Goiânia, 07 de novembro de 2005.

SITUAÇAO VACINAL DE TRABALHADORES DA SAÚDE

Milena Araújo Miranda

Francisca Georgina Macêdo de Sousa

A imunização ainda não se configura como hábito para o público adulto, apesar de sua extrema importância, não só para corrigir as falhas da vacinação na infância bem como para a prevenção de males que se exacerbam quando contraídos na idade adulta. Os trabalhadores de saúde, para Haag, Struck e Lopes (1997) é uma categoria sujeita a fatores nocivos envolvidos na atividade laboral com riscos aumentados para doenças infecciosas. O estudo é do tipo transversal, exploratório descritivo. A população correspondeu a 507 funcionários lotados nos serviços de um hospital universitário do nordeste brasileiro. A amostra foi aleatória totalizando 177 trabalhadores entre enfermeiros, auxiliares de enfermagem, operacionais e funcionários da limpeza. Foram definidos como objetivos avaliar a adesão dos trabalhadores de saúde ao programa Nacional de Imunização e descrever a situação vacinal desta população. Para a coleta de dados utilizou-se um formulário e a avaliação do cartão de vacinação dos pesquisados. Do total da amostra 59,3% eram auxiliares/técnicos de enfermagem, 18,1% enfermeiros, 11,9% operacionais e 10,7% da limpeza. Quanto à situação vacinal dos trabalhadores, 26,5% foi classificado como Imunizado, 53,1% com Vacinação Atrasada, 8,5% Não vacinado e 11,9% não apresentou o cartão. Entre os profissionais 70% receberam a vacina BCG, 62,7% receberam a vacina contra Hepatite B, 61,6% receberam a vacina contra a Febre Amarela e 54,2% contra vacina Dupla. Quanto às vacinas Hepatite A e anti-menigocócica 2,8% e 1,1% respectivamente estavam vacinados enquanto 81,9% e 87% não haviam recebido as referidas vacinas. Entre os funcionários 49% receberam a última dose de vacina entre 1-4 anos, 34% a menos de 1 ano, 14,9% a mais de cinco e 2,1% a mais de 10 anos. Os resultados sugerem que seja instituído um protocolo de vacinação no momento da admissão de funcionários, além de incentivo à adesão ao programa de vacinação e o acompanhamento da cobertura vacinal. Estas estratégias podem garantir ao trabalhador da saúde o direito à prevenção de agravos e a promoção da saúde.

Correspondência para: Francisca Georgina Macêdo de Sousa, e-mail: fgeorginams@hotmail.com