AÇÃO EDUCATIVA DE BIOSSEGURANÇA ENTRE PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE
Candida Maria Abrahão de Oliveira
Daniele Abrahão Ferreira
Cristiane de Souza Santos
Dionea Feio Farias
Heloisa Marceliano Nunes
INTRODUÇÃO: No Brasil, a Biossegurança surgiu através da Lei n° 8. 974, de 5 de janeiro de 1995, regulando o uso das técnicas de engenharia genética e liberação no meio ambiente de organismos geneticamente modificados. Atendendo solicitação de alunos do curso de Farmácia da Universidade Federal do Pará (UFPA), a Comissão de Biossegurança do Instituto Evandro Chagas, realizou palestra sobre este tema em trabalho educativo a profissionais da área de saúde (PAS), em decorrência de serem estes, susceptíveis a contrair doenças, devido acidentes de trabalho por manipulação biológica e em procedimentos que acarretam riscos químicos, físicos e ergonômicos. OBJETIVOS: Identificar o grau de conhecimento dos participantes da ação educativa sobre Biossegurança, bem como avaliar a aplicação destes conhecimentos no seu cotidiano. METODOLOGIA: De maio a julho de 2005, foram entrevistadas 22 pessoas, dos 60 que haviam participado da ação educativa em setembro de 2004, entre estes, foram entrevistados oito acadêmicos de enfermagem e seis de biologia, seis farmacêuticos e dois estudantes do curso técnico de enfermagem. Utilizou-se como instrumento, questionário semi-estruturado com questões sobre o nível de conhecimento pré e pós-curso e sobre o quanto do conteúdo apresentado estava sendo utilizando na prática diária. Os dados coletados foram analisados quantitativamente e feita análise estatística descritiva. RESULTADOS: Entre os entrevistados 8/22 estudavam enfermagem na Universidade do Estado do Pará, 6/22 na UFPA, 6/22 no Centro Universitário do Pará e 2/22 eram estudantes de nível médio do Centro de Formação de Técnicos de Enfermagem, 64% eram do sexo feminino, prevalecendo a faixa etária de 21 a 25 anos (73%). O grau de instrução que deteve maior percentual foi o superior incompleto com 64%, 77% dos entrevistados não trabalhavam, 73% não haviam participado de cursos de Biossegurança, 41% possuíam conhecimentos anteriores e 100% aumentaram seu conhecimento após a ação. Para 91% houve mudança parcial nas atitudes relacionadas ao tema e 100% dos entrevistados considerou imprescindível a implantação das medidas na prática diária. CONCLUSÃO: Existe a necessidade de ampliar as atividades de educação permanente nas Universidades e demais Instituições de ensino, criando uma visão mais abrangente e consciente entre os profissionais ou futuros profissionais de saúde sobre a busca constante de uma prática reflexiva de Biossegurança.
Correspondência para: Candida Maria Abrahão de Oliveira, e-mail: candidaoliveira@iec.pa.gov.br
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