ÊXTASE
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XAVIER, Caroline Addison Carvalho; LOBO, Patrícia Leal Dantas; FONTELES,
Marta Maria de França et al. Êxtase (MDMA): efeitos farmacológicos
e tóxicos, mecanismo de ação e abordagem clínica.
Revista de Psiquiatria Clínica, São Paulo, v. 35, n. 3, p. 96-103,
2008. Disponível em: Scielo.
CONTEXTO: O 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA, êxtase) é um derivado
da anfetamina, cujo consumo por jovens tem aumentado. OBJETIVOS: Conduzir uma
revisão de literatura sobre os aspectos farmacológicos e fisiopatológicos
do MDMA, incluindo o mecanismo de ação que possa explicar os efeitos
neurotóxicos e a toxicidade aguda e a longo prazo. MÉTODOS: Revisão
da literatura usando as palavras-chave: 3,4-methylenedioxymethamphetamine, ecstasy,
neurotoxicity, intoxication, drug abuse, por intermédio do MEDLINE e LILACS.
A busca incluiu todos os artigos publicados no período entre 1985 e 2007.
RESULTADOS: Ainda existem muitas questões sem respostas sobre a farmacologia
do êxtase e a fisiopatologia dos efeitos tóxicos dessa substância.
A simples descrição do mecanismo de ação é insuficiente
para explicar todos os efeitos induzidos pelo êxtase. O mecanismo exato
responsável por mediar os efeitos tóxicos do MDMA sobre os neurônios
da serotonina precisa ser elucidado. CONCLUSÕES: Existem poucas informações
na literatura sobre a farmacologia e o mecanismo de ação do MDMA
que possam explicar os efeitos neurotóxicos e outros efeitos fisiopatológicos.
São necessários mais estudos para que o profissional de saúde
possa obter informações e conhecimentos a fim de combater os efeitos
terríveis do êxtase na população jovem vulnerável.