ASSISTÊNCIA
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TSCHIEDEL, Balduino; CE, Gislaine Vissoky; GEREMIA, César et al. Organização
de um serviço de assistência ao paciente com diabetes melito tipo
1. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, São
Paulo, v. 52, n. 2, p. 219-232, mar. 2008. Disponível em: Scielo.
Neste artigo são apresentadas as bases
para a organização de um serviço
especializado em diabetes na infância
e na adolescência. É mostrado
o modo como foi implementado o Instituto da
Criança com Diabetes do Rio Grande do
Sul (ICD) e a esquematização de
seu trabalho. Seus objetivos são: diminuir
hospitalizações por situações
agudas, diminuir a freqüência de
complicações crônicas e
capacitar recursos humanos. São atendidos,
em regime ambulatorial e de hospital-dia, 1.315
pacientes, majoritariamente diabetes melito
tipo 1, de maneira gratuita, pelo Sistema Único
de Saúde (SUS), por meio de convênio
com o Grupo Hospitalar Conceição,
Ministério da Saúde. Um programa
educativo diário é realizado,
com aulas de 45 minutos de duração,
que fazem parte da atenção ao
paciente e à sua família. Mostra-se
uma diminuição das internações
hospitalares, de 2004 a 2007, de 7,5% para 2,7%.
Também são apresentados os diversos
esquemas terapêuticos seguidos pela equipe
interdisciplinar do instituto no atendimento às
diferentes faixas etárias.
DIABETES MELLITUS
EDUCAÇÃO
038
LEITE, Silmara A.; Oliveira, ZANIM; Ligia Maria;
GRANZOTTO, Paula Carolina D. et al. Pontos
básicos
de um programa de educação ao
paciente com diabetes melito tipo 1. Arquivos
Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia,
São Paulo, v. 52, n. 2, p. 233-242, mar.
2008. Disponível em: Scielo.
O número de portadores de diabetes melito
tipo 1 (DM1) está aumentando globalmente,
entretanto, a maior parte dos pacientes apresenta
controle glicêmico insatisfatório.
Esta revisão na literatura foi realizada
com três questões de pesquisa:
Quais as recomendações e diretrizes
de educação em diabetes existentes?
Existem evidências para recomendar a adaptação
de determinado programa segundo a faixa etária
dos pacientes? Os programas de educação
são efetivos na melhora dos níveis
de HbA1c? Foram revisados 40 artigos, publicados
entre 2000 e 2007, sobre educação
em DM1 em crianças, adolescentes, adultos
e usuários de bomba de infusão
contínua de insulina, além de
incluir o resumo das diretrizes da IDF, da ADA,
da SBD, da AADE, do IDC, e outras peculiaridades
para o contexto de saúde pública
e privada. O portador de diabetes e sua família
devem ser treinados a fazer decisões
efetivas de autocuidado em sua rotina diária.
O aprimoramento do paciente no automanejo aproxima
o valor da HbA1c ao adequado para sua faixa
etária. A educação individual
e a em grupo apresentam equivalência na
melhora do controle metabólico. Existe
uma correlação positiva entre
o tempo de educação e o controle
da glicemia.
DIABETES MELLITUS
NUTRIÇÃO
039
AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Nutrition
recommendations and interventions for diabetes:
a position statement of the American Diabetes
Association. Diabetes
Care, v. 31, suppl. 1, p. S61-S78, Jan. 2008.
Disponível em: Scielo.
040
LOTTENBERG, Ana Maria Pita. Características
da dieta nas diferentes fases da evolução
do diabetes melito tipo 1. Arquivos
Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, São
Paulo, v. 52, n. 2, p. 250-259, mar. 2008. Disponível
em: Scielo.
A importância da terapia nutricional no
tratamento do diabetes melito tem sido enfatizada
desde os primórdios de seu conhecimento,
quando era a única intervenção
efetiva. No diabetes tipo 1, a dieta adequada é fundamental
em conseqüência de sua conjugação
com a utilização da insulina exógena.
A ingestão energética adequada,
para obtenção de peso normal mantém
o anabolismo, assegurando crescimento e desenvolvimento,
assim como diminui a resistência à insulina.
O uso correto dos micro e macronutrientes é de
fundamental importância. O conhecimento
do metabolismo dos carboidratos e sua relação
com a elevação glicêmica,
em seus aspectos qualitativos e quantitativos é enfatizada
por possibilitar um bom controle, principalmente
no período pós-prandial. É comentada
também a correta utilização
de proteínas para prevenir ou tratar
nefropatia e gorduras para evitar a dislipidemia,
obesidade e doença cardiovascular. Sacarose
e edulcorantes artificiais devem ser utilizados
com critérios. A aderência ao tratamento,
entretanto, é fundamental para obtenção
das metas desejadas.