Contextualização
Foi realizada oficina de trabalho
com o objetivo de discutir e elaborar termo de referência
para ações de fomento do MCT/CNPq/CT-Saúde
e do Decit/Scitie, do Ministério da Saúde,
referentes a projetos cooperativos de pesquisa em Meio Ambiente
e Saúde Humana. O foco central é a produção
de resultados que contribuam, de modo efetivo e substancial,
para a formulação, implementação
e avaliação de ações públicas
voltadas para melhoria das condições de saúde
da população brasileira e para a superação
de desigualdades regionais e socioeconômicas.
A importância de desenvolver
estudos nessa área está relacionada com o
processo de industrialização crescente que
gerou, em todo mundo, grandes volumes de resíduos.
Em muitos casos, os insumos e produtos finais contêm
substâncias com diversas características de
periculosidade para o meio ambiente e para a saúde
humana.
Entre os poluentes químicos
mais reincidentes em termos de contaminação
no Brasil, podem ser destacados os agrotóxicos, chumbo,
mercúrio, solventes e derivados de petróleo.
No Brasil, o procedimento de avaliação
de risco à saúde humana por resíduos
perigosos é uma atividade recente e, diferentemente
do que ocorre nos países onde esta prática
já existe desde a década de 80, ainda não
existe um arcabouço jurídico-institucional
que imponha uma seqüência formal aos resultados
dos estudos de avaliação de risco.
A preocupação com o
meio ambiente e saúde, neste contexto, aponta para
a necessidade de gerenciamento ambiental em saúde
adequado, tendo como prioridades para esta área de
atuação o cadastramento e o mapeamento das
áreas com solos contaminados que ofereçam
risco ou potencial risco à saúde humana, além
de estabelecer instrumento de avaliação de
risco à saúde para determinar as ações
prioritárias de saúde e recomendar outras
ações na área de meio ambiente.
Metodologia
Foram acatados os critérios
de elegibilidade e o princípio da Equidade preconizado
pelo SUS para seleção das áreas contempladas
pelos estudos, conforme relação abaixo:
a) Áreas com solos potencialmente
contaminados;
b) Tipos de contaminantes existentes na
área e sua periculosidade;
c) Evidências de exposição
humana e danos à saúde;
d) Tamanho da população
potencialmente exposta;
e) Tempo de exposição;
f) Estabilidade espacial da população;
g) Mínimo de informação
nas áreas de saúde e meio ambiente.
Os editais foram propostos dentro
de uma distribuição, nas regiões brasileiras,
com base nas prioridades apontadas por estados, de acordo
com suas atividades produtivas predominantes e os contaminantes
ambientais mais freqüentes no país.
Resultados
A linha prioritária de pesquisa:
populações expostas a contaminantes químicos
em áreas com solo contaminado. Contemplando os editais
abaixo:
- Estudo Epidemiológico
em Populações Expostas à Contaminação
Ambiental em Áreas de Uso de Agrotóxicos
na Região Nordeste.
- Estudo Epidemiológico na População
Residente nos Municípios da Região da Bacia
Carnonífera/SC.
- Estudo Epidemiológico na População
Residente nos Municípios de Monte Alegre, Prainha
e Alenquer/PA.
- Estudo Epidemiológico na População
Residente no Município de Poconé/MT.
- Estudo Epidemiológico na População
Residente no Município de Porto de Santana/AP.
- Estudo Epidemiológico em Populações
Expostas à Contaminação Ambiental
em Áreas de Postos Combustíveis na Região
Sudeste.
Participantes
- Departamento de Ciência e Tecnologia,
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
- Coordenação Geral de
Vigilância Ambiental em Saúde – Secretaria
de Vigilância em Saúde (CGVAM/SVS)
- Coordenação Geral de
Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviço –
Secretaria de Vigilância em Saúde (CGDEP/SVS)
- Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico – (CNPq)
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