Goiânia, 07 de novembro de 2005.

NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS: UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO

Beatriz Guitton Renaud Baptista de Oliveira

Aline Landim Farani Faria

Fernanda Ferreira da Silva

As Necessidades Humanas Básicas são estados de tensões, conscientes ou inconscientes, que se manifestam nos desequilíbrios homeodinâmicos dos fenômenos vitais. A demanda das necessidades por uma pessoa indica a busca de saúde física e mental. E a enfermagem para desenvolver-se como ciência própria deve buscar atender as necessidades do cliente, e não do serviço ou de outros profissionais. O objetivo do trabalho é apresentar a experiência acadêmica de ensinar a teoria das Necessidades Humanas Básicas como alicerce profissional da enfermagem. Trata-se de um estudo com caráter descritivo, baseado na experiência acadêmica de ensino da teoria através de três momentos: primeiro da construção, pelos alunos, de uma pirâmide com as necessidades humanas citadas por ordem de prioridade, baseada nos valores e conhecimentos pessoais; depois é apresentado, pela docente e pelas monitoras, o conceito de Kant e a teoria de Maslow e João Mohana; e por último é realizada uma atividade onde os alunos identificam nas reportagens atuais, publicadas em jornais, as necessidades humanas. O tratamento dos dados é feito a partir do material construído pelos alunos, agrupando os registros em categorias para proceder à análise e a interpretação. Os resultados apontam seis categorias: em primeiro lugar as necessidades fisiológicas, sendo a mais citada a alimentação; em segundo, as necessidades de educação/trabalho, incluindo a cultura; em terceiro as necessidades das relações humanas, citando a família, amigos e pertencer; em quarto a de segurança; em quinto a dos meios de comunicação/infovias; e por último a de lazer. Foi citada por um grupo a religiosidade, e nenhuma vez foi abordada a sexualidade. As palavras mais usadas foram: alimentação, higiene, educação, moradia, emprego e lazer. Conclui-se que as necessidades trazidas pelos alunos se aproximam dos pressupostos teóricos que embasaram o estudo, no entanto, eles referem algumas questões próprias das grandes metrópoles como a segurança pública e outra dos dias atuais, como a da infovia.

Correspondência para: Fernanda Ferreira da Silva, e-mail: nandaenfuff@yahoo.com.br