Levantamento das necessidades de
P&D&I
A especialista convidada destacou
como necessidades: estudos que possibilitem a cura da doença;
Pesquisa clínica básica que possibilite o
reconhecimento da hanseníase a partir da avaliação
das lesões;.Melhor aporte do SUS para corresponder
às demandas referentes à assistência.
Foi recomendada a divulgação do conhecimento
teórico e prático existente para a população,
com o intuito de auxiliar na busca do reconhecimento e tratamento
da doença.
A Área técnica do Ministério
da Saúde destacou relevante para o desenvolvimento
da área:
- Estudo amostral de Multidrogaterapia
– MDTA.
- Inquérito Nacional Escolar de
Prevalência de Hanseníase.
- Estudo de Custo e Efetividade de Tratamento
Precoce em Hanseníase Multibacilar Reacional.
- Estudo da Magnitude da Hanseníase
em Comunidades Quilombolas e Indígenas.
- Pesquisa para validação
de casos novos em Hanseníase.
- Estudo de marcadores de Síndrome
de Talidomida.
Metodologia
O grupo utilizou a metodologia proposta,
percorreu todas as etapas e respondeu as questões
apresentadas.
Definição de
Prioridades de Pesquisa em Saúde – Resultados
1. Qual a natureza e
tamanho da Carga da Doença e quais as tendências
epidemiológicas?
Conhece-se pouco sobre o comportamento
epidemiológico da hanseníase. Os dados existentes
indicam uma situação desigual em cobertura
e qualidade dos dados.
2. Quais são as
atuais intervenções disponíveis e as
estratégias de controle da doença?
- Diagnóstico: sem padrão
ouro.
- Terapêutica: regimes terapêuticos
limitados.
- Prevenção/Reabilitação:
efetividade limitada.
- Vigilância de contatos: Não
há consenso sobre a prevenção com
BCG e baixa cobertura na vigilância de contatos.
- Informação/Educação/Comunicação:
insuficiência e complexidade (Hanseníase
x Lepra).
- Estratégias de controle:
Controvérsias sobre a política de eliminação.
3. Quais os maiores problemas
e desafios no controle da doença?
- Insuficiência de conhecimento:
- Do processo de transmissão da doença.
- Da ocorrência de recidiva.
- Da ocorrência de resistência.
- Da magnitude dos efeitos adversos dos medicamentos
utilizados na hanseníase.
- Das necessidades demanda dos pacientes de hanseníase
no pós-alta.
- Das estratégias de prevenção
e reabilitação nos diferentes níveis
de complexidade.
- Das estratégias de informação,
educação e comunicação
para hanseníase.
- Limitação de arsenal
terapêutico.
- Falta de ferramentas para diagnóstico.
- Insuficiência de padronização
dos critérios de classificação para
o diagnóstico operacional.
- Avaliação do processo
de descentralização na hanseníase.
- Obstáculos para a sustentabilidade
do processo de descentralização para atenção
básica.
4. Quais atividades de
P&D&I seriam necessárias para enfrentar estes
problemas e desafios?
- Desenvolvimento de:
- Novos testes diagnósticos
para hanseníase.
- Novos testes marcadores e preditores
de reação hansênica.
- Novos marcadores de recidiva e
resistência medicamentosa.
- Novos marcadores de suscetibilidade
genética.
- Novas estratégias de controle
da hanseníase
- Estudos de:
- Cadeia de transmissão da
hanseníase.
- Identificação de
grupos de risco.
- Novas drogas para o tratamento
da hanseníase e reações hansênicas.
- Magnitude dos efeitos adversos
dos medicamentos utilizados na hanseníase.
- Co-morbidades e mortalidade em
hanseníase.
- Testes baseados em biologia molecular
para diagnóstico, resistência e transmissão.
5. Quais atividades de
P&D&I seriam necessárias para enfrentar estes
problemas e desafios?
- Estudos de:
- Determinação da taxa
de recidiva e de resistência medicamentosa na
hanseníase.
- Validação dos critérios
de diagnóstico operacional.
- Validação dos indicadores
epidemiológicos e operacionais do controle
da hanseníase.
- Sustentabilidade do processo de
descentralização na hanseníase.
- Demanda dos pacientes de hanseníase
no pós-alta.
- Estratégias de prevenção
e reabilitação nos diferentes níveis
de complexidade
- Estratégias de informação,
educação e comunicação
para hanseníase.
- Implementação de:
- Testes já disponíveis
para o diagnóstico de hanseníase.
- Estratégias para o controle
da hanseníase na atenção básica
em saúde.
- Esforço para desenvolvimento
de pesquisas operacionais.
6. Quais atividades de
P&D&I já estão em andamento? Existem
novas oportunidades?
- Métodos sorológicos para
diagnóstico e identificação de grupos
de risco.
- Métodos de tipagem da variabilidade
genômica do bacilo.
- Fontes não humanas de transmissão
(tatu, água).
- Desenvolvimento de teste cutâneo
baseado em genômica.
- Novas ferramentas diagnósticas:
PCR e nanotecnologia.
- Detecção da lesão
neural precoce através de novos métodos
diagnósticos.
- Outros estudos aos quais o grupo (neste
momento) não teve acesso.
7. Quais seriam as atividades
de P&D&I em que o programa doenças negligenciadas
teria uma vantagem comparativa de atuação,
em comparação com programas já existentes?
- Programa voltado para doenças
negligenciadas, com um número limitado de doenças
participantes, que possibilite o investimento prioritariamente
voltado aos serviços públicos de saúde.
- Inovação de estratégias
direcionadas aos serviços e a implementação
de seus produtos, com interação pesquisa-serviço.
8. Quais devem ser prioridades
específicas de P&D&I constantes do próximo
edital Decit?
Linhas Prioritárias
- Novos testes para diagnóstico,
resistência, suscetibilidade e transmissão.
- Marcadores preditivos de reação
hansênica.
- Marcadores de grupos de risco.
- Novos esquemas e regimes para o
tratamento da hanseníase e reações
hansênicas.
- Avaliação das estratégias
para o controle da hanseníase na atenção
básica em saúde.
Recomendações
encaminhadas ao Decit sobre estratégias de financiamento
- Projetos de médio e pequeno
porte.
- Apoio a projetos interinstitucionais,
priorizando a interação pesquisa-controle,
incluindo grupos emergentes.
- As necessidades apontadas pela Secretaria
de Vigilância em Saúde foram abordadas pelo
grupo e considerou-se que as prioridades apontadas neste
documento contemplam algumas das necessidades apresentadas
pelo Ministério.
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