PACIENTE POLITRAUMATIZADO: COMPLICAÇÕES E IMPLICAÇÕES À ENFERMAGEM
Camila Rosalia Antunes
Os pacientes politraumatizados constituem enfermidade devastadora e destrutiva que afeta especialmente jovens, os membros mais produtivos da sociedade, além de ser causa do maior gasto ao sistema de saúde, considerando o tratamento hospitalar e a reabilitação. Sendo assim, o enfermeiro intensivista está em posição central para compreender as alterações psicológicas e fisiológicas que pacientes com politraumatismo sofrem na unidade de terapia intensiva - UTI. Objetivou-se com esse trabalho, identificar o perfil da vítima de politrauma submetido ao tratamento em UTI; verificar a evolução e as complicações mais freqüentes desses pacientes. Participaram do estudo, 36 pacientes de UTI do Hospital Cemil de Umuarama-PR. A pesquisa quantitativa aconteceu no período de junho de 2003 a fevereiro de 2004, os dados foram coletados e tabulados através de software estatístico. Observou-se maior incidência no paciente do sexo masculino, na faixa etária de 21 a 25 anos. Quanto à causa do trauma, 52,8% estavam envolvidos em acidentes automobilísticos, evidenciando que este se tornou um grave fator contribuindo para a Epidemia Trauma assumir a 2ª causa de morte no país, perdendo apenas para doenças cardiovasculares. Em 22% dos entrevistados, apareceram as quedas, envolvendo a faixa etária acima de 60, onde as fraturas agravaram a reabilitação, e com 19,4%, os ferimentos de arma de fogo, advindos em sua maioria dos casos de violência urbana. Devido ao alto índice de vítimas por acidentes automobilísticos, as lesões mais encontradas revelaram ser as fraturas, lesões neurológicas TCE, e perfurações de pulmão e intestino. As complicações mais freqüentes foram: respiratória, músculo-esquelética e cardiovasculares, onde 25% dos casos culminaram em óbito, 5,6% foram transferidos para outro serviço e 69,4% tiveram alta da UTI. Diante da situação apresentada e, tendo em vista que o ambiente de terapia intensiva é o local em que paciente politraumatizado receberá assistência por tempo indeterminado, portanto, o Enfermeiro enquanto profissional imprescindível da equipe de saúde prestará assistência a estas pessoas enquanto necessitarem e, sobretudo entendendo que sua recuperação estará intimamente ligada a qualidade do cuidado a ser prestado, é fundamental que o enfermeiro reestruture e recrie sua práxis, de maneira que esta venha a atender as potenciais necessidades destes indivíduos, contribuindo para uma recuperação livre de danos irreversíveis e seqüelas incapacitantes.
Correspondência para: Camila Rosalia Antunes, e-mail:
camilar@unidavi.edu.br
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