Goiânia, 07 de novembro de 2005.

FUNCIONALIDADE DE FAMÍLIAS DE ADOLESCENTES EM TRATAMENTO DIALÍTICO

Araceli Moreira de Martini

Francisca Georgina Macêdo de Sousa

A adolescência é a fase da vida que se caracteriza por intenso crescimento e desenvolvimento, manifesto por modificações anatômicas, fisiológicas, psicológicas e sociais (BRASIL, 1989). Entendida como uma época repleta de modificações e especificidades, quando associada à ocorrência de patologias crônicas, poderá ocasionar impacto negativo, pondo em risco a dinâmica e o contexto de vida do adolescente e sua família (VIEIRA; LIMA, 2002). A doença renal crônica e a hemodiálise como forma de tratamento ocasionam no adolescente um grande desgaste físico e psíquico, e também na sua família, que acompanha o processo terapêutico doloroso, de duração e conseqüências incertas, aliado ao curso natural da doença. A afirmação é apoiada por Anders (1991) quando afirma que diante deste tipo de tratamento a família muda seus costumes e sua rotina e onde os papéis devem ser repensados e distribuídos de foram a apoiar e ajudar o paciente. Ao enxergar a família como unidade de cuidado e reconhecendo que a estrutura e funcionalidade familiar são importantes para apoiar o doente, e, considerando a complexidade dos processos doença crônica e adolescência e a vinculação deste à família, questiona-se neste estudo como o adolescentes avaliam sua família e que fatores segundo o APGAR são preditores de risco familiar. A partir daí definiu-se como objetivo avaliar e classificar a funcionalidade familiar de adolescentes em tratamento dialítico segundo escores do APGAR Familiar. Trata-se de um estudo exploratório descritivo cuja população do estudo correspondeu a 12 adolescentes renais crônicos em tratamento dialítico nos Centros de Hemodiálise de São Luis �MA no período de setembro a dezembro de 2004. Para quantificar a percepção que o doente tem do funcionamento familiar utilizou-se o Family APGAR. Para que fosse possível caracterizar as famílias dos adolescentes, foi realizado entrevista com familiares dos adolescentes (pessoas significativas) apoiadas por um questionário com 11 perguntas com vistas a identificar algumas características das famílias como tipo, composição, escolaridade e renda. Segundo APGAR Familiar 58,3% das famílias dos adolescentes foram incluídas como disfuncionais e 41,7% funcionais. As características funcionais mais comprometidas foram desenvolvimento e participação, enquanto que, resolutividade, afetividade e adaptação foram apontadas como satisfatórias pelos adolescentes. A família deverá ser tratada pela enfermagem como agente de cuidado, levando-se em c

Correspondência para: Francisca Georgina Macêdo de Sousa, e-mail: fgeorginams@hotmail.com