Goiânia, 07 de novembro de 2005.

HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO DISTRITO FEDERAL

Lídia Ester Lopes da Silva

Sara Mendes de Moura

Samira Monteiro Silva

Evelyn Heinzen

Adriana de Faria Gomes

Maria Liz Cunha de Oliveira

INTRODUÇÃO: Brasília foi sonho e proposta de várias gerações de brasileiros, ao longo de quase dois séculos. Entretanto, foi o presidente Juscelino Kubitschek quem materializou este sonho ao propor a transferência da sede do governo situado no Rio de Janeiro para a região do Planalto Central. Diversos operários braçais empenhavam-se na construção durante dia e noite, havendo a necessidade � por parte do Governo � de proporcionar assistência médica aos candangos principalmente com relação às lesões que pudessem ocorrer no ambiente de trabalho. Sendo assim, o princípio da assistência em saúde na futura capital iniciou-se com a construção do Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO) inaugurado em Julho de 1957, além de serviços de assistência domiciliar que já eram prestados por enfermeiras e um Centro de Saúde, posteriormente inaugurado em Setembro de 1959. OBJETIVOS: Resgatar a memória da Enfermagem no Distrito Federal e atuação das enfermeiras pioneiras nos atendimentos de saúde da Novacap, destacando as que trabalharam nos acampamentos e no Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO). METODOLOGIA: Pesquisa de abordagem qualitativa, inicialmente, realizou-se uma pesquisa bibliográfica através de livros, jornais e documentos da época, que possibilitaram analisar o contexto histórico. Num segundo momento, foi colhida a história de vida profissional das enfermeiras e de médicos que trabalharam no primeiro hospital de Brasília (HJKO). RESULTADOS: O atendimento em saúde na Novacap dividia-se em não-institucional (assistência prestada nos acampamentos) e institucional (desenvolvido pelo Departamento de Saúde da Novacap � DSN). Coube ao IAPI � Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Industriários, ligado ao DSN, a construção da primeira Unidade de Saúde, (HJKO). Sendo assim, diversas profissionais de enfermagem, naturais de várias regiões do País, destacaram-se neste contexto em ambos atendimentos, como Cacilda Bertoni e Luzia Farias (realizavam partos domiciliares), Martha Margarette, Rosa Irene e Edna Chavier (trabalharam no HJKO), além de muitas outras. CONCLUSÃO: Imbuídas de bravura e espírito de renúncia, várias enfermeiras imigraram para o Planalto Central. A carência de profissionais e os acampamentos com condições precárias, poeira, e aglomerados de trabalhadores da construção civil, conjugavam ambientes desfavoráveis a saúde pública exigindo destas profissionais, trabalho árduo, dedicação e conhecimentos epidemiológicos para conter as epidemias.

Correspondência para: Sara Mendes de Moura, e-mail: sahramoura@yahoo.com.br