BASES CIENTÍFICAS PARA A UTILIZAÇÃO DA PAPAÍNA EM FERIDAS
Kátia Viviane Tiso
Introdução e objetivo: A papaína é uma mistura complexa de enzimas proteolíticas e peroxidases existentes no látex do mamão papaia verde. Esta é reconhecida pela sua eficácia na aceleração do processo cicatricial de feridas, de diversas etiologias e notadamente nas feridas crônicas são mais utilizadas, favorecendo o processo cicatricial por meio da estimulação da angiogênese, promove a manutenção do meio úmido, ambiente favorável à cicatrização das feridas. Também é reconhecida pela sua eficácia como agente desbridante, anti-inflamatório e bactericida no tratamento de lesões da pele não agredindo tecidos sadios (Rogenski e cols 1995; Moneta 1998, 1999, 200, 2002; Sanchez, 2004). Descrever a ação da papaína (Carica Papaya) no processo de reparação celular. Trajetória metodológica: Revisão de literatura de forma sistematizada com avaliação dos conteúdos realizou-se a consulta no banco de dados LILACS, utilizou-se como palavras chaves papaína, feridas e enfermagem, sendo selecionados vinte artigos nacionais do período de 1990 a 2004 com o uso de papaína em feridas de diversas etiologias. Resultados e discussão: Estudos demonstram não ter sido encontrado nenhum efeito adverso com o uso da terapia tópica da papaína, em estudos randomizados revelou que a papaína obteve melhora no processo cicatricial, com alinhamento das fibras colágenas favorecendo uma cicatriz plana e maior força tênsil, ou seja, favorecendo o processo cicatricial da ferida, a papaína mostrou-se eficaz nas feridas exsudativas com processos infecciosos, e nas feridas limpas; esta também pode ser usada em cavidade abdominal com irrigação em jatos com concentração de até 2% sem lesar alças intestinais; a possibilidade do uso in natura sendo de fácil aplicabilidade e diminuir ainda mais os custos, porém esta pratica requer maiores cuidados para diminuir a possibilidade de contaminação durante a manipulação e aplicação do produto. Também há relatos da utilização em lesões muito profundas com exposição de estrutura óssea, em lesões por deiscência cirúrgica com eviscerações, em fístulas vesical e pleural, em grandes queimados, sem nunca ter sido rela
Correspondência para: Kátia Viviane Tiso, e-mail: katinhaenf@yahoo.com.br |