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SILVA, Carla Cristiane da; GOLDBERG, Tamara Beres Lederer; TEIXEIRA,
Altamir dos Santos et al. O exerc�cio f�sico potencializa
ou compromete o crescimento longitudinal de crian�as e adolescentes?
Mito ou verdade? Revista Brasileira de Medicina do Esporte,
Niter�i, v. 10, n. 6, p. 520-524, nov./dez. 2004. Dispon�vel em:
http://www.scielo.br/pdf/rbme/v10n6/a09v10n6.pdf
A sociedade atual tem valorizado de
forma significativa a apar�ncia alta e esbelta. Essa constitui��o
f�sica tem sido refor�ada desde a inf�ncia e atinge a popula��o
adolescente, que deseja enquadrar-se nos estere�tipos, particularmente
aqueles veiculados pela m�dia. Nesse sentido, profissionais de sa�de
s�o questionados rotineiramente sobre os efeitos positivos que o
exerc�cio f�sico exerce sobre o crescimento longitudinal de crian�as
e adolescentes. Procurou-se revisar a literatura especializada a
respeito dos principais efeitos que o exerc�cio f�sico exerceria
sobre a secre��o e atua��o do horm�nio de crescimento (GH) nos diversos
tecidos corporais, durante a inf�ncia e adolesc�ncia. Atrav�s dessa
revis�o, foi poss�vel verificar que o exerc�cio f�sico induz a estimula��o
do eixo GH/IGF-1. Embora muito se especule quanto ao crescimento
�sseo ser potencializado pela pr�tica de exerc�cios f�sicos, n�o
foram encontrados na literatura cient�fica espec�fica estudos bem
desenvolvidos que forne�am sustenta��o a essa afirma��o. No tocante
aos efeitos adversos advindos do treinamento f�sico durante a inf�ncia
e adolesc�ncia, aparentemente, esses foram independentes do tipo
de esporte praticado, por�m resultantes da intensidade do treinamento.
A alta intensidade do treinamento parece ocasionar uma modula��o
metab�lica importante, com a eleva��o de marcadores inflamat�rios
e a supress�o do eixo GH/IGF-1. Entretanto, � importante ressaltar
que a pr�pria sele��o esportiva, em algumas modalidades, recruta
crian�as e/ou adolescentes com perfis de menor estatura, como estrat�gia
para obten��o de melhores resultados, em fun��o da facilidade mec�nica
dos movimentos. Atrav�s dessa revis�o, fica evidente a necessidade
de realiza��o de estudos longitudinais, nos quais os sujeitos sejam
acompanhados antes, durante e ap�s sua inser��o nas atividades esportivas,
com determina��o do volume e da intensidade dos treinamentos, para
que conclus�es definitivas relativas aos efeitos sobre a estatura
final possam ser emanadas.