ADOLESCÊNCIA X DOENÇAS CRÔNICAS: UMA QUESTÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Cláudia Jaqueline Martinez
Roberta Alessandra Sanches Cesarino
Rodrigo Soares Ribeiro
Matilde Aparecida Silva
Glaucia Aparecida Henrique Bortolozo
É na adolescência que grandes emoções e experimentações acontecem como o primeiro beijo, a primeira transa, as novas formas corporais, é a fase de experimentar, criar, modificar, entrar em crise, copiar papeis, não se substimar, lutar, escolher uma vida profissional, inserir-se no mercado de trabalho, vivenciar uma sociedade enlouquecida pelo consumo e competitividade com vínculos frágeis. Sendo assim, faz-se necessário direcionarmos um olhar mais crítico identificando atitudes e comportamentos que revelem riscos para a saúde. A falta de uma educação alimentar tem contribuído de forma significativa ao consumo de dietas hipercalóricas contendo altas taxas de colesterol e gorduras saturadas, como frituras, lanches, bolachas recheadas, excesso de óleo, carne gorda, enlatados; bem como a era do on-line de longas horas em jogos virtuais e orkut associado ao sedentarismo cada vez mais precoce. Evidenciar precocemente fatores de risco que influenciam o aparecimento de doenças crônicas para a promoção de saúde e prevenção de possíveis doenças cardiovasculares. Trata-se de um levantamento bibliográfico sobre a temática nos últimos 10 anos no intuito de proporcionar um processo reflexivo do papel do enfermeiro junto ao adolescente; corrobando assim no desenvolvimento e modificação nos hábitos de vida. Baseado na revisão bibliográfica constatamos que as doenças crônicas em adolescentes como a hipertensão, doenças arteroscleróticas, obesidade, alteração nos níveis de colesterol, entre outros têm apresentado um significativo aumento nas últimas décadas sendo responsáveis por agravos cardiovasculares no desenvolvimento do indivíduo. No Brasil, verifica-se um aumento na prevalência de sobrepeso e obesidade de 4,1% para 13,9% em adolescentes. Sendo necessário a otimização e adesão a promoção e prevenção de saúde junto ao adolescente. Frente a essa realidade, se faz necessário ressaltar a importância da prática educativa do enfermeiro no contexto social dessa população adolescente devendo ter o intuito de desmistificar práticas errôneas e maus hábitos alimentares. Todas essas ações educativas deverão ser inseridas junto ao adolescente e sua família para que as mudanças no estilo de vida sejam incorporadas no cotidiano familiar, minimizando possíveis complicações e o crescente números de indivíduos com doenças crônicas.
Correspondência para: Rodrigo Soares Ribeiro, e-mail: rosorib@ig.com.br
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