A ENFERMAGEM PROMOVENDO CUIDADOS NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO ROTAVÍRUS
Camila Castro Roso
Aline da Rosa
Daiana Falk
Daniele Brasil
Letícia Machado
Mariane Marchesan
Raquel dos Santos
Adriana Dall'Asta Pereira
O rotavírus é um RNA vírus da família dos Reoviridae, do gênero rotavírus, cuja transmissão ocorre por meio de água, alimentos, utensílios ou superfícies contaminadas. No entanto, a forma principal é a fecal-oral, ou seja, quando uma pessoa contaminada vai ao banheiro, realiza sua higiene, não lava as mãos e depois mantém contato com alimentos ou utensílios domésticos. Dessa forma, o presente estudo trata-se de um ensaio reflexivo, que tem por objetivo evidenciar a importância da prevenção das infecções causadas pelo Rotavírus para manter a qualidade de vida da população e aumentar o conhecimento científico da equipe multiprofissional. Na forma clássica, em crianças de seis meses a dois anos, a doença manifesta-se como quadro abrupto de vômito, que na maioria das vezes precede a diarréia e a febre alta. É comum observar-se formas mais leves ou quadros subclínicos entre adultos contaminados. Em crianças até os quatro meses pode haver infecção assintomática sugerindo a ação protetora de anticorpos maternos e do aleitamento natural. A diarréia é geralmente aquosa, com aspecto gorduroso e caráter explosivo, durando de quatro a oito dias. Variações do quadro clínico através de infecções aparentes ou inaparentes não parecem guardar correlação com o sorotipo. Durante reinfecções, na maioria das vezes se evidenciam variedades antigênicas, sendo que, via de regra, a primeira infecção é a de maior gravidade. Para investigação do vírus nas fezes do paciente faz-se o exame laboratorial específico, vai do primeiro ao quarto dia da doença, período de maior excreção viral. O método de maior disponibilidade é a detecção de antígenos, por ELISA nas fezes. Outras técnicas, como microscopia eletrônica, PCR e cultura, são usadas principalmente em pesquisas. Métodos sorológicos que identifiquem aumento de títulos de aniticorpos IgG e IgM, por ELISA, também podem ser usados para confirmação de infecções recentes. Por ser, em geral, uma doença com tendência espontânea a evoluir para a cura é fundamental prevenir a desidratação e distúrbios hidroelétrolíticos, não se recomendando o uso de antimicrobianos e antidiarréicos. Não há terapêutica específica para combatê-lo, no entanto a orientação atual é de manutenção da dieta alimentar normal. Eventualmente é necessário recorrer à hidratação parenteral, se a oral não for suficiente para a reposição de fluidos e eletrólitos. Assim, este estudo é fundamental para o conhecimento dos profissionais de saúde.
Correspondência para: Camila Castro Roso, e-mail: camilaroso@yahoo.com.br
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