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 link para a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde Elaborada em maio de 2009
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Grupo de Trabalho de Humanização e Câmara Técnica de Humanização

GTH e CTH são siglas para dois dispositivos da Política Nacional de Humanização, o Grupo de Trabalho de Humanização e a Câmara Técnica de Humanização. Ambos são espaços coletivos organizados, participativos e democráticos que auxiliam na difusão e implantação dos princípios e diretrizes do HumanizaSUS nos serviços de saúde.

Grupo de Trabalho de Humanização

Também conhecido como Comitê de Humanização, é composto por pessoas interessadas em resgatar os princípios do SUS, discutir os serviços prestados, o processo de trabalho e as relações estabelecidas entre gestores, trabalhadores e usuários. Ele acontece de forma colegiada, identificando e discutindo os pontos críticos do funcionamento do serviço, como dificuldades do trabalho e tensões do cotidiano. Através da análise e negociação, o GTH potencializa propostas coletivas, pesquisa sua rede de referência, promove o trabalho em equipes multiprofissionais,  propõe uma agenda de mudanças que possam beneficiar os usuários e os profissionais de saúde, incentiva a democratização da gestão, divulga, fortalece e articula as iniciativas humanizadoras existentes,  estabelece fluxo entre os diversos setores da instituição, com a gestão e com os usuários e também contribui para melhorar a comunicação e integração desse serviço com a comunidade na qual está inserido.

Câmara Técnica de Humanização
 

A CTH contribui para a qualificação das ações de saúde, pois, possibilita o redirecionamento dos fluxos do serviço de saúde, a mobilização de parceiros, a pactuação entre serviços, a criação de redes de atenção e viabiliza trocas de experiências e planejamento coletivo.  É formada por representantes de serviços que compõem a rede SUS (hospital geral, urgência/emergência, hospital ensino, hemocentro, unidade saúde da família, entre outros), do conselho de saúde, da secretaria de saúde, de movimentos sociais e de ONGs, ou seja, segmentos interessados em articular as ações de humanização implementadas ou mesmo em processo de implantação. A CTH agrega multiplicadores do HumanizaSUS, comprometidos com a mudança nos modos de atenção e gestão das unidades de saúde e que contribuem para aproximar e estimular o intercâmbio de experiências de humanização. Normalmente esses serviços já possuem GTH, o que não é condição fundamental para se criar uma Câmara Técnica.

 

Quem pode participar desses dispositivos do HumanizaSUS?

Todas as pessoas que estejam comprometidas com a construção de ações humanizadoras, para qualificar a rede de atenção em saúde, as inter-relações das equipes e a democratização institucional: gestores, trabalhadores e usuários ou então por meio de seus representantes. 

Como formar um GTH em serviços públicos de saúde

O GTH é um exercício de protagonismo, uma vez que é um espaço onde todos possuem o mesmo direito de dizer o que pensam, de criticar, de sugerir mudanças e tornar-se co-responsável pela melhoria da qualidade dos serviços prestados aos usuários e dos modos de gestão. Um GTH pode surgir a partir dos diferentes protagonistas do SUS:

- Trabalhadores: um grupo de trabalhadores começa a se reunir para uma reflexão coletiva sobre o próprio trabalho e elege um tema principal para discussão. Num determinado momento, pode perceber a necessidade de incluir outros trabalhadores, quando reconhece que o trabalho deles está relacionado a ações de outros. Assim, convida mais trabalhadores e o grupo se amplia, acolhendo e discutindo as demandas que surgem, debatendo as divergências e identificando propostas para mudanças. O Grupo pode também sentir que a presença do gestor se faz necessária nos encontros, ao avaliarem o grau de um encaminhamento proposto. Nesse caso, o gestor é convidado a participar do GTH e, ao aceitar, demonstra a relevância da construção coletiva na produção de saúde.
- Gestores: a iniciativa do GTH pode partir do gestor de um hospital, que convida os coordenadores de alas de internação, por exemplo, para discutirem um determinado problema comum. Está instalado um processo de compartilhamento, discussão e busca de solução coletivamente. Em função desse problema, o grupo pode perceber que representantes de outros serviços devem ser incluídos, pois atuam interligados e conseqüentemente a reflexão coletiva e ampliada trará melhores resultados. E assim vai ampliando a co-responsabilização dos envolvidos.
- Usuários: usuários podem ser convidados pela gerência de uma unidade de saúde da família, para opinarem sobre determinada organização interna, em relação a curativos, por exemplo. A partir dessa participação pontual dos usuários pode-se instalar outra forma de funcionamento dessa unidade de saúde, com estímulo à discussão e tomada de decisão compartilhada entre gestor, trabalhadores e usuários.

Como formar uma CTH
 
Qualquer serviço de saúde, ao avaliar a importância da implantação de alguns dispositivos da Política Nacional de Humanização por meio de resultados positivos obtidos, pode dar o primeiro passo e convidar os demais de seu distrito sanitário ou de seu município para constituírem a CTH.

Mais informações sobre os dispositivos GTH e CTH estão disponíveis no site da Política Nacional de Humanização: www.saude.gov.br/humanizasus

 IMPORTANTE