27/11 – Dia Nacional de Combate ao Câncer


 

O Dia Nacional de Combate ao Câncer foi instituído pela Portaria do Ministério da Saúde GM n° 707/1988 com o objetivo de promover a conscientização e alertar a população sobre como prevenir a doença.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelam os tipos de câncer que mais atingem os brasileiros: câncer de pele, câncer de próstata, câncer de mama, câncer de cólon e reto, câncer de pulmão, câncer de estômago.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer é a segunda doença que mais mata no mundo, com cerca de 9,6 milhões óbitos por ano e, nos próximos 25 anos, passará a ser a primeira. Um relatório da OMS sobre projeção de tumores mostra o surgimento de 12,4 milhões de novos casos por ano. No Brasil, segundo informações do INCA, esse número é de mais de 600 mil.

Felizmente, com base nas recentes notícias que abordam os avanços tecnológicos e os novos tipos de tratamento, a população e a comunidade científica têm motivos para comemorar. De forma geral, entre 60% e 68% dos tipos de câncer já têm cura e para alguns tipos chegam a 100%.

O grande desafio atualmente é, além de aumentar mais ainda a porcentagem de cura, evitar que o paciente tenha sua qualidade de vida comprometida pelas reações aos medicamentos do tratamento, preparando sua recuperação para os próximos anos de vida.

 

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças cuja característica comum é o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores que podem espalhar-se para outras regiões do corpo.

Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Quando começam em tecidos epiteliais, como pele ou mucosas, são denominados carcinomas. Se o ponto de partida são os tecidos conjuntivos, como osso, músculo ou cartilagem, são chamados sarcomas.

O câncer pode surgir em qualquer parte do corpo. Entretanto, alguns órgãos são mais afetados do que outros; e cada órgão, por sua vez, pode ser acometido por tipos diferenciados de tumor, mais ou menos agressivos. Entre eles está o pulmão, o mais comum entre os tumores malignos, apresentando aumento de 2% ao ano na sua incidência mundial. Em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco.

Não há causa única para o aparecimento do câncer – fatores externos presentes no meio ambiente e internos como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas – podem interagir de diversas formas, dando início à doença.

Sabe-se que entre 80% e 90% dos cânceres estão associados a causas externas. As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os hábitos e o estilo de vida podem aumentar o risco para o adoecimento.

O tabagismo e a obesidade, por exemplo, são fatores de risco para diversos cânceres, além de doenças cardiovasculares e respiratórias.

Prevenção:

A prevenção do câncer pode ser primária ou secundária. Enquanto a primária objetiva impedir que o câncer se desenvolva, a secundária visa a detecção e o tratamento de doenças pré-malignas ou cânceres iniciais, ainda sem sintomas.

Como exemplo de prevenção primária pode-se citar a adoção de um modo de vida saudável, evitando-se a exposição aos fatores de risco. Por sua vez, tratar lesões causadas pelo vírus HPV ou pólipos no intestino, são ações de prevenção secundária.

Atitudes que devem ser incorporadas à rotina para reduzir os riscos de ter câncer:

– Não fumar;
– Ter alimentação saudável, rica em alimentos de origem vegetal e evitar os alimentos ultraprocessados;
– Manter o peso adequado;
– Praticar atividade física;
– Amamentar;
– Fazer o exame preventivo do câncer do colo do útero a cada três anos (mulheres entre 25 e 64 anos de idade);
– Realizar a vacinação contra o HPV (meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos);
– Realizar a vacinação contra a hepatite B;
– Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas;
– Evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, e usar sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar, inclusive nos lábios;
– Evitar a exposição a agentes cancerígenos no local de trabalho.

 

Fontes:

Associação Beneficente Síria/Hospital do Coração (SP)
Centro de Estudos e Pesquisa sobre Álcool e outras Drogas (CEPAD/UFES)
Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Instituto São Pellegrino (RO)