Goiânia, 07 de novembro de 2005.

A CONSULTA DE ENFERMAGEM E O CLIENTE DIABÉTICO FRENTE AO TRATAMENTO

Juliana Muniz Xavier

Verônica Pinheiro

Isabela Saiter Santos

Djennifer Gama da Silva

Pamela da Silva Neves

Roberta Faitanin Passamani

Rodrigo Pereira Lima

Paula Amaral Mussumeci

Estudo realizado por acadêmicos do 8º período do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal Fluminense. A pesquisa justifica-se pelas intercorrências encontradas pelos pacientes dificultando a ação da enfermagem na assistência e inserção do autocuidado. Segundo Smeltzer e Bare (2002, p. 934) o diabetes mellitus afeta cerca de 15 milhões de pessoas, sendo 5 milhões sem diagnóstico. A Associação Nacional de Assistência ao Diabético afirma que esta é uma doença crônica não transmissível, de destaque para a saúde dos países em desenvolvimento. Com isso, a consulta de enfermagem tem sido uma estratégia que visa direcionar a assistência, realizar promoção e educação em saúde e convívio positivo com a patologia. Objetiva-se identificar as dificuldades e conflitos encontrados na rotina do diabético frente à doença; melhorar a assistência de enfermagem por meio de análise dos dados coletados; analisar a validade da consulta de enfermagem como fonte motivadora dos clientes no que se refere à manutenção do tratamento. Este estudo tem cunho assistencial, que segundo Minayo (1993, p. 22), implica em considerar como sujeito de estudo gente, em determinada condição social, pertencente a determinado grupo social ou classe com seus valores, crenças e significados. Realizou-se com vinte clientes diabéticos, freqüentadores do ambulatório há mais de 1 ano, de um hospital da rede pública do município de Niterói. Além das consultas, ocorrem encontros periódicos com educação em saúde e reuniões com temas variados que valorizam a fala dos participantes, onde �o referente fornece informações ao paciente, que pode solicitá-las ou o profissional pode perceber a necessidade dessas informações� (POTTER, 2002, p. 169). Como instrumento de coleta de dados utilizou-se a entrevista semi-estruturada com o consentimento livre e esclarecido da Resolução 196/96. Conclui-se que a metodologia da assistência de enfermagem, através do compromisso e envolvimento profissional, procura assistir o homem como um ser com necessidades, inerentes a sua realidade social. A consulta de enfermagem constitui instrumento fundamental do Processo de Enfermagem, onde se efetua a coleta de dados para realizar o diagnóstico, prescrição, avaliação e a retroação da assistência. Contudo, o enfermeiro precisa conscientizar-se deste contexto para auxiliar o autocuidado e subsidiar o cliente de forma a favorecer melhores condições para o convívio com a patologia proporcionando qualidade de vida.

Correspondência para: Juliana Muniz Xavier, e-mail: jmx_uff@yahoo.com.br