede Cegonha na microrregião de um estado do Sudeste brasileiro, principalmente para as mulheres de menor renda, usuárias do PACS e residentes na zona rural.

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POLGLIANE, Rúbia Bastos Soares et al. Adequação do processo de assistência pré-natal segundo critérios do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento e da Organização Mundial de Saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 19, n. 7, p. 1999-2010, jul. 2014. Disponível em Scielo

O objetivo do artigo é avaliar a adequação do processo da assistência pré-natal prestada às usuárias do Sistema Único de Saúde do município de Vitória, ES, segundo os critérios estabelecidos pelo Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento (PHPN) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Retiraram-se as informações sobre o acompanhamento pré-natal de 360 cartões de gestantes que se internaram em maternidades públicas do município por ocasião do parto. As informações foram coletadas, processadas e submetidas à análise estatística descritiva pelos cálculos das frequências absolutas e relativas e intervalos de confiança. Nenhuma gestante teve um processo de assistência pré-natal totalmente adequado aos critérios da OMS, e menos de 5% das gestantes realizaram o pré-natal em consonância ao PHPN. Das gestantes, 44,7% não iniciaram o pré-natal até o 4º mês. Em relação à realização de procedimentos técnicos nas consultas destacaram-se a aferição de peso (95,0%) e de pressão arterial (95,6%) maternos. Os resultados sugerem uma revisão do número de consultas de pré-natal e a adoção de estratégias para o cumprimento dos critérios mínimos que devem ser realizados durante o acompanhamento pré-natal nos serviços de saúde pública.