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 link para a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde Elaborada em dezembro 2006
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Lúpus Eritematoso Sistêmico

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica pouco freqüente que atinge principalmente mulheres jovens; caracteriza-se por acometer múltiplos órgãos e apresentar alterações da resposta imunológica, com presença de anticorpos dirigidos contra proteínas do próprio organismo. Embora a causa do LES não seja conhecida, admite-se que a interação de fatores genéticos, hormonais e ambientais, participem do desencadeamento desta doença.

Sintomas:

- lesões de pele: as lesões mais características são lesões avermelhadas em maçãs do rosto e dorso do nariz;
- dor e inchaço, principalmente nas articulações das mãos;
- inflamação de pleura ou pericárdio (membranas que recobrem o pulmão e coração);
- inflamação no rim;
- alterações no sangue podem ocorrer em mais da metade dos casos: diminuição de glóbulos vermelhos (anemia), glóbulos brancos (leucopenia), dos linfócitos (linfopenia) ou de plaquetas (plaquetopenia);
- menos freqüentemente podemos observar inflamações no cérebro, causando convulsões, alterações do comportamento (psicose) ou do nível de consciência e até queixas sugestivas de comprometimento de nervos periféricos;
- inflamações de pequenos vasos (vasculites) podem causar lesões avermelhadas e dolorosas em palma de mãos, planta de pés, no céu da boca ou em membros;
- queixas de febre sem ter infecção, emagrecimento e fraqueza são comuns quando a doença está ativa;
- outras manifestações como oculares, aumento do fígado, baço e gânglios também podem ocorrer em fase ativa da doença.



Diagnóstico:

O diagnóstico deve ser feito pelo conjunto de alterações clínicas e laboratoriais, e não pela presença de apenas um exame ou uma manifestação clínica isoladamente.

Tratamento:

O tratamento do LES depende da manifestação apresentada por cada um dos pacientes, portanto, deve ser individualizado.

O adequado tratamento do LES tem permitido uma longa e produtiva vida para os pacientes. O objetivo do tratamento é permitir o controle da atividade da doença, a minimização dos efeitos colaterais dos medicamentos e uma boa qualidade de vida aos seus portadores.

Prevenção:

Evitar fatores que podem levar ao desencadeamento da atividade do lúpus, como o sol e outras formas de radiação ultravioleta, tratar as infecções, evitar o uso de estrógenos e de drogas que podem desencadear o lúpus (como a hidralazina, hidrazida, a procainamida etc), evitar a gravidez em fase ativa da doença, evitar o estresse são algumas condutas que os pacientes devem observar, na medida do possível. O reumatologista é o especialista mais indicado para fazer o tratamento e acompanhamento de pacientes com LES, quando necessário, outros especialistas devem fazer o seguimento em conjunto.

 IMPORTANTE