Saúde e Cultura
Memória e patrimônio cultural da saúde são temas da II Conferência Nacional de Cultura
Aconteceu em Brasília, de 11 a 14 de março, a II Conferência Nacional de Cultura (II CNC). A abertura do evento contou com a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Juca Ferreira (Cultura), Franklin Martins (Comunicação Social), Orlando Silva (Esporte) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome). O objetivo foi discutir o papel do Estado em relação às políticas públicas de cultura do País, além de propor mudanças de paradigmas, compreendendo a cultura como direito social. As 32 estratégias prioritárias e 95 prioridades setoriais definidas ao final da conferência nortearão tais políticas.
Dentro da abordagem sobre diversidade, cidadania e desenvolvimento, temas como tradição, preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural também se mostram interessantes para a área da saúde. Segundo o vice-diretor do Museu de Imagens do Inconsciente (MII), Eurípedes Gomes da Cruz Junior, que esteve presente na conferência, a saúde foi inserida nos debates e a Rede Brasileira de História e Patrimônio Cultural da Saúde (RedeBra HPCS) e suas ações divulgadas entre os participantes, principalmente nas chamadas mini-plenárias, onde foi possível uma abordagem mais pontual.
Para o vice-diretor do MII, a partir dos resultados da conferência, os integrantes da RedeBra HPCS podem contar com um importante alicerce legal, fruto de um pacto social em nível nacional, para embasar seus projetos e justificar suas demandas. "A presença da Rede nesta CNC mostra seu interesse em fazer parte dessa aliança, um movimento efetivo na direção dos seus objetivos, especificamente no que diz respeito à sua contribuição para a formulação e implementação de políticas relativas ao Patrimônio Cultural da Saúde", explica.
Além do envolvimento da Rede nas propostas da CNC, Eurípedes cita a atuação do Centro Cultural da Saúde (CCS) como importante exemplo da promoção do direito e do acesso à memória e ao patrimônio cultural, por meio de ações que buscam a participação social. Na opinião dele, a disseminação em nível nacional de iniciativas como essa é uma exigência cada vez maior da sociedade. Para atender esse desejo de memória há que se ter estrutura, fomento e planejamento a longo prazo, além de uma ampla gama de expertises. "Não seria exagero pensar numa unidade específica para cuidar da memória e do patrimônio cultural da saúde brasileira", defende.
Após a formulação das propostas, a expectativa é que a II Conferência Nacional de Cultura funcione, principalmente no que diz respeito à memória, produção simbólica, participação social, formação e funcionamento de fóruns, como inspiração e incentivo para as iniciativas da RedeBra HPCS e seus filiados.
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II Conferência Nacional de Cultura
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