COMPETÊNCIAS DO ENFERMEIRO DOCENTE-ASSISTENCIAL - REPRESENTAÇÃO SOCIAL
Joana Darc de Souza Oliveira
Maria do Socorro Costa Feitosa Alves
Ana Elisa de Oliveira Sousa Matias
A pesquisa de natureza descritiva com abordagem, preferencialmente, qualitativa parte do olhar cotidiano, in loco, da realidade prática dos profissionais enfermeiros capacitados pelo PROFAE e suas manifestações discursivas, estruturamos o roteiro de entrevista, mediante uma questão norteadora: Qual a sua história com o PROFAE? A pesquisa foi realizada no período de 20 de maio a 09 de Abril de 2005, com oito profissionais enfermeiras egressas dos cursos do referido curso. Após a leitura flutuante das manifestações discursivas dos sujeitos psicossociais estabelecemos quatro categorias de análise: Categoria 1. Reconhecimento das Competências e Vantagens do PROFAE; Categoria 2. Dificuldades na Operacionalização dos Conteúdos/PROFAE; Categoria 3. Falta de Reconhecimento por parte da Instituição e demais Profissionais; Categoria 4. Sentimentos de desvalorização para a Utilização dos Princípios do PROFAE. As manifestações discursivas foram articuladas à partir da compreensão sobre o que é competência apontando para três aspectos imbrincados para representar, ou tornar familiar a competência. Observamos que esta articulação tem fundamentalmente uma função justificadora, quando recoloca-a no rol das dificuldades para sua operacionalização, reconhecimento e desvalorização, sem deixar antever qualquer perspectiva para a mudança prática no dia-a-dia. Dessa forma, ao justificar-se confere um sentido de orientação que diz respeito ao seu modus operandis, reconhecendo que possui instrumentalização para implementar qualquer tipo de mudança na perspectiva da especialização. Podemos inferir que competências para este grupo do estudo é algo que confere sobrecarga e penosidade, que não é expressa verbalmente, mas que é sentido no fazer cotidiano, pois exige dos mesmos a responsabilidade pelo fazer profissional frente a inúmeras competências, sendo, portanto impossível enumerá-las, pois a instituição não foi envolvida no processo de mudança.
Correspondência para: Joana Darc de Souza Oliveira, e-mail: darc.joan@gmail.com
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