Goiânia, 07 de novembro de 2005.

A INCONTINÊNCIA URINÁRIA POR TRATAMENTOS CONSERVADORES NO BRASIL

Melissa Orlandi Honorio

Silvia Maria Azevedo dos Santos

INTRODUÇÃO:Em tempos recentes, especificamente nesta última década, vem sendo discutido quais os tratamentos que poderiam ser indicados na recuperação de pacientes com incontinência urinária. Sabe-se contudo, que após diagnosticado o tipo de incontinência urinária, através de exames urológicos específicos, a opção terapêutica pode ser feita com maior segurança. Essa pode incluir tratamentos cirúrgicos, farmacológicos ou conservadores. Destes citados, os tratamentos conservadores vêm conquistando cada vez mais espaço, sobretudo, por serem pouco onerosos, minimamente invasivos e sem efeitos colaterais. OBJETIVO: Demonstrar o estado da arte da abordagem da incontinência urinária por tratamentos conservadores no Brasil. MÉTODO: Análise e discussão dos estudos e pesquisas já realizados no Brasil, nos quais foram utilizados os tratamentos conservadores para debelar a incontinência urinária. Além de uma análise comparativa entre os resultados obtidos com esse tipo de tratamento e os tratamentos invasivos. RESULTADOS: Foram encontrados através de pesquisa em base de dados da BIREME sete trabalhos que abordam o tratamento conservador no Brasil, desses, 2 referem-se a utilização de terapias comportamentais exclusivas; 1 realizando estudo comparativo entre intervenções comportamentais e o uso de biofeedback; 3 abordam o tratamento conservador pelo uso da eletroestimulação e 1 realiza estudo comparativo dos resultados obtidos da eletroestimulação com intervenções comportamentais. Além desses, outros oito artigos foram encontrados discutindo o uso de terapias conservadoras. CONCLUSÕES: Através das literaturas levantadas foi possível perceber que as abordagens não invasivas à incontinência urinária, vêm gradativamente sendo mais difundidas. As pesquisas são unânimes em apontar os benefícios e mostrar resultados positivos com este tipo de tratamento, seja através de intervenção comportamental, eletroestimulação ou biofeedback. Porém, o que se pôde perceber é que em todos os estudos apresentados, a duração mínima dos tratamentos foi de pelo menos 3 meses, tempo mínimo necessário para se começar a observar o surgimento dos primeiros resultados. O fato desse tipo de tratamento ser mais demorado e exigir a total compreensão e participação do paciente talvez explique o pequeno número de estudos nessa área.

Correspondência para: Melissa Orlandi Honorio, e-mail: melhonorio@hotmail.com