EXAME DE PAPANICOLAU NO PSF DE SANTA CRUZ/RN: RESULTADOS E CONDUTAS
Ludmila Oliveira de Souza
Cristiane Meirice Marques da Silva
Priscila Aparecida Dantas Lourenço
Williany Rosália Viana e Silva
Janmilli da Costa Dantas
Rejane Marie Barbosa Davim
Gilson de Vasconcelos Torres
INTRODUÇÃO: O Brasil, sendo pioneiro do Papanicolau, o percentual de mulheres beneficiadas nesse procedimento é reduzido, tendo em vista uma cobertura de 8% em mulheres acima de 35 anos. O preventivo é um instrumento adequado, prático e barato para rastrear o câncer uterino, porém são muitas as causas para a reduzida disponibilidade às mulheres como: a não conscientização de sua importância e diagnóstico precoce, a não definição padronizada dos serviços de saúde sobre caminhos a serem seguidos desde a queixa mais precoce, ao diagnóstico e tratamento correto. Os profissionais que atuam nos PSF têm a finalidade de estabelecerem estratégias organizadas na atenção à saúde de todos que procuram esses serviços, garantindo acessibilidade e deslocando o eixo central do médico para uma equipe multiprofissional e transdisciplinar. OBJETIVOS: Identificar os resultados do Papanicolau realizados por mulheres no município de Santa Cruz/RN em cinco UBS no período de 2001 a 2004, e as condutas terapêuticas indicadas para as alterações encontradas. METODOLOGIA: Estudo retrospectivo desenvolvido em UBS pertencentes ao PSF do município de Santa Cruz/RN. A coleta, de janeiro a março de 2005 foi nos prontuários de todas as mulheres cadastradas nas unidades pesquisadas, totalizando 246. RESULTADOS: As pesquisadas estavam na faixa etária entre 12 a 61 anos, predominando a de 22 a 41 (60%) e 198 (80,5%) exames de Papanicolau coletados, sendo que 69 (28%) estavam sem os resultados nos prontuários. Os resultados mais frequentes referiam-se à citologia oncótica (inflamação, alterações celulares benignas, NIC I e metaplasia escamosa) e à microbiologia (bacilos, lactobacilos, gardenerela, cândida, cocos, tricomonas, clamídia e HPV) que foram tratadas com nistatina, metronidazol e cetoconazol. Importância foi dada às orientações nas consultas referentes ao auto-exame de mama, realização do preventivo, retorno dos 40 dias pós-consulta, consulta anual de igual relevância no rastreamento da detecção precoce do câncer uterino. CONCLUSÕES: Houve baixa coleta do Papanicolau entre 2001 e 2004, pontuando-se o percentual de 28% daqueles resultados que não constavam nos prontuários. Os tratamentos para a citologia e microbiologia corroboraram com a literatura consultada. É necessário maior alerta com usuárias que buscam os PSF na realização do preventivo como processo de agendamento e rastreamento do câncer uterino, e não só na busca de diagnósticos e resultados associados à terapêutica.
Correspondência para: Ludmila Oliveira de Souza, e-mail: lud_oliveira@hotmail.com |