PROMOÇÃO, INCENTIVO E APOIO AO ALEITAMENTO MATERNO NO DOMICÍLIO
Nilza Alves Marques Almeida
Lais Lisboa Santos
Alcirene Aparecida de Lima Neto
Karla Roberta Mendonça de Melo
Como a maternidade é um processo biológico-reprodutivo, contextualizado por fatores fisiológicos, psicoemocionais e sociais, torna-se necessário promover educação em saúde a mulher quanto aos cuidados com o recém-nascido e o aleitamento materno desde o pré-natal e também apoio e incentivo no período puerperal, a fim de melhorar os padrões do aleitamento materno e reduzir a morbi-mortalidade infantil. A prática da educação em saúde domiciliar pode amenizar as dúvidas e auxiliar nas dificuldades de adaptação no período puerperal em relação aos cuidados com o recém-nascido e o aleitamento materno. Cabe aos profissionais de saúde acompanhar a mulher em todas as fases do ciclo gravídico-puerperal e realizar orientações pertinentes a cada etapa para favorecer principalmente o aleitamento materno. A iniciativa de realização deste projeto surgiu a partir de aulas práticas da disciplina Materno-Infanto-Juvenil do Curso de Graduação em Enfermagem, com vistas à atuação do enfermeiro na promoção de educação em saúde no domicílio como estratégia de abordagem ao indivíduo e a família para garantir a continuidade do aleitamento materno e redução dos índices de desmame precoce. Este relato tem como objetivo apresentar a experiência de promoção, incentivo e o apoio ao aleitamento materno nos dez primeiros dias de pós-parto da mulher e de vida do recém-nascido durante a visita domiciliar. O projeto contou com a parceria de três maternidades em Goiás, sendo executado no período de maio a novembro de 2004 em duas etapas. A primeira etapa consistiu na visita hospitalar e a segunda na visita domiciliar e assistência de enfermagem. Entre as quarenta famílias acompanhadas, identificamos amamentação ineficaz (6%), fissuras e ingurgitamento nas mamas (53%), déficit de conhecimento em prevenção e tratamento de assaduras e infecção de coto umbilical (30%). À medida que os problemas foram identificados, realizamos as intervenções de enfermagem e conduzimos as ações de educação em saúde. Embora a prática do aleitamento materno tenha sido orientada e incentivada nas maternidades, principalmente públicas, e nos meios de comunicação, observamos que algumas mulheres ainda possuem um conhecimento deficitário em relação ao aleitamento materno. Esta experiência foi uma oportunidade ímpar de proporcionar a puérpera, incentivo e apoio ao aleitamento nos dez primeiros dias de pós-parto, assim como aplicar os conhecimentos acadêmicos em prol da comunidade.
Correspondência para: Nilza Alves Marques Almeida, e-mail: nilza@fen.ufg.br
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