Goiânia, 07 de novembro de 2005.

A ENFERMAGEM NA BIOÉTICA DA MORTE E MORRER

Wendy Fernandes Bueno

Liana Santos Vilela

Douglas Markonne Santos

Ilda Cecília Moreira da Silva

Trata de um estudo sobre a análise do discurso de enfermeiros acerca da qualidade de vida e o processo de morte/morrer. A eutanásia definida como �boa morte�, é um dos termos mais polêmicos e intrigantes presentes no cotidiano de enfermeiros. Devido à complexidade de se chegar a uma conclusão ou opinião, torna-se pertinente a busca por maiores esclarecimentos acerca do assunto e acerca do que pensam enfermeiros. Durante a pesquisa traçamos os seguintes objetivos: (1) Descrever o entendimento de enfermeiros sobre distanásia e qualidade de vida. (2) Correlacionar sistema de saúde vigente com qualidade de vida no processo de morte/morrer. (3) Discutir razões referidas por enfermeiros para a ilegalidade da eutanásia no Brasil. Foi realizado um estudo exploratório, com abordagem qualitativa descritiva e o instrumento de coleta de dados foi um questionário com perguntas semi-estruturadas, gravadas, o qual cada entrevistado obteve um termo de consentimento autorizado que preserva seu anonimato. Contamos com a participação de 20 enfermeiros que atuam em instituições públicas e privadas do estado do Rio de Janeiro. O estudo nos permitiu perceber que para a maioria dos enfermeiros, a distanásia começa quando o paciente não tem mais possibilidade terapêutica e estes não percebem qualquer relação de qualidade de vida em distanásia. Quanto à ilegalidade da eutanásia, poucos são os profissionais que não concordam com a legislação brasileira, afirmando que ninguém tem o poder de decisão da hora da morte. Todos os enfermeiros entrevistados foram unânimes em afirmar que os aspectos econômicos interferem no processo de morte/morrer. Então podemos dizer que ao profissional de enfermagem não cabe a decisão de suspender tratamentos ou prolongar a vida, e sim, o respeito à vida e aos direitos da pessoa humana. Apoio: Grupo de estudo Gestão em Saúde e Sociedade do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA)/ RJ.

Correspondência para: Wendy Fernandes Bueno, e-mail:

wendyfbueno@yahoo.com.br