A PERCEPÇÃO D@S ENFERMEIR@S FRENTE AOS DIREITOS DOS CLIENTES
Valéria Lerch Lunardi
Patrícia Chaves Alves
Guilherme Lerch Lunardi
Preocupada com o respeito aos direitos dos clientes, objetivou-se conhecer a percepção d@s enfermeir@s de duas instituições de saúde do extremo sul do Brasil, acerca de sua atuação frente aos direitos dos clientes. Trata-se de um estudo quantitativo, exploratório-descritivo, realizado com 73 enfermeir@s, caracterizando 80,2% da população alvo; do hospital A, 46 (82%) e do hospital B, 27 (77%). O questionário foi composto por 34 questões fechadas, em uma escala tipo Likert mais 05 questões de caracterização da amostra. Foram construídos e validados 4 construtos definidos conceitualmente desta forma: Preservação da individualidade; Respeito à autonomia do cliente; Identificação pessoal; Informação para tomada de decisão. Os construtos com melhor desempenho dizem respeito à preservação da individualidade; o respeito à autonomia do cliente e a identificação pessoal situam-se em um nível intermediário, enquanto que o construto informação para tomada de decisão apresentou-se próximo ao ponto médio da escala utilizada (3,39), isto é, mostrou que, de modo predominante, @s enfermeir@s percebem �às vezes� respeitar os direitos que fazem parte desse construto. Somente os construtos Preservação da individualidade e Respeito à autonomia se mostraram estatisticamente significativos (p < 0,05), sendo, portanto, as facetas que mais influenciam a percepção d@s enfermeir@s de como, em geral, respeitam os direitos dos clientes. Após análise de regressão, a única variável que se mostrou estatisticamente significativa, ao nível de 5%, foi relacionada às instituições de origem dos profissionais; os referentes à idade, sexo, área de atuação, tempo de formado e tempo na instituição não mostraram relevância na análise dos resultados, não sendo mencionados, dessa forma, no estudo. Outro dado interessante foi em relação à inversão da ordem dos construtos nos diferentes hospitais, pois enquanto no Hospital A a ordem de prioridade no que se refere ao respeito aos direitos dos clientes é a preservação da individualidade, respeito à autonomia, identificação pessoal do cliente e a informação para tomada de decisão, no Hospital B, a ordem de prioridade é a preservação da individualidade, identificação pessoal, o respeito à autonomia e a informação para a tomada de decisão. Um outro aspecto bastante importante relaciona-se à amostra deste estudo, cujo número de sujeitos questionados não permite generalizações, apesar de sua representatividade, correspondendo a 80,2% da população analisada.
Correspondência para: Valéria Lerch Lunardi, e-mail: vlunardi@terra.com.br
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