O PENSAR E O AGIR DE PESSOAS ADULTAS NÃO VACINADAS CONTRA TÉTANO
Maria Aparecida da Silva
Flávia Guimarães Duque
Graziella Ruth Freitas Souza
Introdução: As informações mostram que a imunização da população através da vacina contra tétano é ainda a única forma de prevenção contra a doença, mas deixa a desejar, mediante um importante coeficiente de incidência da doença (Joaquim Netto e Ferreira, 2002). Durante nossa prática, temos acompanhado o sofrimento de pessoas que adoecem em decorrência do tétano acidental, causando-nos inquietações e reflexões motivando-nos para o aprofundamento da temática, pois apesar da vacina ter sua eficácia comprovada em torno de 99%, observamos que as pessoas continuam adoecendo e que nem sempre a população elas buscam a prevenção. Diante disto, o objetivo foi identificar e descrever os motivos que levam pessoas adultas a não se vacinarem contra o tétano, face ao risco de adoecimento. Como referencial teórico-metodológico buscou-se o suporte em Triviños (1987) na abordagem qualitativa. Realizou-se esta pesquisa em uma Unidade de Saúde �X� em Goiânia � Goiás com a participação de dez pessoas adultas entrevistadas no período de fevereiro a março de 2005. Após autorização do estudo pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UCG, procedeu-se a coleta das informações por meio de entrevista semi-estruturada, encerrando-se a coleta quando a análise preliminar do material mostrou a saturação das informaçãoes. Para análise, buscou-se suporte em Lüdke e André (1986), de modo a identificar a síntese dos significados que culminou na construção das categorias que mostram a experiência do grupo. Os resultados mostram: �O pensar: �as pessoas que trabalham no CAIS deveriam ensinar'� � onde os entrevistados denotam uma certa ambigüidade quanto aos motivos de não vacinação, reconhecendo o descuido consigo mesmo e uma minimização deste descuido ao apontar profissionais e órgãos de saúde como responsáveis pela falta de divulgação e orientação a respeito da vacina; �O agir: �nunca me vacinei por falta de cuidado'� � mostra a passividade na busca da vacina, denunciando que este grupo �nunca se deu conta�, �nunca deu crédito� da necessidade da vacinação, pois no seu imaginário a doença é algo fora dele. A falta do conhecimento aliada à uma cultura já pré estabelecida, leva a pessoa a agir de forma a não perceber, por vezes, que sua atitude influencia o seu estado de saúde. Consideramos, portanto que conhecer os motivos da falta de vacinação destas pessoas, possibilita reconhecer a necessidade de partici
Correspondência para: Maria Aparecida da Silva, e-mail: amari.silva@bol.com.br
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