INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Matilde Aparecida Silva
Glaucia Aparecida Henrique Bortolozo
Rodrigo Soares Ribeiro
Rafaela Ribeiro Brachini Brambilla
Roberta Alessandra Sanches Cesarino
Claudia Jaqueline Martinez
Dois terços das mortes cardíacas são atribuídas à doença coronária, sendo metade destas diretamente relacionada ao Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), o diagnóstico de Infarto Agudo do Miocárdio tem base na presença de pelo menos dois dos seguintes três critérios: história clínica de desconforto torácico tipo isquêmico, alterações do Eletrocardiograma (ECG) obtidas de forma seriada e elevação e redução dos marcadores enzimáticos de necrose miocárdica. Atualmente tem-se demonstrado que 50% das mortes por Infarto Agudo do Miocárdio ocorrem na primeira hora e 80% nas primeiras 24 horas. Considerando-se que este cliente após ser atendido e diagnosticado na Unidade de Urgência/ Emergência, é transferido para a Unidade de Terapia Intensiva como protocolo por 72 horas, torna-se de extrema relevância o papel do enfermeiro capacitado na assistência prestada a este cliente, onde se requer multiplicidade de conhecimento e versatilidade na atuação para o reconhecimento de possíveis alterações hemodinâmicas ou complicações. Evidenciar a importância do papel do enfermeiro qualificado na assistência do paciente com Infarto Agudo do Miocárdio em Unidade de Terapia Intensiva. trata-se de um levantamento bibliográfico sobre a temática nos últimos 10 anos, no intuito de proporcionar um processo reflexivo do papel do enfermeiro na assistência ao paciente com Infarto Agudo do Miocárdio em Unidade de Terapia Intensiva, corroborando assim para redução de possíveis complicações e melhora do prognóstico. Baseado na revisão bibliográfica, constatamos que no período em que este cliente se encontra na Unidade de Terapia Intensiva, alguns aspectos devem ser constantemente reavaliados, devendo o enfermeiro estar atento principalmente a orientação têmporo-espacial deste cliente, dor precordial numa escala de zero a dez, a freqüência e o ritmo cardíaco, pressão arterial, inserção venosa, ausculta cardíaca, pulsos periféricos, coloração e temperatura da pele, função respiratória, função gastrointestinal, função renal, balanço hídrico ou qualquer outra queixa ou desconforto; para assim desenvolver uma sistematização humanizada e qualificada diante do processo patológico apresentado pelo cliente. Apesar de importantes avanços científicos e tecnológicos, a assistência de enfermagem direta ao cliente portador de Infarto Agudo do Miocárdio em Unidade de Terapia Intensiva deverá ser à beira do leito, com responsabilidade e percepção.
Correspondência para: Matilde Aparecida Silva, e-mail:
matilde@ig.com.br
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