HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO DISTRITO FEDERAL
Lídia Ester Lopes da Silva
Sara Mendes de Moura
Samira Monteiro Silva
Evelyn Heinzen
Adriana de Faria Gomes
Maria Liz Cunha de Oliveira
INTRODUÇÃO: Brasília foi sonho e proposta de várias gerações de brasileiros, ao longo de quase dois séculos. Entretanto, foi o presidente Juscelino Kubitschek quem materializou este sonho ao propor a transferência da sede do governo situado no Rio de Janeiro para a região do Planalto Central. Diversos operários braçais empenhavam-se na construção durante dia e noite, havendo a necessidade � por parte do Governo � de proporcionar assistência médica aos candangos principalmente com relação às lesões que pudessem ocorrer no ambiente de trabalho. Sendo assim, o princípio da assistência em saúde na futura capital iniciou-se com a construção do Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO) inaugurado em Julho de 1957, além de serviços de assistência domiciliar que já eram prestados por enfermeiras e um Centro de Saúde, posteriormente inaugurado em Setembro de 1959. OBJETIVOS: Resgatar a memória da Enfermagem no Distrito Federal e atuação das enfermeiras pioneiras nos atendimentos de saúde da Novacap, destacando as que trabalharam nos acampamentos e no Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO). METODOLOGIA: Pesquisa de abordagem qualitativa, inicialmente, realizou-se uma pesquisa bibliográfica através de livros, jornais e documentos da época, que possibilitaram analisar o contexto histórico. Num segundo momento, foi colhida a história de vida profissional das enfermeiras e de médicos que trabalharam no primeiro hospital de Brasília (HJKO). RESULTADOS: O atendimento em saúde na Novacap dividia-se em não-institucional (assistência prestada nos acampamentos) e institucional (desenvolvido pelo Departamento de Saúde da Novacap � DSN). Coube ao IAPI � Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Industriários, ligado ao DSN, a construção da primeira Unidade de Saúde, (HJKO). Sendo assim, diversas profissionais de enfermagem, naturais de várias regiões do País, destacaram-se neste contexto em ambos atendimentos, como Cacilda Bertoni e Luzia Farias (realizavam partos domiciliares), Martha Margarette, Rosa Irene e Edna Chavier (trabalharam no HJKO), além de muitas outras. CONCLUSÃO: Imbuídas de bravura e espírito de renúncia, várias enfermeiras imigraram para o Planalto Central. A carência de profissionais e os acampamentos com condições precárias, poeira, e aglomerados de trabalhadores da construção civil, conjugavam ambientes desfavoráveis a saúde pública exigindo destas profissionais, trabalho árduo, dedicação e conhecimentos epidemiológicos para conter as epidemias.
Correspondência para: Sara Mendes de Moura, e-mail: sahramoura@yahoo.com.br
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