FEBRE DE CHIKUNGUNYA


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SALES, Gabriella Maria Pitt Gameiro et al. Tratamento de artralgia crônica da chikungunya: uma revisão sistemática. Revista da Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 64, n. 1, p. 63-70, jan. 2018. Disponível em Scielo

Introdução: A chikungunya é uma arbovirose tropical, transmitida pela fêmea dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, existem casos relatados desde 2014. As manifestações iniciais dessa virose são: febre alta de início súbito, cefaleia, calafrios, erupções cutâneas, mialgia e dor articular intensa. Normalmente, a chikungunya apresenta as fases aguda e crônica, sendo a última caracterizada pela poliartralgia bilateral, que pode durar meses e até anos. Durante esse período, doenças autoimunes podem ser desencadeadas, tornando o quadro ainda mais complicado. Método: Foi realizada uma revisão sistemática nos bancos de dados PubMed e Scielo em janeiro de 2017. Ensaios clínicos, coortes, casos-controle e relatos de caso foram incluídos na pesquisa. Opiniões de especialista, consensos de sociedades e revisões literárias foram critérios de exclusão. Foram avaliados estudos nas línguas inglesa, espanhola e portuguesa. Os estudos foram analisados descritivamente, e os dados agrupados, conforme semelhança metodológica. Resultados: Foram selecionados 24 artigos; em obediência aos critérios de inclusão e exclusão, 18 foram eliminados, restando seis estudos na presente revisão: cinco ensaios clínicos e um relato de caso. Conclusão: Quando as manifestações da chikungunya se tornam crônicas, quanto mais tempo duram, mais complicações surgem. A poliartralgia pode ser incapacitante, afastando os indivíduos das suas atividades de vida diária. Anti-inflamatórios (esteroides ou não), somados a imunossupressores, homeopatia e fisioterapia são medidas de tratamento que, conforme a literatura, têm alcançado êxito no alívio ou na extinção dos sintomas. Todavia, é fundamental que os estudos do tratamento da chikungunya sejam mais aprofundados.