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MATEI, Elizabete Martins; Carvalho, Geraldo Mota de; SILVA, Maria
Beatriz Henrique; MERIGHI, Miriam Aparecida Barbosa. Parto
humanizado: um direito a ser respeitado.Cadernos: Centro
Universitário São Camilo, São Paulo, v.
9, n. 2, p. 16-26, abr./jun. 2003.
Com os avanços tecnológicos
na Obstetrícia nas últimas décadas, o parto passou
a ser visto quase como uma patologia e a parturiente como uma paciente,
não participando ativamente do processo do nascimento. Processo
esse cada vez menos natural, a tal ponto que atualmente no Brasil
existe um movimento governamental no sentido da humanização
da assistência obstétrica. Esta foi uma pesquisa exploratória,
descritiva, quantitativa, realizada com 100 puérperas de uma
maternidade da rede pública no município de São
Paulo, objetivando conhecer-lhes o perfil com relação
à idade, realização do pré-natal, tipo
de parto a que foram submetidas e verificar se os seus direitos preconizados
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) estavam
sendo respeitados na prática obstétrica. Os resultados
obtidos revelaram que a maioria das puérperas tinha o primeiro
grau incompleto; tinha entre 20 e 29 anos; 79% realizaram o pré-natal;
55% tiveram parto normal; 4 tiveram fórcipe; e a maioria das
cesáreas (71%) foi realizada após tentativa para o parto
normal; grande parte das clientes (82%) desconhecia a identidade do
profissional que realizou seu parto; apenas 48% tiveram orientações
de todos os procedimentos realizados; a maioria (90%) não foi
orientada quanto a possibilidade da permanência de um membro
da família durante o trabalho de parto; 81% não tiveram
orientações sobre procedimentos que aliviassem a dor;
100% permaneceram em jejum durante todo o trabalho de parto e não
tiveram oportunidade de escolher a posição que lhes
conviesse durante a fase de expulsão do feto; 79% tiveram contato
com o recém-nascido na sala de parto, mas apenas 7% destas
o estimularam a sucção; somente 14% foram da sala de
recuperação para a enfermaria com o recém-nascido.
Conclui-se que alguns dos direitos das parturientes preconizados pela
OMS não estavam sendo respeitados na população
estudada.
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TEIXEIRA, Giane Gomes; CHANES, Marcelo. As estratégias
de humanização da assistência ao parto utilizadas
por hospitais ganhadores do Prêmio Galba de Araújo:
ações de mérito, ações premiadas.O Mundo da Saúde, São Paulo, v. 27, n. 2,
p. 270-3, abr./jun. 2003.
Ações de humanização
ao parto têm sido incentivadas pelo Ministério da Saúde.
Estas ações têm sua justificativa no foco centrado
no cliente, possibilitando a compreensão e assistência
à mãe e ao bebê, respeitando seu contexto holístico.