035
FREITAS, Corina Bontempo Duca de; HOSSNE, William Saad. O
papel dos Comitês de Ética em Pesquisa na proteção
do ser humano. Bioética,
Brasília, v. 10, n. 2, p. 129-46, 2002.
O artigo faz uma reflexão
sobre o termo humanização da medicina e procura aplicar
o conceito à pesquisa clínica, na busca do relacionamento
que considera respeitoso à pessoa. Caracteriza o papel dos
Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) como controle social
e elenca desafios atuais para uma atuação efetiva,
num cenário cada vez mais complexo. Finaliza com a apresentação
de situações concretas de necessidade de proteção
dos sujeitos da pesquisa em estudos farmacológicos e traz
recomendações aos CEPs para funcionamento independente
e cumprimento de sua missão de humanização
na relação pesquisador/instituição com
os sujeitos de pesquisa.
036
BARCHIFONTAINE, Christian de Paul de. Bioética
e reabilitação. O Mundo
da Saúde, São Paulo, v. 26, n. 3, p. 370-5, jul./set.
2002.
O autor em sua palestra fala
sobre a Bioética como uma ponte entre várias ciências,
considerando que os princípios básicos da mesma devem
pautar também os programas de reabilitação
fazendo com que seus profissionais reflitam sobre sua responsabilidade
social no tocante às pessoas deficientes. Ressalta o importante
papel que deve ser desempenhado pelo Estado, pela Sociedade Civil
e pelo Mercado quando a questão é cidadania, sobretudo
em relação às pessoas especiais que hoje no
Brasil de acordo com o Censo de 2000 revela que 14,5% da população
total apresenta algum tipo de deficiência. Conclui o autor
mostrando diferentes pontos de vista em relação à
questão, ressaltando que no meio de tantas discussões
e pontos de vista diferentes o que deve prevalecer é: “todas
as vidas humanas têm igual valor e igual dignidade, e o progresso
científico só encontra sua plena legitimidade enquanto
permite uma vida melhor para todos”.
037
PESSINI, Léo. Humanização
da dor e sofrimento humanos no contexto hospitalar.
Bioética, Brasília, v. 10, n. 2, p. 51-72,
2002.
Este artigo procura realçar
a importância e a necessidade da dimensão humana no
cuidado da dor e sofrimento humanos no âmbito da saúde,
especificamente no hospital. Hoje, muito se fala e reclama da desumanização
das instituições de saúde. O hospital reflete
essa problemática como que um espelho, o que de pior e de
melhor acontece na nossa sociedade desumanizada e desumanizante.
A humanização desta instituição passa,
obrigatoriamente, também pela humanização deste
universo maior condicionante da sociedade. No tocante ao cuidado
digno da dor e sofrimento humanos, o sistema de saúde brasileiro
ainda está numa fase rudimentar. Há muito o que se
fazer em termos de operacionalização de políticas
públicas relacionadas com a questão, bem como intervir
no aparelho formador de profissionais para criar uma nova cultura.
Num contexto de crescente tecnologização do cuidado,
é urgente o resgate de uma visão antropológica
holística, que cuide da dor e sofrimento humanos nas suas
várias dimensões, ou seja, física, social,
psíquica, emocional e espiritual. Para além da difícil
resposta à questão do “porquê” da
dor/sofrimento, campo das filosofias e religiões, o cuidado
solidário, que alia competência técnico-científica
e humana, em meio à dor e sofrimento do outro é uma
chance preciosa para nos deixarmos tocar em nossa sensibilidade
e nos humanizarmos no processo.