RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA: CORRELAÇÃO ENSINO-PRÁTICA ASSISTENCIAL
Rosangela Marion da Silva
Tanise Martins dos Santos
Laura de Azevedo Guido
A Recuperação Anestésica (RA) é definida como o local onde os pacientes permanecem até que haja a recuperação da consciência, a normalização dos reflexos e dos sinais vitais, sob a observação constante da equipe de enfermagem, a fim de prevenir intercorrências no período pós-anestésico e atender prontamente às mesmas. Observa-se que em 1863, Florence Nightingale já previa a necessidade de agrupar os clientes para o atendimento nas primeiras horas após a cirurgia. Desta forma, o presente trabalho relata a vivência de um grupo de Acadêmicas de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM-RS) realizado na RA do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) durante aulas práticas. Objetivou-se a correlação da teoria obtida em aulas teóricas com a prática vivida no hospital. A metodologia adotada pela disciplina, permitiu as acadêmicas uma maior segurança. A partir da fundamentação teórica, percebeu-se uma repercussão positiva na prática, diminuindo a ansiedade das alunas e favorecendo a interação com os pacientes, família e demais componentes da equipe multidisciplinar. A identificação da necessidade da realização do trabalho em equipe na enfermagem repercutiu positivamente no ensino. O cuidado de enfermagem emergiu como resultado de um processo coletivo que foi viabilizado pela integração da teoria à prática, assim como, pela interação com as pessoas. Neste sentido, foi evidente a interferência das acadêmicas no processo de saúde-doença dos indivíduos, assim como, no processo de trabalho e valorização da equipe de enfermagem. A assistência de enfermagem sistematizada facilitou a relação da teoria com a prática e sua realização com segurança e qualidade. Identificou-se a possibilidade de realizar o cuidado com coerência e competência, comprometido com o processo educativo e com a busca de novos instrumentos de trabalho, relacionando-o não só ao paciente e sua família, como também as equipes multidisciplinares. Com a experiência, observou-se que ao executar uma assistência especializada, cientificamente fundamentada e pautada em princípios éticos e humanísticos, percebeu-se, com segurança, a necessidade de prevenir e atender intercorrências, visando à diminuição de riscos e aumentando a segurança na unidade o que pode representar um menor desgaste físico e emocional da equipe de enfermagem, o que repercutirá no trabalho da equipe multidisciplinar.
Correspondência para: Rosangela Marion da Silva, e-mail: cucasma@terra.com.br
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