Sangue seguro para todos é o tema do Dia Mundial do Doador de Sangue 2019


A data de 14 de junho foi instituída pela Organização Mundial da Saúde em homenagem ao nascimento de Karl Landsteiner, imunologista austríaco que descobriu o fator Rh e as várias diferenças entre os tipos sanguíneos.

É uma oportunidade para agradecer aos doadores voluntários e não remunerados por esse presente que pode salvar vidas. Além disso, a data serve para conscientizar sobre a necessidade de se fazer doações regulares de sangue para garantir que todos os indivíduos e comunidades tenham acesso a produtos sanguíneos acessíveis e seguros como parte integral da saúde universal e um componente fundamental de sistemas de saúde eficazes.

O sangue é insubstituível e não é produzido artificialmente: somos a única fonte de matéria prima para uma transfusão.

A doação é o processo pelo qual um doador voluntário tem seu sangue coletado para armazenamento em um banco de sangue ou hemocentro, para uso subsequente em transfusões de sangue. É um composto de células que cumprem funções como levar oxigênio a cada parte do nosso corpo, defender nosso organismo contra infecções e participar na coagulação. A quantidade de sangue retirada não afeta a saúde do doador, pois a recuperação ocorre imediatamente após a doação. Uma pessoa adulta tem em média cinco litros de sangue e em uma doação são coletados no máximo 450 ml. É pouco para quem doa e muito para quem precisa!

Todo sangue doado é separado em diferentes componentes (hemácias, plaquetas, plasma) e assim pode beneficiar vários pacientes com apenas uma unidade coletada. Os componentes são distribuídos para os hospitais para atender aos casos de emergência e aos pacientes internados.

Pré-requisitos para ser doador de sangue:

– levar documento de identidade com foto e órgão expedidor;
– estar em boas condições de saúde:
– ter entre 16 a 69 anos de idade (de 16 a 17 anos com autorização do responsável legal);
– idade até 60 anos, se for a primeira doação;
– intervalo entre doações de sangue de 90 dias para mulheres e 60 dias para homens;
– pesar mais do que 50 kg;
– não estar em jejum;
– após o almoço ou jantar, aguardar pelo menos 3 horas;
– não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
– não ter tido parto ou aborto há menos de 3 meses;
– não estar grávida ou amamentando;
– não ter feito tatuagem ou maquiagem definitiva há menos de 12 meses;
– não ter piercing em cavidade oral ou região genital;
– não ter feito endoscopia ou colonoscopia há menos de 6 meses;
– não ter tido febre, infecção bacteriana ou gripe há menos de 15 dias;
– não ter fator de risco ou histórico de doenças infecciosas, transmissíveis por transfusão (hepatite após 11 anos, hepatite b ou c, doença de chagas, sífilis, aids, hiv, htlv i/ii);
– não ter visitado área endêmica de malária há menos de 1 ano;
– não ter tido malária;
– não ter diabetes em uso de insulina ou epilepsia em tratamento;
– não ter feito uso de medicamentos anti-inflamatórios há menos de 3 dias (se a doação for de plaquetas).

Fontes:

Fundação Hemocentro de Brasília
Organização Pan-Americana da Saúde