Goiânia, 07 de novembro de 2005.

ATIVIDADES DE ENFERMAGEM EM CME: SATISFAÇÃO DOS TRABALHADORES

Enêde Andrade da Cruz

Márcia Souza e Silva

Lindinalva Alves da Silva

Lígia Carvalho de Souza

Introdução: Tentando desvendar a natureza humana e criar meios de simplificar e ampliar recursos para lidar com o lado subjetivo da satisfação na atuação profissional em central de material e esterilização (CME), objetivamos analisar as atividades desenvolvidas pelos trabalhadores desse setor que proporcionam satisfação. Esta entendida como a sensação agradável sentida quando as coisas correm à nossa vontade ou se cumprem ao nosso contento (MICHAELIS, 2004). Desse modo, o estudo da satisfação no desenvolvimento das atividades em CME pode conduzir a uma forma de melhorar a distribuição de tarefas a partir da identidade do trabalhador com cada atividade, pois as emoções especificam os domínios das ações, nas quais, nós, seres humanos tornamos aptos num instante (MATURAMA 2001). Metodologia: Estudo exploratório descritivo, com abordagem quantitativa, norteado no referencial sobre satisfação e nas atividades específicas desenvolvidas em todas as áreas da CME. A amostra foi constituída por 8 técnicos e 1 auxiliar de enfermagem de um hospital particular, de médio porte, de Salvador-Bahia. Resultados: Os dados evidenciaram diferenças marcantes quanto à satisfação no desenvolvimento das atividades. Aquelas desenvolvidas na área de preparo, esterilização, armazenamento e distribuição obtiveram maiores índices de satisfação. Identificou-se insatisfação para as atividades desenvolvidas no expurgo e área de desinfecção química, especialmente quanto: a colocação e retirada do material da solução química com 88,9% dos resultados, retirada das secreções dos frascos de aspiração, secagem de instrumentais e frascos de aspiração com ar comprimido, preparo e ativação da solução de glutaraldeído com 66,7%, além do recebimento de artigos sujos de matéria orgânica com 55,4% das respostas. Estas foram assim justificadas: riscos químicos pela solução forte, desconforto dos equipamentos de proteção individual, inadequação dos recipientes, ruído do ar comprimido e medo de contaminação. Conclusões: Identificamos satisfação no desenvolvimento das atividades pelos trabalhadores em CME com exceção daquelas realizadas no expurgo e desinfecção química. A insatisfação no desenvolvimento dessas atividades precisa ser considerada e compreendida, pois concebida, como agente estressor interfere, não só no comportamento profissional como na redução da produtividade e da qualidade do produto. Para tanto, deve-se programar a prévia orientação dos aspectos positivos dos resultados, no desenvolvim

Correspondência para: Enêde Andrade da Cruz, e-mail:

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