Goiânia, 07 de novembro de 2005.

A ENFERMAGEM NO CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR

Djennifer Gama da Silva

Fabrizia Christina Teixeira de Matos Cardoso

Liliane Belz Reis

Maria de Nazaré Hermes Oliveira

Relato da experiência de acadêmicas do 8º período da Graduação em Enfermagem, da Universidade Federal Fluminense, e bolsistas da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) de um Hospital Universitário, supervisionadas e orientadas pela enfermeira do setor. Este estudo tem por objetivo capacitar a equipe de enfermagem para a assepsia correta das almotolias e/ou do seu uso descartável, a fim de minimizar a possibilidade de tornarem-se foco de infecção hospitalar. Segundo a Portaria 2616/GM de 12 de maio de 1998 do Ministério da Saúde, a CCIH é um órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e de execução das ações de controle de infecção hospitalar. O Centers for Disease Control and Prevention (CDC) conduziu um estudo do controle de infecção nosocomial (SONIC) e mostrou que cerca de um terço de todas as infecções hospitalares poderia ser evitado caso existissem programas efetivos de controle de infecção (SMELTZER E BARE, 2002). O trabalho se justifica pelas descrições de surtos de infecções hospitalares relacionados ao uso de soluções anti-sépticas em almotolias (artigos não-críticos) �utilizadas continuamente e de forma inadequada� (BASSO et al. 2004); e pelo desconhecimento e despreparo da equipe de enfermagem no processo de limpeza e desinfecção das almotolias. Foi realizada Revisão de Literatura que segundo Leopardi (2001) �permite fazer uma reflexão crítica e ter uma visão geral sobre o problema. . . �. Diante do exposto criou-se um protocolo de limpeza e desinfecção das almotolias. Previamente foram agendados os treinamentos, com os enfermeiros (as) das unidades, onde posteriormente se desenvolveu a atividade com as equipes de enfermagem do hospital escola. A rotina consiste em lavar as almotolias com solução detergente, seguido de imersão em hipoclorito (30 min) e enxágüe em água corrente. Depois de secas preencher com álcool etílico 70% (10 min). Após o procedimento deve-se nomear e datar o dia do acondicionamento das soluções e da próxima troca, sendo no máximo em 7 dias com canetas de cores diferentes, facilitando a identificação (BASSO et al. , 2004). A partir da experiência vivenciada foi possível perceber que as equipes carecem de conhecimento acerca das almotolias como meio de infecção e das técnicas assépticas empregadas para sua reutilização. Portanto, é de suma relevância a capacitação efetiva da equipe de enfermagem no procedimento descrito e a sensibilização multidisciplinar para a prevenção e controle da infecção hospitalar.

Correspondência para: Djennifer Gama da Silva, e-mail: dydiuff@yahoo.com.br