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SERAFINI, Álvaro B.; ANDRÉ, Maria Cláudia D.
P. B.; RODRIGUES, Márcia A. V., et al. Qualidade
microbiológica de leite humano obtido em banco de leite.
Revista de Saúde Pública, São
Paulo, v. 37, n. 6, p. 775-9, dez. 2003. Disponível em: Scielo
Foram realizadas análises microbiológicas
de 338 amostras de leite humano ordenhado, sendo 194 de leite cru
e 144, pasteurizado, coletadas em bancos de leite humano de um hospital
materno infantil de Goiânia, GO. As análises microbiológicas
foram realizadas com semeadura em ágar Mc Conkey, de acordo
com o tipo de bactéria. No leite cru, verificou-se a presença
de Staphylococcus spp., Streptococcus spp., bolores e leveduras
e Enterobacteriaceae. Observou-se que Staphylococcus aureus esteve
presente em 10 (5,2%) amostras, Staphylococcus epidermidis em 28
(14,4%), Streptococcus spp. em três (1,6%), bolores e leveduras
em 43 (22,2%) e Enterobacteriaceae em 49 (25,3%). Das 144 amostras
de leite humano ordenhado pasteurizado, detectaram-se Staphylococcus
aureus em cinco (3,5%), Staphylococcus epidermidis em 15 (10,4%),
Staphylococcus lugdenensis em duas (1,4%), Streptococcus spp. em
quatro (2,8%), bolores e leveduras em 37 (25,7%) e Enterobacteriaceae
em nove (6,3%). Os resultados mostraram um alto grau de contaminação
no leite cru. No leite pasteurizado, apesar da eliminação
da grande maioria dos microrganismos potencialmente patogênicos,
a percentagem de bolores e leveduras excedeu a de leite cru, mostrando
a necessidade de obtenção de um leite com carga microbiana
inicial mais baixa para que a pasteurização seja eficiente
no controle microbiológico.