Goiânia, 07 de novembro de 2005.

ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL: UMA PRÁTICA DA ENFERMEIRA OBSTÉTRICA

Cleusa Alves Martins

Karen Leverger Vasconcelos

O estudo é um relato de experiência de alunas do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás, em parceria com o Ministério da Saúde, em uma maternidade pública - centro de referência em humanização da assistência ao parto e nascimento, em Goiânia. Na assistência humanizada ao parto e nascimento desenvolvem-se práticas e atitudes que visam a promoção da saúde materna e perinatal. São procedimentos simples comprovadamente benéficos, evitando intervenções desnecessárias e preservando a autonomia da mãe e do filho, compreende o acolhimento da gestante desde o momento em que a mulher comunica ao profissional sua gravidez até o puerpério. Resgata o parto normal, respeitando o processo fisiológico, considerando os aspectos culturais e emocionais da parturiente. Nessa perspectiva, o estudo tem como objetivos: descrever as atividades que caracterizam a assistência prestada por enfermeira no parto e nascimento e identificar a participação da parturiente no processo de parturição. A proposta metodológica situa-se na abordagem qualitativa com enfoque dialético, os dados foram elaborados pelos registros de práticas realizadas por enfermeiras do curso de especialização em Enfermagem Obstétrica, no ano de 2001. Para análise elaborou-se duas categorias temáticas sendo caracterização dos tipos de parto e processo assistencial. Foram registrados tipos de parto, constando de 38 partos assistidos em que todos recém-natos nasceram vivos. Quanto a paridade foram 16 parturientes primíparas, quatro secundíparas e dezoito multíparas. Idade gestacional constou de duas com 37 semanas; 22 entre 38/40 semanas, 12 entre 40/41 semanas e duas encontravam-se com 42 semanas. Das 16 primíparas assistidas, quatro partos foram com episiotomia, 12 tiveram laceração. Considerações finais: a maioria dos partos foram assistidas por alunas sob supervisão do médico obstetra, plantonista ou preceptor do curso. Houve interação entre os profissionais de saúde, parturientes e acompanhantes. Vale ressaltar que, atualmente, nesta instituição, o parto humanizado não tem sido realizado pela enfermeira, tendo em vista o número insuficiente desses profissionais com qualificação para essa prática e a diversidade de atividades que as mesmas realizam na instituição.

Correspondência para: Cleusa Alves Martins, e-mail: cleusaam@terra.com.br