Goiânia, 07 de novembro de 2005.

CONHECIMENTO DOS DIABÉTICOS SOBRE OS CUIDADOS COM OS PÉS

Mariana Candida Laurindo

Cléa Dometilde Soares

Daiene Cristina Recco

Daniella Betinardi Roberti

O Diabetes Mellitus (DM) vem se destacando como um importante problema de Saúde Pública. A Declaração das Américas considera o diabetes como uma pandemia e estima que até o ano de 2010, o número de casos nas Américas crescerá para 45 milhões, levando em conta o envelhecimento demográfico da população e tendências relativas aos fatores de riscos, relacionados com o processo de modernização dos países em desenvolvimento. A Organização Mundial de Saúde (OMS), estima que mais da metade das pessoas com diabetes desconhecem o seu diagnóstico, e que este freqüentemente é feito tardiamente, o que aumenta as chances de complicações resultantes desta doença. O presente estudo teve como objetivo identificar fatores de riscos para a prevenção e detecção precoces de complicações em extremidades inferiores de portadores de Diabetes Mellitus, atendidos em uma Unidade Ambulatorial de um Hospital Universitário do interior do Brasil. É um estudo descritivo exploratório, cuja população foi composta por 100 pacientes escolhidos aleatoriamente, e seguiram a critérios de inclusão. Das 100 pessoas entrevistadas, 44% são do sexo masculino e 56% do feminino, a idade média foi de mais ou menos 43 anos, em relação a profissão 32% do lar; quanto ao estado civil 63% eram casados; 88%da raça branca; em relação a escolaridade 48% tem o ensino fundamental incompleto; 61% tem diabetes tipo 2; 48% desconhece sobre o diabetes; 51% não tem informação sobre as complicações e 47% desconhecem as complicações em extremidades inferiores. Observou-se que 22% apresentaram diminuição na acuidade visual; 13% relataram insuficiência renal; 5% neuropatia; em relação aos cuidados com os pés 65% examinam os pés diariamente; 28% andam descalço; 16% possuem calos nos pés; 16% já tiveram feridas nos pés; 5% possuem feridas; 50% relataram diminuição na sensibilidade dos pés e 5% tem amputação de extremidades inferiores. Conclui-se que a maioria da população estudada possui conhecimento a cerca da patologia, suas complicações e principalmente cuidados, porém foram observadas práticas que colocam em risco as extremidades inferiores, portanto, se faz necessário a orientação contínua, a fim de minimizar o possível comprometimento e perda das extremidades.

Correspondência para: Mariana Candida Laurindo, e-mail: ma_candi@yahoo.com.br