BIOÉTICA


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KOVACS, Maria Julia. Bioética nas questões da vida e da morte. Psicologia: USP, São Paulo, v. 14, n 2, p. 115-167, 2004. Disponível em Scielo

O presente trabalho discute questões fundamentais acerca do fim da vida e da aproximação da morte. Como pano de fundo, apresenta uma reflexão bioética sobre temas complexos, tais como: qualidade de vida, dignidade no processo de morrer e autonomia nas escolhas em relação à própria vida nos seus momentos finais. O avanço da tecnologia médica favoreceu a cura de doenças e o prolongamento da vida, porém, levada ao exagero, pode fazer com que o sofrimento seja adicionado ao que se propõe ser um benefício, estimulando a discussão sobre questões relativas ao direito de decidir sobre o momento da morte, eutanásia, suicídio assistido e distanásia. A clarificação e a apresentação destes tópicos, sob vários ângulos, são os objetivos deste trabalho. Propõe-se, ainda, a criação de espaços para a discussão multidisciplinar das questões apresentadas.

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SEGRE, Marco. A propósito da utilização de células-tronco embrionárias. Estudos Avançados, São Paulo, v. 18, n. 51, p. 257-262, 2004. Disponível em Scielo

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TORRES, Wilma da Costa. A Bioética e a psicologia da saúde: reflexões sobre questões de vida e morte. Psicologia: Reflexão & Crítica, Porto Alegre, v. 16, n. 3, p. 475-482, 2004. Disponível em Scielo

O presente trabalho focaliza os fatores impulsionadores do surgimento da Bioética, destacando: a) a revolução científica e tecnológica, e b) a revolução social dos anos 1960. Descreve o desenvolvimento histórico da Bioética desde sua definição inicial como ciência da sobrevivência humana até seu estágio atual – o da Bioética Global, e suas fronteiras com os vários campos do saber. A psicologia da saúde integra esse contexto multidisciplinar principalmente por sua reflexão sobre temas desafiadores da Bioética, entre os quais são aqui discutidos aqueles decorrentes da medicina intensiva (eutanásia e distanásia) e aqueles derivados da medicina substitutiva (transplantes). Questões básicas como definição de morte, consentimento livre e informado são analisadas como ainda polêmicas e controvertidas. Conclui-se com as indagações sobre as quimeras da ciência para triunfar sobre a doença e os problemas da ordem canibal que se espera diminuam na medida em que as terapêuticas etiológicas e fisiológicas progridam.

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ZATS, Mayana. Clonagem e células-tronco. Estudos Avançados, São Paulo, v. 18, n. 51, p. 247-256, 2004. Disponível em Scielo

Apesar do muito que se tem discutido, ainda existe muita confusão em relação aos conceitos de clonagem (reprodutiva e terapêutica), células-tronco (embrionárias e não embrionárias) e terapia celular bem como isso pode afetar as nossas vidas. Portanto a proposta desse artigo é o de tentar definir esses conceitos e expressar a minha posição sobre aspectos éticos não só como cientista, mas também como representante de inúmeras famílias que vêem nessa nova tecnologia uma esperança futura de cura para inúmeras doenças neurodegenerativas, muitas vezes letais ou gravemente incapacitantes.