- O que é?
O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou tecido normal de um doador, vivo ou morto.
- Quem pode e quem não pode ser doador?
A doação pressupõe critérios mínimos de seleção. Idade, o diagnóstico que levou à morte clínica e tipo sangüíneo são itens estudados do provável doador para saber se há receptor compatível. Não existe restrição absoluta à doação de órgãos a não ser para aidéticos e pessoas com doenças infecciosas ativas. Em geral, fumantes não são doadores de pulmão.
- Quando podemos doar?
A doação de órgãos como rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita em vida. Em geral, a pessoa se torna doadora em situação de morte encefálica e quando a família autoriza a retirada dos órgãos. A Lei nº 10.211, de março de 2001, dá plenos poderes para a família doar ou não os órgãos de seus parentes mortos.
- O que é morte encefálica?
É a parada definitiva e irreversível do encéfalo (cérebro e tronco cerebral), provocando em poucos minutos a falência de todo o organismo. É a morte propriamente dita.
- Quem recebe os órgãos doados?
Testes laboratoriais confirmam a compatibilidade entre doador e receptor. Após os exames, a triagem é feita com base em critérios como tempo de espera e urgência do procedimento.
- Que partes do corpo podem ser aproveitadas para transplante?
O mais freqüente: 2 rins, 2 pulmões, coração, fígado e pâncreas, 2 córneas, 3 válvulas cardíacas, ossos do ouvido interno, cartilagem costal, crista ilíaca, cabeça do fêmur, tendão da patela, ossos longos, fascia lata, veia safena, pele. Um único doador tem a chance de salvar, ou melhorar a qualidade de vida, de pelo menos 25 pessoas.
- O que acontece depois de autorizada a doação?
Desde que haja receptores compatíveis, a retirada dos órgãos é realizada por várias equipes de cirurgiões, cada qual especializada em um determinado órgão. O corpo é liberado após, no máximo, 48 horas.
- Podemos escolher o receptor?
Nem o doador, nem a família podem escolher o receptor. Este será sempre indicado pela Central de Transplantes. A não ser no caso de doação em vida.
- Quais os riscos e até que ponto um transplante interfere na vida de uma pessoa?
Além dos riscos inerentes a uma cirurgia de grande porte, os principais problemas são infecção e rejeição. Para controlar esses efeitos o transplantado usa medicamentos pelo resto da vida. Transplante não é cura, mas um tratamento que pode prolongar a vida com muito melhor qualidade.
- Quem são beneficiados com os transplantes?
Milhares de pessoas, inclusive crianças, todos os anos, contraem doenças cujo único tratamento é um transplante. A espera por um doador, que muitas vezes não aparece, é dramática e adoece também um círculo grande de pessoas da família e de amigos.
- Quem paga os procedimentos de doação?
A família não paga pelos procedimentos de manutenção do doador nem pela retirada dos órgãos. A cobertura destas despesas é feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A maioria dos planos privados de saúde não cobre este tipo de procedimento.
- Somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As
- informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.
Fonte:
- Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos
- Prefeitura da cidade de São José dos Campos - SP
- Associação Brasileira de Transplante de Órgãos
- Sugira um tema: grupofocal@saude.gov.br
- Créditos: Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde