Ministério da Saúde
Agência Nacional de Vigilância Sanitária

RESOLUÇÃO-RDC Nº 151, DE 17 DE JUNHO DE 2003

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilãncia Sanitária no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV, do art. 11 do Regulamento da ANVISA, aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “b” do Regimento Interno aprovado pela Portaria 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 16 de abril de 2003,

considerando o inciso XIX do art. 7º da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999;

adota a seguinte Resolução e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação:

Art. 1º Fica aprovado o Fascículo 1 da Parte II, da 2ª Edição da Farmacopéia Homeopática Brasileira, em anexo, elaborado pela
Comissão Permanente de Revisão da Farmacopéia Brasileira-CPRFB, instituída pela Portaria nº 12, de 20 de janeiro de 2000.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

CLÁUDIO MAIEROVITCH PESSANHA HENRIQUES

ANEXO

FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA

SEGUNDA EDIÇÃO

Parte II

Primeiro Fascículo

A identificação das monografias na Parte II é efetuada pelo número de série e o ano de publicação de sua última versão. Os textos da Parte I são identificados pelo número de referência e o ano de publicação da última versão.

Os textos e monografias publicados no presente Fascículo anulam os textos publicados, anteriormente, na 1ª edição da Parte I.


MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE
HUMBERTO COSTA
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
DIRETOR- PRESIDENTE
CLAUDIO MAIEROVITCH PESSANHA HENRIQUES
GONZALO VECINA NETO
(Gestão: 26/4/1999 a 7/3/2003)
DIRETORIA COLEGIADA
CLAUDIO MAIEROVITCH PESSANHA HENRIQUES
LUIS CARLOS WANDERLEY LIMA
RICARDO OLIVA
II COMISSÃO PERMANENTE DE REVISÃO
DA FARMACOPÉIA BRASILEIRA
PRESIDENTE
CELSO F. BITTENCOURT
CYPRIANO CARDOSO FILHO
Farmacêutico
Associação Brasileira de Farmacêuticos
Rio de Janeiro, RJ
EDUARDO AUGUSTO MOREIRA
Professor
Curso de Farmácia da Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai das Missões
Erechim, RS
EDUARDO CHAVES LEAL
Farmacêutico
Instituto Nacional de Controle de Qualidade
em Saúde/FIOCRUZ
Rio de Janeiro, RJ
ELFRIDES E. SCHERMAN SCHAPOVAL
Professora
Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul
Porto Alegre, RS
ELIZABETH IGNE FERREIRA
Professora
Faculdade de Ciências Farmacêuticas
da Universidade de São Paulo
São Paulo, SP
ÉRICO MARLON FLORES
Professor
Curso de Química da Universidade Federal
de Santa Maria
Santa Maria, RS
GERALDO FENERICH
Farmacêutico
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
do Ministério da Saúde
Brasília, DF

GERSON ANTÔNIO PIANETTI
Professor
Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas
Gerais
Belo Horizonte, MG
JOÃO CARLOS PALAZZO DE MELLO
Farmacêutico
Conselho Federal de Farmácia
Brasília, DF
LAURO DOMINGOS MORETTO
Farmacêutico
Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos
no Estado de São Paulo
São Paulo, SP
MARIA JOSÉ MACHADO
Farmacêutica
Associação dos Laboratórios Oficiais do Brasil
Brasília, DF
NIKOLAI SHARAPIN
Professor
Faculdade de Farmácia da Universidade
Federal Fluminense
Niterói, RJ
SALVADOR ALVES PEREIRA
Professor
Faculdade de Farmácia da Universidade
Federal Fluminense
Niterói, RJ
WILSON REINHARDT FILHO
Farmacêutico
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
São Paulo, SP
SUBCOMISSÃO DE HOMEOPATIA DA COMISSÃO
PERMANENTE DE REVISÃO DA FARMACOPÉIA BRASILEIRA
COORDENADOR
Gilberto Luiz Pozetti
Farmacêutico
Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”
Araraquara, SP
Edanir dos Santos
Farmacêutico
Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”
Jaboticabal, SP
Elza Helena Guimarães Lara
Farmacêutica
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto
Ribeirão Preto, SP
Fernando de Oliveira
Farmacêutico
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de São Paulo
São Paulo, SP
Lázaro Moscardini D´ Assunção
Farmacêutico
Escola de Farmácia e Medicina de Alfenas
Alfenas, MG
Luiz Cezar de Camargo Carvalho
Farmacêutico
Recife, PE
Margarete de Akemi Kishi
Farmacêutica
Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas
São Paulo, SP
Maria Izabel de Almeida Prado
Farmacêutica
São Paulo, SP
Renan Ruiz
Médico
Associação Médica Homeopática Brasileira
São Paulo, SP
COLABORADORES DO FASCÍCULO 1
Edanir dos Santos
Farmacêutico
Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”
Jaboticabal, SP
Elza Helena Guimarães Lara
Farmacêutica
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto
Ribeirão Preto, SP
Fernando Oliveira
Farmacêutico
Universidade São Francisco
Bragança Paulista, SP
Gilberto Luiz Pozetti
Farmacêutico
Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”
Araraquara, SP
Ivone Carvalho
Farmacêutica
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto
Ribeirão Preto, SP
Jairo Kenupp Bastos
Farmacêutico
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto
Ribeirão Preto, SP
José Zuanon Neto
Farmacêutico
Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”
Araraquara, SP

Luiz Cezar de Camargo Carvalho
Farmacêutico
Recife, PE
Luiz Fernando Gai
Estudante
Universidade Federal de Santa Maria
Santa Maria, RS
Luis Vitor S. do Sacramento
Farmacêutico
Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”
Araraquara, SP
Maria Inês Miritello Santoro
Farmacêutica
Universidade de São Paulo
São Paulo, SP
Marília Appel M. Bortoluzzi
Farmacêutica
Universidade Federal de Santa Maria
Santa Maria, RS
Pedro Eduardo Fröehlich
Farmacêutico
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Porto Alegre, RS
Ricardo Chiappa
Farmacêutico
Secretário CPRFB
Universidade Federal de Santa Maria
Santa Maria, RS
TEXTOS REVISADOS DA SEGUNDA EDIÇÃO E DE
EDIÇÕES ANTERIORES
Parte I
XII.Formas Farmacêuticas
NOVOS TEXTOS INCLUÍDOS NO PRIMEIRO FASCÍCULO
Monografias
Acidum lacticum (1)
Acidum oxalicum (2)
Acidum salicylicum (3)
Acidum sulphuricum (4)
Adrenalinum (5)
Allium cepa (6)
Alumen (7)
Ammonium carbonicum (8)
Ammonium muriaticum (9)
Ammonium phosphoricum (10)
Anilinum (11)
Argentum metallicum (12)
Argentum nitricum (13)
Avena sativa (14)
Barita muriatica (15)
Baryta carbônica (16)
Borax (17)
Calcarea carbonica (18)
Calcarea fluorica (19)
Calcarea muriatica (20)
Calcarea phosphorica (21)
Cuprum metallicum (22)
Echinacea angustifolia (23)
Ethylicum (24)
Ferrum metallicum (25)
Ferrum sulphuricum (26)
Ginkgo biloba (27)
Guaiacum officinale (28)
Iodium (29)
Kali bichromicum (30)
Kali bromatum (31)
Kali iodatum (32)
Kali muriaticum (33)
Mercurius sulphuratus ruber (34)
Parreira brava (35)
Thuya occidentalis (36)
Parte I
XV.3 - Insumos Inertes
XV.4 - Métodos de Análises e de Ensaios
XV.5 - Determinação de Elementos e Substâncias através da
Análise na Chama
XV.6 - Conversão de Normalidade em Molaridade
MONOGRAFIAS

ACIDUM LACTICUM

C3H6O3 M.M.: 90,08

Sinonímia homeopática: Lactis acidum

Nome químico: ácido lático, ácido hidroxipropanóico.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Líquido xaroposo, incolor ou levemente amarelado, de sabor fortemente ácido; higroscópico e quase inodoro.

Solubilidade. Miscível em todas as proporções com a água, etanol e éter etílico; insolúvel em clorofórmio, benzeno e éter de petróleo.

Incompatibilidades. Álcalis e carbonatos em geral, cianetos alcalinos e metálicos, óxidos em geral.

Densidade relativa (V.2.5) F. Bras. IV. Cerca de 1,206.

Especificação

Contém, no mínimo, 85% e, no máximo, 90%, de C3H6O3.

(p/p).

Identificação

A. O ácido lático depois de neutralizado, deve responder ao ensaio de Lactato (V.3.1.1.-4) F. Bras. IV.

B. A 0,5 ml de ácido lático, adicionar 10 ml de água purificada, 1 ml de solução iodo SR e 6 ml de hidróxido de sódio SR;forma-se precipitado amarelo de iodofórmio, de cheiro penetrante e característico.

C. A mistura de 1 ml de ácido lático com 9 ml de água purificada produz reação ácida em papel indicador.

Ensaios de pureza

Cor da solução. O ácido láctico não é mais corado que 5 ml da solução F SC diluída a 100 ml com ácido clorídrico 1% (V/V) (V.2.12) F. Bras. IV.

Substâncias insolúveis em éter. Dissolver 1 g de ácido lático em 25 ml de éter etílico. A solução deverá permanecer límpida.

Resíduo por incineração. Em cápsula de porcelana, previamente tarada, calcinar, cuidadosamente, 1 g de ácido lático. O resíduo
deverá pesar no máximo 0,1%.

Ácidos cítrico, oxálico, fosfórico e tartárico. A 10 ml de solução de ácido lático em água purificada (1:10), adicionar 40 ml de hidróxido de cálcio SR e ferver por 10 minutos; não produz turbidez.

Ácidos graxos voláteis. Aquecer cuidadosamente, por 10 minutos a 50 oC, 5 g de ácido lático em um frasco com tampa. Ao abrir
o frasco não se nota odor desagradável de ácidos graxos inferiores.

Cálcio. Para a determinação do cálcio emprega-se a seguinte solução amostra: 1 g de ácido lático diluído com água purificada a 10 ml. A 5 ml dessa solução adicionar 1 ml de amônia e 2 ml de oxalato de amônio SR. Agitar. Não deve precipitar.

Para determinação de impurezas, emprega-se a seguinte solução amostra: 5 g de ácido lático em 42 ml de hidróxido de sódio M
e diluir a 50 ml com água purificada (Solução A).

Açúcares e outras substâncias redutoras. Acidificar 1 ml da Solução A com 1 ml de ácido clorídrico M; aquecer à ebulição e resfriar. Adicionar 15 ml de hidróxido de sódio M e 2 ml de solução de tartarato cúprico (reagente de Fehling), aquecer à ebulição novamente;não deve produzir precipitado vermelho, amarelo ou verde.

Cloretos. Utilizar 5 ml da Solução A e proceder ao ensaiolimite para cloretos (V.3.2.1) F. Bras. IV. O limite é 100 ppm.

Ferro. Utilizar 10 ml da Solução A e proceder ao ensaiolimite para ferro (V.3.2.4 - Método I) F. Bras. IV. O limite é 10 ppm.

Metais pesados. Usar 12 ml da Solução A e proceder ao ensaio-limite para metais pesados (V.3.2.3 - Método I) F. Bras. IV. O limite é 10 ppm.

Sulfato. Utilizar 7,5 ml da Solução A em 15 ml de água purificada e proceder ao ensaio-limite para sulfato (V.3.2.2) F. Bras.

IV. O limite é 200 ppm.

Metanol e ésteres metílicos. Colocar 2 g de ácido lático em balão de fundo redondo e adicionar 10 ml de água purificada. Resfriar
em banho de gelo e adicionar cuidadosamente 30 ml de hidróxido de potássio 30% (p/V). Resfriar em banho de gelo por 10 a 15 minutos.

Conectar a um condensador apropriado e destilar a mistura em um frasco graduado contendo 1 ml de etanol absoluto, coletando pelo menos 9,5 ml e diluindo a 10 ml com água purificada.. Preparar a solução de referência com 0,1 ml de metanol e 0,1 ml de etanol absoluto. Com o destilado e com o a solução de referência, em frascos separados, aplicar o seguinte tratamento: a 1 ml do destilado adicionar 5 ml da solução reagente permanganato de potássio/ácido ortofosfórico SR e misturar. Depois de 15 minutos adicionar 2 ml da solução reagente ácido oxálico/ácido sulfúrico. Agitar com bastão de vidro até descoloração e adicionar 5 ml de fucsina descolorida. Depois de 2 horas a cor da solução não é mais intensa que a solução obtida tratando 1 ml de solução de referência (0,1 ml de metanol e 0,1 ml de etanol absoluto) no mesmo tempo e procedimento aplicados ao destilado (500 ppm de metanol).

Substâncias facilmente carbonizáveis. Lavar um tubo de ensaio com ácido sulfúrico e deixar escoar por 10 minutos. Adicionar 5 ml de ácido sulfúrico ao tubo de ensaio e, cuidadosamente, adicionar 5 ml de ácido lático sem agitar. Manter o tubo em temperatura de 15 oC; dentro de 15 minutos não deve desenvolver cor escura na interface dos dois ácidos.

Doseamento

A 2 g de ácido lático, juntar 50 ml de hidróxido de sódio M, num vaso de precipitação, ferver a solução durante 20 minutos. Deixar esfriar. Titular o excesso de hidróxido de sódio M com ácido sulfúrico 0,5 M, empregando como indicador fenolftaleína. 1 ml de hidróxido de sódio M equivale a 0,09008 g de C3H6O3. Preparar branco para as correções necessárias.

Conservação

Conservar em frasco de vidro neutro, âmbar, hermeticamente fechado.

Forma derivada

Ponto de partida. Ácido lático.

Insumo inerte. Solução hidroalcoólica em diferentes graduações.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 2 DH ou 1 CH.

Conservação. Conservar em frasco neutro, âmbar, bem fechado.

_______________________________________________

REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES

Reagente ácido oxálico/ácido sulfúrico: dissolver 5 g de ácido oxálico em 100 ml de ácido sulfúrico à 50% (V/V) resfriado.

Reagente permanganato de potássio/ácido ortofosfórico: dissolver 3 g de permanganato de potássio em uma mistura de 15 ml de
ácido ortofosfórico e 70 ml de água purificada; completar para 100 ml com água purificada.

Fucsina descolorida (Reagente de Schiff): dissolver 0,1 g de cloridrato de p-rosanilina (Fucsina) em ácido clorídrico concentrado.

Adicionar 1 g de bissulfito de sódio. Agitar. Caso não haja descoramento imediato da solução, que passa de rósea a incolor, adicionar, aos poucos, quantidade suficiente de bissulfito, agitando sempre, até que o descoramento se verifique. Guardar em frasco escuro, com tampa esmerilhada. Conservar sob refrigeração.

2

ACIDUM OXALICUM

C2H2O4.2H2O M.M.: 126,07

Sinonímia homeopática: Oxalii acidum

Descrição

Caracteres físico-químicos. Cristais transparentes, incolores.

Solubilidade. Facilmente solúvel em água (1:12) e em etanol (1:3), ligeiramente solúvel em glicerina. Insolúvel em clorofórmio, benzeno, éter de petróleo.

Incompatibilidades. Sais de cálcio solúveis, sais de ferro, de ouro, de prata, de magnésio, permanganatos, cianetos e outros oxidantes,ácido sulfúrico e cloreto mercúrico.

Faixa de fusão (V.2.2) F. Bras. IV. 101 °C a 102 °C.

DL50 oral. 9,5 ml/Kg, solução a 5% (p/V).

Especificação

Deve conter, no mínimo, 99,5% e, no máximo, 100,5%, de C2H2O4.

Identificação

A. Em cápsula de porcelana adicionar a 50 mg da amostra deácido oxálico, 10 mg de resorcina e 1 gota de glicerina; misturar até dissolver a resorcina. Adicionar 5 gotas de ácido sulfúrico sem agitar; produz-se coloração vermelho-violeta tendendo a azul. Esta reação permite caracterizar 0,0063 mg de ácido oxálico na amostra em análise.

B. Juntar partes iguais de ácido oxálico, cloridrato de difenilamina e ácido benzóico. Aquecer suavemente até a fusão; produz-se cor azul. Adicionar etanol até dissolver; o etanol também corar-se-á de azul. Permite caracterizar 10 mg de ácido oxálico na amostra em análise.

C. Uma solução contendo 100 mg de ácido oxálico em 2 ml de água purificada e 1 ml de NaOH 6 M produz, por agitação, precipitado cristalino.

D. Colocar, na depressão da placa de porcelana, 5 gotas deácido clorídrico a 50% (V/V) e grânulos de zinco e 1 gota de solução
concentrada de ácido oxálico. Após 5 minutos, remover o excesso de zinco não atacado, adicionar 1 gota de solução de fenilhidrazina a 1% (p/V) recentemente preparada. Levar à estufa a 110 oC por 5 minutos.

Deixar resfriar. Adicionar 1 gota de ácido clorídrico concentrado e 1 gota de solução de peróxido de hidrogênio a 3% (V/V). Desenvolvese cor que varia do róseo ao vermelho após 3 a 4 minutos.

E. Em microtubo de ensaio colocar mistura de partes iguais de ácido oxálico e difenilamina. Levar à fusão em chama de bico de Bunsen. Deixar resfriar. Dissolver a mistura fundida com 1 gota de etanol. Desenvolve-se cor azul.

Ensaios de pureza

Limpidez e cor da solução. Dissolver 1 g da amostra em 20 ml de água purificada. A solução deve ser clara e incolor.

Resíduo por incineração (V.2.10) F. Bras. IV. Usar 10 g de amostra. Limite máximo 0,01%.

Cloretos. Dissolver 1 g da amostra em 20 ml de água purificada e proceder ao ensaio-limite para cloretos (V.3.2.1) F. Bras. IV.

O limite máximo é de 20 ppm.

Metais pesados. Juntar o resíduo obtido por incineração (V.2.10) F. Bras. IV. 3 ml de ácido clorídrico 6 M e evaporar à secura.

Dissolver o resíduo assim obtido em 2 ml de ácido clorídrico 0,1 M e diluir até 20 ml com água purificada. Usar 12 ml e proceder ao ensaio-limite para metais pesados (V.3.2.3.-2 - Método I) F. Bras. IV.

O limite é 20 ppm.

Ferro. Usar 5 ml da solução aquosa amostra preparada na determinação de metais pesados e proceder ao ensaio-limite para ferro (V.3.2.4. - Método I) F. Bras. IV. O limite é 5 ppm.

Substâncias facilmente carbonizáveis. A 1 g da amostra, juntar 10 ml de ácido sulfúrico concentrado, aquecer cuidadosamente até o desaparecimento dos primeiros vapores brancos. Depois de esfriar, a solução não deve estar mais fortemente corada que a Solução padrão.

Solução padrão: Misturar 0,15 ml de FeCl3 4,51 % (p/V)com 0,1 ml de CoCl2 6,5 % (p/V) e 9,75 ml de HCl 1 % (p/V).

Doseamento

A. Dissolver 120 mg da amostra em água purificada. Titular com hidróxido de sódio 0,1 M , empregando como indicador fenolftaleína SI. Cada ml de hidróxido de sódio 0,1 M consumido corresponde a 6,305 mg de C2H2O4 .2H2O.

B. A cada 150 mg da amostra, juntar 30 ml de água purificada e 10 ml de ácido sulfúrico 70 % (p/V). Titular à temperatura de 60 - 70 oC com permanganato de potássio 0,02 M. Cada ml consumido equivale a 6,305 mg de C2H2O4 . 2H2O.

Conservação

Em frasco de vidro neutro, âmbar, hermeticamente fechado.

Forma derivada

Ponto de partida. Ácido oxálico (C2H2O4.2H2O).

Insumo inerte. Solução hidroalcoólica em diferentes graduações.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 4 DH e da 2 CH.

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

3

ACIDUM SALICYLICUM

C7H6O3 M.M.: 138,12

Sinonímia homeopática: Salycili acidum

Nome químico: ácido 2-hidroxibenzóico; ácido 2-hidroxisalicílico,ácido salicílico.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Pó cristalino branco ou cristais aciculares incolores. Inodoro com sabor ácido adocicado e irritante.

Solubilidade. Facilmente solúvel em acetona, em etanol (1:4) e em éter etílico; ligeiramente solúvel em clorofórmio e em água fervente; muito pouco solúvel em água (1:550).

Faixa de fusão (V.2.2) F. Bras. IV. Entre 158 °C a 161 °C.

Sublimação. Sublima em agulhas delgadas, quando aquecidoà temperatura de 76 °C.

Decomposição. Aquecido rapidamente decompõe-se desprendendo cheiro de fenol.

Incompatibilidades. Iodo, sais de ferro, substâncias oxidantes.

Especificação

Contém, no mínimo, 99,5% e, no máximo, 101% de C7H6O3, calculado em relação à substância seca.

Identificação

A. O espectro de absorção no infravermelho (V.2.14) F. Bras.IV, de dispersão em brometo de potássio corresponde em posição e em intensidade relativa dos picos ao espectro obtido com ácido salicílico padrão.

B. A solução amostra contendo 1 mg em 100 ml de ácido clorídrico 0,01 M deve apresentar espectro de absorção no ultravioleta
(V.2.14.-3) F. Bras. IV, semelhante ao espectro de ácido salicílico padrão, preparado de igual forma. Observam-se os picos máximos em cerca de 302 e 234 nm.

C. Adicionar a 0,05 g, em um tubo de ensaio, cerca de 1 ml de ácido sulfúrico e depois, com precaução, às gotas, cerca de 1 ml de metanol; aquecer a mistura assim obtida; percebe-se o cheiro característico de salicilato de metila.

D. Dissolver, num tubo de ensaio, cerca de 0,05 g em 2 ml de ácido sulfúrico formolado, recentemente preparado e esfriado, e juntar algumas gotas de vanadato de amônio; produz-se imediatamente coloração azul intensa, passando a azul-esverdeada e depois a
verde.

E. Adicionar a uma solução aquosa saturada, 1 gota de cloreto férrico SR; produz-se coloração roxa que, pela adição de amônia,
se torna pardo esverdeada. Os ácidos minerais fortes, algumas bases e diferentes sais impedem esta reação.

Cromatografia em camada delgada (V.2.17.1) F. Bras. IV.

Desenvolver cromatografia em camada delgada de sílica-gel. Empregar como fase móvel a mistura de ácido acético glacial-cicloexano-éter etílico-metanol (18:60:60:2). Deixar a cuba saturando por uma hora. Aplicar separadamente sobre a cromatoplaca 10 μl de solução amostra e 10 μl de solução de referência preparadas como segue: Solução amostra e solução de referência: 25 mg/ml em etanol.

Desenvolver o cromatograma em percurso de 10 cm. Deixar evaporar os solventes ao ar. Observar sob lâmpada de ultravioleta de onda curta (254 nm) ou utilizar uma solução de cloreto férrico SR como revelador. O ácido salicílico deve ser visualizado com Rf de 0,40.

Ensaios de pureza

Cloretos. Aquecer 1 g da substância com 40 ml de água destilada; deixar esfriar e filtrar. Utilizando esta solução proceder ao ensaio-limite para cloretos (V.3.2.1) F. Bras. IV. O limite máximo é 280 ppm.

Fenol. Dissolver 0,5 g em 10 ml de solução aquosa de carbonato de sódio 1,25% (p/V) e agitar com 10 ml de éter etílico;deixar repousar algum tempo, decantar o éter, dessecá-lo com sulfato de sódio anidro e filtrar; 5 ml do filtrado abandonados à evaporação espontânea, devem deixar, no máximo, 0,001 g de resíduo. Este, dissolvido em água quente e adicionado de amônia e de algumas gotas de solução aquosa de hipoclorito de sódio 0,38% (p/V), deve dar coloração azul.

Limpidez e cor da solução. Dissolver 1 g da substância em 10 ml de etanol a 96% (V/V). A solução deve ser límpida e incolor.

Metais pesados (V.3.2.3.-3 - Método II) F. Bras. IV. Proceder ao ensaio com solução preparada pela dissolução de 1 g de ácido salicílico em 40 ml de acetona e 10 ml de água. O limite máximo é 20 ppm.

Perda por dessecação. Colocar 1 g de ácido salicílico em dessecador, sobre gel de sílica por 3 horas (V.2.9) F. Bras. IV. Perde não mais de 0,5% do seu peso.

Resíduo por incineração (V.2.10) F. Bras. IV. Não mais que 0,05%.

Substâncias facilmente carbonizáveis. Dissolver 0,5 g em 5 ml de ácido sulfúrico; não deve produzir coloração nitidamente parda antes de 20 minutos.

Sulfato. Preparar uma solução conforme descrito em Cloretos e proceder ao ensaio-limite para sulfatos (V.3.2.2) F. Bras. IV. O limite máximo é 400 ppm.

Doseamento

Titulação em meio não-aquoso. Dissolver cerca de 500 mg previamente dessecados sobre gel de sílica por 3 horas, em 25 ml deálcool neutralizado. Titular com hidróxido de sódio 0,2 M, empregando como indicador fenolftaleína SI, até aparecimento de coloração rósea. Cada ml de hidróxido de sódio 0,1 M equivale a 13,812 mg de C7H6O3.

Conservação

Em frasco de vidro neutro, âmbar, hermeticamente fechado, ao abrigo da luz.

Forma derivada

Ponto de partida. Ácido salicílico.

Insumo inerte. Etanol 90% (V/V).

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 1 CH e da 1 DH será empregado etanol no mesmo título etanólico de seus dissolventes iniciais, nas três primeiras dinamizações, para a escala centesimal, e nas seis primeiras para a escala decimal. A partir daí empregar etanol de dispensação.

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES

Ácido sulfúrico formolado: Adicionar 2 ml de formol a 100 ml de ácido sulfúrico concentrado. Realizar a operação em banho de água fria ou sob corrente de água fria.

Solução de vanadato de amônio: Dissolver 1 g de vanadato de amônio em 100 g de ácido sulfúrico concentrado. Realizar a operação em banho de água fria ou sob corrente de água fria.

Álcool neutralizado: Neutralizar o etanol com solução de hidróxido de sódio 0,1 M usando fenolftaleína como indicador.

4

ACIDUM SULPHURICUM

H2SO4 M.M.: 98,08

Sinonímia homeopática: Sulphuris acidi.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Líquido incolor, oleoso, inodoro, higroscópico. Extremamente corrosivo. É acido ao papel indicador de tornassol azul.

Densidade relativa (V.2.5) F. Bras. IV. 1, 84.

Ponto de ebulição. 290 °C.

Solubilidade. Miscível com água e etanol em todas as proporções desenvolvendo considerável calor, devendo ser adicionado cuidadosa e lentamente, sob agitação constante e, de preferência, sob banho de água corrente.

Incompatibilidades. Carbonatos, cianetos alcalinos e metálicos,óxidos em geral.

Especificação

Contém, no mínimo, 95% e, no máximo, 97% de H2SO4.

Identificação

A. Em cápsula de porcelana, colocar 0,1 g de sacarose.

Adicionar, em seguida, 2 gotas do ácido. Observa-se a carbonização da sacarose a qual é acelerada por aquecimento.

B. Neutralizar 5 ml de ácido a 5% (V/V), com quantidade suficiente de solução de hidróxido de sódio a 5% (p/V) (Solução A).

Com essa solução, realizar provas para o ânion sulfato.

I- A 2 ml da Solução A, adicionar 5 gotas de solução aquosa de cloreto de bário a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado branco.

II- A 2 ml da Solução A, adicionar 5 gotas de solução aquosa de acetato de chumbo a 1% (p/V) . Observa-se a formação de precipitado branco, o qual se solubiliza por adição de quantidade suficiente de solução aquosa de acetato de amônio a 1% (p/V).

III- A 2 ml da Solução A, adicionar, lentamente, 5 gotas de solução aquosa de cloreto de estrôncio a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado amarelo que pode ser acelerada por aquecimento.

Ensaios de pureza

Cloretos. À solução aquosa do ácido a 5% (V/V), adicionar 5 gotas de solução aquosa de nitrato de prata a 1% (p/V). Não deve ocorrer precipitação ou turvação.

Metais pesados. À solução aquosa do ácido a 10%, neutralizada previamente com hidróxido de amônio, e acidificada em seguida com quantidade suficiente de solução aquosa de ácido acético a 10% (V/V), adicionar 5 gotas de solução aquosa de sulfeto de sódio a 1% (p/V). Não deve ocorrer precipitação ou turvação.

Arsênio e Selênio. Adicionar 1 ml do ácido a 2 ml de água purificada; deixar esfriar. Adicionar 3 ml de solução aquosa de hipofosfito de sódio a 1% (p/V). Aquecer em banho-maria fervente, por 15 minutos. Não deve haver escurecimento da solução.

Substâncias redutoras (ácido sulfuroso, ácido nitroso). A 5 ml da solução aquosa do ácido a 20% (V/V), adicionar 5 gotas de solução aquosa de permanganato de potássio a 1% (p/V). A cor resultante deve ser estável pelo tempo mínimo de 5 minutos.

Doseamento

Pesar 2 g do ácido, adicionar a 40 ml de água purificada.

Titular com solução de hidróxido de sódio M, empregando solução de alaranjado de metila SI como indicador. Cada ml de hidróxido de sódio M consumido equivale a 0,04904 g de H2SO4.

Conservação

Em frasco de vidro neutro, âmbar, hermeticamente fechado.

Forma derivada

Ponto de partida. Ácido sulfúrico (H2SO4).

Insumo inerte. Água purificada até 3 CH ou 7 DH; solução hidroalcoólica em diferentes graduações a partir da 4 CH ou 8 DH.

Métodos. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. Dispensar somente a partir de 3 CH ou 6 DH, em água purificada. A partir da 4 CH ou 8 DH, dispensar em álcool de dispensação.

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

5

ADRENALINUM

C9H13NO3 M.M.: 183,21

Sinonímia homeopática: Epinephrinum.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Pó microcristalino, quase branco ou levemente amarelado, alterável ao ar e luz com gradual escurecimento, inodoro, fraco sabor amargo.

Solubilidade. Insolúvel em éter, etanol e clorofórmio; praticamente insolúvel em água. Solúvel em ácidos minerais e hidróxidos alcalinos.

Ponto de fusão (V.2.2) F. Bras. IV. 212 °C.

Incompatibilidades. Álcalis, cobre, ferro, prata, zinco, outros metais, gomas, agentes oxidantes, taninos.

Especificação

Contém, no mínimo, 97% e, no máximo, 100,5%, calculado em relação à base seca.

Identificação

A. O espectro de absorção no infravermelho de dispersão de brometo de potássio apresenta máximos de absorção nos mesmos
comprimentos de onda e com as mesmas intensidades relativas observadas em espectro de epinefrina padrão (V.2.14) F. Bras. IV.

B. A solução amostra contendo 30 mg/ml de ácido clorídrico 0,01 M deve apresentar espectro de absorção no ultravioleta semelhante ao espectro de epinefrina padrão, preparado de igual forma (V.2.14.-3) F. Bras. IV. Observa-se o pico máximo em cerca de 280 nm.

C. A 1 ml de uma solução ácida de epinefrina 0,1% (p/V) adicionar 1 ml de solução de 2,5-dietoxitetrahidrofurano 1% (V/V) em ácido acético glacial. Aquecer a 80 °C por 2 minutos, resfriar em banho de gelo e adicionar 3 ml de solução de 4-dimetilaminobenzaldeído 2% (p/V) em ácido clorídrico e ácido acético glacial (1:19).

Misturar e deixar em repouso por 2 minutos. A solução apresenta coloração amarela similar a de uma solução preparada da mesma maneira, mas omitindo a substância em análise (diferenciação da noradrenalina).

D. A 5 ml de solução tampão de ftalato ácido pH 4 adicionar 0,5 ml de solução ácida de epinefrina (1:1000) e 1 ml de solução de
iodo 0,1 M. Misturar e deixar em repouso por 5 minutos. Adicionar 2 ml de solução de tiossulfato de sódio (1/40). Desenvolve-se coloração vermelha.

E. Dissolver 0,01 g de amostra em 10 ml de ácido acético a 0,2% (V/V). A 2 ml desta solução adicionar uma gota de cloreto férrico SR; produz-se intensa coloração verde que passa ao vermelho pela adição de solução de hidrogênio carbonato de sódio a 1% (p/V).

Ensaios de pureza

Perda por dessecação. Dessecar, em dessecador, a pressão reduzida, sobre sílica gel durante 18 horas à temperatura ambiente;não deverá perder mais que 2% de seu peso.

Resíduo por incineração (V.2.10) F. Bras. IV. Não mais que 0,1%, utilizando 1 g da amostra.

Adrenalona. A absortividade de uma solução contendo 2 mg/ml em ácido clorídrico (1:200), a 310 nm, não é superior a 0,2.

Norepinefrina. Cromatografia em camada delgada (V.2.17.1)

F. Bras. IV. Utilizar sílica-gel G como suporte, e mistura de nbutanol-água-ácido fórmico (7:2:1), como fase móvel. Aplicar separadamente sobre a cromatoplaca 5 μl de Solução Amostra, 5 μl de Solução Padrão de epinefrina e 5 μl de Solução Padrão de norepinefrina.

Solução Padrão de epinefrina. Dissolver 200 mg em 2 ml deácido fórmico e diluir com metanol a 10 ml para obter concentração final de 20 mg/ml.

Solução Padrão de norepinefrina. Dissolver 40 mg em 1 ml de ácido fórmico e diluir com metanol a 25 ml, para obter concentração final de 1,6 mg/ml.

Solução Amostra. Dissolver 200 mg da amostra em 2 ml deácido fórmico, e diluir com metanol a 10 ml e, obtendo concentração
final de 20 mg/ml.

Desenvolver o cromatograma em percurso de 10 cm. Deixar evaporar os solventes ao ar. Observar sob lâmpada de ultravioleta de
onda curta (254 nm).

O valor do Rf obtido para a principal mancha obtida da Solução Amostra corresponde ao Rf obtido para a Solução Padrão de norepinefrina. Nenhuma mancha obtida para a Solução Amostra deve ser maior ou mais intensa que a mancha de mesmo valor de Rf obtida para a Solução Padrão de norepinefrina, correspondendo a não mais que 4% de norepinefrina.

Doseamento

Titulação em meio não-aquoso. Pesar 0,3 g da amostra e dissolver em 50 ml de ácido acético glacial SR aquecendo ligeiramente
se necessário. Titular com ácido perclórico 0,1 M usando como indicador violeta cristal SI. Preparar branco para a correção necessária. Cada ml de ácido perclórico 0,1 M equivale a 18,32 mg de C9H13NO3.

Conservação

Em recipientes herméticos, opacos e sob refrigeração. Preferentemente em recipientes nos quais o ar tenha sido substituído por
nitrogênio.

Forma derivada

Ponto de partida. Epinefrina (C9H13NO3).

Insumo inerte. Lactose

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 4 DH-trit. ou 2 CH-trit.

Conservação. As dinamizações até 5 CH e 10 DH deverão ser consideradas preparações extemporâneas e as dinamizações posteriores conservar em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES

Solução ácida de Epinefrina: solubilizar 1 mg em quantidade suficiente de ácido clorídrico M e completar para 1 ml com água purificada.

6

ALLIUM CEPA

Nome botânico: Allium cepa L Família: Liliaceae

Sinonímia homeopática: Cepa.

Descrição da planta

Allium cepa L. é planta bulbosa com hastes erectas, côncavas e dilatadas na base, com folhas verdes, compridas e fistulosas.

As flores são esbranquiçadas, esverdeadas ou róseas, agrupadas em umbelas arredondadas dispostas na extremidade da haste, apresentando de duas a quatro brácteas curtas. O fruto é cápsula pequena.

Parte empregada. Bulbo fresco.

Descrição da droga

O bulbo, geralmente redondo e achatado, de diâmetro variável.É recoberto de escamas finas de cor pálida, esbranquiçadas, amarelas ou avermelhadas, segundo a variedade, envolvendo camadas sucessivas, internas, esbranquiçadas, espessas, suculentas e com odor característico.

Preparação da Tintura-mãe

A tintura-mãe de Allium cepa é preparada por maceração com etanol a 90% (V/V) a partir do bulbo fresco de Allium cepa L. (X.1.1). F. Hom. Bras. II.

Características da tintura-mãe. Líquido de cor amarelada, mais ou menos intensa ou ligeiramente avermelhada, de odor e sabor característicos.

Identificação

A. Adicionar a 2 ml de tintura-mãe, 2 gotas de nitrato de prata amoniacal (reagente de Tollens). Forma-se precipitado negro a frio. Após aquecimento em banho-maria fervente, por 1 a 2 minutos, pode-se observar a formação de espelho de prata.

B. Adicionar a 2 ml de tintura-mãe, em tubo de ensaio, 0,1 g de zinco em pó, e 1 ml de ácido clorídrico concentrado. Na extremidade superior do tubo, colocar tira de papel de filtro embebida em solução de acetato de chumbo. Aquecer em banho-maria fervente, até ebulição. O papel de acetato de chumbo adquire coloração que vai do cinza ao negro.

C. Adicionar a 2 ml de tintura-mãe 5 gotas de solução de hidróxido de sódio a 10% (p/V). Observa-se o aparecimento de cor amarela.

D. Adicionar a 2 ml de tintura-mãe 5 gotas de reagente de Fehling (cupro-tartarato). Observa-se redução imediata, a frio, com o desenvolvimento de cor verde-amarelada. Em seguida, aquecer em banho-maria fervente, por 1 a 2 minutos, observa-se a mudança de cor para amarelo ocre, com formação de precipitado.

E. Adicionar a 2 ml de tintura-mãe, 5 gotas de solução de ninidrina a 1% (p/V) em etanol a 96% (V/V). Aquecer em banhomaria fervente por 1 a 2 minutos. Observa-se o desenvolvimento de cor violeta.

F. Adicionar a 2 ml de tintura-mãe, 5 gotas de solução a 1% (p/V) de cloreto de alumínio. Observa-se o desenvolvimento de cor amarelo-ouro.

G. Adicionar a 2 ml de tintura-mãe 5 gotas de solução a 1% (p/V) de acetato de chumbo. Observa-se o desenvolvimento de cor laranja com intensa turvação.

H. Adicionar a 2 ml de tintura-mãe 5 gotas de solução a 5% (p/V) de sulfato de cobre. Observa-se o desenvolvimento de cor verde-amarelada.

I. Adicionar a 1 ml de tintura-mãe, 5 gotas de solução a 1% (p/V) de cloreto férrico. Observa-se o desenvolvimento de cor verde escura.

Ensaios

Título em etanol. 60 a 70% (V/V).

Resíduo seco. Igual ou superior a 2%.

Cromatografia em camada delgada (V.2.17.1) F. Bras. IV.

Desenvolver cromatografia em camada delgada de sílica-gel G. Aplicar sobre a camada delgada 40 μl da tintura-mãe, empregando como fase móvel a mistura de n-butanol-ácido acético glacial-água (40:10:10). Desenvolver a cromatografia por um percurso de 10 cm.

Deixar a placa secar ao ar. Examinar à luz ultravioleta de onda longa (365 nm). O cromatograma apresenta, geralmente, mancha com fluorescência amarela com Rf próximo a 0,40 e duas outras, amarelo-ocre com Rf próximos a 0,70 e 0,85. Em seguida, nebulizar a placa com solução reagente de cloreto de alumínio a 1% (p/V). Observar à luz ultravioleta de onda longa (365 nm). As manchas com Rf, respectivamente, próximo a 0,70 e 0,85 aparecem com fluorescência amarelo- esverdeada.

Numa segunda cromatografia preparada nas mesmas condições anteriores, após secá-la, nebulizar a camada delgada, com reagente de Tollens (nitrato de prata amoniacal). Examinar à luz visível. O cromatograma apresenta uma mancha amarela com Rf entre 0,60 e 0,70, outra, castanho-escura, com Rf próximo a 0,95.

Podem surgir manchas, cinza-violácea, com Rf próximo a 0,20 e castanha, com Rf próximo a 0,35.

Conservação

Em frasco de vidro neutro, âmbar, hermeticamente fechado, ao abrigo da luz e do calor.

Forma derivada

Ponto de partida. Tintura-mãe.

Insumo inerte. Nas primeiras três dinamizações centesimais e seis primeiras decimais, utilizar teor alcoólico igual ao teor da tinturamãe.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir da 1 CH e da 1 DH será empregado etanol com mesmo título etanólico da tintura-mãe, nas três primeiras dinamizações para a escala centesimal e nas seis primeiras para a escala decimal. A partir daí, empregar etanol de dispensação.

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado, ao abrigo da luz e do calor.

REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES

Reagentes de Tollens: A 10 ml de solução aquosa de nitrato de prata a 5% (p/V) adicionar quantidade suficiente de hidróxido de amônio até formação de precipitado castanho e, subseqüente dissolução do mesmo. Em seguida, adicionar 5 ml de solução de hidróxido de sódio a 10%(p/V). Caso reapareça o precipitado, adicionar, gota a gota, nova quantidade de hidróxido de amônio até o desaparecimento do mesmo. Guardar em frasco escuro, com tampa esmerilhada e, preferentemente, sob refrigeração.

Solução reagente de acetato de chumbo: dissolver 10 g de acetato de chumbo em 100 ml de água purificada.

7

ALUMEN

AlK(SO4)2.12 H2O M.M.: 474,39

Sinonímia homeopática: Alumen crudum, Alumen kalicosulphuricum.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Cristais transparentes grandes e rígidos, ou fragmentos destes, ou pó branco cristalino; sabor doce e
adstringente. Inodoro.

Solubilidade. Solúvel em água (1:7,5) e insolúvel em etanol.

Ponto de fusão (V.2.2) F. Bras. IV. 92,5 °C.

Incompatibilidades. Bórax, hidróxidos alcalinos, carbonatos, fosfatos, sais de cálcio, chumbo, mercúrio e tanino.

Especificação

Contém, no mínimo, 99% e, no máximo, 100,5% de AlK(S04)2, calculado em relação à substância seca.

Identificação

A. A 1 g da amostra adicionar NaOH 1 M (1:20): forma-se precipitado que se dissolve em excesso do reagente. Não deve haver desprendimento de amônia.

B. Adicionar 10 ml de bitartarato de sódio em 5 ml de solução saturada de alumen: forma-se precipitado cristalino branco dentro de 30 minutos.

C.Uma solução 50 mg/ml da amostra, responde aos testes para Potássio (V.3.1.1.-5) F. Bras. IV.

D. Uma solução (1:20) da amostra responde aos testes para Alumínio (V.3.1.1) e para Sulfato (V.3.1.1.-5) F. Bras. IV.

Ensaios de pureza

Limpidez e cor da solução. Dissolver 2,5 g da amostra em 50 ml de água purificada. A solução deve ser límpida e incolor.

pH. 3 a 3,5, em solução contendo 100 mg/ml (V.2.19) F.Bras. IV.

Perda por dessecação. Pesar 1 g de amostra e secar em estufa à temperatura de 180 °C por 4 horas ou até peso constante: a perda deve ficar entre 43 - 46% de seu peso inicial (V.2.9) F. Bras. IV.

Amônia. Pesar 125 mg da amostra, dissolver com água purificada completando 20 ml de solução. Retirar desta solução 1 ml, diluir com água purificada até 14 ml. Proceder ao ensaio-limite para Amônia. (V.3.2.6) F. Bras. IV. Limite 0,2%.

Arsênio (V.3.2.5 - Método I) F. Bras. IV. Limite 3 ppm. Metais pesados. Dissolver 1 g da amostra com 20 ml de água purificada e adicionar 5 ml de ácido clorídrico 0,1 M. Evaporar até secura em frasco de porcelana. Tratar o resíduo com 20 ml de água purificada e adicionar 50 mg de cloridrato de hidroxilamina. Aquecer a solução em banho-maria por 10 minutos; esfriar e diluir com água purificada até 12 ml. Proceder ao ensaio-limite para metais pesados (V.3.2.3.-2 - Método I) F. Bras. IV. Limite 20 ppm.

Ferro. Adicionar 5 gotas de ferrocianeto de potássio SR em 20 ml de uma solução de alumen (1:150): não deve ocorrer produção
de coloração azul imediatamente (V.3.2.4). F. Bras. IV.

Doseamento

Pesar 0,5 g de amostra, dissolver em água purificada, contendo 1 ml de ácido clorídrico concentrado, diluir com água purificada até 200 ml. Adicionar 5 a 6 ml de solução de oxina (8- hidroxiquinolina) (solução 10% em ácido acético a 20%) e 5 g de uréia. Cobrir o béquer com vidro de relógio e aquecer a 95 °C por 2 a 3 horas. A precipitação é considerada completa quando o líquido sobrenadante que originalmente é verde-amarelado passa a amareloalaranjado.

Deixar esfriar e filtrar através de funil poroso de porosidade G-4. Lavar, primeiramente, com água purificada quente e finalmente com água purificada fria. Secar em estufa a 130 °C até peso constante. Cada grama de resíduo é equivalente a 1,0311 g de AlK(SO4)2.12 H2O.

Conservação

Armazenar em frasco de vidro neutro, hermeticamente fechado.

Formas derivadas

Ponto de partida. Sulfato duplo de alumínio e potássio (AlK(SO4)2.12 H2O).

Insumo inerte. Lactose.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo

Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 2 DH trit. e 1 CH trit..

Conservação. Conservar em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES

Solução Reagente de bitartarato de sódio: dissolver 11,5 g de bitartarato de sódio em q.s. de água purificada; completar o volume
para 100 ml.

8

AMMONIUM CARBONICUM

NH4HCO3 . NH4CO2NH2

Sinonímia: Ammonii carbonas, Carbonas ammonii.

Descrição

Consiste de mistura de hidrogenocarbonato de amônio (NH4HCO3) e carbamato de amônio (NH4CO2NH2) em várias proporções.
Caracteres físico-químicos. Massa branca, translúcida, dura, de odor fortemente amoniacal, ou cristais prismáticos, pequenos, brancos. Exposto ao ar, há perda de amônia e dióxido de carbono, tornando-se opaco e convertendo-se em massa porosa e friável, de hidrogenocarbonato de amônio.

Solubilidade. Solúvel em água (1:4) e parcialmente solúvel em etanol.

Incompatibilidades. Ácidos e sais ácidos, sais de Zn e Fe, alcalóides e calomelano, alumen e tartarato emético.

Especificação

Contém, no mínimo, 30% e, no máximo, 34% de NH3.

Identificação

A. Aquecido, volatiliza-se sem carbonização, dando vapores alcalinos ao papel vermelho de tornassol.

B. A 2 ml de solução aquosa da amostra a 1% (p/V) adicionar 5 gotas de ácido clorídrico. Observa-se efervescência com desprendimento gasoso.

Ensaios de pureza

Cloreto. Preparo do padrão: 1 ml de ácido clorídrico 0,01 M em 50 ml de água purificada. Preparo da amostra: dissolver 10 g de amostra em cerca de 25 ml de água purificada e reduzir o volume, em banho-maria fervente, até cerca de 10 ml. Técnica: desenvolver, em paralelo, padrão e amostra, a ambos juntar 30 ml de água purificada, 5 ml de ácido nítrico 2 M, 1 ml de nitrato de prata 0,25 M e completar o volume para 50 ml com água. Deixar em repouso por cerca de 10 minutos. A turbidez desenvolvida não deverá ser mais intensa da que for produzida pelo padrão. No máximo, 35 partes por milhão(V.3.2.1). F. Bras. VI.

Ferro. Dissolver 5 g da amostra em cerca de 50 ml de água purificada e aquecer à ebulição até reduzir o volume a cerca de 10 ml; deixar resfriar, neutralizar com ácido acético diluído e prosseguir como descrito no ensaio limite de ferro (V.3.2.4) F. Bras.VI. No máximo, 20 partes por milhão.

Metais pesados. Volatilizar 1 g da amostra em banho-maria e adicionar ao resíduo 1 ml de ácido clorídrico M; evaporar à secura em banho-maria. Dissolver o resíduo em cerca de 30 ml de água e prosseguir como descrito no ensaio limite de metais pesados (V.3.2.3)

F. Bras.VI. No máximo 10 partes por milhão.

Resíduo por incineração. Em cápsula previamente tarada, calcinar, cuidadosamente, 10 g: no máximo, o resíduo deverá pesar 0,005 g (0,05%).

Sulfato. Preparo do padrão: 2,5 ml de ácido sulfúrico 0,005 M em 50 ml de água purificada. Preparo da amostra: Dissolver 10 g em cerca de 25 ml de água purificada e reduzir o volume em banhomaria até cerca de 10 ml. Técnica: desenvolva em paralelo, padrão e
amostra, em ambos juntar 30 ml de água purificada, 5 ml de ácido clorídrico 3 M e 1 ml de cloreto de bário 1 M; completar o volume para 50 ml com água e aquecer em banho-maria durante 15 minutos.

A turbidez desenvolvida pela amostra não deverá ser mais intensa daquela produzida pelo padrão. Máximo, 120 partes por milhão.

(V.3.1.1.-5). F. Bras. IV.

Tiocianato. Dissolver 0,5 g em 10 ml de água purificada, acidificar levemente com ácido nítrico 2 M e juntar 0,5 ml de cloreto férrico SR; a mistura não deve tornar-se rósea ou vermelha.

Doseamento

Pesar 2,50 g de carbonato de amônio, transferir para um balão volumétrico de 500 ml e completar o volume com água purificada.

Agitar até dissolução.

Retirar uma alíquota de 25 ml da solução preparada anteriormente, adicionar o indicador alaranjado de metila SI ou azul de bromofenol SI (ou mistura de ambos) e titular com ácido clorídrico 0,1 M. O volume de ácido consumido (x ml) corresponde ao total de carbonato (CO3 --) e hidrogenocarbonato (HCO3 ---).

Para determinação do teor de carbonato e hidrogenocarbonato separadamente, retirar nova alíquota de 25 ml da solução de carbonato de amônio adicionar o indicador fenolfatleína ou mistura de azul de timol e vermelho de cresol e titular com ácido clorídrico 0,1 M. Com esses indicadores o carbonato presente é semi-neutralizado até o estágio de hidrogenocarbonato, desta forma, o volume de ácido gasto ( y ml) corresponde à metade do carbonato presente na amostra.

Então 2y = carbonato e x-2y = hidrogenocarbonato.

Conservação

Conservar em frasco de vidro neutro, âmbar, hermeticamente fechado, ao abrigo da luz e à temperatura inferior a 30 °C.

Formas derivadas

Ponto de partida. Carbonato de amônio (NH4 HCO3. NH4 CO2 NH2).

Insumo inerte. Lactose.

Métodos. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 2 DH trit. e 1 CH trit..

Conservação. Em frasco neutro, âmbar, bem fechado.

9

AMMONIUM MURIATICUM

NH4Cl M.M.: 53,49

Sinonímia homeopática: Ammonium chloridum, Ammonium hidrochoridum, Ammonium chloratum.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Pó branco, cristalino ou granuloso, ou cristais incolores, duros e transparentes. Inodoro, sabor salino
e refrescante. Ligeiramente higroscópico. Sublima diretamente sem fusão.

Solubilidade. Solúvel em água (1:2,6), água fervente (1:1,4) e parcialmente solúvel em etanol (1:100).

Incompatibilidades. Com álcalis, sais de chumbo e de prata e carbonatos alcalino terrosos.

Especificação

Contém, no máximo, 99,5% de NH4Cl, quando dessecado sobre ácido sulfúrico durante vinte e quatro horas.

Identificação

A. Aquecer 0,1 g de cloreto de amônio com 1 ml de solução aquosa de hidróxido de sódio a 10% (p/V). Observa-se desprendimento de vapores de amônia que azulecem papel vermelho de tornassol previamente umedecido.

B. A 2 ml de solução aquosa a 5% (p/V) de cloreto de amônio, adicionar 5 gotas de solução aquosa de nitrato de prata a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado branco solúvel em excesso de gotas de hidróxido de amônio.

Ensaios de pureza

Dissolver 11 g da amostra em água purificada e completar o volume para 55 ml (Solução Amostra). Com esta solução proceda aos ensaios seguintes:

Acidez livre. Retirar uma alíquota de 5 ml da Solução Amostra, juntar 0,2 ml de vermelho de metila SI: para sua neutralização será necessário, no máximo, 0,1 ml de hidróxido de sódio 0,05 M.

Arsênio. Retirar uma alíquota de 10 ml da Solução Amostra e prosseguir como descrito no ensaio-limite para arsênio (V.3.2.5 - Método I) F. Bras. IV. No máximo, 5 ppm.

Ferro. Retirar uma alíquota de 25 ml da Solução Amostra e prosseguir como descrito no ensaio-limite para ferro (V.3.2.4) F. Bras.

IV. No máximo, 20 ppm.

Metais pesados (Pb). Retirar uma alíquota de 5 ml da Solução Amostra e prosseguir como descrito no ensaio-limite para metais
pesados (V.3.2.3) F. Bras. IV. No máximo, 10 ppm.

Sulfato. Preparo do Padrão: 2,5 ml de ácido sulfúrico 0,005 M em 50 ml de água purificada. Preparo da Amostra: Dissolver 10 g da amostra em cerca de 25 ml de água purificada e reduzir o volume em banho-maria até cerca de 10 ml. Técnica: desenvolva em paralelo, padrão e amostra, em ambos juntar 30 ml de água purificada, 5 ml deácido clorídrico 3 M e 1 ml de cloreto de bário 0,5 M; completar o volume para 50 ml com água purificada e aquecer em banho-maria durante 15 minutos. A turbidez desenvolvida pela amostra não deverá ser mais intensa daquela produzida pelo padrão. Máximo, 120 ppm.

(V.3.1.1.-5) F. Bras. IV.

Perda por dessecação. Dessecar sobre ácido sulfúrico, durante vinte e quatro horas; no máximo, a perda de peso deve ser 0,5%.

Resíduo por incineração. Em cápsula previamente tarada, calcinar cuidadosamente 10 g. No máximo, o resíduo deverá pesar 0,01%.

Tiocianato. Retirar uma alíquota de 5 ml da Solução Amostra, juntar 2 ml de ácido clorídrico 3 M ou ácido nítrico 2 M e 0,5 ml de cloreto de ferro (III) 0,33 M; o líquido não deve colorir-se de vermelho ou róseo.

Doseamento

Dissolver 100 mg de cloreto de amônio em 100 ml de água purificada. Adicionar 1 ml de solução de diclorofluoresceína a 0,1% (p/V), misturar e titular com nitrato de prata 0,1 M até todo o cloreto de prata flocular e a mistura adquirir uma coloração rósea fraca. Cada ml de nitrato de prata 0,1 M consumido equivale a 5,35 mg de NH4Cl.

Conservação

Conservar em frasco de vidro neutro, âmbar, hermeticamente fechado.

Formas derivadas

Ponto de partida. Cloreto de amônio (NH4Cl).

Insumo inerte. Solução etanólica em diferentes graduações Métodos. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo

Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir da 1 DH e da 1 CH.

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES

Solução indicadora de di-clorofluoresceína: Dissolver 0,1 g de di-clorofluoresceína em 60 ml de etanol a 96%; acrescentar 2,5 ml
de hidróxido de sódio 0,1 M. Misturar e completar o volume para 100 ml com água purificada.

10

AMMONIUM PHOSPHORICUM

(NH4)2HPO4 M.M.: 132,07

Sinonímia homeopática: Phosphas ammonicus, Ammonii phosphas.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Pequenos cristais ou grânulos incolores, de fraco odor, de sabor levemente salino. Perde lentamente
cerca de 8% de amônia quando exposto ao ar.

Solubilidade. Solúvel em água (1:2), insolúvel em etanol.

Incompatibilidades. Com álcalis, sais férricos e de metais pesados.

Especificação

Contém, no mínimo, 97% e, no máximo, 102% de (NH4)2HPO4, em relação à substância seca sobre sílica gel, até peso constante.

Identificação

A. Aquecer 0,1 g de amostra com 1 ml de solução aquosa de hidróxido de sódio a 10% (p/V). Observa-se desprendimento de vapores de amônia que azulecem papel vermelho de tornassol previamente umedecido.

B. A 2 ml de solução aquosa de fosfato de amônio a 10% (p/V), adicionar 5 gotas de solução aquosa de nitrato de prata a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado amarelo, solúvel em excesso de ácido nítrico e também em excesso de hidróxido de amônio.

Ensaios de pureza

Cloreto. Dissolver 1 g de amostra em 35 ml de água purificada.

Se necessário, neutralizar com quantidade suficiente de ácido nítrico. Verificar com papel de tornassol. Adicionar 1 ml de ácido nítrico e 1 ml de nitrato de prata. Completar o volume com água purificada até 50 ml. Homogeneizar a solução e deixar em repouso por 5 minutos ao abrigo da luz. Preparar padrão utilizando-se 0,4 ml de ácido clorídrico 0,02 M e os mesmos reagentes. Comparar a turbidez, a qual não deve ser superior ao padrão (0,03%).

Sulfato. Dissolver 0,2 g de amostra em 35 ml de água purificada.

Se necessário, neutralizar com ácido clorídrico. Verificar com papel de tornassol. Adicionar 1 ml de ácido clorídrico 3 M, 3 ml de cloreto de bário e completar o volume com água purificada até 50 ml. Homogenizar a solução e deixar em repouso por 10 minutos.

Preparar padrão utilizando-se 0,3 ml de ácido sulfúrico 0,01 M e os mesmos reagentes. Comparar a turbidez, a qual não deve ser superior ao padrão (0,5%).

Doseamento

Dissolver 0,1 g de amostra em 500 ml e juntar 100 ml de solução de hidróxido de sódio padrão 0,1 M. Colocar um pequeno funil na boca do frasco para evitar perdas e ferver a mistura até que um pedaço de papel umedecido com solução de nitrato de mercúrio (I) não fique mais negro ao mergulhar no vapor que escapa do frasco, indicando a completa liberação de amônia. Resfriar a solução, adicionar algumas gotas de vermelho de metila e titular com solução padrão de ácido clorídrico 0,1 M. Cada ml de ácido clorídrico 0,1 M consumido na reação é equivalente a 1,703 mg de NH3 ou 6,603 mg de (NH4)2HPO4.

Conservação

Conservar em frasco de vidro neutro, hermeticamente fechado, ao abrigo da luz, do calor e da umidade.

Formas derivadas

Ponto de partida. Fosfato de amônio (NH4)2HPO4.

Insumo inerte. Lactose.

Métodos. Hahnemaniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir da 1 DH trit ou 1 CH trit..

Conservação. Em frasco neutro, âmbar, bem fechado.

11

ANILINUM

C6H5NH2 M.M.: 93,13

Sinonímia homeopática: Phenylamine

Nome químico: Fenil-amina.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Líquido oleoso; incolor ou amarelado quando destilado recentemente; escurece quando exposto à luz
e ao ar. Odor característico e sabor ardente. É volátil.

Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água (1:30); miscível com etanol, éter etílico e clorofórmio.

Densidade relativa(V.2.5) F. Bras. IV. 1,02 a 25 ºC.

Índice de refração (V.2.6) F. Bras. IV. 1,5863.

Identificação

A. A solução amostra contendo 5 μg/ml em etanol deve apresentar espectro de absorção no ultravioleta, semelhante ao espectro
de anilina padrão, preparado de igual forma (V.2.14.-3) F. Bras. IV. Observam-se os picos máximos em cerca de 235 a 286 nm.

B. Misturar 4 a 5 gotas de água purificada a 0,5 ml de anilina, adicionar 5 gotas de ácido sulfúrico. Adicionar 2 gotas de solução de dicromato de potássio SR e 5 a 10 gotas de ácido sulfúrico até aparecimento de coloração azul-esverdeada. Adicionar gota a gota solução de hipoclorito de cálcio ou de sódio: produz-se coloração azul-violeta.

C. Teste de diazotação: dissolver 10 ml da amostra em quantidade suficiente de ácido clorídrico 2 M. Colocar uma gota desta solução em placa de toque e adicionar uma gota de nitrito de sódio 1% (p/V) e uma gota de 2-naftol em hidróxido de sódio 2 M: produzse coloração laranja-avermelhada.

Cromatografia em camada delgada (V.2.17.1) F. Bras. IV.

Utilizar sílica gel GR como suporte, e mistura de amônia-metanol (1,5:100), como fase móvel. Deixar a cuba saturando por uma hora.

Aplicar separadamente sobre a cromatoplaca 10 μl de solução amostra e 10 μl de solução padrão preparadas como segue: Solução Amostra e Solução Padrão: soluções a 1% (V/V) em ácido acético. Desenvolver o cromatograma em percurso de 10 cm. Deixar evaporar a mistura solvente ao ar. Observar sob lâmpada de luz ultravioleta de onda curta (254 nm) ou utilizar solução de permanganato de potássio 1% (p/V) como visualizador. A anilina deve apresentar Rf próximo de 0,72.

Ensaios de pureza

pH. Uma solução aquosa 0,2 M apresenta pH 8,1 (V. 2.19) F.

Bras. IV.

Resíduo por calcinação. Evaporar em capela 20 ml e calcinar a 800 ºC por 15 minutos (V.2.10) F. Bras. IV. O resíduo não deve pesar mais que 1 mg (0,005%).

Hidrocarbonetos e nitrobenzeno. A 5 ml da amostra adicionar 10 ml de ácido clorídrico; a solução é límpida enquanto está quente e, deve permanecer assim após diluição com 15 ml de água purificada.

Doseamento

Dissolver 0,4 g da amostra em 50 ml de ácido acético glacial e titular com ácido perclórico 0,1 M, utilizando 1-naftobenzeno como indicador. Cada ml de ácido perclórico 0,1 M consumido é equivalente a 0,009313 g de anilina.

Conservação

Em frasco de vidro escuro ao abrigo da luz, preferentemente envolvido por papel negro ou papel alumínio e hermeticamente fechado.

Forma derivada

Ponto de partida. Fenilamina.

Insumo inerte. Etanol a 90% para 1 DH e 1 CH, etanol em diferentes graduações para as seguintes.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 4 DH ou 2 CH.

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

12

ARGENTUM METALLICUM

Ag M.M.: 107,9

Sinonímia homeopática: Argentum foliatum, Argentum.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Metal branco acizentado, brilhante, maleável e dúctil. Não se oxida em contato com o ar; enegrece sob a ação do gás sulfídrico.

Solubilidade. Insolúvel em água e em etanol, solúvel em ácido nítrico.

Ponto de fusão (V.2.2) F. Bras. IV. 960,5 oC.

Identificação

A.Pesar 0,1 g de prata metálica e tratar com quantidade suficiente de solução aquosa de ácido nítrico 8 M até completa dissolução. Se necessário, reduzir o volume por aquecimento e diluir com quantidade suficiente de água purificada para obter o volume de 10 ml da solução (Solução A). Esta solução dá as reações características do íon prata.

B. A 2 ml da Solução A, adicionar 5 gotas de solução aquosa de ácido clorídrico a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado branco, o qual se dissolve por adição de gotas de solução aquosa de hidróxido de amônio (1:1). Em seguida adicionar gotas de solução aquosa de ácido nítrico a 1% (V/V). Observa-se a formação de precipitado branco.

C. Repetir a reação a e tratar 1 ml da mesma com solução aquosa de iodeto de potássio a 1% (p/V). Observa-se a formação de
precipitado amarelo.

Ensaios de pureza

Acidez ou alcalinidade. Agitar 0,05 g de prata reduzida a pó, com 10 ml de água purificada. Aquecer até a ebulição, por 5 minutos.

Filtrar à quente. Resfriar. A 2 ml do filtrado, adicionar 3 gotas de solução indicadora de azul de bromotimol e 0,1 ml de solução aquosa de ácido clorídrico 0,02 M. Observa-se cor amarela. Adicionar 0,15 ml de solução aquosa de hidróxido de sódio 0,02 M. Observa-se a passagem da cor amarela para azul.

Impurezas metálicas. A 5 ml de Solução A (solução preparada no processo de Identificação), adicionar 20 ml de água purificada
e 7,5 ml de solução aquosa de ácido clorídrico a 5% (V/V).

Filtrar; evaporar 10 ml do filtrado em banho-maria fervente até a secura. Secar em estufa a 100 °C-105 °C até peso constante. O resíduo não deve ser superior a 0,0001g.

Doseamento

Dissolver 0,32 g do metal, em quantidade suficiente de solução aquosa de ácido nítrico 8 M acertando o volume em 50 ml por diluição com água purificada ou redução, quando necessário. Titular com solução aquosa de tiocianato de potássio 0,1 M, utilizando solução aquosa a 1% (p/V) de sulfato férrico-amoniacal como indicador.

Cada ml de tiocianato de potássio 0,1 M consumido equivale a 0,01079 g de prata metálica.

Conservação

Em recipiente hermetico, ao abrigo da umidade e de gases.

Formas derivadas

Ponto de partida. Prata metálica (Ag).

Insumo inerte. Lactose.

Métodos. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 3 DH trit. e da 2 CH trit..

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

13

ARGENTUM NITRICUM

AgNO3 M.M.: 169,9

Sinonímia homeopática: Azotas argenticus, Nitras argenti, Nitrus argenticus.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Cristais incolores ou brancos, transparentes, que se tornam cinzas, por exposição à luz; inodoros, de sabor amargo, cáustico e metálico.

Solubilidade. Bastante solúvel em água (1:0,5) e solúvel em etanol (1:27).

Incompatibilidades. Com material orgânico, ácidos tartáricos, hidrociânico, alcalis halogênios, ácidos e seus sais, fosfatos, taninos e adstringentes.

Ponto de fusão (V.2.2) F. Bras. IV. 212 oC.

Especificação

Contém, no mínimo, 99,5% de AgNO3.

Identificação

A. Dissolver 0,16 g de nitrato de prata em 10 ml de água purificada (Solução A). Esta solução dá as reações características dosíons prata e nitrato.

B. A 1 ml da Solução A, adicionar 5 gotas de solução aquosa de ácido clorídrico a 1% (V/V). Observa-se a formação de precipitado branco, o qual se dissolve por adição de gotas de solução aquosa de hidróxido de amônio (1:1), em seguida, adicionar gotas de solução aquosa de ácido nítrico a 1% (V/V). Observa-se a formação de precipitado branco.

C. Repetir a reação a e tratar 1 ml da mesma com solução aquosa de iodeto de potássio a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado amarelo.

D. Dissolver 0,05 g de nitrato de prata em 2 ml de água purificada. Adicionar a essa solução, gotas de solução aquosa de cromato de potássio a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado vermelho.

Ensaios de pureza

A solução de nitrato de prata em água deve ser límpida, incolor e neutra ao papel azul de tornassol.

Bismuto, Cobre e Chumbo. A 1 ml da solução de nitrato de prata a 20% (p/V), adicionar pequeno excesso de solução aquosa de
hidróxido de amônio a 10% (V/V). A mistura deve permanecer clara e incolor (o Bismuto e o Chumbo turvam a solução; o Cobre dá coloração azul).

Doseamento

Pesar 0,5 g da amostra. Dissolver em 50 ml de água purificada adicionada de 2 ml de solução aquosa de ácido nítrico a 5% (V/V). Titular com solução de tiocianato de potássio 0,1 M, empregando solução de sulfato férrico amoniacal como indicador. Cada ml de tiocianato de potássio 0,1 M consumido equivale a 0,01699 de AgNO3.

Conservação

Em frasco de vidro neutro, escuro, ao abrigo da luz, hermeticamente fechado.

Forma derivada

Ponto de partida. Nitrato de prata (AgNO3).

Insumo inerte. Solução hidroalcoólica em diferentes graduações.

Método. Hahnemanniano(XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 6 DH ou 3 CH.

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

14

AVENA SATIVA

Nome botânico: Avena sativa L.

Família: Graminae

Sinonimia homeopática: Avena.

Descrição da planta

Avena sativa L. é espécie anual, de raízes fibrosas, fasciculadas, de talo erecto, cilíndrico, glabro, podendo atingir de 60 cm até um metro de altura. As folhas são alternas, planas, lineares, lanceoladas, invaginantes, glabras, de lígula curta. A inflorescência em panícula é erecta, piramidal, com flores medindo cerca de 1 cm.

As flores são hermafroditas e possuem três estames com anteras fixadas medianamente, contendo um ovário unilocular, ciliado no cimo terminando por dois estigmas plumosos. O fruto bífido é cariopse oblongo, pontudo, de cor amarelo pálido.

Parte empregada. Partes aéreas em floração.

Descrição da droga

A droga é constituída pelas partes aéreas em floração.

Preparação da Tintura-mãe

A tintura-mãe de Avena sativa é preparada com etanol a 80% (V/V) a partir das partes aéreas em floração do vegetal, por maceração, segundo a técnica geral de preparação de tinturas-mãe.

(X.1.1.) Farm. Hom. Bras. II.

Características da tintura-mãe. Líquido de cor amarelo-esverdeado, praticamente inodoro, de sabor amiláceo.

Identificação

A. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 5 gotas de solução de hidróxido de sódio a 10% (p/V). Desenvolve-se coloração amarela intensa.

B. A 2 ml de tintura-mãe, adicionar 5 gotas de reagente de Tollens (nitrato de prata amoniacal). Aquecer por 1 minuto em banhomaria fervente. Observa-se a formação de precipitado cinza escuro.

C. A 2 ml de tintura-mãe, adicionar 5 gotas de reagente de Fehling (cupro-tartarato). Observa-se a formação, a frio, de precipitado
amarelo, sendo que o sobrenadante apresenta coloração verdeamarelada.

D. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 1 gota de solução de cloreto férrico a 1% (p/V). Desenvolve-se a coloração verde-escura.

E. A 2 ml de tintura-mãe, adicionar 5 gotas de solução de nitrato de prata a 1% (p/V). Aquecer em banho-maria fervente por 2 minutos. Observa-se formação de precipitado negro.

F. A 2 ml de tintura-mãe, adicionar 5 gotas de solução de ninidrina a 1% (p/V). Aquecer em banho-maria fervente por 2 minutos.

Desenvolve-se coloração violeta.

Ensaios

Título em etanol. O título em etanol deverá estar compreendido entre 60 e 70% (V/V).

Resíduo seco. O resíduo seco deverá ser superior a 0,60% (p/V).

Cromatografia em camada delgada (V.2.17.1) F. Bras. IV.

Desenvolver cromatografia em camada delgada de sílica-gel G.

I - Aplicar 20 μl de tintura-mãe sobre a camada delgada.

Desenvolver a cromatografia empregando como fase móvel a mistura de n-butanol-água-ácido acético (40:10:10). Desenvolver a cromatografia por um percurso de 10 cm. Deixar a placa secar ao ar.

Examinar à luz ultravioleta de onda longa (365 nm). Observa-se uma mancha com fluorescência azulada com Rf próximo a 0,40, uma outra, castanha, com Rf próximo a 0,50 e uma terceira, avermelhada, com Rf próximo a 0,90. Em seguida, nebulizar a placa com com solução etanólica de cloreto de alumínio a 1% (p/V). Examinar à luz ultravioleta de onda longa (365 nm). A mancha com Rf próximo a 0,50 aparece com fluorescência amarela.

II- Repetir a cromatografia empregando fase móvel formada pela mistura de clorofórmio-metanol-água (64:50:10). Desenvolver num percurso de 10 cm. Deixar a placa secar ao ar. Nebulizar com o reagente vanilina-sulfúrica, formado por 1 g de vanilina em 100 ml deácido sulfúrico a 97% . Observa-se o aparecimento de cerca de 16 manchas com cores que variam do cinza ao vermelho-violeta. Em
seguida, aquecer a placa por cerca de 10 minutos em estufa a 105 oC.

Todas as manchas adquirem coloração vermelho-castanho.

Conservação

Em frasco de vidro neutro, âmbar, hermeticamente fechado, ao abrigo da luz e do calor.

Forma derivada

Ponto de partida. Tintura-mãe.

Insumo inerte. Nas primeiras três dinamizações centesimais e seis primeiras decimais, utilizar teor alcoólico igual ao teor da tinturamãe.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 1 CH e da 1 DH será empregado etanol com mesmo título etanólico da tintura-mãe, nas três primeiras dinamizações para a escala centesimal e nas seis primeiras para a escala decimal. A partir daí, empregar etanol de dispensação.

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, ao abrigo da luz e do calor.

REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES

Reagentes de Tollens: A 10 ml de solução aquosa de nitrato de prata a 5% (p/V) adicionar quantidade suficiente de hidróxido de amônio até formação de precipitado castanho e, subseqüente dissolução do mesmo. Em seguida, adicionar 5 ml de solução de hidróxido de sódio a 10%(p/V). Caso reapareça o precipitado, adicionar, gota a gota, nova quantidade de hidróxido de amônio até o desaparecimento do mesmo. Guardar em frasco escuro, com tampa esmerilhada e, preferentemente, sob refrigeração.

Reagente de Fehling:

Solução (A): Dissolver 35,6 g de sulfato de cobre em quantidade suficiente de água purificada; completar o volume para 500 ml.

Solução (B): Dissolver 173 g de tartarato duplo de sódio e potássio (Sal de Seignette) em quantidade suficiente de água purificada;

acrescentar 70 g de hidróxido de sódio; completar o volume para 500 ml.

No momento do uso, juntar partes iguais das soluções (A) e (B).

15

BARYTA CARBONICA

BaCO3 M.M.: 197,35

Sinonímia homeopática: Barii carbonas, Baryta, Barium carbonicum.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Pó branco, de alta densidade, inodoro e insípido. Decompõe-se facilmente em meio ácido, com liberação de dióxido de carbono. Decompõe-se a 1.300 °C, desprendendo dióxido de carbono.

Solubilidade. Pouco solúvel em água (0,024:1), solúvel emácido clorídrico e em ácido nítrico diluídos. Insolúvel em etanol.

Incompatibilidades. Com ácidos inorgânicos e ácido acético.

Especificação

Contém, no mínimo, 98% de BaCO3 em relação à substância seca em estufa a 105 °C, até peso constante.

Identificação

A. Pequena quantidade da amostra, umedecida com ácido clorídrico SR, levada em alça de platina à zona não iluminante de bico de Bunsen, imprime cor verde clara à mesma.

B. A 2 ml de solução aquosa a 0,05% (p/V), adicionar 5 gotas de ácido clorídrico. Observa-se efervescência com desprendimento gasoso.

C. A 0,5 g da amostra, adicionar 5 ml de ácido nítrico.

Aquecer até a ebulição. Deixar esfriar. Diluir com quantidade suficiente de água purificada. Filtrar. Ao filtrado, adicionar 5 gotas de solução aquosa de ácido sulfúrico a 5% (V/V). Observa-se a formação de precipitado branco.

Ensaios de pureza

Cloretos. A 2 ml de solução aquosa da amostra a 20% (p/V), adicionar 5 ml de ácido nítrico, 20 ml de água purificada e 5 gotas de solução aquosa de nitrato de prata a 1% (p/V). Não deve haver turvação ou precipitação.

Cálcio. A 2 ml de solução aquosa da amostra a 2% (p/V), adicionar 5 ml de ácido nítrico. Adicionar, em seguida, 5 ml de hidróxido de amônio e 5 gotas de solução aquosa de ácido oxálico a 1% (p/V). Não deve haver turvação ou precipitação.

Doseamento

Pesar 197,3 mg da amostra, adicionar em um balão volumétrico de 100 ml e completar o volume com água purificada.

Retirar uma alíquota de 25 ml desta solução e diluir com cerca de 100 ml de água purificada. Ajustar o pH da solução para 12 pela adição de 3 a 6 ml de solução de hidróxido de sódio M; o pH deve ser controlado com um potenciômetro, pois deve ficar entre 11,5 e 12,7.

Juntar 30 a 50 mg de uma mistura sólida de 1% (p/p) do indicador azul de timol em nitrato de potássio e titular com solução padrão de EDTA 0,01 M (sal dissódico di-hidratado, M.M: 372,24) até que a cor vire do azul para cinza. Cada ml de EDTA 0,01 M consumido equivale a 1,973 mg de BaCO3.

Conservação

Em frasco de vidro neutro, âmbar, hermeticamente fechado.

Forma derivada

Ponto de partida. Carbonato de bário (BaCO3).

Insumo inerte. Lactose.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 6 DH trit. ou 3 CH trit..

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

16

BARYTA MURIATICA

BaCl2.2H2O M.M.: 244,28

Sinonímia homeopática: Barita muriatica, Baryum muriaticum, Baryum chloratum.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Cristais, grânulos ou pó translúcido, sem odor. Perde água de cristalização a 120 °C.

Solubilidade. Solúvel em água e em metanol. Insolúvel em etanol, acetona e acetato de etila.

Incompatibilidades. Com nitrato de prata.

Especificação

Contém, no mínimo, 99% e, nomáximo, 100,55% de BaCl2

. 2H2O.

Identificação

A. Pequena quantidade, umedecida com ácido clorídrico, em alça de platina levada à zona não iluminante da chama do bico de Bunsen, imprime cor verde-clara à mesma.

B. Solução aquosa de cloreto de bário a 5% (p/V) dá as reações características dos ions bário e cloreto (Solução A).

I. A 2 ml da Solução A, adicionar 5 gotas de solução aquosa de nitrato de prata a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado branco, solúvel em excesso de hidróxido de amônio.

II. A 2 ml da Solução A, adicionar 5 gotas de solução aquosa de ácido sulfúrico a 5% (V/V). Observa-se a formação de precipitado branco.

Ensaios de pureza

Chumbo. Dissolver 1 g em 40 ml de água purificada recentemente fervida e resfriada, adicionar 5 ml de ácido acético livre de chumbo e tornar a mistura alcalina com solução de sulfeto de sódio, também livre de chumbo. No máximo, uma coloração suave deve ser produzida.

Nitrato. Dissolver 1 g em 10 ml de água purificada, adicionar 1 ml de solução de índigo carmim e 10 ml de ácido sulfúrico livre de nitrogênio e aquecer até fervura. A coloração azul não desaparece completamente.

Perda por dessecação. Perde, no mínimo, 14% e, no máximo, 16% de seu peso quando submetido à secagem em estufa a 120 °C, até peso constante.

Doseamento

Dissolver 0,5 g de cloreto de bário, em 50 ml de água purificada em frasco com tampa, adicionar 10 ml de ácido nítrico, 50 ml de nitrato de prata 0,1 M, 3 ml de nitrobenzeno e agitar a mistura vigorosamente por 1 minuto. Titular o excesso de nitrato de prata com tiocianato de amônio 0,1 M usando como indicador solução de sulfato férrico amoniacal; agitar bem durante as adições da solução titulante. Cada ml de nitrato de prata 0,1 M consumido equivale a 0,01221 g de BaCl2.2H2O.

Conservação

Em recipiente hermeticamente fechado, ao abrigo do calor (evitar armazenamento em temperaturas elevadas).

Forma derivada

Ponto de partida. Cloreto de bário (BaCl2.2H2O).

Insumo inerte. Lactose.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 6 DH trit. ou 3 CH trit..

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

17

BORAX

Na2B4O7.10H2O M.M.: 381,37

Sinonímia homeopática: Borax veneta, Natrium boracicum, Natru boras.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Cristais transparentes incolores, grânulos ou pó cristalino branco, inodoro; de sabor levemente alcalino e adocicado; eflorescente quando aquecido ao ar e seco. Há perda de água de cristalização por aquecimento.

Solubilidade. Solúvel em água (1:20) e muito solúvel emágua fervente, insolúvel em etanol.

Incompatibilidades. Com sais de alcalóides, cloreto mercúrico, sulfato de zinco, sais metálicos (Ca, Sr, Sn, Hg, Fe, Zn, Ag, Cu)
e gomas em geral.

Especificação

Contém, no mínimo, 52,9% de Na2B4O7 .

Identificação

A. Pequena quantidade umedecida com ácido clorídrico em alça de platina, levada à zona não iluminante da chama do bico de Bunsen, imprime cor amarela à mesma.

B. A 2 ml de solução concentrada de borax, adicionar ácido clorídrico em quantidade suficiente para acidificá-lo. Observa-se a formação de precipitado branco cristalino.

C. A solução aquosa concentrada cora em azul o papel vermelho de tornassol.

D. Umedecer papel reativo de cúrcuma com gotas de solução aquosa concentrada de borax acidulada com quantidade suficiente deácido clorídrico. Dessecar. Observa-se cor pardo-avermelhada que passa a negro-azulada umedecendo o papel reagente com hidróxido de amônio.

Ensaios de pureza

Dissolver 6 g de amostra em 100 ml da água (Solução A) e com esta solução proceder aos seguintes ensaios:

Arsênio. Retirar uma alíquota de 15 ml (Solução A) e prosseguir como descrito no ensaio-limite para arsênio (V.3.2.5) F. Bras.

IV. No máximo, 10 ppm.

Cálcio. Retirar uma alíquota de 5 ml (Solução A), acidificar com quantidade suficiente de ácido acético 0,5 M, juntar 5 ml deágua purificada e 1 ml de oxalato de amônio SR: não deve haver turvação nem precipitação.

Cloreto - Retirar uma alíquota de 15 ml (Solução A), juntar 5 ml de ácido nítrico 2 M e prosseguir como no ensaio-limite para cloretos (V.3.2.1) F. Bras. IV. No máximo, 350 ppm.

Ferro. Retirar uma alíquota de 30 ml (Solução A), juntar 5 ml de ácido acético e prosseguir como descrito no ensaio-limite para ferro (V.3.2.4) F. Bras. IV. No máximo, 50 ppm.

Metais pesados - Retirar uma alíquota de 7,5 ml (Solução A), juntar 3 ml de ácido acético 0,5 M e prosseguir como descrito no ensaio-limite para metais pesados (V.3.2.3) F. Bras. IV. No máximo, 20 ppm.

Nitrato - A 2 ml desta solução, juntar 1 ml de sulfato de ferro (II) e 2 ml de ácido sulfúrico, cuidadosamente, de modo que oácido sulfúrico não se misture: no limite de separação das duas camadas não deve formar-se anel de cor castanha.

Sulfato - Retirar uma alíquota de 15 ml (Solução A), juntar cerca de 10 ml de água purificada, 5 ml de ácido clorídrico 3 M e 1 ml de cloreto de bário SR. Aquecer em banho-maria durante 10 minutos e completar o volume de 50 ml com água purificada; se produzir opalescência, esta não deve ser maior do que a produzida por 0,12 mg de íon SO4, em igual volume de líquido contendo as mesmas quantidades dos reagentes usados no ensaio. No máximo, 120 ppm. (V.3.2.2) F. Bras. IV.

Doseamento

Pesar 3 g de amostra e dissolver em 50 ml de água purificada, aquecendo em banho-maria, se necessário; adicionar vermelho de metila SI e titular com ácido clorídrico 0,5 M. Cada ml deácido clorídrico 0,5 M consumido equivale a 0,09534 g de Na2B4O7.10H2O.

Conservação

Conservar em frasco de vidro neutro, âmbar, hermeticamente fechado.

Forma derivada

Ponto de partida. Borato de sódio deca-hidratado

(Na2B4O7.10H2O).

Insumo inerte. Lactose

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 6 DH trit. e 3 CH trit..

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES

Solução de sulfato de ferro(II): Dissolver 8 g de sulfato de ferro II em 100 ml de água purificada recentemente fervida e resfriada.

Preparar a solução no momento do uso.

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CALCAREA CARBONICA

Sinonímia homeopática: Calcarea ostreica, Calcarea carbonica Hahnemanni, Calcarea ostrearum, Calcii carbonas ostrearum.

Descrição

A droga é constituída pela parte intermédia da concha da ostra (Ostra edulis L.), da qual se obtém, após limpeza para remoção de aderências à concha; a mesma é seca até peso constante e transformada em pó.

Caracteres físico-químicos. O pó obtido a partir da concha da ostra é branco, microcristalino, inodoro, insípido, sendo constituído
por cerca de 85 % de carbonato de cálcio. A concha da ostra apresenta também traços de cloreto, de fosfatos e de magnésio.

Solubilidade. É praticamente insolúvel em água e em etanol,é solúvel em ácidos, com os quais reage desprendendo dióxido de carbono.

Incompatibilidades. Ácidos, sais ácidos.

Identificação

O carbonato de cálcio da concha da ostra responde às reações características de cálcio e de carbonato (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Ensaios de pureza

Perda por dessecação. 1 g da droga, finamente dividida, seca em estufa entre 100 °C e 105 °C, até peso constante, não deve perder mais de 3% (p/p) em relação ao peso inicial.

Cromatografia em camada delgada. Empregar camada delgada de celulose microcristalina. Desenvolver a cromatografia empregando como fase móvel a mistura de metanol-ácido acético-água (8:1:1). Para aplicação da amostra, submeter 0,1 g de droga a tratamento prévio com solução ácida formada por 5 ml de água purificada e 0,2 ml de ácido nítrico a 10% (V/V). Aplicar 3 μl da solução assim obtida. Como soluções-padrão, aplicar espaçadamente, 1 μl de solução de cloreto de cálcio a 0,1% (p/V) e de solução de sulfato de magnésio a 1% (p/V), deixando entre as aplicações espaço mínimo de 1,5 cm. Desenvolver a cromatografia por percurso de 10 cm. Deixar a placa secar ao ar. Nebulizar a placa com solução de alizarina a 0,1% (p/V), submetendo-a, em seguida, a vapores de hidróxido de amônio. Aparecem, no cromatograma, referente à solução em análise, duas manchas, respectivamente de cor violácea intensa e Rf próximo a 0,79, correspondente àquela obtida com a solução-padrão de cálcio e outra, violeta-clara, com Rf próximo a 0,90, correspondente àquela obtida com a solução-padrão de magnésio.

Doseamento

Pesar 200 mg da droga finamente dividida e previamente seca a 200 °C por 4 horas. Transferir a mesma para um béquer de 250 ml. Umedecer o sólido com alguns ml de água purificada. Adicionar, gota a gota, ácido clorídrico 3 M em quantidade suficiente para dissolução completa da amostra. Adicionar 100 ml de água purificada, 15 ml de solução de hidróxido de sódio SR e 300 mg de hidroxi-naftol azul. Titular a mistura com EDTA (sal dissódico de etileno-diamino-tetracético) 0,05 M até a solução adquirir coloração azul. Cada ml de EDTA 0,05 M consumido equivale a 5,004 mg de carbonato de cálcio.

Conservação

Em frasco de vidro neutro, âmbar, hermeticamente fechado,ao abrigo da luz e do calor.

Forma derivada

Ponto de partida. Calcarea carbonica.

Insumo inerte. Lactose nas três primeiras centesimais e seis primeiras decimais; etanol em várias concentrações para as seguintes.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 1 DH trit. ou 1 CH trit..

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

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CALCAREA FLUORICA

CaF2 M.M.: 78,07

Sinonímia homeopática: Calcarea fluorata, Calcii fluoridum,Calcium fluoricum.

Nome químico: Fluoreto de cálcio.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Pó branco ou ligeiramente cinza, inodoro e que se torna luminoso quando aquecido.

Solubilidade. Insolúvel em água, ligeiramente solúvel emácidos diluídos, solúvel em ácidos minerais concentrados. Insolúvel em etanol.

Especificação

Contém, no mínimo, 99% de CaF2.

Identificação

A. Pequena quantidade umedecida com ácido clorídrico, em alça de platina levada à zona não iluminante de bico de Bunsen, imprime cor vermelho-amarelada à mesma.

B. A 2 ml de solução aquosa de fluoreto de cálcio a 10% (p/V), (Solução A); adicionar 5 gotas de solução aquosa de ácido sulfúrico a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado branco.

C. A 2 ml de solução aquosa de fluoreto de cálcio a 50% (p/V), previamente acidificado com quantidade suficiente de ácido acético, adicionar 5 gotas de solução aquosa de ácido oxálico a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado branco cristalino de oxalato de cálcio, solúvel em ácidos minerais.

D. A 2 ml da Solução A, adicionar 1 gota de reativo obtido no momento do uso, pela mistura em partes iguais de solução de nitrato de zircônio (0,05 g em 50 ml de ácido clorídrico 12 M) e solução de alizarina (0,05 g em 50 ml de água purificada). Observase o descoramento do reativo que passa de vermelho a amarelo.

Ensaios de pureza

Bário. A 2 ml de solução aquosa a 5% (p/V), adicionar 5 gotas de solução aquosa de ácido sulfúrico a 5% (p/V). Observa-se a formação de precipitado branco.

Estrôncio. A 2 ml da Solução A, adicionar 5 gotas de solução aquosa de sulfato de cálcio a 0,25% (p/V). Observa-se a formação
de precipitado branco.

Magnésio. A 2 ml da Solução A, adicionar 5 gotas de solução aquosa de carbonato de sódio a 10% (p/V). Observa-se a formação de precipitado branco, que se solubiliza, por adição de excesso de solução aquosa de cloreto de amônia a 10% (p/V).

Doseamento

Preparar uma solução tampão de amônia-cloreto de amônio (pH 10) pela adição de 142 ml de solução de amônia concentrada a 17,5 g de cloreto de amônio, diluindo para 250 ml com água purificada.

Preparar um complexo de magnésio e EDTA, pela mistura de volumes iguais de soluções de EDTA 0,2 M e de sulfato de magnésio.

Neutralizar com solução de hidróxido de sódio a um pH entre 8 e 9 (a fenolftaleína começa a avermelhar a solução). Tomar uma alíquota da solução, adicionar algumas gotas da solução tampão (pH 10) e alguns miligramas de mistura indicadora de negro de Eriocromo T e nitrato de potássio. A solução se torna violeta e a cor passa para azul pela adição de uma gota de solução de sal dissódico de etilenodiamino- tetracético (EDTA) 0,01 M e para o vermelho pela adição de uma única gota de solução de sulfato de magnésio 0,01 M; estas mudanças confirmam a eqüimolaridade entre o magnésio e o EDTA, fornecendo uma solução aproximadamente a 0,1 M.

Pesar 0,07807 g de Calcarea fluorica, diluir com água até 100 ml para formação de uma solução 0,01 M. Retirar uma alíquota de 25 ml desta solução, diluir com 25 ml de água purificada, adicionar 2 ml da solução tampão, 1 ml da solução 0,1 M do complexo Mg-EDTA e 30 a 40 mg de mistura de negro de Eriocromo T SI e nitrato de potássio. Titular com solução de EDTA até que a cor vire do vermelho-vinho para azul claro. Não deve haver nenhuma tonalidade vermelha no ponto de equivalência. Titular lentamente nas vizinhanças do ponto final. Cada ml de EDTA 0,01 M corresponde a 0,78 mg de CaF2.

Conservação

Conservar em frasco de polietileno ou em frasco de vidro parafinado internamente.

Forma derivada

Ponto de partida. Fluoreto de cálcio.

Insumo inerte. Lactose nas três primeiras centesimais e seis primeiras decimais; etanol em várias concentrações para as seguintes.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 1 DH trit. ou 1 CH trit..

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

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CALCAREA MURIATICA

CaCl2 M.M.: 110,99

Sinonímia homeopática: Calcium hydrochloricum, Calcii chloridrum,

Calcium chloratum, Chloridum calcium, Calcii chlorurum.

Nome químico: Cloreto de cálcio.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Pó ou grânulo cristalino, branco, higroscópico, inodoro, de sabor ardente, passando a amargo, salino e desagradável. Muito deliquescente.

Solubilidade. Muito solúvel em água (1:1,2), solúvel em etanol (1:4).

Especificação

Dessecada em estufa a 200 °C, até peso constante, contém no mínimo 98% de CaCl2.

Identificação

A. Pequena quantidade, umedecida com ácido clorídrico, em alça de platina, levada à zona não iluminante da chama do bico de Bunsen, imprime cor vermelho-amarelada à mesma.

B. A 2 ml de uma solução aquosa a 10% (p/V), adicionar 5 gotas de solução aquosa de carbonato de amônio a 1% (p/V). Observa- se a formação de precipitado branco amorfo, o qual se transforma em precipitado cristalino por aquecimento à ebulição.

C. A 2 ml de solução aquosa a 10% (p/V), adicionar 5 gotas de solução aquosa de oxalato de amônio a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado branco.

D. A 2 ml de solução aquosa a 10% (p/V), adicionar 5 gotas de solução aquosa de nitrato de prata a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado branco, solúvel em excesso de hidróxido de amônio.

Ensaios de pureza

Alcali livre. Uma solução aquosa de CaCl2 a 10% (p/V), deve requerer, para a sua neutralização, não mais que 2 ml de solução de ácido clorídrico 0,1 M, usando azul de bromotimol como indicador.

Ferro. A 2 ml de solução aquosa de CaCl2 a 10% (p/V), adicionar 2 ml de hidróxido de amônio concentrado, 5 gotas de solução aquosa de sulfeto de sódio a 1% (p/V). Não deve ser observada alteração no meio.

Metais pesados e Arsênio. A 2 ml de solução aquosa de CaCl2 a 10% (p/V), adicionar gotas de ácido acético a 10% (V/V), até acidificá-la. Acrescentar, então, 5 gotas de solução de sulfeto de sódio a 1% (p/V). Não deve haver alteração no meio.

Sulfatos. A 2 ml de solução aquosa de CaCl2 a 10% (p/V), adicionar gotas de ácido clorídrico concentrado, até acidificá-la.

Acrescentar, então, 5 gotas de solução aquosa de sulfato de bário a 1% (p/V). Não deve haver precipitação ou mesmo turbidez.

Doseamento

Pesar 0,25 g da substância previamente dessecada em estufa a 200 °C, até peso constante. Dissolver em 50 ml de água purificada e titular com solução de nitrato de prata 0,1 M, utilizando solução de cromato de potássio, como indicador. Cada ml de nitrato de prata 0,1 M consumido é equivalente a 0,011099 g de CaCl2.

Conservação

Em frasco hermeticamente fechado, em lugar fresco e seco.

Forma derivada

Ponto de partida. Cloreto de cálcio anidro.

Insumo inerte. Solução alcoólica em diferentes graduações.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), FluxoContínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 3 DH ou 2 CH.

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

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CALCAREA PHOSPHORICA

Ca3(PO4)2 M.M.: 310,20

Sinonímia homeopática: Calcium phosphoricum, Calcarea phosphorata, Calcium phosphas.

Nome químico: Orto-fosfato de cálcio, Fosfato tricálcico, Fosfato de cálcio tribásico.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Pó branco, amorfo ou microcristalino, estável ao ar. Inodoro e insípido.

Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, decompondose ligeiramente em água quente. Facilmente solúvel em ácidos clorídrico e nítrico diluídos. Insolúvel em etanol.

Especificação

Contém, no mínimo, 85% de Ca3(PO4)2.

Identificação

A. Pequena quantidade, umedecida com ácido clorídrico, em alça de platina, levada à zona não iluminante da chama do bico de Bunsen imprime cor vermelho-amarelada à mesma.

B. Dissolver 0,1 g de fosfato de cálcio em 5 ml de solução aquosa de ácido nítrico a 10% (V/V). Adicionar 5 gotas de solução aquosa de nitrato de prata a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado amarelo, solúvel em excesso de ácido nítrico e também em excesso de hidróxido de amônio.

C. Dissolver 0,1 g de fosfato de cálcio em 5 ml de solução aquosa de ácido clorídrico a 10% (V/V). Adicionar 5 gotas de solução aquosa de ácido oxálico a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado branco cristalino, solúvel em ácidos minerais.

Ensaios de pureza

Arsênio. Proceder conforme descrito no teste de ensaio-limite de arsênio (V.3.2.5) F. Bras. IV. No máximo, 5 ppm.

Bário. Juntar 0,5 g em 10 ml de água purificada, adicionar 1 ml de ácido nítrico. A solução deve permanecer límpida após a adição de 1 ml de sulfato de cálcio.

Carbonato. A adição de ácido clorídrico 3 M à amostra não deve produzir efervescência.

Cloreto. Juntar 0,14 g em 10 ml de água purificada, adicionar 1 ml de ácido nítrico, agitar até dissolução, diluir a 40 ml com água purificada, transferir para tubo de ensaio e prosseguir como descrito em ensaio-limite de cloreto (V.3.2.1) F. Bras. IV. No máximo,0,25%.

Ferro. Juntar 0,2 g em 10 ml de água purificada, adicionar 1 ml de ácido clorídrico e 1 g de ácido cítrico, previamente pulverizado;
após dissolução completa, alcalinizar com hidróxido de amônio.

Diluir a 40 ml com água purificada, transferir para tubo de ensaio e prosseguir como descrito em ensaio-limite de ferro (V.3.2.4) F.

Bras. IV. No máximo, 500 ppm.

Metais pesados. Juntar 0,333 g em 2,3 ml de ácido clorídrico M aquecer em banho-maria por 5 minutos, diluir com água purificada a 35 ml, filtrar, transferir para tubo de ensaio e prosseguir como descrito em ensaio-limite de metais pesados (V.3.2.3) F. Bras. IV. No máximo, 30 ppm.

Sulfato. Juntar 0,5 g em 10 ml de água purificada, adicionar 1 ml de ácido clorídrico, agitar até dissolução, diluir a 40 ml comágua purificada, transferir para tubo de Nessler e prosseguir como descrito em ensaio-limite de sulfato (V.3.2.2) F. Bras. IV. No máximo, 0,24%.

Doseamento

Pesar 150 mg de fosfato de cálcio, dissolver em uma mistura de 5 ml de ácido clorídrico e 3 ml de água purificada, contidos num
béquer de 250 ml com barra de agitação magnética e adicionar lentamente 125 ml de água purificada. Caso haja dificuldade de dissolução, aquecer levemente a mistura. Sob agitação constante, adicionar os reagentes na ordem: 0,5 ml de trietanolamina, 300 mg de indicador azul de hidroxi-naftol e, a partir de uma bureta de 50 ml, cerca de 23 ml de sal dissódico de etileno-diamino-tetracético (EDTA) 0,05 M. Adicionar solução de hidróxido de sódio 45% (p/V) até a coloração inicial vermelha tornar-se azul clara; continuar a adição, gota a gota, até a coloração mudar para violeta e, então, adicionar excesso do mesmo reagente (0,5 ml). O pH da mistura deve estar entre 12,3 e 12,5. Continuar a titulação, gota a gota, com EDTA 0,05 M até o aparecimento de ponto final azul claro que persiste por, no máximo, 60 segundos. Cada ml de EDTA 0,05 M é equivalente a 2,004 mg de Ca ou 15,51 mg de Ca3(PO4)2.

Conservação

Em frasco de vidro neutro, âmbar, hermeticamente fechado.

Forma derivada

Ponto de partida. Fosfato tricálcico.

Insumo inerte. Lactose nas três primeiras centesimais e seis primeiras decimais; etanol em várias concentrações para as seguintes.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 1 DH trit. e 1 CH trit..

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES

Sulfato de cálcio: adicionar 2,5 a 5 g de sulfato de cálcio anidro a 1 litro de água purificada e deixar saturar. Usar o sobrenadante
da saturação.

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CUPRUM METALLICUM

Cu M.M.: 63,55

Sinonímia homeopática: Cuprum.

Nome químico: Cobre, Cobre metálico.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Metal vermelho claro, brilhante, maleável, fio ou lâmina ou pó muito fino. Não é atacado pelos ácidos clorídrico e sulfúrico diluídos; é facilmente atacado pelo ácido nítrico diluído e pelo ácido sulfúrico concentrado e a quente. Praticamente insolúvel em meio alcalino. Em presença de ar seco não se altera, porém, na presença de umidade atmosférica e de dióxido de carbono, recobre-se facilmente com uma camada protetora de carbonato básico de cobre de cor verde. Aquecido levemente, em contato com o ar, é coberto de uma camada de óxido cuproso, vermelho. Aquecido ao rubro e em contato com o ar, o cobre se oxida formando óxido cúprico, negro, o qual se desprende sob a forma de pequenas lâminas.

Em contato com o sulfeto de hidrogênio este forma com o metal uma capa de sulfeto de cobre, escuro, que algumas vezes apresenta cor azul.

Solubilidade. Insolúvel em água, insolúvel em etanol, solúvel em água-régia.

Ponto de fusão (V.2.2) F. Bras. IV. 1083 oC.

Incompatibilidades. Ácido nítrico, hidróxido de amônio.

Especificação

Deve conter, no mínimo, 99,5% de Cu, após dessecação em estufa a 105 °C, até peso constante.

Identificação

A. Pequena quantidade, umedecida com ácido clorídrico, em alça de platina, levada à zona não iluminante da chama do bico de Bunsen, imprime à mesma, cor azul-esverdeada.

B. A 0,05 g do metal, adicionar solução de ácido nítrico 8 M em quantidade suficiente para dissolvê-lo completamente e diluir com água até completar 10 ml (Solução A).

I. A 2 ml da Solução A, adicionar solução aquosa de hidróxido de amônio a 10% (p/V). Observa-se, inicialmente, a formação de precipitado azul celeste de sal básico o qual é solúvel em excesso do reativo dando origem a solução de coloração azul intensa.

II. À 2 ml da Solução A, adicionar 5 gotas da solução de ferrocianeto de potássio a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado castanho-avermelhado.

C. A 0,05 g do metal, adicionar 10 ml de ácido clorídrico concentrado. A essa solução, acrescentar excesso de hidróxido de amônio. Observa-se a formação de coloração azul clara.

D. Tratar 0,1 g de metal com 1 ml de ácido nítrico concentrado.

Observa-se desprendimento de vapores castanhos.

Ensaios de pureza

Impurezas metálicas e arsênio. A 5 g do metal dividido, adicionar ácido nítrico a 32% (V/V) em quantidade suficiente para dissolvê-lo (Solução B).

Com a Solução B realizar provas para a detecção, respectivamente, da presença de antimônio, arsênio (V.3.2.5), chumbo (V.3.4.4.-2), ferro (V.3.2.4), manganês, conforme F. Bras. IV.

Doseamento

Pesar 0,25 g do metal, dissolver em quantidade suficiente de ácido sulfúrico concentrado, a quente; diluir com água purificada até completar o volume de 50 ml. Adicionar 3 g de iodeto de potássio e 5 ml de ácido acético concentrado. Titular o iodo liberado com solução de tiossulfato de sódio 0,1 M, utilizando solução 2% (p/V) de amido como indicador. Cada ml de tiossulfato de sódio consumido equivale a 0,006354 g de Cu.

Conservação

Em frasco hermeticamente fechado, ao abrigo de gases e da umidade do ar.

Forma derivada

Ponto de partida. Cobre metálico.

Insumo inerte. Lactose nas três primeiras centesimais e seis primeiras decimais; etanol em várias concentrações para as seguintes.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 3 DH trit. ou 2 CH trit..

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

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ECHINACEA ANGUSTIFOLIA

Nome botânico: Echinacea angustifolia DC., Rudbeckia angustifolia L.

Família: Asteraceae

Sinonímia homeopática: Echinacea, Equinacea.

Descrição da planta

Echinacea angustifolia DC. é erva perene com forte raiz pivotante, com altura média variando entre 30 e 60 cm. podendo, entretanto, atingir até 1 metro. As folhas são alternas, lanceoladas, elípticas, gradualmente atenuadas na base, com cerca de 20 cm de comprimento e 4 cm de largura, com nervação curvilínea e apresentando tricomas pouco abundantes. As folhas basais possuem pecíolo longo. A inflorescência é em capítulo solitário localizado na extremidade da haste, com 1 a 3 centímetros de diâmetro e com brácteas erectas. As flores periféricas são de cor rosa pálido, raramente brancas, com 2 a 8 centímetros de largura, mais ou menos inclinadas sobre o capítulo.

Parte empregada. Planta inteira.

Descrição da droga

A droga é constituída pela planta inteira, seca.

Preparação da Tintura-mãe

A tintura-mãe de Echinacea angustifolia é preparada por maceração, ou percolação, com etanol a 65% (V/V) a partir da planta inteira seca, segundo a técnica geral de preparação de tinturas-mãe.

Farm. Hom. Bras. II.

Características da tintura-mãe. Líquido de cor esverdeada, de odor aromático e sabor agradável.

Identificação

A. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 1 gota de solução de cloreto férrico a 1% (p/V). Desenvolve-se coloração verde escura, com turvação.

B. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 2 gotas de reagente obtido no momento do uso formado por partes iguais de solução de cloreto férrico a 1% (p/V) e ferricianeto de potássio a 1% (p/V).

Desenvolve-se coloração verde escuro.

C. A 2 ml de tintura-mãe, adicionar 2 gotas de reagente de Tollens (nitrato de prata amoniacal). Aquecer em banho-maria fervente, por 1 minuto. Observa-se a formação de precipitado negro.

D. A 2 ml de tintura-mãe, adicionar 5 gotas de reagente de Felhing (cupro-tartarato). Desenvolve-se, a frio, coloração verde-amarelada.

Aquecer em banho-maria fervente por 2 minutos. Desenvolvese coloração amarelo-ocre, com turvação.

E. A 2 ml de tintura-mãe, adicionar 5 gotas de solução de nitrato de prata a 1% (p/V). Aquecer em banho-maria fervente por 1 minuto. Observa-se desenvolvimento de coloração cinza-escura.

F. A 2 ml de tintura-mãe, adicionar 3 gotas de solução de ninidrina a 0,1% (p/V). Aquecer em banho-maria fervente por 2 minutos. Desenvolve-se coloração violeta.

G. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 5 gotas de solução de hidróxido de potássio a 30% (p/V). Desenvolve-se coloração amarela que se intensifica gradualmente até atingir coloração amarelo-âmbar.

H. Observar alíquota da tintura-mãe à luz ultravioleta de onda longa (365 nm). Observa-se fluorescência rósea.

Ensaios

Título em etanol. O título em etanol deve estar compreendido entre 60 e 70% (V/V).

Resíduo seco. O resíduo seco deve ser igual ou maior que 0,70% (p/V).

Cromatografia em camada delgada (V.2.17.1) F. Bras. IV.

Desenvolver cromatografia empregando camada delgada de sílica-gel G.

Aplicar sobre a placa 20 μl da tintura-mãe. Desenvolver a cromatografia empregando como fase móvel a mistura de n-butanolácido acético glacial-água (40:10:10). Desenvolver a cromatografia por um percurso de 10 cm. Deixar a placa secar ao ar. Examinar à luz ultravioleta de onda longa (365 nm). O cromatograma apresenta sucessão de manchas com fluorescência azul com valores Rf entre 0,20 e 0,65 e uma ou duas manchas vermelhas com separação pouco nítida com Rf próximo a 0,09. Pode ocorrer outra mancha, castanha, com Rf próximo a 0,45. Em seguida, nebulizar a placa cromatográfica com solução de anisaldeído sulfúrico, aquecendo-a, posteriormente, em estufa a 100 °C-105 °C, por 10 minutos. Examinar a luz visível.

Observa-se mancha verde escura com Rf próximo a 0,35, uma outra de cor laranja com Rf próximo a 0,40, uma terceira, acinzentada, com Rf próximo a 0,50 e duas ou três outras, de cor violeta e com valores Rf compreendidos entre 0,80 e 0,95. Desenvolver um segundo cromatograma nas mesmas condições anteriores. Revelar com solução de anilina ftálica, aquecendo a placa em estufa a 100 °C - 105 °C por cerca de 20 minutos. Examinar à luz visível. Observa-se uma só mancha castanha com Rf próximo a 0,30.

Desenvolver um terceiro cromatograma empregando como fase móvel a mistura de clorofórmio-metanol (9:1). Deixar a placa secar ao ar, nebulizando-a, em seguida, com solução de tricloreto de antimônio a 1% (p/V) em clorofórmio. Observar à luz ultravioleta de onda longa (365 mn). Serão observadas duas manchas com Rf próximos, respectivamente, a 0,22 e 0,87.

Conservação

Em frasco de vidro neutro, âmbar, hermeticamente fechado, ao abrigo da luz e do calor.

Forma derivada

Ponto de partida. Tintura-mãe.

Insumo inerte. Nas primeiras três dinamizações centesimais e seis primeiras decimais, utilizar teor alcoólico igual ao teor da tinturamãe.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir da 1 CH e da 1 DH será empregado etanol com mesmo título etanólico da tintura-mãe, nas três primeiras dinamizações para a escala centesimal e nas seis primeiras para a escala decimal. A partir daí, empregar etanol de dispensação.

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado, ao abrigo da luz e do calor.

REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES

Reagentes de Tollens: A 10 ml de solução aquosa de nitrato de prata a 5% (p/V) adicionar quantidade suficiente de hidróxido de amônio até formação de precipitado castanho e, subseqüente dissolução do mesmo. Em seguida, adicionar 5 ml de solução de hidróxido de sódio a 10%(p/V). Caso reapareça o precipitado, adicionar, gota a gota, nova quantidade de hidróxido de amônio até o desaparecimento do mesmo. Guardar em frasco escuro, com tampa esmerilhada e, preferentemente, sob refrigeração.

Reagente de Fehling:

Solução (A): Dissolver 35,6 g de sulfato de cobre em quantidade suficiente de água purificada; completar o volume para 500 ml.

Solução (B): Dissolver 173 g de tartarato duplo de sódio e potássio (Sal de Seignette) em quantidade suficiente de água purificada;acrescentar 70 g de hidróxido de sódio; completar o volume para 500 ml.

No momento do uso, juntar partes iguais das soluções (A) e (B).

Solução reveladora de anisaldeido sulfúrico: Adicionar 0,5 ml de anisaldeido a 10 ml de ácido acético glacial; em seguida, acrescentar 85 ml de metanol e 5 ml de ácido sulfúrico concentrado.

Realizar a operação em banho de água fria ou sob corrente de água fria.

Solução reveladora de anilína ftálica (ftalato de anilina): Em frasco com tampa esmerilhada dissolver 0,93 g do anilina recémdestilada e 1,66 g de ácido ftálico em 100 ml de n-butanol previamente saturado. Conservar sob refrigeração.

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ETHYLICUM

C2H5OH M.M.: 46,07

Sinonímia Homeopática: Alchoolum

Descrição

Caracteres físicos: líquido incolor, límpido, volátil, inflamável.

Volatiliza rapidamente mesmo a baixas temperaturas. Odor suave e característico. Sabor ardente. Queima com chama azul pouco luminosa.

É higroscópico. Em mistura com a água produz calor e contração de volume.

Identificação

A. A 1 ml de etanol, adicionar 1 ml de ácido acético e 0,1 ml de ácido clorídrico. Aquecer em banho-maria fervente. Desprende-se odor característico de acetato de etila.

B. A 1 ml de etanol e 0,01 g de carbonato de sódio adicionar gradativamente solução de iodo SR. Aquecer em banho-maria fervente.

Observa-se o desprendimento de odor característico de iodofórmio.

A adição de excesso de solução de iodo torna, lentamente,amarelo o líquido alcoólico, acentuando o odor de iodofórmio e chegando à formação de precipitado. Separar os cristais formados.

Secar, determinar o ponto de fusão do mesmo, que deve ser da ordem de 120 °C.

C. A 2 ml de etanol, adicionar 10 gotas de solução de dicromato de potássio a 10% (p/V). Aquecer ligeiramente em banhomaria fervente. Observa-se a emanação de odor característico de acetaldeído.

Ensaios de pureza

Substâncias redutoras (aldeídos, açúcares redutores e outras substâncias).

A. A 5 ml de etanol, adicionar 5 gotas da solução de permanganato de potássio a 1% (p/V). A cor característica (roxo-avermelhada) não deverá mudar em até 10 minutos, assim como não deverá haver formação de precipitado.

B. A 5 ml de etanol, adicionar 1 pastilha de hidróxido de potássio. Agitar. Transcorrido o tempo máximo de 15 minutos não deve aparecer cor amarela.

Impurezas orgânicas. A 5 ml de etanol, adicionar, aos poucos, pelas paredes do frasco (tubo de ensaio, erlenmeyer ou bequer), até 50 ml de água purificada. A mistura não deve turvar-se, mesmo que passageiramente.

Substâncias facilmente carbonizáveis.A 5 ml de etanol, colocado em frasco apropriado, em banho de água fria, adicionar 5 ml de ácido sulfúrico concentrado. A cor da mistura não deve ser mais intensa do que aquela correspondente a um branco preparado com água purificada e ácido sulfúrico, nas mesmas condições anteriormente citadas.

Matéria não volátil. Em béquer de vidro, previamente tarado, colocar 20 ml de etanol e evaporar até a secura e peso constante. O
peso alcançado não deve ser diferente daquele do frasco previamente tarado (não deve haver nenhum resíduo).

Metais pesados. A 5 ml de etanol, adicionar 5 gotas de sulfeto de amônio. Não deve haver qualquer alteração no meio (turvação, precipitação ou desenvolvimento de cor). O sulfeto de amônio pode ser substituído por água sulfídrica.

Óleo fúsel. Diluir 5 ml de etanol com 5 ml de água purificada.

A essa solução, adicionar 30 gotas de solução alcoólica de ácido salicílico a 1% (p/V). Pelas paredes do frasco e sob banho de água fria, adicionar, cuidadosamente, 2 ml de ácido sulfúrico concentrado.

Após o resfriamento total, não deve ser observado o aparecimento de cor vermelha.

Taninos. A 5 ml de etanol, adicionar 5 gotas de hidróxido de amônio concentrado. Não deve haver qualquer alteração na solução (turvação, precipitação ou desenvolvimento de cor).

Acidez (ácido acético). Misturar 10 ml de etanol com 5 gotas de solução etanólica de fenolftaleína SI a 2% (p/V). Em seguida, adicionar 0,1 ml de solução de hidróxido de sódio 0,1 M. Deve desenvolver cor vermelho-ametista..

Alcalinidade. A 2 ml de etanol, adicionar 2 gotas de solução de fenolftaleína SI a 2% (p/V). Não deve desenvolver cor vermelhoametista.

Furfural. A 10 ml de etanol, adicionar 1 ml de ácido acético concentrado, mais 0,5 ml de anilina, pura, incolor. Não deve haver aparecimento de cor vermelha, transcorridos 5 minutos.

Conservação

Em frasco de vidro neutro, hermeticamente fechado.

Forma derivada

Ponto de Partida. Álcool etílico 96% (V/V).

Insumo inerte. Água purificada.

Observação: preparação extemporânea.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 1 DH ou 1 CH.

Conservação. Em frasco de vidro neutro, bem fechado.

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FERRUM METALLICUM

Fe M.M.: 55,85

Sinonímia homeopática: Ferrum reductum, Ferrum purum, Ferrum.

Nome químico: Ferro, Ferro metálico.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Pó extremamente fino, cinza escuro, inodoro, maleável. Estável quando exposto ao ar seco, alterável
rapidamente quando aquecido ao rubro e lentamente, em presença de ar úmido, passando a óxido férrico hidratado.

Solubilidade. Insolúvel em água e em etanol; solúvel em ácidos minerais, com liberação de hidrogênio.

Especificação

Contém, no mínimo, 90% de ferro em relação à substância seca em estufa a 105 oC, até peso constante.

Identificação

Tratar 0,1 g da amostra com 2,5 ml de ácido clorídrico diluído a 10% (V/V) e diluir com igual quantidade de água purificada (Solução A).

A. A 2 ml da Solução A, adicionar 5 gotas de solução aquosa de ferrocianeto de potássio a 1% (p/V). Observa-se a formação de cor azul escura.

B. A 2 ml da Solução A, adicionar 5 gotas de solução de sulfeto de amônia a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado negro.

Ensaios de pureza

Arsênio. Pesar 2 g, transferir para o frasco do aparelho destinado à determinação do arsênio, adicionar 20 ml da solução de ácido clorídrico e cloreto de estanho (II) e, imediatamente, adaptar o tubo do aparelho, prosseguindo como está descrito em ensaio-limite de arsênio (V.3.2.5) F. Bras. IV. No máximo 5 ppm.

Metais pesados (Pb). Pesar, exatamente, 1 g e tratar com mistura de 10 ml de ácido clorídrico e 25 ml de água purificada, aquecendo em banho-maria; evaporar até a secura, dissolver o resíduo em cerca de 20 ml de água purificada, adicionando 1 ml de água
purificada e 1 ml de ácido clorídrico, se necessário; transferir para tubo de Nessler de 50 ml e 25 mm de diâmetro externo, e prosseguir
como descrito em ensaio-limite de metais pesados (V.3.2.3) F. Bras.

IV. No máximo, 10 ppm.

Insolúveis no ácido sulfúrico. Pesar exatamente, cerca de 2 g e introduzir, aos poucos, em uma mistura constituída por 5 ml de ácido sulfúrico e 50 ml de água purificada; aquecer moderadamente em banho-maria, se necessário até que se desprenda mais hidrogênio.

Filtrar o resíduo insolúvel, lavar primeiramente com água contendo cerca de 2% de ácido sulfúrico (V/V), e depois com água purificada até a eliminação de sulfatos; dessecar a 105 °C durante 2 horas e pesar: o peso do resíduo não deve ser superior a 0,003 g (0,15%).

Agitar 10 g de ferro metálico com 50 ml de água purificada (Solução B), filtrar e realizar os seguintes ensaios:

Cloreto - A 10 ml do filtrado, adicionar 0,5 ml de ácido nítrico e 2 ml de nitrato de prata SR: não deve ocorrer opalescência.

Substâncias solúveis na água - Evaporar 10 ml do filtrado em uma cápsula de porcelana tarada e dessecar o resíduo a 105 °C durante 2 horas: o peso não deve ser superior a 0,003 g (0,15%).

Sulfato - A 10 ml do filtrado, adicionar 0,5 ml de ácido clorídrico SR e 2 ml de cloreto de bário SR, aquecer à ebulição e deixar em banho-maria por 15 minutos: não deve produzir opalescência.

Doseamento

Pesar 0,25 g de ferro metálico, colocar em um frasco com tampa esmerilhada, adicionar 20 ml de solução previamente aquecida
de sulfato de cobre penta-hidratado, agitar por 10 minutos. Filtrar rapidamente. Lavar o resíduo contido no filtro com quantidade suficiente de água purificada; acidificar o filtrado com algumas gotas de ácido sulfúrico concentrado e titular com permanganato de potássio 0,02 M. Cada ml de permanganato de potássio 0,02 M consumido corresponde a 0,00559 g de Fe.

Conservação

Conservar em recipientes secos e bem-fechados.

Forma derivada

Ponto de partida. Ferro metálico (Fe).

Insumo inerte. Lactose nas três primeiras centesimais e seis primeiras decimais; etanol em várias concentrações para as seguintes.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 1 DH trit. ou 1 CH trit..

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

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FERRUM SULPHURICUM

FeSO4.7H2O M.M.: 278,00

Sinonímia homeopática: Ferri sulphas, Sulphas ferrosus, Ferrosi sulphas, Ferrum sulphuricum oxydulatum.

Nome químico: Sulfato ferroso.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Cristais verdes ou pó cristalino branco esverdeado. Inodoro. Sabor adstringente. Eflorescente e alterável ao ar. Expostos ao ar úmido, os cristais são oxidados rapidamente formando camada de cor castanho-amarelada de sulfato férrico. Soluções aquosas resfriadas são lentamente oxidadas por exposição ao ar, enquanto que soluções aquecidas são oxidadas rapidamente.

A oxidação é acelerada na presença da luz.

Solubilidade. Solúvel em água (1:1,5); insolúvel em etanol;parcialmente solúvel em glicerina.

Incompatibilidades. Alcalis, benzoatos, fosfatos e agentes oxidantes.

Especificação

Contém, no mínimo, 77% de FeSO4, quando dessecado em estufa a 40 °C, até peso constante.

Identificação

A. A solução aquosa a 5% (p/V) é fracamente ácida ao papel azul de tornassol.

B. Preparar solução a 5% (p/V) em água purificada (Solução A).

I. A 2 ml da Solução A, adicionar 5 gotas de solução aquosa de ferrocianeto de potássio a 1% (p/V). Observa-se a formação de cor azul.

II. A 2 ml da Solução A, adicionar 5 gotas de solução de nitrato de bário a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado branco.

Ensaios de pureza

Dessecar o sulfato ferroso a 40 °C e realizar os seguintes ensaios:

Arsênio. Dissolver 2,5 g em 10 ml de água purificada, adicionar 15 ml de ácido clorídrico e cloreto de estanho (II). Destilar 20 ml da mistura; ao destilado adicionar algumas gotas de bromo, remover o excesso de bromo com solução de cloreto de estanho (II), juntar 40 ml de água purificada e prosseguir como descrito em ensaio- limite de arsênio (V.3.2.5) F. Bras. IV. No máximo, 4 ppm.

Metais pesados. Dissolver 0,05 g em cerca de 30 ml de água purificada, acidular com 1 ml de ácido acético diluído, filtrar e prosseguir como descrito em ensaio-limite para metais pesados (V.3.2.3)

F. Bras. IV. No máximo, 200 ppm.

Sais alcalinos ou alcalinos terrosos. Dissolver 1 g em 10 ml de água purificada, juntar gotas de ácido nítrico, aquecer, alcalinizar
com amônia SR, filtrar: evaporar o filtrado e calcinar o resíduo. O resíduo deve pesar no máximo 0,001 g (0,1%).

Acidez. Dissolver 5 g em 5 ml de água. Adicionar gotas de alaranjado de metila I SI: não deve ser necessário mais que 1 ml de hidróxido de sódio 0,1 M para sua neutralização.

Doseamento

Pesar cuidadosamente cerca de 1 g de sulfato de ferro e dissolver em uma mistura de 25 ml de ácido sulfúrico 2 M e 25 ml de água purificada recentemente fervida e resfriada. Adicionar ortofenantrolina e titular com sulfato cérico 0,1 M. Preparar um branco e fazer as correções necessárias. Cada ml de sulfato cérico 0,1 M consumido é equivalente a 15,19 mg de FeSO4 ou 27,80 mg de FeSO4.7H2O.

Conservação

Conservar em recipiente hermeticamente fechado, ao abrigo do ar, da umidade e da luz.

Forma derivada

Ponto de partida. Sulfato ferroso.

Insumo inerte. Lactose nas três primeiras centesimais e seis primeiras decimais; etanol em várias concentrações para as dinamizações posteriores.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 1 DH trit. ou 1 CH trit..

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

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GINKGO BILOBA

Nome botânico: Ginkgo biloba L.

Família: Ginkgoaceae

Sinonímia homeopática: Ginkgo

Descrição da planta

As folhas de Ginkgo biloba L. são verdes claras, de 6 cm a 8 cm de comprimento por 10 a 12 cm de largura, em forma de leque flabeliforme apresentando uma chanfradura mais ou menos profunda na parte superior dando-lhes aspecto de serem bilobadas. Os bordos são ligeiramente crenulados e o limbo é de consistência coriácea. As nervuras divergem do ponto de fixação do pecíolo, que é comprido.São inodoras e de sabor ligeiramente amargo.

Parte empregada. Folhas secas.

Descrição da droga

A droga é constituída pelas folhas secas.

Preparação da Tintura-mãe

A tintura-mãe de Ginkgo biloba é preparada com etanol a 65% (V/V), por maceração, segundo técnica geral de preparação de tinturas-mãe. (X.1.1.). Farm. Hom. Bras. IV.

Características da tintura-mãe. Líquido de cor castanha esverdeada, com odor herbáceo e sabor fraco.

Identificação

A. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 1 gota de solução de cloreto férrico a 1% (p/V). Desenvolve-se cor verde escura.

B. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 2 gotas de reagente de Tollens (nitrato de prata amoniacal). Observa-se redução a frio com formação de precipitado cinza escuro ou negro.

C. A 2 ml de tintura-mãe, adicionar 2 gotas de reagente de Fehling (cupro-tartarato). Observa-se redução a frio com desenvolvimento de coloração verde-amarelada. Por aquecimento em banhomaria fervente a coloração passa a verde escuro.

D. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 2 gotas de solução de ninidrina a 1% (p/V) em etanol a 96% (V/V). Aquecer em banhomaria fervente, por 2 minutos. Desenvolve-se coloração violeta.

E. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 2 gotas de solução de nitrato de prata a 1% (p/V). Forma-se precipitado castanho-avermelhado que, por aquecimento em banho-maria fervente, por um minuto, passa a castanho-escuro.

F. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 2 gotas de mistura preparada no momento do uso, formada por partes iguais de solução de cloreto férrico a 1% (p/V) e solução de ferricianeto de potássio a 1% (p/V). Desenvolve-se coloração verde escura.

G. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar fragmentos de magnésio metálico e 1 ml de ácido clorídrico concentrado. Desenvolve-se coloração castanho-alaranjada.

H. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 50 mg de resorcinol e 1 ml de ácido clorídrico concentrado. Desenvolve-se coloração vermelho escura.

Ensaios

Título etanólico. Deve estar compreendido entre 60 e 70%

(V/V).

Resíduo seco. Deve ser no mínimo 1,50% (p.V).

Cromatografia em camada delgada (V.2.17.1) F. Bras. IV.

Desenvolver cromatografia empregando camada de sílica-gel G.

I. Como Solução Padrão empregar: a) solução de 10 mg de rutina em etanol a 60% (V/V). b) dissolver 10 mg de isoquercetina em etanol a 96% (V/V). Depositar na placa, em pontos isolados, 40 μl da tintura-mãe e 5 μl de cada uma das soluções-padrão. Desenvolver a cromatografia empregando como fase móvel a mistura de acetato de etila-metiletilcetona-ácido fórmico anidro-água (50:30:10:10). Desenvolver a cromatografia por um percurso de 10 cm. Deixar a placa secar ao ar. Examinar à luz ultravioleta de onda longa (365 nm). As soluções-padrão apresentam-se como duas manchas com fluorescência castanha com Rfs próximos a 0,35 e 0,65,
correspondendo, respectivamente à rutina e à isoquercetina. A tinturamãe apresenta, geralmente, duas manchas acastanhadas com Rfs próximos a 0,35 (rutina) e 0,55, uma outra rosa-clara e fluorescente, com Rf próximo a 0,65 (isoquercetina) e uma última, vermelha, vizinha à frente atingida pela fase móvel. Em seguida, nebulizar a placa com reagente difenil-borato de amino-etanol. Examinar à luz ultravioleta de onda longa (365 nm). Observa-se a presença de duas manchas com fluorescência laranja com Rfs próximos àqueles dos padrões de rutina (0,35) e isoquercetina (0,65). A tintura-mãe apresenta duas manchas com fluorescência amarela e Rfs próximos a 0,15 e 0,20, uma outra com fluorescência laranja e Rf próximo a 0,35 (rutina), outra, com fluorescência amarelo-esverdeado com Rf próximo a 0,45, seguindose-lhes outras com Rf a 0,60, com fluorescência amarelo esverdeada e Rf 0,65, com fluorescência laranja (isoquercetina) e uma última, com fluorescência amarela e Rf próximo a 0,95.

II. Desenvolver cromatografia nas mesmas condições anteriores nebulizando a placa com hidróxido de amônia concentrado.

Examinada à luz ultravioleta de onda longa (365 nm), observa-se mancha com fluorescência intensa amarela e com Rf próximo a
0,60.

III. Desenvolver cromatografia empregando camada delgada de sílica-gel G. Como solução-padrão empregar 1 mg de ginkgolido A-C dissolvido em 1 ml de metanol. Desenvolver a cromatografia empregando como fase móvel a mistura de tolueno-acetona (7:3).

Desenvolver a cromatografia num percurso de 10 cm. Deixar a placa secar ao ar. Nebulizar a placa com ácido acético, aquecer a placa a 120 °C por 30 minutos e observar à luz ultravioleta de onda longa (365 nm). Observa-se a presença de uma mancha com fluorescência azul-esverdeada com Rf próximo a 0,5.

Conservação

Em frasco de vidro neutro, âmbar, hermeticamente fechado, ao abrigo da luz e do calor.

Forma derivada

Ponto de partida. Tintura-mãe.

Insumo inerte. Nas primeiras três dinamizações centesimais e seis primeiras decimais, utilizar teor alcoólico igual ao teor da tinturamãe.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 1 CH e da 1 DH.

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado, ao abrigo da luz e do calor.

REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES

Reagentes de Tollens: A 10 ml de solução aquosa de nitrato de prata a 5% (p/V) adicionar quantidade suficiente de hidróxido de amônio até formação de precipitado castanho e, subseqüente dissolução do mesmo. Em seguida, adicionar 5 ml de solução de hidróxido de sódio a 10%(p/V). Caso reapareça o precipitado, adicionar, gota a gota, nova quantidade de hidróxido de amônio até o desaparecimento do mesmo. Guardar em frasco escuro, com tampa esmerilhada e, preferentemente, sob refrigeração.

Reagente de Fehling:

Solução (A): Dissolver 35,6 g de sulfato de cobre em quantidade suficiente de água purificada; completar o volume para 500 ml.

Solução (B): Dissolver 173 g de tartarato duplo de sódio e potássio (Sal de Seignette) em quantidade suficiente de água purificada; acrescentar 70 g de hidróxido de sódio; completar o volume para 500 ml.

No momento do uso, juntar partes iguais das soluções (A) e (B).

GUAIACUM OFFICINALE

Nome botânico: Guaiacum officinale L.

Família: Zygophyllaceae

Sinonímia homeopática: Guaiacum sanctum, Guaiacum.

Descrição da planta

Guaiacum officinale L. é árvore que pode atingir até 10 metros de altura, de lenho pardo e resinoso. Os ramos lenhosos apresentam folhas compostas com dois a três pares de folíolos e com 3 a 5 centímetros de comprimento, de cor verde e de forma ovalada pontiaguda. As flores, azuis, são dispostas em espigas terminais. O fruto é cápsula ovalada de coloração pardo-escura, com cerca de dois centímetros de comprimento.

Parte empregada. Resina

Descrição da droga

A droga é constituída pela resina obtida a partir do lenho de Guaiacum officinale L. Apresenta-se como massa ou fragmentos arredondados ou ovóides, irregulares, ou lâminas, translúcidas e com superfície cinza-esverdeada. Pelo rompimento, a droga dá fratura vítrea clara, de coloração que varia entre o amarelo-esverdeado e o castanho-avermelhado. Geralmente, a droga apresenta-se coberta de pó verde-escuro. Transformada em pó, adquire coloração cinza. Exposta ao ar e à luz, adquire coloração verde-esmeralda. Tem odor
aromático característico lembrando o benjoim e a baunilha, acentuando-se pelo calor. É de sabor pouco intenso no início, tornando-se, gradativamente, acre e ardente.

A resina funde a 85 °C com desprendimento de odor acentuado característico. A mesma é insolúvel em água, é solúvel em etanol, éter etílico, éter de petróleo e clorofórmio.

Identificação da droga

A. Dissolver 1 g da resina em 10 ml de etanol. Filtrar (Solução A). Realizar com esta solução as provas b e c citadas em seguida. Essa solução deve responder totalmente a tais provas. A Solução A deve responder igualmente às provas de identificação indicadas para a Solução B.

B. Determinação de matéria insolúvel em etanol. A Solução A, não deve apresentar mais que 10% de matéria insolúvel em relação à quantidade da droga (p/p).

C. Cromatografia. A Solução A deve satisfazer a análise cromatográfica indicada para a caracterização da tintura-mãe, conforme
descrito em ensaios da tintura-mãe.

D. Cinzas sulfatadas. Determinar sobre 1 g de resina.

(V.2.10). F. Bras. IV. O percentual de cinzas sulfúricas não deve ultrapassar 2%.

E. Determinação de colofônia. Agitar 1 g de resina em pó com 5 ml de éter de petróleo (Ponto de ebulição 50 a 60°C), durante 5 minutos. Filtrar. O filtrado deve ser incolor. Agitar o filtrado com igual quantidade de solução de acetato de cobre a 1% (p/V). Não deve aparecer coloração verde.

Preparação da Tintura-mãe

A tintura-mãe é preparada a partir da resina seca de Guaiacum officinale L., por maceração com etanol a 90% (V/V), de acordo com a técnica geral de preparação de tinturas-mãe. (X.1.1.).Farm.Hom. Bras. II.

Identificação da tintura-mãe

A. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 5 ml de água purificada (Solução B). Observa-se turvação leitosa intensa e permanente.

B. À Solução B, adicionar 2 gotas de mistura formada no momento do uso por partes iguais de solução de cloreto férrico a 1% (p/V) e ferricianeto de potássio a 1% (p/V). Desenvolve-se coloração azul anil intensa.

C. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 1 ml de etanol. Em seguida, acrescentar 1 gota de solução de cloreto férrico a 1% (p/V).

Desenvolve-se coloração azul intensa que passa sucessivamente a verde e depois a amarelo, por adição de excesso de reagente.

D. A 2 ml de tintura-mãe, adicionar 1 gota de reagente de Tollens (nitrato de prata amoniacal). Desenvolve-se coloração azul intensa a frio. Aquecendo-se em banho-maria fervente por 2 minutos, passa a verde-escuro com formação de precipitado.

E. A 2 ml de tintura-mãe, adicionar 1 ml de água purificada e 3 ml de reagente de Fehling (cupro-tartarato). Desenvolve-se coloração verde, a frio passando a verde amarelada por aquecimento em banho-maria fervente por 2 minutos.

F. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 5 gotas de solução de hidróxido de sódio a 10% (p/V). Desenvolve-se coloração castanhoavermelhada.

G. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 1 ml de etanol e 5 gotas de solução de sulfato de cobre a 1% (p/V). Desenvolve-se coloração
azul que se intensifica pela adição de 1 gota de solução de tiocianato de amônio a 1% (p/V).

H. A 2 ml de tintura-mãe, adicionar 5 gotas de solução de nitrato de prata a 1% (p/V). Aquecer em banho-maria fervente por 1 minuto. Desenvolve-se coloração azul que, aquecida por mais 1 minuto, dá origem a precipitado cinza-escuro.

I. A 2 ml de tintura-mãe, adicionar 2 ml de água purificada.

Extrair a mistura com 5 ml de clorofórmio. Separar a fase clorofórmica transferindo-a para cápsula de porcelana. Evaporar até a secura. Tratar o resíduo assim obtido por gotas de ácido sulfúrico.

Desenvolve-se coloração violeta.

Ensaios

Título em etanol. Deve estar compreendido entre 85 e 95% (V/V).

Resíduo seco. Deve ser igual ou superior a 7% (p/V).

Cromatografia em camada delgada (V.2.17.1) F. Bras. IV.

Desenvolver cromatografia empregando camada delgada de sílica-gel G. Empregar solução-padrão obtida por dissolução de 10 mg de vanilina em cerca de 10 ml de etanol. Aplicar na placa, isoladamente, 10 μl da solução-padrão e igual quantidade de tintura-mãe. Desenvolver a cromatografia empregando como fase móvel a mistura de diclorometano-éter isopropílico (30:20). Desenvolver a cromatografia por um percurso de 10 cm. Deixar a placa secar ao ar. Examinar à luz visível. O cromatograma obtido com a tintura-mãe apresenta, geralmente, três manchas azuis com Rfs próximos a 0,15, 0,20 e 0,65.

Examinar à luz ultravioleta de onda longa (365 nm). Nebulizar a placa com solução de floroglucinol a 1% (p/V) em etanol, adicionada de gotas de ácido clorídrico. Examinar à luz visível. O cromatograma da Solução Padrão apresenta mancha de coloração laranja de Rf próximo a 0,60, enquanto que o correspondente à tintura-mãe apresenta mancha amarelo-ocre com Rf próximo a 0,10, outra mancha amarela, com Rf próximo a 0,20, outra, azul e com Rf próximo a 0,45, uma outra, violeta, com Rf próximo a 0,50 e uma última, de cor laranja e Rf próximo a 0,60.

Conservação

Em frasco de vidro neutro, âmbar, hermeticamente fechado,ao abrigo da luz e do calor.

Forma derivada

Ponto de partida. Tintura mãe.

Insumo inerte. Solução hidroalcoólica em diferentes graduações.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997

Dispensação. A partir de 1 DH ou 1 CH.

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado, ao abrigo da luz e do calor.

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REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES

Reagentes de Tollens: A 10 ml de solução aquosa de nitrato de prata a 5% (p/V) adicionar quantidade suficiente de hidróxido de amônio até formação de precipitado castanho e, subseqüente dissolução do mesmo. Em seguida, adicionar 5 ml de solução de hidróxido de sódio a 10% (p/V). Caso reapareça o precipitado, adicionar, gota a gota, nova quantidade de hidróxido de amônio até o desaparecimento do mesmo. Guardar em frasco escuro, com tampa esmerilhada e, preferentemente, sob refrigeração.

Reagente de Fehling:

Solução (A): Dissolver 35,6 g de sulfato de cobre em quantidade suficiente de água purificada; completar o volume para 500 ml.

Solução (B): Dissolver 173 g de tartarato duplo de sódio e potássio (Sal de Seignette) em quantidade suficiente de água purificada; acrescentar 70 g de hidróxido de sódio; completar o volume para 500 ml.

No momento do uso, juntar partes iguais das soluções (A) e (B).

29

IODIUM

I2 M.M.: 253,81

Sinonímia homeopática: Iodum purum, Iodium metallicum, Iodum metallicum

Descrição

Caracteres físico-químicos. Escamas ou lâminas negro-acinzentadas, com brilho metálico, com odor semelhante ao cloro, de sabor acre. Sublima a temperaturas inferiores ao seu ponto de fusão.

É suficientemente volátil, desprendendo vapores violáceos.

Solubilidade. Fracamente solúvel em água (1:3500), dando origem a solução amarelo-parda. Dissolve-se em etanol (1:8), éter etílico e em soluções aquosas de iodetos dando origem a solução de cor pardo-avermelhada.

Incompatibilidades. Alcalis, carbonatos alcalinos, alcalóides, amônia, cloral hidratado, fenol, tiossulfato de sódio, sais solúveis de chumbo e mercúrio, amido, tanino, vegetais adstringentes, óleos voláteis, lactose e acetona.

Ponto de fusão (V.2.2) F. Bras. IV. 114 °C, com desprendimento de vapores violáceos.

Especificação

Contém, no mínimo, 99,5% de I2.

Identificação

A. Dissolver alguns miligramas da amostra, respectivamente, em quantidade suficiente de clorofórmio, tetracloreto de carbono e dissulfeto de carbono. As soluções obtidas com esses três solventes são de cor violeta.

B. Dissolver alguns miligramas da amostra, respectivamente, em quantidade suficiente de etanol e de éter etílico. As soluções obtidas com esses dois solventes são de cor pardo-avermelhada.

C. Aquecer ligeiramente, alguns miligramas da amostra.

Desprendem-se vapores violeta que recebidos em anteparo de porcelana ou de vidro, cristalizam-se sob a forma de agulhas negras e brilhantes.

D. A 1 ml de solução de iodo em etanol a 1% (p/V), adicionar algumas gotas de solução de amido. Observa-se a formação de cor azul-violeta que desaparece por aquecimento e reaparece quando a solução é resfriada.

Ensaios de pureza

Resíduo. Em cápsula de porcelana previamente tarada, aquecer em banho-maria quantidade conhecida da amostra, até completa volatização. O resíduo não deve ser superior a 0,05% em relação à amostra inicial.

Doseamento

Pesar 0,5 g da amostra e dissolver em uma solução de 1 g de iodeto de potássio em água purificada. Diluir com água purificada até 50 ml, adicionar 1 ml de ácido acético a 10% (V/V) e titular com solução de tiossulfato de sódio 0,1 M, usando solução de amido a 2% (p/V) como indicador. Cada ml de tiossulfato de sódio consumido equivale a 0,01269 g de I2.

Conservação

Em frasco de vidro neutro, âmbar, com tampa esmerilhada, ao abrigo da luz e do calor.

Forma derivada

Ponto de partida. Iodo (I2).

Insumo inerte. Etanol a 96%. Considerando a incompatibilidade do Iodo com a lactose e sua solubilidade em etanol, neste caso, o teor alcóolico do insumo inerte deverá ser de 96%.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 1 CH e de 1 DH será empregado etanol no mesmo título etanólico do insumo inerte até a 3 CH ou a 6 DH. Acima destas dinamizações será empregado etanol de dispensação.

Conservação. Em frasco de vidro incolor, neutro, bem fechado.

30

KALI BICHROMICUM

K2Cr2O7 M.M.: 294,19

Sinonímia homeopática: Kalium bichromicum, Kali dichromicum, Potassium bichromate.

Nome químico: Bicromato de potássio, Dicromato de potássio.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Cristais alaranjados, transparentes ou pó cristalino. Inodoro, de sabor metálico, estável ao ar.

Solubilidade. Solúvel em água (1:10) e insolúvel em etanol.

Incompatibilidades. Sais de bário, de chumbo, de mercúrio, alcalóides e seus sais, e lactose.

Especificação

Dessecado em estufa a 105 oC, até peso constante, contém, no mínimo, 99% de K2Cr2O7.

Identificação

A. Pequena quantidade, umedecida com ácido clorídrico, em alça de platina, levada à zona não iluminante da chama do bico de
Bunsen, imprime cor violeta à mesma.

B. A solução aquosa a 5% (p/V) é ácida ao papel azul de tornassol.

C. A solução aquosa de bicromato de potássio a 5% (p/V) (Solução A), dá as reações características do potássio e bicromato.

I. A 5 ml da Solução A, adicionar 5 gotas da solução aquosa de acetato de chumbo a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado amarelo.

II. A 5 ml da Solução A, adicionar 5 gotas de solução aquosa de nitrato de prata a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado pardo-avermelhado.

III. A 2 ml da Solução A, adicionar 5 ml de água purificada e 2 ml de solução aquosa de ácido clorídrico a 10% (V/V). Gradualmente, adicionar 1 ml de etanol. Observa-se o aparecimento de cor verde.

Ensaios de pureza

Alumínio e Cálcio. Dissolver 2 g de bicromato de potássio em 20 ml de água purificada. Alcalinizar com hidróxido de amônio.

Adicionar 5 gotas de solução aquosa de oxalato de amônio a 1% (p/V). Não deve ser observada turbidez ou precipitação.

Cloretos. A 2 ml de uma solução aquosa de bicromato de potássio a 1% (p/V), adicionar 2 ml de solução aquosa de ácido nítrico a 10% (V/V) e 5 gotas de solução aquosa de nitrato de prata a 1% (p/V). Não deve ser observada turbidez ou precipitação.

Sulfatos. A 2 ml de uma solução aquosa de bicromato de potássio a 1% (p/V), adicionar 1 ml de solução aquosa de nitrato de bário a 10% (p/V). Não deve ser observada turbidez ou precipitação em até 3 minutos.

Doseamento

Dissolver 0,2 g de bicromato de potássio em 25 ml de água purificada, recentemente fervida e resfriada, em recipiente com tampa.

Adicionar 2 g de iodeto de potássio e 10 ml de ácido clorídrico concentrado. Deixar em repouso, no escuro, por 10 minutos. Adicionar 200 ml de água purificada recentemente fervida e resfriada.

Titular com solução de tiossulfato de sódio 0,1 M empregando solução de amido SR como indicador. Cada ml de solução de tiossulfato 0,1 M consumido equivale a 0,004904 g de K2Cr2O7.

Conservação

Em recipiente hermético.

Forma derivada

Ponto de partida. Bicromato de potássio (K2Cr2O7).

Insumo inerte. Lactose nas três primeiras centesimais e seis primeiras decimais; etanol em várias concentrações para as seguintes.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 1 DH trit. ou 1 CH trit..

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

31

KALI BROMATUM

KBr M.M.: 119,02

Sinonímia homeopática: Kalium bromatum, Kalii bromidum, Potassii bromidum.

Nome químico: Brometo de potássio.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Cristais incolores, transparentes ou opacos, inodoros, inalteráveis ao ar, ou pó branco, granuloso.

Sabor salino e picante.

Solubilidade. Bastante solúvel em água (1:1,6), pouco solúvel em etanol (1:200).

Ponto de fusão (V.2.2) F. Bras. IV. 730 °C.

Incompatibilidades. Substâncias oxidantes, sais de mercúrio e prata e alguns sais de alcalóides.

Especificação

Contém, no mínimo, 98,5% de KBr, calculado em relação à substância seca em estufa a 105 °C, até peso constante.

Identificação

A. Pequena quantidade, umedecida com ácido clorídrico, em alça de platina, levada à zona não iluminante da chama do bico de Bunsen, imprime cor violeta à mesma.

B. Sua solução aquosa a 10% (p/V) é neutra ou ligeiramente alcalina ao papel indicador de tornassol.

C. A 2 ml de solução aquosa a 10% (p/V), adicionar 5 gotas de solução aquosa de cobaltinitrito de sódio a 1% (p/V). Observa-se
a formação de precipitado amarelo.

D. A 5 ml de solução aquosa a 10% (p/V) adicionar 5 gotas de solução aquosa de nitrato de prata a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado amarelo pálido, caseoso, pouco solúvel em solução aquosa de hidróxido de amônio a 10% (V/V).

E. A 5 ml de solução aquosa, adicionar 5 gotas de solução aquosa de acetato de chumbo a 1% (p/V). Observa-se a formação de
precipitado branco cristalino, pouco solúvel em água fria, porém, solúvel em água quente.

Ensaios de pureza

Bário e brometo de amônio. A 1 ml de solução aquosa a 10% (p/V), adicionar 5 gotas de solução aquosa de ácido sulfúrico a 10% (V/V). Não deve ser observada precipitação ou mesmo turvação.

Carbonatos alcalinos. Triturar alguns miligramas de brometo de potássio. Observar a reação do triturado em relação a papel indicador de tornassol vermelho, previamente umedecido com água purificada. Não deve haver passagem para o azul.

Ferro. A 2 ml de solução aquosa a 5% (p/V), adicionar quantidade suficiente de ácido clorídrico a 10% (V/V), para acidulála.

Adicionar 5 gotas de solução aquosa a 1% (p/V) de cloreto férrico.

Não deverá haver desenvolvimento de cor azul.

Iodetos. A 2 ml de uma solução aquosa a 5% (p/V), adicionar 5 gotas de solução aquosa de cloreto férrico a 1% (p/V) e algumas gotas de solução de amido a 1% (p/V). Não deve ser observado o aparecimento de cor azul-violeta.

Metais pesados. A 2 ml de solução aquosa a 5% (p/V), adicionar 5 gotas de solução aquosa de sulfeto de sódio a 5% (p/V).

Não deverá ser observada precipitação ou turbidez.

Sódio. Pequena quantidade da substância, umedecida em ácido clorídrico, em alça de platina levada à zona não iluminante da chama do bico de Bunsen, não deve imprimir cor amarela à mesma.

Sulfatos. A 2 ml de solução aquosa a 5% (p/V), adicionar 5 gotas de solução aquosa de cloreto de bário a 1% (p/V). Não deverá
haver precipitação ou turvação.

Doseamento

A. Pesar 0,4 g de brometo de potássio previamente dessecado em estufa a 105 °C durante duas horas; dissolver em 40 ml de água purificada, juntar 2 ml de ácido nítrico 2 M e 50 ml de solução aquosa de nitrato de prata 0,1 M. Titular o excesso de nitrato de prata com solução de tiocianato de potássio 0,1 M, empregando sulfato férrico amoniacal como indicador. Cada ml de nitrato de prata consumido é equivalente a 0,0119 g de KBr.

B. Pesar 0,3 g de brometo de potássio previamente dessecado em estufa a 105 °C por duas horas: dissolver em 40 ml de água purificada. Titular com solução de nitrato de prata 0,1 M empregando solução aquosa de cromato de potássio como indicador. Cada ml de solução de nitrato de prata consumida é equivalente a 0,011901g de KBr.

Conservação

Em frasco de vidro neutro, hermeticamente fechado, ao abrigo da umidade.

Forma derivada

Ponto de partida. Brometo de potássio.

Insumo inerte. Nas primeiras três dinamizações centesimais e seis primeiras decimais, utilizar teor alcoólico igual ao teor do insumo inerte.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 1 DH e 1 CH.

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem-fechado.

32

KALI IODATUM

KI M.M.: 166,00

Sinonímia homeopática: Kalium iodatum, Kalii iodidum.

Nome químico: Iodeto de potássio

Descrição

Caracteres físico-químicos. Cristais incolores, transparentes ou levemente opacos ou pó branco. Sabor salino e levemente amargo.

Inodoro.

Solubilidade. Facilmente solúvel em água (1:0,7), solúvel em etanol (1:23).

Incompatibilidades. Sais de ferro, bismuto, cobre, chumbo, mercúrio, clorato de potássio e outros agentes oxidantes. Ácidos minerais, cloridrato de estricnina, sulfato de quinino, e outros sais de alcalóides.

Ponto de fusão (V.2.2) F. Bras. IV. 639 °C.

Especificação

Dessecado em estufa a 110 °C, por 4 horas, contém, no mínimo, 99% de KI.

Identificação

A. Pequena quantidade umedecida em ácido clorídrico, em alça de platina e levada à zona não iluminante da chama do bico de Bunsen, imprime coloração violeta à mesma.

B. Solução aquosa de iodeto de potássio a 5% (p/V) é neutra ou levemente alcalina ao papel indicador de tornassol.

C. A solução aquosa de iodeto de potássio a 5% (p/V) (Solução A), dá as reações características dos íons potássio e iodeto.

I. A 5 ml da Solução A, adicionar 5 gotas de solução aquosa de cobaltinitrito de sódio a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado amarelo.

II. A 5 ml da Solução A, adicionar 5 gotas da solução aquosa de nitrato de prata a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado amarelo.

III. A 5 ml da Solução A, adicionar 5 gotas de solução aquosa de acetato de chumbo a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado amarelo.

Ensaios de pureza

Bário. A 5 ml da Solução A, adicionar 10 gotas de solução aquosa de ácido sulfúrico a 10% (V/V). Não deve haver turvação ou precipitação.

Carbonatos. Tocar tira de papel vermelho de tornassol, previamente umidecido, em pequena porção de iodeto de potássio triturado.

Não deve azulecer o papel indicador.

Cianeto. Aquecer ligeiramente, alguns miligramas de iodeto de potássio misturado com igual quantidade de sulfato ferroso mais 1 gota de solução aquosa de cloreto férrico a 1% (p/V) e 10 gotas de solução aquosa de hidróxido de sódio a 10% (p/V). Adicionar excesso de ácido clorídrico concentrado. Não deve ser observado desenvolvimento de cor azul.

Ferro. A 5 ml da Solução A, adicionar gotas de ácido clorídrico concentrado até acidificá-la. Em seguida, adicionar 0,5 ml de solução aquosa de ferricianeto de potássio a 10% (p/V). Não deve desenvolver cor azul.

Metais pesados. A 5 ml da Solução A, adicionar 5 gotas de solução aquosa de sulfeto de sódio a 10%. Não deve haver turvação ou precipitação.

Oxalatos e fosfatos. A 5 ml da Solução A, adicionar 5 gotas de solução aquosa de cloreto de cálcio a 1% (p/V) e 5 gotas de solução aquosa de hidróxido de amônio a 10% (V/V). Não deve haver turvação ou precipitação.

Sulfatos. A 5 ml da Solução A, adicionar 5 gotas de solução aquosa de nitrato de bário a 1% (p/V). Não deve haver turvação ou precipitação.

Doseamento

Pesar 0,5 g de iodeto de potássio previamente dessecado em estufa a 110 °C por 4 horas. Adicionar 35 ml de ácido clorídrico concentrado e 5 ml de clorofórmio. Titular com solução de iodato de potássio 0,1 M, sob agitação contínua até que a cor violeta adquirida pelo clorofórmio desapareça. Cada ml de iodato de potássio consumido equivale a 0,332 g de KI.

Conservação

Em frasco de vidro neutro, com tampa esmerilhada, ao abrigo da luz e do calor.

Forma derivada

Ponto de partida. Iodeto de potássio.

Insumo inerte. Solução hidroalcoólica em diferentes graduações a partir de 30% (V/V).

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 1 CH e de 1 DH.

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

33

KALI MURIATICUM

KCl M.M.: 74,55

Sinonímia homeopática: Kalium muriaticum, Kalii chloridum, Kalium chloratum.

Nome químico: Cloreto de potássio.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Cristais prismáticos alongados, cúbicos, incolores ou ainda pó branco. Inodoro, de sabor salino e levemente amargo. Sua solução aquosa é neutra ao tornassol indicador.

Estável ao ar.

Solubilidade. Solúvel em água (1:3), extremamente solúvel em água quente, solúvel em etanol 90% (1:400). Insolúvel em etanol anidro.

Incompatibilidades. Prata, chumbo, sais mercuriais.

Especificação

Contém, no mínimo, 99% de KCl em relação à substância previamente seca em estufa a 105 °C, até peso constante.

Identificação

A. Pequena quantidade umedecida com ácido clorídrico, em alça de platina, levada à zona não iluminante da chama do bico de Bunsen, imprime cor violeta à mesma.

B. A 2 ml de solução aquosa a 10% (p/V), adicionar 5 gotas de solução aquosa de cobaltinitrito de sódio a 1% (p/V). Observa-se
a formação de precipitado amarelo.

C. A 2 ml de solução aquosa a 10% (p/V), adicionar 5 gotas de solução aquosa de nitrato de prata a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado branco, solúvel em excesso de hidróxido de amônia.

D. Em seguida, adicionar quantidade suficiente de solução a 10% (V/V) de ácido nítrico. Observa-se nova precipitação de cloreto
de prata. Adicionar 5 gotas de solução aquosa de iodeto de potássio a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado amarelo.

Ensaios de pureza

Bário. A 2 ml de solução aquosa a 10% (p/V), adicionar 5 gotas de solução aquosa de ácido sulfúrico a 10% (V/V). Não deve haver precipitação ou mesmo turvação.

Brometos. Separar a fase aquosa da reação para Iodetos citada abaixo. À mesma, adicionar gotas de solução sulfocrômica a 10% (p/V) em ácido sulfúrico a 25% (V/V). Acrescentar 2 ml de tetracloreto de carbono. Agitar vigorosamente. A fase formada pelo tetracloreto de carbono não deve corar-se em amarelo.

Cálcio. A 2 ml de solução aquosa a 10% (p/V) adicionar 5 gotas de hidróxido de amônio e 5 gotas de solução aquosa a 1% (p/V)
de oxalato de amônio. Não deverá haver precipitação ou turvação.

Carbonatos alcalinos. Triturar alguns miligramas de cloreto de potássio. Observar a reação do triturado em relação ao papel indicador de tornassol vermelho, previamente umedecido com água purificada. Não deve haver passagem para o azul.

Ferro. A 2 ml de solução aquosa a 5% (p/V), adicionarquantidade suficiente de ácido clorídrico a 10% (V/V), para acidulála.

Adicionar 5 gotas de solução aquosa de cloreto férrico a 1% (p/V).

Não deverá haver desenvolvimento de cor azul.

Iodetos. Dissolver 1 g de cloreto de potássio em água purificada.

Adicionar 2 ml de solução a 25% (V/V) de ácido clorídrico e 5 gotas de solução aquosa de cloreto férrico a 1% (p/V). Após 5 minutos, adicionar 2 ml de tetracloreto de carbono. Agitar vigorosamente.

A fase de tetracloreto de carbono não deve corar-se de violeta.

Metais pesados. A 2 ml de solução aquosa a 5% (p/V), adicionar 5 gotas de solução de sulfeto de sódio a 5% (p/V). Não deverá ser observada precipitação ou turvação.

Sódio. Pequena quantidade de cloreto de potássio umedecida em ácido clorídrico, em alça de platina levada à zona não iluminante da chama do bico de Bunsen, não deve imprimir cor amarela à mesma.

Sulfatos. A 2 ml de solução aquosa a 5% (p/V), adicionar 5 gotas de solução aquosa de cloreto de bário a 1% (p/V). Não deverá
haver precipitação ou turvação.

Doseamento

Pesar 0,25 g, dissolver em 50 ml de água purificada e titular com solução de nitrato de prata 0,1 M, empregando solução de cromato de potássio como indicador. Cada ml de nitrato de prata 0,1 M consumido é equivalente a 0,007455 g de KCl.

Conservação

Em frasco de vidro neutro, âmbar, hermeticamente fechado.

Forma derivada

Ponto de partida. Cloreto de potássio.

Insumo inerte. Solução hidroalcoólica em diferentes graduações.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir da 1 DH e 1 CH. A 1 DH e a 1 CH devem ser preparadas em água purificada (preparação extemporânea) e a partir da 3 DH e da 2 CH, em etanol de dispensação.

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

34

MERCURIUS SULPHURATUS RUBER

HgS M.M.: 232,68

Sinonímia homeopática: Cinnabaris, Hydrargyrum sulphuratum rubrum, Sulphuretum hydrargyricum.

Nome químico: Sulfeto de mercúrio.

Descrição

Caracteres físico-químicos. Pó pesado vermelho escarlate brilhante, inodoro, insípido, muito suave ao toque. Escurece quando exposto à luz e na presença de água ou hidróxidos alcalinos. Tornase negro por aquecimento e volatiliza.

Solubilidade. Insolúvel em água e em etanol. Dissolve na água régia, mas é insolúvel nos ácidos clorídrico e nítrico.

Incompatibilidades. Alumínio, ácido sulfúrico, ácido nítrico e óxido de cromo.

Especificação

Contém, no mínimo, 99% de HgS em relação à substância seca em estufa a 100 °C, até peso constante.

Identificação

Preparo da Solução A: Dissolver 0,1 g da amostra em 100 ml de água-régia, com aquecimento em capela de exaustão; adicionar 10 ml de água purificada.

A. A 5 ml da Solução A, adicionar 5 gotas de solução aquosa de cloreto de bário a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado branco.

B. A 5 ml da Solução A, adicionar 5 gotas da solução aquosa de cloreto de estanho a 1% (p/V). Observa-se a formação de precipitado cinza.

Ensaios de pureza

Metais pesados. Agitar 5 g da amostra com 5 ml de ácido nítrico 10% (p/V) e aquecer por 1 a 2 minutos. A cor do líquido deve permanecer inalterada. Após resfriamento, filtrar, neutralizar o filtrado com solução de hidróxido de amônio 10% (p/V). Adicionar 2 ml de ácido acético diluído e completar o volume de 50 ml com água.

Proceder conforme descrito em ensaio-limite para metais pesados (V.3.2.3) F. Bras. IV.

Enxofre, arsênio e antimônio. Aquecer 0,5 g da amostra com 20 ml de solução de hidróxido de sódio 4% (p/V) a 60 °C - 70 °C por 5 minutos, agitar e filtrar. A 5 ml do filtrado, adicionar 1 gota de solução de acetato de chumbo a 10% (p/V) e em outros 5 ml do filtrado, adicionar ácido clorídrico para acidificar. Não deve ocorrer nenhuma mudança, em ambas as provas.

Perda por dessecação. Quando aquecido a 110 °C por 4 horas não deve haver perda de peso superior a 0,2%.

Perda por incineração: 1 g não deve apresentar resíduo superior a 0,2%.

Doseamento

Pesar cuidadosamente 0,4 g da amostra previamente seca a 110 °C por 4 horas. Transferir para um frasco de Kjeldahl de 300 ml,
adicionar 10 ml de ácido sulfúrico e 10 ml de ácido nítrico. Aquecer a mistura suavemente em capela com exaustão até o término da liberação de fumaça castanha. Esfriar e adicionar, cautelosamente 50 ml de água e gotejar solução de permanganato de potássio SR até o aparecimento de coloração vermelha persistente. Adicionar uma solução de ácido oxálico SR, gota a gota, e aquecer até descoloração.

Esfriar, adicionar 3 ml de ácido nítrico e titular com solução de tiocianato de amônio 0,1 M, usando solução de sulfato férrico amoniacal como indicador. Cada ml de tiocianato de amônio 0,1 M consumido é equivalente a 11,63 mg de HgS.

Conservação

Em frasco de vidro neutro, âmbar, hermeticamente fechado ao abrigo da luz.

Forma derivada

Ponto de partida. Sulfeto de mercúrio (HgS).

Insumo inerte. Lactose.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 4 DH trit. ou 2 CH trit..

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado.

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PARREIRA BRAVA

Nome botânico: Chondodendron tormentosum Ruiz et Pavon Família: Menisperniaceae

Sinonímia homeopática: Parreira Brava, Pareira Brava, Pareirae radix.

Descrição da planta

A raiz seca de Chondodendron tormentosum é constituída por fragmentos ramificados castanhos escuros, de forma cilíndrica, tortuosos e com estrangulamentos.

Sua dimensão é variável podendo atingir até 6 centímetros.

Sua superfície é coberta de súber facilmente destacável, apresentando sulcos longitudinais e estrias transversais. Seccionado, apresenta-se fibrosos, gorduroso e castanho avermelhado. Apresenta uma série de áreas espessas embutidas umas nas outras, partindo, geralmente, de um ponto excêntrico. Ao exame microscópico de uma secção transversal observa-se, sucessivamente: súber negro bastante espesso, parênquima cortical pouco desenvolvido e contendo algumas células esclerosas de paredes pontuadas e pouco espessas, quatro a cinco fileiras de células esclerenquimáticas dispostas em anéis contínuos de paredes muito espesssas e coniculadas. Observa-se ainda, feixes vasculares cuneiformes, separados por longos raios medulares constituídos por fibras compactas e de paredes muito espessas contendo grandes vasos geralmente isolados e recobertos por um líber, um periciclo parenquimatoso e por parênquima lignificado. O cilindro central é formado pela superposição de células esclerenquimáticas em torno de anéis excêntricos irregulares e por feixes líbero-lenhosos. O parênquima cortical e os raios medulares contém amido.A droga é de odor fraco e de sabor amargo muito acentuado, porém, passageiro.Parte empregada. Raiz seca.

Descrição da droga

A droga apresenta os caracteres macro e microscópicos anteriormente descritos.

Preparação da tintura-mãe

A tintura-mãe de Chondodendron tormentosum é preparada por maceração ou por percolação em etanol a 65% (V/V) a partir da raiz seca do vegetal, de acordo com a técnica geral de preparação de tinturas-mãe (X.1.1). Farm. Hom. Bras. II.

Características da Tintura-mãe. Líquido de cor castanhoavermelhado, de odor fraco, sabor amargo intenso e desagradável.

Identificação

A. A 2 ml de tintura-mãe, adicionar 5 gotas de reagente de Tollens. Observa-se redução a frio com a formação de precipitado cinza escuro ou negro.

B. A 2 ml de tintura-mãe, adicionar 1 gota de solução de cloreto férrico a 1% (p/V). Desenvolve-se coloração verde escura.

C. A 2 ml de tintura-mãe, adicionar 1 gota de mistura preparada no momento do uso e formada por partes iguais de solução de cloreto férrico a 1% (p/V) e solução de ferricianeto de potássio a 1% (p/V). Desenvolve-se coloração verde escura.

D. A 2 ml de tintura-mãe, adicionar 5 gotas de solução de nitrato de prata a 1% (p/V). Aquecer em banho-maria fervente por um minuto. Observa-se redução parcial com desenvolvimento de cor castanho-escura.

E. A 2 ml de tintura-mãe, adicionar 1 ml de água purificada.Observa-se ligeira turvação.

F. A 2 ml de tintura-mãe, adicionar alguns miligramas de zinco em pó seguindo-se a adição de 0,5 ml de ácido clorídrico concentrado. A solução passa de castanho avermelhada para amareloesverdeada.

G. Evaporar 2 ml de tintura-mãe até a secura. Tratar o resíduo com 5 ml de ácido clorídrico a 5% (p/V). Filtrar, distribuir o filtrado em dois tubos de ensaio. A um deles, adicionar 2 gotas do reagente de Dragendorff e ao segundo, 2 gotas do reagente de Mayer.

Observa-se, respectivamente, a formação de precipitado laranja e branco.

Ensaios

Título em etanol. Deve ser compreendido entre 60 e 70% (V/V).

Resíduo seco. Deve ser igual ou maior que 0,8% (p/V).

Cromatografia em camada delgada (V.2.17.1) F. Bras. IV.

Desenvolver cromatografia empregando camada delgada de sílica-gel G. Aplicar sobre a placa 20 μl da tintura-mãe.

Desenvolver a cromatografia empregando como fase móvel a mistura de tolueno-acetona-etanol-hidróxido de amônia concentrado
(15:20:6:2). Desenvolver a cromatografia por um percurso de 10 centímetros. Deixar a placa secar ao ar. Examinar à luz ultravioleta de onda longa (365 nm). O cromatograma apresenta, geralmente, mancha com fluorescência amarela e valor de Rf próximo a 0,10, outra, com fluorescência esverdeada e Rf próximo a 0,50, uma terceira com fluorescência amarela-esverdeada com Rf próximo a 0,60, outra com fluorescência azul e Rf próximo a 0,80 e, uma última, com fluorescência azul-esverdeada e Rf próximo a 0,95.

Em seguida à visualização da mesma placa cromatográfica, nebulizar reagente de Dragendorff. Observar à luz visível duas manchas alaranjadas com Rf próximos a 0,50 e 0,60. Também podem ser observadas, acima do Rf 0,50, outras três ou quatro manchas de cor laranja mais claras que as precedentes.

Conservação

Em frasco de vidro neutro, hermeticamente fechado.

Forma derivada

Ponto de partida. Tintura-mãe.

Insumo inerte. Nas primeiras três dinamizações centesimais e seis primeiras decimais, utilizar teor alcoólico igual ao teor da tinturamãe.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir de 1 CH e da 1 DH será empregado etanol com mesmo título etanólico da tintura-mãe, nas três primeiras dinamizações para a escala centesimal e nas seis primeiras para a escala decimal. A partir daí, empregar solução hidroalcoólica 30%
(p/p).

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado,ao abrigo da luz e do calor.

________________________________________________

REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES

Reagentes de Tollens: A 10 ml de solução aquosa de nitrato de prata a 5% (p/V) adicionar quantidade suficiente de hidróxido de amônio até formação de precipitado castanho e, subseqüente dissolução do mesmo. Em seguida, adicionar 5 ml de solução de hidróxido de sódio a 10%(p/V). Caso reapareça o precipitado, adicionar, gota a gota, nova quantidade de hidróxido de amônio até o desaparecimento do mesmo. Guardar em frasco escuro, com tampa esmerilhada e, preferentemente, sob refrigeração.

Reagente de Mayer: Dissolver 13,55 g de cloreto de mercúrio e 50 g iodeto de potássio em q.s. de água purificada; completar o volume para 1 litro.

Reagente de Dragendorff (mod. Munier e Machebouef)

Solução (A): Dissolver sob o aquecimento, 0,85 g de nitrato de bismuto básico em 10 ml de ácido acético glacial e 40 ml de água purificada. Filtrar, se necessário.

Solução (B): Dissolver 8 g de iodeto de potássio em 30 ml de água purificada.

Solução-estoque: Misturar partes iguais das soluções (A) e (B). Conservar em frasco âmbar.

Solução nebulizadora (uso cromatográfico): No momento do uso, misturar 1 ml da solução-estoque com 2 ml de ácido acético glacial e 10 ml de água purificada.

36

THUYA OCCIDENTALIS

Nome botânico: Thuya occidentalis L.

Família: Cupressaceae

Sinonímia homeopática: Thuya, Arbor vitae.

Descrição da planta

Thuya occidentalis L. é árvore que pode atingir até 20 metros de altura, com sua copa terminando em forma piramidal com ramificação monopodial para o caule. O caule ereto é do tipo tronco com córtex castanho-avermelhado apresentando galhos bastante ramificados.

Os ramos superiores apresentam flores monóicas. Os ramos são recobertos por pequenas folhas rígidas, imbricadas umas às outras. As folhas são ovais, persistentes, com extremidades acuminadas sobre uma superfície dorsal convexa e apresentando na extremidade angular glândula oval contendo óleo-resina de odor característico, intenso, de sabor picante, balsâmico e canforáceo. Na extremidade dos ramos ocorrem cones ovóides pequenos microesporofilados, amarelos e flores masculinas. O fruto é cone megasporofilado estróbilo oblongo sub-cônico, verde-castanho.

Parte empregada. Ramos jovens.

Descrição da droga

A droga é constituída pelos ramos jovens.

Preparação da Tintura-mãe

A tintura-mãe de Thuya occidentalis é preparada por maceração com etanol a 70% (V/V) a partir de ramos jovens do vegetal segundo a técnica geral de preparação de tintura-mãe. Farm. Hom.

Bras. II.

Características da tintura-mãe. Líquido de cor castanho-esverdeada, de sabor aromático característico, picante e canforáceo, resinoso ao tato.

Identificação

A. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 3 gotas de reagente de Tollens (nitrato de prata amoniacal). Observa-se redução com formação de precipitado negro enquanto que a solução sobrenadante adquire cor castanha escura. Em seguida, aquecendo-se em banhomaria fervente, por 1 minuto, observa-se aumento da quantidade de precipitado.

B. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 2 gotas de solução de acetato de chumbo a 1% (p/V). Desenvolve-se coloração verde-amarelada.

C. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 5 gotas de solução de hidróxido de sódio a 10% (p/V). A solução torna-se turva e adquire cor castanha.

D. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 3 gotas de solução de sulfato de cobre a 5% (p/V). Desenvolve-se coloração verde escura.

E. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 1 gota de solução de cloreto férrico a 1% (p/V). Desenvolve-se coloração verde-escura.

F. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 3 gotas de reagente de Fehling (cupro-tartarato). Desenvolve-se, a frio, precipitado gelatinoso verde-amarelado.

G. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 3 gotas de solução de nitrato de prata a 1% (p/V). Desenvolve-se coloração verde-amarelada,
com turvação.

H. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 2 gotas de solução de hidróxido de potássio a 10% (p/V). Desenvolve-se coloração castanha.
Aquecendo-se, em seguida, em banho-maria fervente, por 1 minuto, a solução adquire aspecto gelatinoso.

I. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar 2 gotas de solução de hidróxido de sódio a 10% (p/V). Desenvolve-se coloração castanhoesverdeada com turbidez. Aquecendo-se, em seguida, em banho-maria fervente por 1 minuto, a cor passa a castanho-avermelhada.

J. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar alguns fragmentos de magnésio metálico e 1 ml de ácido clorídrico concentrado. Desenvolve-
se coloração vermelho-escura.

K. A 1 ml de tintura-mãe, adicionar alguns cristais de resorcinol.

Levar à ebulição em banho-maria fervente. Desenvolve-se coloração vermelho-escura.

Ensaios

Título em etanol. Deve estar compreendido entre 65 e 75% (V/V).

Resíduo seco. Deve ser igual ou superior a 1,30% (p/V).

Cromatografia em camada delgada (V.2.17.1) F. Bras. IV.

Desenvolver cromatografia empregando camada delgada de sílica-gel G.

I. Aplicar na placa, 30 μl de tintura-mãe. Desenvolver a cromatografia empregando como fase móvel a mistura de acetato de etila-ácido fórmico anidro-água (80:10:10). Desenvolver a cromatografia por um percurso de 10 cm. Deixar a placa secar ao ar.

Examinar à luz ultra-violeta de onda longa (365 nm). Serão observadas duas manchas com fluorescência castanha com Rfs próximos a 0,60 e 0,70 e três outras, superpostas, respectivamente com Rfs compreendidos entre 0,90 e a frente alcançada pela fase móvel. Pode ocorrer uma outra mancha com fluorescência azul com Rf próximo a 0,40. Em seguida, nebulizar a placa com reativo difenilborato de aminoetanol. Examinar à luz ultravioleta de onda longa (365 nm).

São observadas duas manchas com fluorescência alaranjada com Rfs próximos a 0,60 e 0,70, uma outra com fluorescência amarela e Rf próximo a 0,80, uma quarta com fluorescência amarela e Rf próximo a 0,95. Como na revelação precedente, pode ser detectada uma última mancha com fluorescência laranja-clara e Rf próximo a 0,45.

II. Aplicar sobre placa 20 μl de tintura-mãe. Desenvolver a cromatografia empregando como fase móvel a mistura de clorofórmio- tolueno (30:10). Desenvolver a cromatografia por um percurso de 10 cm. Deixar a placa secar ao ar. Nebulizar a placa com solução de ácido fosfomolíbdico a 10% (p/V) em etanol. Aquecer a placa em estufa a 100 °C-105 °C, por 5 minutos. Examinar à luz natural. O cromatograma apresenta seis a sete manchas de cor azul escuro com Rfs compreendidos entre o ponto de aplicação e a mancha com Rf próximo a 0,40, quatro outras manchas azuladas, com Rfs compreendidos entre 0,60 e 0,85 e uma última, azul escura, próxima à frente atingida pela fase móvel.

III. Aplicar sobre uma terceira placa, 30 μl de tintura-mãe.

Desenvolver a cromatografia empregando como fase móvel a mistura de clorofórmio-metanol (9:1). Deixar a placa secar ao ar. Examinar à luz ultravioleta de onda longa (365 nm). O cromatograma apresenta seis manchas com fluorescência azul e com Rfs próximos a 0,05, 0,12, 0,37, 0,45, 0,72 e 0,85.

Conservação

Em frasco de vidro neutro, âmbar, hermeticamente fechado, ao abrigo da luz e do calor.

Forma derivada

Ponto de partida. Tintura-mãe.

Insumo inerte. Nas primeiras três dinamizações centesimais e seis primeiras decimais, utilizar teor alcoólico igual ao teor da tinturamãe.

Método. Hahnemanniano (XI.I), Korsakoviano (XI.II), Fluxo Contínuo (XI.III); Farmacopéia Homeopática Brasileira II, 1997.

Dispensação. A partir da 1 CH e da 1 DH será empregado etanol com mesmo título etanólico da tintura-mãe, nas três primeiras dinamizações para a escala centesimal e nas seis primeiras para a escala decimal. A partir daí, empregar etanol de dispensação.

Conservação. Em frasco de vidro neutro, âmbar, bem fechado, ao abrigo da luz e do calor.

________________________________________________

REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES

Reagente de Tollens: A 10 ml de solução aquosa de nitrato de prata a 5% (p/V) adicionar quantidade suficiente de hidróxido de amônio até formação de precipitado castanho e, subseqüente dissolução do mesmo. Em seguida, adicionar 5 ml de solução de hidróxido de sódio a 10% (p/V). Caso reapareça o precipitado, adicionar, gota a gota, nova quantidade de hidróxido de amônio até o desaparecimento do mesmo. Guardar em frasco escuro, com tampa esmerilhada e, preferentemente, sob refrigeração.

Reagente de Fehling:

Solução (A): Dissolver 35,6 g de sulfato de cobre em quantidade suficiente de água purificada; completar o volume para 500 ml.

Solução (B): Dissolver 173 g de tartarato duplo de sódio e potássio (Sal de Seignette) em quantidade suficiente de água purificada;acrescentar 70 g de hidróxido de sódio; completar o volume para 500 ml.

No momento do uso, juntar partes iguais das soluções (A) e (B).
Solução reveladora de difenilborato de amino-etanol: Dissolver

1 g de difenilborato de 2-amino-etanol em alguns ml de metanol; completar o volume para 100 ml como o mesmo solvente.

TEXTO QUE SUBSTITUI O PUBLICADO, ANTERIORMENTE, NA PARTE I

XII - FORMAS FARMACÊUTICAS

XII.1. FORMAS FARMACÊUTICAS DE USO INTERNO

XII.1.1-Formas Farmacêuticas Líquidas

1.1.1.- Dose Única Líquida

Quantidade limitada de medicamento líquido a ser tomada de uma só vez.

- Veículo: solução hidroalcoólica 30% (p/p) para a preparação do medicamento na dinamização desejada.

-Volume: de acordo com o desejado. Quando não especificado, serão dispensadas 2 gotas do medicamento, na dinamização desejada, em um ml de solução hidroalcólica 30% (p/p).

-Preparação: dissolução.

-Técnica: métodos Hahnemanniano, Korsakoviano e fluxo contínuo.

-Prazo de validade: proceder conforme descrito na Farmacopéia Brasileira 4ªedição, IV.6.

1.1.2- Preparação Líquida Administrada sob a forma de Gotas

São preparações hidroalcoólicas a 30% (p/p), contendo medicamento dinamizado a ser administrado sob a forma de gotas.

-Veículo: hidroalcoólico a 30 % (p/p).

-Volume: de acordo com o desejado.

-Técnica: métodos Hahnemanniano, Korsakoviano e fluxo contínuo.

-Dispensação: O medicamento será dispensado no volume desejado. Na escala LM, dissolver um microglóbulo do medicamento,
na dinamização desejada, em solução hidroalcoólica a 30% (p/p); o volume dispensado deverá ocupar 2/3 da capacidade do frasco.

XII.1.2- Formas Farmacêuticas Sólidas

1.2.1- Comprimidos

Os comprimidos se apresentam com peso compreendido entre 100 e 300 mg. Não será permitida a adição de lubrificantes.

Somente será permitida a adição de coadjuvantes, desde que os mesmos sejam inócuos nas quantidades adicionadas e não prejudiquem a eficácia terapêutica do medicamento.

-Preparação:

- Quando o Insumo Ativo for Líquido:

- Compressão:

Preparar o insumo ativo líquido, na dinamização desejada, em solução hidroalcoólica com graduação igual ou superior a 70% (p/p).

Impregnar esta preparação, na proporção de 10% (V/p), em lactose ou mistura de lactose e sacarose.

Levar à compressão com ou sem granulação prévia.

Para granular, umedecer com quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 90% (p/p). Tamisar e secar em estufa à temperatura inferior a 50 °C.

- Impregnação:

Preparar os comprimidos inertes por compressão de lactose ou mistura de lactose e sacarose, com ou sem granulação prévia.

Preparar o insumo ativo líquido, na dinamização desejada, em solução hidroalcoólica com graduação igual ou superior a 70% (p/p).

Impregnar os comprimidos inertes com insumo ativo líquido, na proporção de 10% (V/p).

-Secagem: a secagem será executada separadamente, medicamento a medicamento, em temperatura não superior a 50 ºC.

- Quando o Insumo Ativo for Sólido:

- Compressão:

Preparar o insumo ativo, por trituração, na dinamização desejada, com lactose ou mistura de lactose e sacarose.

Misturar esta preparação, na proporção de 10% (p/p), em lactose ou mistura de lactose e sacarose e homogenizar.

Levar à compressão com ou sem granulação prévia.

Para granular, umedecer com quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 90% (p/p). Tamisar e secar em estufa à temperatura inferior a 50 °C.

-Secagem: a secagem será executada separadamente, medicamento a medicamento, em temperatura inferior a 50 °C.

1.2.2- Dose Única Sólida

Quantidade limitada de medicamento sólido a ser tomada de uma só vez.

- Preparação: a dose única sólida será impregnada com II gotas de insumo ativo.

-Dispensação: quando não indicada na prescrição

- comprimidos: um (1) comprimido

- glóbulos: cinco (5) glóbulos

- pó: um (1) papel

- tablete: um (1) tablete

1.2.3- Glóbulos

Os glóbulos se apresentam sob a forma de pequenas esferas com pesos de 30 mg (Nº3), 50 mg (Nº5) e 70 mg (Nº7), constituídos de sacarose ou mistura de sacarose e lactose.

-Preparação:

-Impregnação:

Preparar o insumo ativo líquido, na dinamização desejada, em solução hidroalcoólica com graduação igual ou superior a 70% (p/p).

Impregnar, os glóbulos inertes, pelo método da tríplice impregnação, com o insumo ativo, na proporção de 10% (V/p).

Método da tríplice impregnação:

-dividir em três partes iguais a quantidade de insumo ativo.

-impregnar os glóbulos inertes com uma parte deste insumo ativo, homogenizar com agitação e secar.

-adicionar a segunda parte do insumo ativo, homogenizar com agitação e secar.

-adicionar a última parte do insumo ativo, homogenizar com agitação e secar.

-Secagem: a secagem será executada separadamente, medicamento a medicamento, em temperatura não superior a 50 °C.

1.2.4- Pós

Os pós de uso interno serão constituídos de insumo ativo, na dinamização desejada, veiculados em lactose, com peso unitário de 300 a 500 mg.

-Preparação:

-Quando o Insumo Ativo for Líquido:

- Impregnação:

Preparar o insumo ativo líquido, na dinamização desejada, em solução hidroalcoólica com graduação igual ou superior a 70% (p/p).

Impregnar a lactose com insumo ativo líquido, na proporção de 10% (V/p).

Repartir em porções de 300 a 500 mg, quando for o caso.

-Quando o Insumo Ativo for Sólido:

- Mistura:

Preparar o insumo ativo por trituração com lactose, na dinamização desejada.

Misturar esta preparação, na proporção de 10% (p/p), em lactose e homogenizar.

Repartir em porções de 300 a 500 mg, quando for o caso.

1.2.5- Tabletes

Os tabletes se apresentam com peso compreendido entre 100 e 300 mg, sendo preparados por moldagem da lactose em tableteiro, sem a adição de coadjuvantes.

-Preparação:

-Quando o Insumo Ativo for Líquido:

-Impregnação:

Preparar tabletes inertes, por moldagem da lactose, em tableteiro, dando o ponto de moldagem com quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

Preparar o insumo ativo líquido, na dinamização desejada, em solução hidroalcoólica com graduação igual ou superior a 70% (p/p).

Impregnar os tabletes com insumo ativo, na proporção de 10% (V/p).

-Moldagem:

Preparar o insumo ativo líquido, na dinamização desejada, em solução hidroalcoólica com graduação igual ou superior a 70% (p/p).

Impregnar esta preparação, na proporção de 10% (V/p), em lactose, homogenizar e dar ponto de moldagem com quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

Levar ao tableteiro e moldar.

Proceder a extrusão e, se necessário, secar em temperatura inferior a 50 °C.

-Quando o Insumo Ativo for Sólido:

-Moldagem:

Preparar o insumo ativo por trituração com lactose, na dinamização desejada.

Misturar esta preparaçäo, na proporção de 10% (p/p), em lactose e homogenizar, dando ponto de moldagem com quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

Levar ao tableteiro e moldar.

Proceder a extrusão e, se necessário, secar em temperatura inferior a 50 °C.

XII.1.3- Formulações Farmacêuticas

1.3.1- Formulações Líquidas

-Preparação:

-Com um Insumo Ativo:

Exemplos:

-A -Lycopodium clavatum 30 CH XX gotas

Água purificada 30 ml ou

- Lycopodium clavatum 30 CH XX/30 ml

-B - Lycopodium clavatum 30 CH X gotas

Álcool 96% (V/V) V gotas

Água purificada 30 ml ou

- Lycopodium clavatum 30 CH X/V/30 ml

-C - Lycopodium clavatum 30 CH 1 %

Solução hidroalcoólica a 30% (p/p) qsp 30 ml

-Técnica: Diluição do insumo ativo no volume adequado de insumo inerte.

-Com mais de um Insumo Ativo:

-Preparação:

Preparar, separadamente, nas dinamizações desejadas, os medicamentos constantes da formulação em solução hidroalcoólica a 30% (p/p).

Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes ou nas proporções adequadas para o volume indicado:

Exemplos:

rdc0151_17_06_2003_fig1

-Preparação: misturar 30 ml de cada medicamento obtendose o volume final de 60 ml.

rdc0151_17_06_2003_fig2

Preparação: misturar 15 ml de cada medicamento de modo a obter o volume final de 30 ml.

-C - Belladonna 6 CH........................................................... 1%

Phytolacca dec. 6 CH..................................................... 2%

Solução hidroalcoólica a 30% (p/p)........q.s.p................30 ml

- Preparação: misturar 0,3 ml (1%) de Belladonna 6 CH com 0,6 ml (2%) de Phytolacca dec. 6 CH e completar o volume para 30
ml com solução hidroalcoólica a 30% (p/p).

1.3.2- Formulações Sólidas

1.3.2.1 - Comprimidos

- Com um Insumo Ativo Líquido:

Exemplo:

Carduus marianus 1 CH............................................20 comprimidos

-Preparação: vide item XII.1.2.1

- Com dois ou mais Insumos Ativos Líquidos:

Exemplo:

rdc0151_17_06_2003_fig3

-Preparação:

- Compressão:

Preparar, separadamente, os medicamentos constantes da formulação, nas dinamizações desejadas, em solução hidroalcoólica com graduação igual ou superior a 70% (p/p).

Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes, homogenizar.

Impregnar esta mistura, na proporção de 10% (V/p), em lactose ou mistura de lactose e sacarose.

Levar à compressão com ou sem granulação prévia.

Para granular, umedecer com quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 90% (p/p). Tamisar e secar em estufa à temperatura inferior a 50 °C.

- Impregnação:

Preparar os comprimidos inertes por compressão de lactose ou mistura de lactose e sacarose, com ou sem granulação prévia.

Preparar, separadamente, os medicamentos constantes da formulação, nas dinamizações desejadas, em solução hidroalcoólica com graduação igual ou superior a 70% (p/p).

Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes e homogenizar.

Impregnar os comprimidos inertes com esta mistura, na proporção de 10% (V/p).

-Secagem: a secagem será executada em temperatura inferior a 50 °C.

-Com um Insumo Ativo Sólido:

Exemplo:

Calcarea carbonica 3 CH trit..........................comprimidos

-Preparação: vide item XII.1.2.1

- Com dois ou mais Insumos Ativos Sólidos:

Exemplo:

rdc0151_17_06_2003_fig4

-Preparação:

- Compressão:

Preparar por trituração, separadamente, os medicamentos constantes da formulação, nas dinamizações desejadas, com lactose
ou mistura de lactose e sacarose.

Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes, homogenizar.

Misturar esta prepração, na proporção de 10% (p/p), em lactose ou mistura de lactose e sacarose e homogenizar.

Levar à compressão com ou sem granulação prévia.

Para granular, umedecer com quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 90% (p/p). Tamisar e secar em estufa à temperatura inferior a 50 °C.

-Com Insumos Ativos Sólidos e Líquidos:

- Preparação:

Os componentes da fase sólida serão preparados por trituração, separadamente, nas dinamizações desejadas.

Misturar estas preparações, em partes iguais e suficientes, ou nas proporções da formulação e homogenizar para comporem esta fase.

Os componentes da fase líquida serão preparados, separadamente, nas dinamizações desejadas, em solução hidroalcoólica igual ou superior a 70% (p/p).

Misturar 5% (p/p) da fase sólida à quantidade suficiente de lactose e homogenizar.

Incorporar à esta mistura, 5% (V/p) da fase líquida e homogenizar.

Levar à compressão com ou sem granulação prévia.

Para granular, umedecer com quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 90% (p/p). Tamisar e secar em estufa à temperatura inferior a 50 °C.

Exemplo:

rdc0151_17_06_2003_fig5

Lactose.......................q.s.p.................80 comprimidos de 300mg.

- Preparação:

Misturar 0,6g (2,5%) de Calcarea carb. 3 DH trit. com 0,6g (2,5%) de Calcarea phosph. 3 DH trit.. Misturar 0,6ml (2,5 %) (V/p) de China officinalis 3 CH com 0,6ml (2,5%) (V/p) de Avena sativa 3 CH. Misturar 5% (p/p) da fase sólida com quantidade suficiente de lactose para 80 comprimidos e homogenizar. A esta preparação misturar 5% (V/p) da fase líquida e homogenizar. Se necessário, secar em temperatura inferior à 50 °C. Levar à compressão com ou sem granulação prévia.

1.3.2.2- Glóbulos:

-Com um Insumo Ativo Líquido:

Exemplo:

Sulfur 30 CH.......................15g glob.

-Preparação: vide item XII.1.2.3

- Com dois ou mais Insumos Ativos Líquidos:

Exemplo:

rdc0151_17_06_2003_fig6

-Preparação:

Preparar, separadamente, os medicamentos constantes da formulação, nas dinamizações desejadas, em solução hidroalcoólica
igual ou superior a 70% (p/p).

Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes e homogenizar.

Impregnar, por tríplice embebição, os glóbulos inertes com a mistura acima preparada, na proporção de 10% (V/p).

1.3.2.3. Pós:

-Com um Insumo Ativo Líquido:

Exemplo:

Phosphorus 30 CH ..............................1 papel

-Preparação: Vide item XII.1.2.4

-Com dois ou mais Insumos Ativos Líquidos:

Exemplo:

rdc0151_17_06_2003_fig7

-Preparação:

Preparar, separadamente, os medicamentos constantes da formulação, nas dinamizações desejadas, em solução hidroalcoólica
igual ou superior a 70% (p/p).

Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes, homogenizar.

Impregnar a lactose com esta mistura na proporção de 10% (V/p).

Repartir em porções de 300 a 500 mg e acondicionar em papéis.

-Com um Insumo Ativo Sólido:

Exemplo:

Calcarea phosphorica 3 CH trit......................6 papéis.

-Preparação: vide item XII.1.2.4

- Com dois ou mais Insumos Ativos Sólidos:

Exemplo:

rdc0151_17_06_2003_fig8

-Preparação:

Preparar por trituração, separadamente, os medicamentos constantes da formulação nas dinamizações desejadas.

Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes ou na proporção formulada e homogenizar.

Misturar esta preparação na proporção de 10% (p/p) com lactose.

Repartir em porções de 300 a 500 mg e acondicionar em papéis.

- Com insumos Ativos Sólidos e Líquidos:

-Preparação:

Os componentes da fase sólida serão preparados por trituração, separadamente, nas dinamizações desejadas.

Misturar estas preparações, em partes iguais e suficientes, ou nas proporções da formulação e homogenizar para comporem esta fase.

Os componentes da fase líquida serão preparados, separadamente, nas dinamizações desejadas, em solução hidroalcoólica igual ou superior a 70% (p/p). Misturar 5% (p/p) da fase sólida à quantidade suficiente de lactose e homogenizar.

Incorporar a esta mistura 5% (V/p) da fase líquida e homogenizar.

Repartir em porções de 300 a 500 mg, quando for o caso, e acondicionar em papéis.

Exemplo:

rdc0151_17_06_2003_fig9

Lactose................................q.s.p........................60 papéis de 500mg.

- Preparação:

Misturar 0,75g (2,5%) de Calcarea carb. 3 DH trit. com 0,75g (2,5%) de Calcarea phosph. 3 DH trit.. Misturar 0,75ml (2,5 %) (V/p) de China officinalis 3 CH com 0,75ml (2,5%) (V/p) de Avena sativa 3 CH. Misturar 5% (p/p) da fase sólida com quantidade suficiente de lactose para 60 papéis de 500 mg e homogenizar. A esta preparação misturar 5% (V/p) da fase líquida e homogenizar. Repartir em porções de 500 mg e acondicionar em papéis.

1.3.2.4- Tabletes:

- Com um Insumo Ativo Líquido:

Exemplo:

Fucus vesiculosus 1 CH............................30 tabl.

-Preparação: vide item XII.1.2.5

- Com dois ou mais Insumos Ativos Líquidos:

Exemplo:

rdc0151_17_06_2003_fig10

-Preparação:

- Impregnação:

Preparar tabletes inertes, por moldagem da lactose, em tableteiro, dando o ponto de moldagem com quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

Preparar, separadamente, os medicamentos constantes da formulação, nas dinamizações desejadas, em solução hidroalcoólica
igual ou superior a 70% (p/p).

Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes e homogenizar.

Proceder segundo a técnica de impregnação de tabletes.

Vide item XII.1.2.5

- Moldagem:
Preparar, separadamente, os medicamentos constantes da formulação, nas dinamizações desejadas, em solução hidroalcoólica igual ou superior a 70% (p/p).

Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes e homogenizar.

Adicionar esta preparação na proporção de 10% (V/p) em lactose, homogenizar e dar ponto de moldagem com quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

Levar ao tableteiro e moldar.

Proceder à extrusão, se necessário, e secar em temperatura inferior a 50 °C.

-Com um Insumo Ativo Sólido:

Exemplo:

Hekla lava 3 CH trit.....................30 tabl.

-Preparação: vide item XII.1.2.5

- Com dois ou mais Insumos Ativos Sólidos:

Exemplos:

rdc0151_17_06_2003_fig11

Preparação:

- Moldagem

Preparar por trituração, separadamente, nas dinamizações desejadas os medicamentos constantes da formulação.

Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes e homogenizar.

Misturar esta preparação na proporção de 10% (p/p) com lactose.

Proceder segundo a técnica de moldagem.

Vide item XII.1.2.5

B- Calcarea carb. 3 DH trit................................5%

Baryta carb. 3 DH trit..................................5%

Lactose....................................................100%

Solução hidroalcoólica a 70% (p/p)..............q.s.

-Preparação:

Misturar 5 g (5%) de Calcarea carb. 3 DH trit., 5 g (5%) de Baryta carb. 3 DH trit. e 90 g de lactose.

Homogenizar e dar o ponto de moldagem com quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

-Com Insumos Ativos Sólidos e Líquidos:

- Preparação:

Os componentes da fase sólida serão preparados por trituração, separadamente, nas dinamizações desejadas.

Misturar estas preparações, em partes iguais e suficientes, ou nas proporções da formulação e homogenizar para comporem esta fase.

Os componentes da fase líquida serão preparados, separadamente, nas dinamizações desejadas, em solução hidroalcoólica igual ou superior a 70% (p/p).

Misturar 5% (p/p) da fase sólida à quantidade suficiente de lactose e homogenizar.

Incorporar a esta mistura 5% (V/p) da fase líquida e homogenizar.

Moldar em tableteiro. Se necessário, usar quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 70% (p/p) para atingir o ponto de moldagem.

Exemplo:

rdc0151_17_06_2003_fig12

Lactose...............................................q.s.p........................100 g

Solução hidroalcoólica a 70% (V/V)......................................q.s.

- Preparação:

Misturar 2,5 g (2,5%) de Calcarea carb. 3 DH trit. com 2,5g (2,5%) de Calcarea phosph. 3 DH trit.. Misturar 2,5 % (p/p) de China officinalis 3 CH com 2,5% (p/p) de Avena sativa 3 CH. Misturar 5% (p/p) da fase sólida com quantidade suficiente de lactose para 100 g e homogenizar. A esta preparação misturar 5% (V/p) da fase líquida, homogenizar e moldar em tableteiro. Se necessário, usar solução hidroalcoólica a 70% (p/p) para atingir o ponto de moldagem.

1.3.2.5 - Dose Única Sólida:

- Com um Insumo Ativo Líquido:

Exemplos:

-A -Gelsemium 30 CH..................................................1 comprimido ou

-B -Gelsemium 30 CH..............................................................5 glob. ou

-C -Gelsemium 30 CH.............................................................1 papel ou

-D -Gelsemium 30 CH...............................................................1 tabl.

-Preparação:

A Dose única sólida será impregnada com duas gotas de insumo ativo.

- Com dois ou mais Insumos Ativos Líquidos:

Exemplos:

rdc0151_17_06_2003_fig13

-Preparação:

Preparar, separadamente, os medicamentos constantes da formulação, nas dinamizações desejadas, em solução hidroalcoólica
igual ou superior a 70% (p/p).

Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes e homogenizar.

Impregnar com duas gotas a mistura assim preparada e secarà temperatura inferior a 50 °C.

- Com um Insumo Ativo Sólido:

Exemplos:

-A - Calcarea Carbônica 3 CH Trit..............................1 comprimido

-Preparação: vide item XII.1.2.1

-B - Calcarea Carbonica 3 CH Trit ........................................1 papel

-Preparação: vide item XII.1.2.4

-C - Calcarea Carbonica 3 CH Trit...........................................1 tabl.

-Preparação: vide item XII.1.2.5

- Com dois ou mais Insumos Ativos Sólidos:

-Preparação:

Preparar por trituração, separadamente, nas dinamizações desejadas, os medicamentos constantes da formulação.

Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes e homogenizar.

Misturar esta preparação na proporção de 10% (p/p) com lactose.

Exemplos:

rdc0151_17_06_2003_fig14

XII.2- FORMAS FARMACÊUTICAS DE USO EXTERNO

XII.2.1- Formas Farmacêuticas Líquidas

2.1.1- Linimentos

São preparações farmacêuticas líquidas ou semi-líquidas que contém em sua composição insumos ativos dissolvidos em óleos, soluções hidroalcoólicas ou emulsões.

- Insumo Inerte: solução hidroalcoólica, óleos e bases emulsionáveis não tóxicas.

-Preparação:

Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-las em partes iguais e homogenizar.

Incorporar o insumo ativo na proporção de 10% (V/V) em relação ao insumo inerte.

2.1.2- Preparações Nasais

São preparações destinadas à aplicação na mucosa nasal sendo apresentadas sob forma de soluções, pomadas ou géis. As soluções poderão ser administradas sob forma de gotas ou nebulização.

- Insumo Inerte: água, soluções hidroalcoólicas, hidroglicerinadas, glicólicas e outros.

- Preparação:

Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-los em partes iguais e homogenizar.

Diluir o insumo ativo na proporção de 1% (V/V) em relação ao insumo inerte.

Esta preparação deverá atender aos requisitos de: pH, tonicidade.

Para tanto são indicados os tampões e isotonizantes preconizados pela literatura pertinente.

Exclusivamente para efeito de cálculo da tonicidade, considerar o insumo ativo com solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

Na preparação de soluções nasais fica proibido o uso de substâncias ou concentrações que alterem o funcionamento normal do movimento ciliar.

2.1.3- Preparações Oftálmicas

São preparações destinadas à aplicação na mucosa ocular, abrangendo soluções, pomadas e dispositivos intra-oculares.

-Insumo Inerte: água, óleos, hidrocarbonetos parafínicos e outros.

-Preparação:

Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70% (p/p). Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-los em partes iguais e homogenizar.

Diluir o insumo ativo na proporção de 1% (V/V) em relação ao insumo inerte.

Esta preparação deverá atender aos requisitos de: pH, tonicidade, presença de conservantes, esterilidade, transparência e isenção de partículas. Para tanto são indicados os tampões, isotonizantes e conservantes preconizados pela literatura pertinente.

Exclusivamente para efeito de cálculo da tonicidade considerar o insumo ativo como solução hidroalcoólica a 70 % (p/p).

Atentar para as condições de instalação e manutenção do ambiente destinado à preparação de produtos estéreis.

2.1.4. Preparações Otológicas

São preparações destinadas à aplicação na cavidade auricular, apresentadas, predominantemente, sob a forma líquida.

- Insumo Inerte: água, soluções hidroalcoólicas, hidroglicerinadas, glicólicas, óleos e outros.

- Preparação:

Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-los em partes iguais e homogenizar.

Diluir o insumo ativo na proporção de 10% (V/V) em relação ao insumo inerte.

XII.2.2. Formas Farmacêuticas Sólidas

2.2.1- Apósitos Medicinais

São substratos adequados impregnados com solução medicamentosa e usados externamente.

- Insumo Inerte: algodão, gaze e outros.

-Com um ou mais Insumo Ativo Líquido:

- Preparação:

Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica de igual teor àquele utilizado na preparação do ponto de partida.

Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH, misturá-los em partes iguais e homogenizar.

Impregnar, por imersão, o insumo inerte estéril com o insumo ativo, utilizando quantidade suficiente para total embebição.

Proceder à secagem do produto em estufa com temperatura inferior a 50 ºC, até peso constante.

2.2.2- Pós Medicinais (Talcos Medicinais)

São preparações resultantes da incorporação de insumo ativo ao insumo inerte, adequadamente pulverizado.

- Insumo Inerte: amidos, carbonatos, estearatos, óxidos, silicatos e outros.

-Com um ou mais Insumo Ativo Líquido:

- Preparação:

Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica de igual teor àquele utilizado na preparação do ponto de partida.

Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH, misturá-los em partes iguais e homogenizar.

Impregnar o insumo inerte com o insumo ativo, na proporção de 10% (V/p); homogenizar e secar à temperatura inferior a 50 °C.

Tamisar em malha 0,420 mm (anexo 2).

-Com um ou mais Insumo Ativo Sólido:

- Preparação:

Preparar, por trituração, o medicamento desejado a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit..

Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit., misturá-los em partes iguais e homogenizar.

Adicionar o insumo ativo na proporção de 10% (p/p) ao insumo inerte e homogenizar.

Tamisar em malha 0,420 mm (anexo 2).

2.2.3- Supositórios

2.2.3.1- Supositórios Retais

São preparações farmacêuticas com formato adequado para administração retal.

- Insumo inerte: manteiga de cacau, polióis e outros.

-Com um ou mais Insumo Ativo Líquido:

- Preparação:

Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica de igual teor àquele utilizado na preparação do ponto de partida.

Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH, misturá-los em partes iguais e homogenizar.

Incorporar o insumo ativo ao insumo inerte fundido, na proporção de 5% (p/p) e moldar adequadamente.

-Com um ou mais Insumo Ativo Sólido:

- Preparação:

Preparar o medicamento desejado por trituração, a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit..

Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit., misturá-los em partes iguais e homogenizar.

Incorporar o insumo ativo ao insumo inerte fundido, na proporção de 5% (p/p) e moldar adequadamente.

2.2.3.2- Supositórios Vaginais (Óvulos).

São preparações farmacêuticas com formato adequado para administração vaginal.

- Insumo inerte: gelatina glicerinada, polióis e outros.

-Com um ou mais Insumo Ativo Líquido:

- Preparação:

Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica de igual teor àquele utilizado na preparação do ponto de partida.

Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH, misturá-los em partes iguais e homogenizar.

Incorporar o insumo ativo ao insumo inerte fundido ou não, na proporção de 5% (p/p) e moldar adequadamente.

-Com um ou mais Insumo Ativo Sólido:

- Preparação:

Preparar, por trituração, o medicamento desejado a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit..

Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit., misturá-los em partes iguais e homogenizar.

Incorporar o insumo ativo ao insumo inerte, fundido ou não, na proporção de 5% (p/p) e moldar adequadamente.

XII.2.3. Formas Farmacêuticas Semi-Sólidas

São preparações com propriedades plásticas que permitem, com um esforço mecânico mínimo, que sua forma se modifique adaptando-se às superfícies da pele e/ou mucosas ou às paredes das cavidades em que se aplicam.

2.3.1- Cremes

São preparações emulsionadas constituídas por uma fase aquosa, uma oleosa e um agente emulsivo.

- Insumo inerte: bases emulsionáveis ou auto-emulsionáveis.

-Com um ou mais Insumo Ativo Líquido:

- Preparação:

Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica de igual teor àquele utilizado na preparação do ponto de partida.

Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH, misturá-los em partes iguais e homogenizar.

Incorporar o insumo ativo, na proporção de 10% (V/p), ao insumo inerte e homogenizar.

-Com um ou mais Insumo Ativo Sólido:

- Preparação:

Preparar, por trituração, o medicamento desejado a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit..

Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit., misturá-los em partes iguais e homogenizar.

Incorporar o insumo ativo ao insumo inerte na proporção de 10% (p/p), e homogenizar.

2.3.2- Géis

São dispersões coloidais predominantemente hidrofílicas constituídas por uma fase sólida e uma líquida, de aspecto homogêneo.
- Insumo inerte: alginatos, derivados de celulose, polímeros carboxivinílicos e outros.

-Com um ou mais Insumo Ativo Líquido:

- Preparação:

Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH de igual teor àquele utilizado na preparação do ponto de partida.

Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH, misturá-los em partes iguais e homogenizar.

Incorporar o insumo ativo ao insumo inerte, na proporção de 10% (V/p) e homogenizar.

-Com um ou mais Insumo Ativo Sólido:

- Preparação:

Preparar, por trituração, o medicamento desejado a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit..

Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit., misturá-los em partes iguais e homogenizar.

Incorporar o insumo ativo ao insumo inerte na proporção de 10% (p/p), e homogenizar.

2.3.3- Geis-cremes

São preparações de aspecto homogêneo que apresentam características comuns aos géis e cremes.

- Insumo inerte: bases emulsionáveis ou auto-emulsionáveis, alginatos, derivados de celulose, polímeros carboxivinílicos e outros.

-Com um ou mais Insumo Ativo Líquido:

- Preparação:

Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica de igual teor àquele utilizado na preparação do ponto de partida.

Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH, misturá-los em partes iguais e homogenizar.

Incorporar o insumo ativo ao insumo inerte na proporção de 10% (V/p) e homogenizar.

-Com um ou mais Insumo Ativo Sólido:

- Preparação:

Preparar, por trituração, o medicamento desejado a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit..

Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit., misturá-los em partes iguais e homogenizar.

Incorporar o insumo ativo ao insumo inerte na proporção de 10 % (p/p) e homogenizar.

2.3.4- Pomadas

São preparações monofásicas de caráter oleoso ou não.

- Insumo inerte: substâncias graxas, alginatos, derivados de celulose, polímeros carboxivinílicos e outros.

-Com um ou mais Insumo Ativo Líquido:

- Preparação:

Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica de igual teor àquele utilizado na preparação do ponto de partida.

Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH, misturá-los em partes iguais e homogenizar.

Incorporar o insumo ativo ao insumo inerte na proporção de 10% (p/V) e homogenizar.

-Com um ou mais Insumo Ativo Sólido:

- Preparação:

Preparar, por trituração, o medicamento desejado a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit..

Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit., misturá-los em partes iguais e homogenizar.

Incorporar o insumo ativo ao insumo inerte na proporção de 10% (p/p) e homogenizar.

TEXTOS A SEREM INCLUÍDOS NA PARTE I

XV.3 - ANEXO 3 - Insumos Inertes

XV.3.1 - Água Purificada

H2O M.M.: 18

Água obtida por destilação, bi-destilação, desionização seguida de filtração esterilizante ou osmose reversa.

Descrição

Caracteres físicos. Líquido transparente, incolor, inodoro, insípido.

Constantes físico-químicas

Ponto de ebulição. 100 °C.

pH. Entre 5,0 e 7,0 determinado potenciometricamente conforme descrito em Determinação do pH (V.2.19) F. Bras.IV.

Ensaios de pureza

Cloreto. A 10 ml da amostra, adicionar 5 gotas de ácido nítrico e 5 gotas de solução aquosa de nitrato de prata a 1% (p/V).

Não deve haver turvação ou precipitação em até 15 minutos.

Sulfato. A 10 ml da amostra, adicionar 1 ml de solução aquosa a 1% (p/V) de cloreto de bário. Não deve produzir turbidez ou precipitação.

Amônia. A 100 ml da amostra, adicionar 2 ml de solução aquosa a 1% (p/V) de iodeto de potássio. A cor amarela que se produz de imediato, não deve ser mais intensa que aquela produzida em uma solução controle que contenha 30 μg de NH3 presentes em igual volume de água altamente pura. Limite 0,3 ppm.

Acidez. Misturar 10 ml de água purificada com 5 gotas de solução etanólica de fenolftaleína SI a 2% (p/V). Em seguida, adicionar 0,1 ml de solução de hidróxido de sódio 0,1 M. Deve desenvolver cor vermelho-ametista.

Alcalinidade. A 2 ml de água purificada, adicionar 2 gotas de solução de fenolftaleína SI a 2% (p/V). Não deve desenvolver cor vermelho-ametista.

Cálcio. A 10 ml da amostra, adicionar 1 ml de solução aquosa de oxalato de amônio a 1% (p/V). Não deve produzir turbidez ou precipitação.

Dióxido de carbono. A 10 ml da amostra, adicionar 10 ml de solução aquosa de hidróxido de cálcio a 1% (p/V). Sob agitação não
deve ser observada turbidez.

Metais pesados. Ajustar o pH de 40 ml de água purificada a 3,0 - 4,0, empregando quantidade suficiente de solução de ácido acético 0,25 M. Acrescentar 10 ml de água sulfídrica recentemente preparada. Deixar em repouso. Preparar paralelamente, solução controle empregando 50 ml da água purificada que está sob análise com igual quantidade de ácido acético adicionado à amostra. Aguardar 10 minutos e comparar a amostra em análise com a solução controle, colocando quantidades iguais de ambos em dois tubos de Nessler distintos, observar contra fundo branco. A cor da amostra em análise não deverá ser mais escura que aquela da solução controle.

Nitrato. Proceder conforme descrito em (V.3.1.1.-4) F. Bras. IV.

Nitrito. Proceder conforme descrito em (V.3.1.1.-5) F. Bras. IV.

Substâncias oxidáveis e matéria orgânica. A 50 ml de água purificada, adicionar 5 ml de solução de ácido sulfúrico M, aquecer até a ebulição. Adicionar 0,1 ml de solução de permanganato de potássio 0,02 M e levar à ebulição, por 10 minutos. A cor rosada inicial da solução não deverá desaparecer completamente.

Sólidos totais. Colocar em cápsula de porcelana tarada, 100 ml de água purificada. Levar em banho-maria fervente até completa evaporação. Secar em estufa a 105 °C durante 1 hora. O resíduo não poderá ser maior que 1 mg (0,001%).

Conservação

Em recipientes bem-fechados.

XV.3.2 - ETANOL

C2H5OH M.M.: 46,07

Sinonímia: álcool etílico, etano-1-ol, metil-carbinol.

Descrição

Características físico-químicas. Líquido incolor, límpido, volátil, inflamável. Volatiliza rapidamente mesmo a baixas temperaturas.
Odor suave e característico. Sabor ardente. Queima com chama azul pouco luminosa. É higroscópico. Em mistura com a água produz
calor e contração de volume.

Solubilidade. Miscível com a água, em todas as proporções.

Miscível com acetona, clorofórmio, éter e glicerina.

Especificação. O etanol a 96% deve conter no mínimo 95,1%

(V/V) e no máximo 96,9% (V/V) de C2H5OH.

Constantes físicas

Ponto de ebulição. 78,2 °C.

Ponto de fusão. - 114,1 °C.

Densidade relativa(V.2.5) F. Bras. IV. 0,78 a 25 oC

Índice de refração (V.2.6) F. Bras. IV. 1,361

Identificação

A. A 1 ml de etanol, adicionar 1 ml de ácido acético e 0,1 ml de ácido clorídrico. Aquecer em banho-maria fervente. Desprende-se odor característico de acetato de etila.

B. A 1 ml de etanol e 0,01 g de carbonato de sódio adicionar gradativamente solução de iodo SR. Aquecer em banho-maria fervente.

Observa-se o desprendimento de odor característico de iodofórmio.

A adição de excesso de solução de iodo torna, lentamente, amarelo o líquido alcoólico, acentuando o odor de iodofórmio e chegando à formação de precipitado. Separar os cristais formados.

Secar, determinar o ponto de fusão do mesmo, que deve ser da ordem de 120 °C.

C. A 2 ml de etanol, adicionar 10 gotas de solução de dicromato de potássio a 10% (p/V). Aquecer ligeiramente em banhomaria fervente. Observa-se a emanação de odor característico de acetaldeído.

Ensaios de pureza

Substâncias redutoras. (aldeídos, açúcares redutores e outras substâncias).

A. A 5 ml de etanol, adicionar 5 gotas da solução de permanganato de potássio a 1% (p/V). A cor característica (roxo-avermelhada) não deverá mudar em até 10 minutos, assim como não deverá haver formação de precipitado.

B. A 5 ml de etanol, adicionar 1 pastilha de hidróxido de potássio. Agitar. Transcorrido o tempo máximo de 15 minutos não deve aparecer cor amarela.

Impurezas orgânicas. A 5 ml de etanol, adicionar, aos poucos, pelas paredes do frasco, até 50 ml de água purificada. A mistura não deve turvar, mesmo que passageiramente.

Substâncias facilmente carbonizáveis. A 5 ml de etanol, colocado em frasco apropriado, em banho de água fria, adicionar 5ml de
ácido sulfúrico concentrado. A cor da mistura não deve ser mais intensa do que aquela correspondente a um branco preparado com água purificada e ácido sulfúrico concentrado, nas mesmas condições anteriormente citadas.

Matéria não volátil. Em béquer de vidro, previamente tarado, colocar 20 ml de etanol e evaporar até a secura e peso constante. O
peso alcançado não deve ser diferente daquele do béquer previamente tarado (não deve haver nenhum resíduo).

Metais pesados. A 5 ml de etanol, adicionar 5 gotas de sulfeto de amônio. Não deve haver qualquer alteração no meio (turvação, precipitação ou desenvolvimento de cor). O sulfeto de amônio pode ser substituído por água sulfídrica.

Óleo fúsel. Diluir 5 ml de etanol com 5 ml de água purificada.

A essa solução, adicionar 30 gotas de solução alcoólica de ácido salicílico a 1% (p/V). Pelas paredes do frasco e sob banho de água fria, adicionar, cuidadosamente, 2 ml de ácido sulfúrico concentrado.

Após o resfriamento total, não deve ser observado o aparecimento de cor vermelha.

Taninos. A 5 ml de etanol, adicionar 5 gotas de hidróxido de amônio concentrado. Não deve haver qualquer alteração na solução (turvação, precipitação ou desenvolvimento de cor).

Acidez (ácido acético). Misturar 10 ml de etanol com 5 gotas de solução etanólica de fenolftaleína SI a 2% (p/V). Em seguida, adicionar 0,1 ml de solução de hidróxido de sódio 0,1 M. Deve desenvolver cor vermelho-ametista..

Alcalinidade. A 2 ml de etanol, adicionar 2 gotas de solução de fenolftaleína SI a 2% (p/V). Não deve desenvolver cor vermelhoametista.

Furfural. A 10 ml de etanol, adicionar 1 ml de ácido acético concentrado, mais 0,5 ml de anilina, pura, incolor. Não deve haver aparecimento de cor vermelha, em até 5 minutos.

Conservação

Em frascos de vidro neutro, bem-fechados, protegidos do calor.

XV.3.3 - GLICEROL

(Glicerina)

C3H5 (OH)3 M.M.: 92,09

Nome químico: Propano-triol-1,2,3,tri-hidroxi-propano, glicerina.

Descrição

Características físico-químicas. Líquido xaroposo, incolor, límpido, inodoro, de sabor adocicado característico produzindo sensação de calor em contato com a mucosa oral. Higroscópico. Sua solução a 10% (p/V) em água purificada é neutra ao tornassol.

Especificação. O glicerol deve conter, no mínimo, 95% (p/p) de C3H5 (OH)3 .

Solubilidade. Miscível com água e com etanol em todas as proporções. Insolúvel em éter etílico, clorofórmio, óleos voláteis e óleos fixos.

Constantes físicas

Ponto de ebulição. 260 °C, com decomposição.

Densidade relativa (V.2.5) F. Bras. IV. A 25 °C, 1,249.

Índice de refração (V.2.6) F. Bras. IV. 1,4746.

Identificação

A.A 1 ml de glicerol, adicionar a 0,5 g de bissulfito depotássio pulverizado. Aquecer; há emanações de vapores densos, brancos e irritantes de acroleína.

B. Colocar alguns miligramas de permanganato de potássio em uma cápsula de porcelana e, cuidadosamente, acrescentar algumas gotas de glicerol. Observa-se reação violenta com inflamabilidade.

C. Misturar, cuidadosamente, 1 ml de glicerina com 1 gota de ácido nítrico concentrado. Acrescentar 10 gotas de solução aquosa de bicromato de potássio a 10% (p/V), pelas paredes do tubo. Observa-se a formação de anel azul na interface dos líquidos. Deixar repousar por 10 minutos. A cor não deve ser transmitida à fase inferior.

Ensaios de pureza

Cor. Observar 50 ml de glicerol em tubo de Nessler, contra fundo branco. A cor observada não deve ser mais intensa que aquela apresentada por solução aquosa padrão de cloreto férrico a 0,8% (p/V) observada em tubo igual ao empregado para a amostra em análise.

Resíduo por ignição. Aquecer 50 ml da amostra em análise em cápsula de 100 ml até queima; interromper o aquecimento, deixando que a queima continue espontaneamente, em ambiente protegido de corrente de ar. Umedecer o resíduo com 5 gotas de ácido sulfúrico concentrado; calcinar até peso constante. O resíduo não deve ser superior a 0,05% em relação ao peso inicial.

Arsênio. Dissolver 2 gramas de glicerol com água purificada até completar 35 ml. Empregar 3 ml dessa solução para realizar prova de determinação de arsênio (V.3.1.1) F. Bras. IV. Não deve apresentar mais que 1,5 ppm.

Metais pesados. Misturar 4 g de glicerol com 2 ml de solução de ácido clorídrico 0,1 M; diluir com água purificada a 25 ml.

Realizar prova de determinação de metais pesados (V.3.1.1) F. Bras.

IV. Não deve apresentar mais que 5 ppm.

Cobre. Misturar 10 ml de glicerol com 40 ml de água purificada; adicionar uma gota de hidróxido de amônio diluído e 1 gota de solução de cloreto férrico a 10% (p/V) dissolvido em etanol a 10% (V/V) em água purificada. Não deve ser observada mais do que leve coloração rósea.

Cloreto. A 10 ml de solução aquosa a 10% de glicerol, adicionar 5 gotas de solução aquosa de nitrato de prata a 1% (p/V).

Agitar. Não deve ser observada precipitação ou turvação.

Acroleína, glicose e substâncias amoniacais. Misturar 5 ml de glicerol com 5 ml de solução aquosa de hidróxido de potássio a 10% (p/V). Aquecer a 60 °C por 5 minutos. Não deve ser observada coloração amarela e nem desprendimento de amônia.

Sulfato. A 10 ml de solução aquosa de glicerol a 10% (p/V), adicionar 3 gotas de solução aquosa de ácido clorídrico 10% (p/V) e
5 gotas de solução aquosa de cloreto de bário a 1% (p/V). Não deve ser observada precipitação ou turvação.

Ácidos graxos e ésteres. Misturar 50 g de glicerol com 100 ml de água purificada recentemente fervida e ainda quente. Adicionar
1 ml de solução indicadora de fenolftaleína e, caso a solução esteja alcalina, neutralizá-la com ácido sulfúrico 0,1 M. Aquecer a refluxo
por 5 minutos; esfriar, titular com solução de ácido sulfúrico 0,1 M.

Repetir a operação omitindo o glicerol e usando 140 ml de água purificada. A diferença entre as titulações não deve ser maior que 1,6 ml de ácido sulfúrico 0,1 M consumidos.

Sacarose. A 4 ml de glicerol, adicionar 6 ml de ácido sulfúrico 0,5 M, aquecer por 1 minuto. Esfriar e neutralizar ao papel de tornassol com solução de hidróxido de sódio 0,5 M. Adicionar 5 ml de reagente de Fehling. Aquecer até a ebulição por 1 minuto. Não deve produzir precipitado vermelho-tijolo.

Conservação

Em frasco de vidro, bem-fechado.
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REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES

Reagente de Fehling:

Solução (A): Dissolver 35,6 g de sulfato de cobre em quantidade suficiente de água purificada; completar o volume para 500 ml.

Solução (B): Dissolver 173 g de tartarato duplo de sódio e potássio (Sal de Seignette) em quantidade suficiente de água purificada;

acrescentar 70 g de hidróxido de sódio; completar o volume para 500 ml.

No momento do uso, juntar partes iguais das soluções (A) e (B)

XV.3.4 - GLÓBULOS INERTES

Os glóbulos inertes são preparados a partir de sacarose ou de mistura de lactose e sacarose.

Descrição

São esferas homogêneas e regulares. São classificadas numericamente conforme o seu peso. Os glóbulos de números 3, 5 e 7 apresentam respectivamente, peso médio de 30, 50 e 70 mg. São de cor branca, inodoras, de sabor adocicado.

Solubilidade. Solúveis em água, insolúveis em etanol.

Constantes físico-químicas

pH. Próximo a 7,0 determinado potenciometricamente empregando solução preparada por adição de 10 g de glóbulos inertes a 100 ml de água purificada.

Identificação

Dissolver 10 g de glóbulos inertes em água purificada, completar o volume para 100 ml, resultando solução límpida e incolor, a qual será empregada nas reações abaixo.

A. A 3 ml da solução, adicionar 3 ml do reagente de Fehling.

Aquecer até a ebulição. Observa-se a formação de precipitado alaranjado (lactose).

B. A 3 ml da solução, adicionar 3 ml de reagente de Tollens.

Aquecer à ebulição. Observa-se precipitado negro (lactose).

C. A 5 ml de ácido clorídrico, adicionar alguns cristais de ácido indolilacético e 5 gotas da solução e agitar , deixar em repouso.

Observa-se o desenvolvimento de cor violeta (sacarose).

D. A 4 ml da solução adicionar 6 ml de ácido sulfúrico 0,5

M. Aquecer por um minuto, esfriar e neutralizar ao papel de tornasol com solução de hidróxido de sódio SR. Adicionar 5 ml de solução de tartarato cúprico alcalino e levar a ebulição por um minuto. Deve produzir precipitado vermelho-tijolo.

Prova de desagregação

Em cesto metálico ou de plástico perfurado, os glóbulos são introduzidos e mergulhados cerca de 15 vezes por minuto num béquer contendo água purificada. Nestas condições o tempo de desagregação dos glóbulos deve ser da ordem de 10 minutos. Mergulha-se o cesto durante 2 segundos em água e retira-se por 2 segundos. Repete-se essa operação durante 10 minutos, tempo em que os glóbulos deverão estar totalmente desagregados.

Conservação

Em recipiente bem fechado.

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REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES

Reagente de Tollens: A 10 ml de solução aquosa de nitrato de prata a 5% (p/V) adicionar quantidade suficiente de hidróxido de amônio até formação de precipitado castanho e, subseqüente dissolução do mesmo. Em seguida, adicionar 5 ml de solução de hidróxido de sódio a 10% (p/V). Caso reapareça o precipitado, adicionar, gota a gota, nova quantidade de hidróxido de amônio até o desaparecimento do mesmo. Guardar em frasco escuro, com tampa esmerilhada e, preferentemente, sob refrigeração.

Reagente de Fehling:

Solução (A): Dissolver 35,6 g de sulfato de cobre em quantidade suficiente de água purificada; completar o volume para 500 ml.

Solução (B): Dissolver 173 g de tartarato duplo de sódio e potássio (Sal de Seignette) em quantidade suficiente de água purificada;

acrescentar 70 g de hidróxido de sódio; completar o volume para 500 ml.

No momento do uso, juntar partes iguais das soluções (A) e (B).

XV.3.5 - LACTOSE

C12H22O11 M.M: 342,30 (anidra)

C12H22O11 . H2O M.M.: 360,31 (monohidratada)

Nome químico: 4-O-β-D-galactopiranosil-D-glicose

Descrição

Cristais brancos, massas cristalinas ou pó branco, inodoro, de sabor levemente adocicado, estável ao ar; absorve rapidamente odores do ambiente.

Solubilidade. Solúvel em água fria, 1 g em 5 ml, na qual dissolve-se lentamente, sendo muito solúvel em água fervente, 1 g em 2,6 ml; é praticamente insolúvel em etanol, insolúvel em éter e em clorofórmio.

Constantes físico-químicas

Densidade de massa (V.2.5) F. Bras. IV. 1,53.

Temperatura de decomposição. 201 °C - 202 °C.

Poder rotatório (V.2.8) F. Bras. IV. + 54,8° a + 55,9°, calculado em relação à substância seca, determinado em solução de 10 g
de lactose contendo 0,2 ml de hidróxido de amônio para cada ml da solução.

pH. 4,0 a 6,5 para uma solução aquosa a 10% (p/V).

Identificação

A. A 5 ml de solução saturada de lactose, aquecida, adicionar 5 ml de solução 0,1 M de hidróxido de sódio. Aquecer ligeiramente.

Observa-se o aparecimento de cor amarela que passa a parda-avermelhada.

B. A 5 ml de uma solução a 5% (p/V), adicionar 2 ml de solução aquosa a 5% (p/V) de sulfato de cobre; a solução permanece límpida e apresenta cor azul. Aquecer até a fervura por 3 minutos.

Observa-se a formação de precipitado vermelho.

C. Aquecer 5 ml de solução aquosa a 5% (p/V) de lactose adicionada de 5 ml de hidróxido de amônio concentrado e saturado com cloreto de amônio. Aquecer em banho-maria a 80 °C por 10 minutos. Observa-se o desenvolvimento de cor vermelha.

D. A 0,2 g de lactose, adicionar 0,4 g de cloridrato de fenilhidrazina, 0,6 g de acetato de sódio cristalizado e 4 ml de água purificada. Em tubo provido de tampa, aquecer em banho-maria fervente.

Agitar o tubo ocasionalmente sem retirá-lo do banho. Observase a formação de precipitado cristalino amarelo com temperatura de decomposição: 200 °C.

Ensaios de pureza

Arsênio (V.3.2.5) F. Bras. IV. Não deve conter mais que 1 ppm.

Metais pesados. Dissolver 4 g de lactose, a quente, em 20 ml de água purificada; adicionar 1 ml de solução 0,1 M de ácido clorídrico.

Diluir com água purificada até completar o volume de 25 ml.

Comparar com padrão conforme descrito em (V.3.2.3) F. Bras. IV.

Não deve conter mais que 5 ppm.

Sacarose e glicose. Adicionar 5 g de lactose finamente dividida, a 20 ml de etanol a 25% (V/V); agitar vigorosamente por 5 minutos. Filtrar. Evaporar 10 ml do filtrado até a secura. Secar o resíduo em estufa a 100 °C, por 10 minutos. O resíduo não deverá ser superior a 20 mg.

Cor e limpidez da solução. Dissolver, 1 g de lactose em 10 ml de água purificada fervente. A solução deverá ser límpida, praticamente incolor e inodora.

Resíduo por incineração (V.2.10) F. Bras. IV. O resultado não deve ser superior a 0,1%.

Amido ou dextrina. Dissolver 1 g de lactose em 10 ml de água purificada; levar à ebulição por 1 minuto e deixar esfriar à temperatura ambiente. Adicionar 1 gota de solução iodo SR. Não deve apresentar cor vermelha, azul ou violeta.

Conservação

Em recipiente hermeticamente fechado, ao abrigo da umidade e de gases, e de emanações odoríferas.

XV.4 - ANEXO 4 - Métodos de Análises e de Ensaios

XV.4.1 - Determinação do resíduo sêco de tinturas-mãe ( r. s)

Introduzir em cadinho de porcelana, previamente tarado, quantidade conhecida da tintura-mãe. Evaporar em banho-maria até a secura e levar a estufa à temperatura de 100 a 105 °C, até peso constante. Cada tomada de peso deve ser antecedida de resfriamento em dessecador contendo agente dessecante (sílica ou cloreto de cálcio anidro). Pesar o resíduo e expressar o resultado relativamente a 100 g da tintura-mãe. Quando se tratar de resíduo higroscópico, é necessário tampar o cadinho para efetuar a transferência da estufa para o dessecador e deste para a balança.

XV.4.2 - Determinação da densidade

Para a determinação da densidade emprega-se o método descrito em Determinação da densidade de massa e densidade relativa
(V.2.5.) F. Bras. IV.

XV.4.3 - Determinação do título etanólico da tintura mãe (tit. et.)

Para a determinação do título etanólico das tinturas-mães emprega-se método descrito em Determinação do álcool (V.3.4.8.) F. Bras. IV.

XV.4.4 - Determinação do pH

Para a determinação do pH emprega-se método descrito em Determinação do pH (V.2.19.) F. Bras. IV.

XV.4.5 - Determinação espectrofotométrica de absorção no ultravioleta,visível e infravermelho

Para a determinação espectrofotométrica de absorção, emprega-se método descrito em Espectrofotometria de absorção no ultravioleta, visível e infravermelho (V.2.14.) F. Bras. IV.

XV.4.6 - Determinação cromatográfica em camada delgada

Para a determinação cromatográfica em camada delgada emprega-se método descrito em Cromatografia em camada delgada(V.2.17.1.) F. Bras. IV.

XV.4.7 - Determinação cromatográfica em papel

Para a determinação cromatográfica em papel emprega-se método descrito em Cromatografia em papel (V.2.17.2.) F. Bras. IV.

XV.4.8 - Determinação cromatográfica em coluna

Para a determinação cromatográfica em coluna emprega-semétodo descrito em Cromatografia em coluna (V.2.17.3.) F. Bras. IV.

XV.4.9 - Determinação cromatográfica líquida de alta pressão

Para a determinação cromatográfica de alta pressão empregase método descrito em Cromatografia líquida de alta pressão (V.2.17.4.) F. Bras. IV.

XV.4.10 - Determinação cromatográfica a gás

Para a determinação cromatográfica a gás emprega-se método descrito em Cromatografia a gás (V.2.17.5.) F. Bras. IV.

XV.4.11 - Determinação por eletroforese

Para a determinação por eletroforese emprega-se método descrito em Eletroforese (V.2.22.) F. Bras. IV.

XV.4.12 - Métodos químicos

Reações de identificação de íons, grupos e funções

Acetato

Para a identificação de acetato emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Acetila

Para a identificação de acetila emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Alcalóides

Para a identificação de alcalóides emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Alumínio,íon

Para a identificação de alumínio emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Amina aromática primária

Para a identificação de Amina aromática primária empregase método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Amônia e amina alifática volátil

Para a identificação de amônia e amina aromática volátil emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F.

Bras. IV.

Amônio, íon

Para a identificação de amônio emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Antimônio (III), íon

Para a identificação de antimônio emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Arsênio

Para a identificação de arsênio emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Barbitúrico sem substituinte no nitrogênio

Para a identificação de barbitúrico emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Bário, íon

Para a identificação de íon emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Benzoato

Para a identificação de benzoato emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Bicarbonato

Para a identificação de bicarbonato emprega-se método descritoem Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Bismuto, íon

Para a identificação de bismuto emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Bissulfito

Para a identificação de bissulfito emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Borato

Para a identificação de borato emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Brometo

Para a identificação de brometo emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Cálcio, íon

Para a identificação de cálcio emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Carbonato

Para a identificação de carbonato emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Chumbo, íon

Para a identificação de chumbo emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Cianeto

Para a identificação de cianeto emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Citrato

Para a identificação de citrato emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Clorato

Para a identificação de clorato emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Cobre (II), íon

Para a identificação de cobre emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Éster

Para a identificação de éster emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Ferro

Para a identificação de ferro emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Férrico, íon

Para a identificação de íon férrico emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Ferroso, íon

Para a identificação de íon ferroso emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Fosfato (ou ortofosfato)

Para a identificação de fosfato ou ortofosfato emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Hipofosfito

Para a identificação de hipofosfito emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Iodeto

Para a identificação de iodeto emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Lactato

Para a identificação de lactato emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Lítio, íon

Para a identificação de lítio emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Magnésio, íon

Para a identificação de magnésio emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Mercúrio

Para a identificação de mercúrio emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Mercúrio (I), íon

Para a identificação de mercúrio I emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Mercúrio (II), íon

Para a identificação de mercúrio II emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Nitrato

Para a identificação de nitrato emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Nitrito

Para a identificação de nitrito emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Oxalato

Para a identificação de oxalato emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Permanganato

Para a identificação de permanganato emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Peróxido

Para a identificação de peróxido emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Potássio, íon

Para a identificação de potássio emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Prata, íon

Para a identificação de prata emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Salicilato

Para a identificação de salicilato emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Sódio, íon

Para a identificação de sódio emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Succinato

Para a identificação de succinato emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Sulfato

Para a identificação de sulfato emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Sulfito

Para a identificação de sulfito emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Tartarato

Para a identificação de tartarato emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Tiocianato

Para a identificação de tiocianato emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Tiossulfato

Para a identificação de tiossulfato emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Xantina

Para a identificação de xantina emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Zinco, íon

Para a identificação de zinco emprega-se método descrito em Íons, grupos e funções (V.3.1.1) F. Bras. IV.

Aminoácidos

Para a análise de aminoácidos emprega-se:

a. Método descrito em Análise de aminoácidos (V.3.4.9.) F.

Bras. IV.

b. Dissolver 0,1g da droga em 5 ml de etanol a 96% (V/V).

Adicionar 5 gotas de solução de ninhidrina a 0,1 % (p/V) em etanol a 96% (V/V). Aquecer em banho-maria fervente. Desenvolve-se cor rósea ou violeta.

Esteróides

Para a análise de esteróides emprega-se:

a. Método descrito em Identificação de esteróides por cromatografia em camada delgada (V.3.1.2.) F. Bras. IV.

b. Dissolver 0,1 g da droga em 5 ml de etanol a 96% ou de clorofôrmio. Adicionar 5 gotas de solução de tricloreto de antimônio a 1% em clorofôrmio. Aquecer até fervura. Observa-se o desenvolvimento de cor de acordo com a droga em análise.

Fenóis e ácidos fenólicos

Para a análise de fenóis e ácidos fenólicos emprega-se:

a. A 0,05 g da droga, diluída em 5 ml de etanol, adicionar 1 gota de reagente formado pela mistura em partes iguais, no momento do uso, de solução de cloreto férrico a 1% (p/V) e ferricianeto de potássio a 1% (p/V). Observa-se o desenvolvimento de coloração que varia de verde a azul intenso, de acordo com a droga em análise.

Comparar com solução-padrão, formada pela mistura de 5 ml de etanol e 1 gota do reagente cloreto férrico-ferricianeto férrico.

b. Tratar 50 mg ou 0,5 ml da droga com reagente de Millon (5 g mercúrio vivo em 10 ml de ácido nítrico, preparado em capela) Aquecer em banho-maria fervente. Desenvolve-se coloração vermelha.

Observação: reação positiva para monofenóis com a posição orto livre.

Glicídios

Para a análise de glicídios emprega-se:

a. Em tubo de ensaio colocar 0,01 g de cloridrato de fenilhidrazina, 0,15 g de acetato de sódio cristalizado e 2 ml de água purificada. Agitar para dissolver e, se necessário, aquecer em banhomaria.

Acrescentar 5 gotas ou 0,05 g da droga. Agitar vigorosamente para dissolver. Forma-se precipitado branco ou amarelo. Caso não
haja a formação imediata de precipitado, aquecer à ebulição, deixar esfriar e agitar novamente. O tempo de aquecimento necessário à formação do precipitado permite distinguir glicídios entre si. Assim, a frutose forma precipitado em 2 minutos, a glicose em 5 minutos.

Separar o precipitado, secar e observar os cristais ao microscópio.

Cada glicídio forma cristais que se agrupam de modo diferente e característico. Determinar o ponto de fusão do precipitado formado.

Comparar com a literatura o tipo de formação dos cristais e seu modo de agrupamento, assim como o seu respectivo ponto de fusão ou intervalo de fusão.

Glicídios redutores

Para análise de glicídios redutores emprega-se:

a. Dissolver 0,1 g da droga em 5 ml de água purificada.

Agitar até dissolução completa. Adicionar 5 ml de reagente de Fehling.

Aquecer até à ebulição. Observa-se a formação de precipitado de cor variável, do verde-amarelo até vermelho-tijolo.

b. O mesmo tipo de reação (oxi-redução) pode-se verificar substituindo o reagente de Fehling pelo reagente de Tollens (nitrato de prata amoniacal). Realizar a prova dissolvendo 0,1 g da droga em água purificada. Adicionar 1 ml do reagente de Tollens. Caso a reação não se dê a frio, aquecer à ebulição. Observa-se a formação de precipitado cinza escuro ou negro ou formação de espelho de prata.

Flavonóides

A 1 ml da droga adicionar um fragmento de 5 mg de magnésio metálico e 0,5 ml de ácido clorídrico. Observa-se mudança de cor variável de acordo com a droga em análise.

Gorduras e óleos (lipídios)

Para a análise de gorduras e óleos emprega-se método descrito em Determinação em gorduras e óleos (V.3.3.) F. Bras. IV.

Terpenos

Para pesquisa de terpenos emprega-se a análise de toque em camada delgada de sílica gel G. Desenvolvendo-se cor variável de acordo com a droga em análise.

Terpenos oxigenados

Para análise de terpenos oxigenados emprega-se 1 gota da amostra e uma gota de solução de 2,4-dinitro-fenilhidrazina a 0,5 % (p/V) em solução de ácido clorídrico 2 M. Observa-se o desenvolvimento de cor variável de acordo com o grau de insaturação do terpeno oxigenado, indo do amarelo ao vermelho-laranja. Para terpenos não oxigenados a reação é negativa.

XV.4.13 - Métodos de análise de drogas vegetais

Amostragem

Para amostragem emprega-se método descrito em Amostragem (V.4.2.1) F. Bras. IV.

Material estranho

Para determinação de material estranho emprega-se método descrito em Determinação de material estranho (V.4.2.2) F. Bras.

IV.

Água

Para determinação de água em drogas vegetais emprega-se método descrito em Determinação de água em drogas vegetais (V.4.2.3) F. Bras. IV.

Cinzas totais

Para determinação de cinzas totais em drogas vegetais emprega-se método descrito em Determinação de cinzas totais (V.4.2.4)

F. Bras. IV.

Cinzas insolúveis em ácido

Para determinação de cinzas insolúveis em ácido em drogas vegetais emprega-se método descrito em Determinação de cinzas insolúveis em ácido (V.4.2.5) F. Bras. IV.

Óleos essenciais

Para determinação de óleos essenciais em drogas vegetais emprega-se método descrito em Determinação de óleos essenciais em drogas vegetais (V.4.2.6) F. Bras. IV.

Óleos fixos

Para determinação de óleos fixos em drogas vegetais emprega-se método descrito em Determinação de óleos fixos (V.4.2.7.)

F. Bras. IV.

Cineol

Para determinação de cineol em drogas vegetais emprega-se método descrito em Determinação do cineol (V.4.2.8.) F. Bras. IV.
Índice de espuma

Para determinação de índice de espuma em drogas vegetais emprega-se método descrito em Determinação do índice de espuma (V.4.2.9.) F. Bras. IV.

Substâncias extraíveis por álcool

Para determinação de substâncias extraíveis por álcool em drogas vegetais emprega-se método descrito em Determinação de substâncias extraíveis por álcool (V.4.2.10.) F. Bras. IV.

XV.4.14 - Métodos biológicos

Contagem de microrganismos viáveis em produtos que não necessitam cumprir com o teste de esterilidade.

Para a realização da contagem de microrganismos viáveis em produtos que não necessitam cumprir com o teste de esterilidade emprega-se o descrito em Contagem de microrganismos viáveis em produtos que não necessitam cumprir com o teste de esterilidade (V.5.1.6.) F. Bras. IV.

Esterilidade

Para a avaliação de esterilidade emprega-se o descrito em Esterilidade (V.5.1.1.) F. Bras. IV.

Pesquisa e identificação de patógenos

Para a realização da pesquisa e identificação de patógenos emprega-se o descrito em Método geral para pesquisa e identificação de patógenos (V.5.1.7.) F. Bras. IV.

Toxicidade

Para a avaliação de toxicidade emprega-se o descrito em Toxicidade (V.5.1.3.) F. Bras. IV.

XV.5 - ANEXO 5 - Determinação de Elementos e Substâncias através da Análise na Chama

Em meio ácido (ácido clorídrico concentrado) em alça de platina impregnada da droga em análise, levar a mesma à zona não iluminante de bico de Bunsen; observar a cor transmitida. Devido à possibilidade da interferência do Na, como contaminante, no resultado final da análise, observar a coloração da chama através de filtro de vidro azul de cobalto.

Cor
Na Amarela
Ca Ve r m e l h o - a l a r a n j a d o
Sr Ve r m e l h o - v i v o
Li Ve r m e l h o - v i v o
K Vi o l e t a - c l o r o
Rb Vi o l á c e a
Cs Azul-violeta
Ga Vi o l e t a
CN- Malva
Hg2Cl2 Vi o l e t a
Pb Azul-claro
Cu Azul-esverdeado
As, Sb Branco-azulado
Sc Azul-claro
Tl Ve r d e
Te Ve r d e
Ba Ve r d e - c l a r o
B(OH)3 Ve r d e
H3PO4 Ve r d e
Mn Ve r d e
Bi Ve r d e - c l a r o

XV.6 - ANEXO 6 - Conversão de Normalidade em Molaridade, relativa a soluções reagentes constantes do Fascículo 1 da Farmacopéia Homeopática Brasileira - Segunda Edição.

Ácido clorídrico N M ou 1 mol 1-1
Ácido nítrico N M ou 1 mol 1-1
Ácido perclórico N M ou 1 mol 1-1
Ácido sulfúrico N 0,5 M ou 0,5 mol 1-1
Cloreto de bário N 0,5 M ou 0,5 mol 1-1
Cloreto férrico N 0,33 ... M ou 0,33 ... mol 1-1
Hidróxido de sódio N M ou 1 mol 1-1
Iodato de potássio N M ou 1 mol 1-1
Nitrato de prata N M ou 1 mol 1-1
Permanganato de potássio N 0,2 M ou 0,2 mol 1-1
Sulfato cérico N M ou 1 mol 1-1
Tiocianato de potássio N M ou 1 mol 1-1
Tiossulfato de sódio N M ou 1 mol 1 -1

ÍNDICE


- Abreviaturas e Símbolos VI.3 (1997)
- Acessórios VIII.2.2 (1997)
- Acidum lacticum 1 (2002)
- Acidum oxalicum 2 (2002)
- Acidum salicylicum 3 (2002)
- Acidum sulphuricum 4 (2002)
- Adrenalinum 5 (2002)
- Água Purificada - Insumo Inerte X V. 3 . 1 (2002)
- Allium cepa 6 (2002)
- Alumen 7 (2002)
- Ammonium carbonicum 8 (2002)
- Ammonium muriaticum 9 (2002)
- Ammonium phosphoricum 10 (2002)
- Anexos XV (1997)
- Anilinum 11 (2002)
- Apósitos Medicinais XII.2.2.1 (2002)
- Argentum metallicum 12 (2002)
- Argentum nitricum 13 (2002)
- Avena sativa 14 (2002)
- Barita muriatica 15 (2002)
- Baryta carbônica 16 (2002)
- Bioterápicos XIII (1997)
- Bórax 17 (2002)
- Calcarea cabonica 18 (2002)
- Calcarea fluorica 19 (2002)
- Calcarea muriatica 20 (2002)
- Calcarea phosphorica 21 (2002)
- Classificação de Bioterápicos XIII.1 (1997)
- Comissão Permanente de Revisão da Farmacopéia Brasileira II (1997)
- Comprimidos - Formas Farmacêuticas Sólidas XII.1.2.1 (2002)
- Comprimidos - Formulações Sólidas XII.1.3.2.1 (2002)
- Conceitos e Definições V (1997)
- Conversão de Normalidade em Molaridade - Anexo 6 X V. 6 (2002)
- Cremes XII.2.3.1 (2002)
- Cuprum metallicum 22 (2002)
- Determinação Cromatográfica a Gás X V. 4 . 1 0 (2002)
- Determinação Cromatográfica em Camada Delgada X V. 4 . 6 (2002)
- Determinação Cromatográfica em Coluna X V. 4 . 8 (2002)

- Determinação Cromatográfica em Papel X V. 4 . 7 (2002)
- Determinação Cromatográfica Líquida de Alta Pressão X V. 4 . 9 (2002)
- Determinação da Densidade X V. 4 . 2 (2002)
- Determinação de Elementos e Substâncias Através da Análise na Chama - Anexo 5 X V. 5 (2002)
- Determinação do pH X V. 4 . 4 (2002)
- Determinação do Resíduo Seco de Tinturas-Mãe X V. 4 . 1 (2002)
- Determinação do Título Etanólico da Tintura-Mãe X V. 4 . 3 (2002)
- Determinação Espectrofotométrica X V. 4 . 5 (2002)
- Determinação por Eletroforese X V. 4 . 11 (2002)
- Diluições Alcoólicas IX.7 (1997)
- Dinamização V. 6 (1997)
- Dose Única Líquida XII.1.1.1 (2002)
- Dose Única Sólida - Formas Farmacéuticas Sólidas XII.1.2.2 (2002)
- Dose Única Sólida - Formulações Farmacêuticas XII.1.3.2.5 (2002)
- Droga V. 1 (1997)
- Drogas de Origem Animal IX-2 (1997)
- Drogas de Origem Biológica, Patológicas ou Não IX.5 (1997)
- Drogas de Origem Mineral IX-3 (1997)
- Drogas de Origem Químico-Farmacêutica IX-4 (1997)
- Drogas de Origem Vegetal IX-1 (1997)
- Echinacea angustifolia 23 (2002)
- Escala Cinqüenta Milesimal XI.1.2 (1997)
- Escalas V. 1 4 (1997)
- Escalas Centesimal e Decimal XI.1.1 (1997)
- Etanol - Insumo Inerte X V. 3 . 2 (2002)
- Ethylicum 24 (2002)
- Fármaco V. 2 (1997)
- Ferrum metallicum 25 (2002)
- Ferrum sulphuricum 26 (2002)
- Finalidades IV (1997)
- Forma Farmacêutica Básica V. 11 (1997)
- Formas Farmacêuticas XII (2002)
- Formas Farmacêuticas - Conceitos e Definições V. 1 0 (1997)
- Formas Farmacêuticas de Uso Externo XII.2 (2002)
- Formas Farmacêuticas de Uso Externo- Conceitos e Definições V. 1 3 (1997)
- Formas Farmacêuticas de Uso Interno XII.1 (2002)
- Formas Farmacêuticas Derivadas V. 1 2 (1997)
- Formas Farmacêuticas Derivadas de Uso Externo V. 1 2 . 2 (1997)
- Formas Farmacêuticas Derivadas de Uso Interno V. 1 2 . 1 (1997)
- Formas Farmacêuticas Líquidas - Uso Externo XII.2.1 (2002)

- Formas Farmacêuticas Líquidas - Uso Interno XII.1.1 (2002)
- Formas Farmacêuticas Semi-sólidas XII.2.3 (2002)
- Formas Farmacêuticas Sólidas - Uso Externo XII.2.2 (2002)
- Formas Farmacêuticas Sólidas - Uso Interno XII.1.2 (2002)
- Formulações Farmacêuticas XII.1.3 (2002)
- Formulações Líquidas XII.1.3.1 (2002)
- Formulações Sólidas XII.1.3.2 (2002)
- Géis XII.2.3.2 (2002)
- Géis-cremes XII.2.3.3 (2002)
- Ginkgo biloba 27 (2002)
- Glicerol - Insumo Inerte X V. 3 . 3 (2002)
- Glóbulos - Formas Farmacêuticas Sólidas XII.1.2.3 (2002)
- Glóbulos - Formulações Sólidas XII.1.3.2.2 (2002)
- Glóbulos Inertes - Insumo Inerte X V. 3 . 4 (2002)
- Guaiacum officinale 28 (2002)
- Insumo Ativo V. 7 (1997)
- Insumo Inerte V. 8 (1997)
- Insumos Inertes VIII (1997)
- Insumos Inertes - Monografias - Anexo 3 X V. 3 (2002)
- Insumos Inertes - Procedimentos Gerais IX.6 (1997)
- Iodium 29 (2002)
- Kali bichromicum 30 (2002)
- Kali bromatum 31 (2002)
- Kali iodatum 32 (2002)
- Kali muriaticum 33 (2002)
- Lactose - Insumo Inerte X V. 3 . 5 (2002)
- Linimentos XII.2.1.1 (2002)
- Material de Acondicionamento e Embalagem VIII.2 (1997)
- Medicamento Homeopático V. 3 (1997)
- Mercurius sulphuratus ruber 34 (2002)
- Método de Fluxo Contínuo XI.3 (1997)
- Método Hahnemanniano XI.1 (1997)
- Método Korsakoviano XI.2 (1997)
- Métodos Biológicos - Métodos de Análise e de Ensaios X V. 4 . 1 4 (2002)
- Métodos de Análise de Drogas Vegetais X V. 4 . 1 3 (2002)
- Métodos de Análise e de Ensaios - Anexo 4 X V. 4 (2002)

- Métodos de Preparação da Forma Farmacêutica Básica X (1997)
- Métodos de Preparação das Formas Farmacêuticas Derivadas XI (1997)
- Métodos Químicos - Reações de Identificação X V. 4 . 1 2 (2002)
- Nomenclatura VI.1 (1997)
- Nomenclatura, Sinonímia, Abreviaturas e Símbolos VI (1997)
- Nomes Abreviados VI.2 (1997)
- Origem dos Medicamentos Homeopáticos VII (1997)
- Parreira brava 35 (2002)
- Pomadas XII.2.3.4 (2002)
- Ponto de Partida V. 9 (1997)
- Pós XII.1.2.4 (2002)
- Pós XII.1.3.2.3 (2002)
- Pós Medicinais (Talcos Medicinais) XII.2.2.2 (2002)
- Prefácio I (1997)
- Preparação de Tintura-mãe de Origem Animal X.1.2 (1997)
- Preparação de Tintura-mãe de Origem Vegetal X.1.1 (1997)
- Preparação Líquida Administrada sob a forma de Gotas XII.1.1.2 (2002)
- Preparações Nasais XII.2.1.2 (2002)
- Preparações Oftálmicas XII.2.1.3 (2002)
- Preparações Otológicas XII.2.1.4 (2002)
- Procedimentos Gerais IX (1997)
- Recipientes VIII.2.1 (1997)
- Relação dos Medicamentos mais Utilizados em Homeopatia - Anexo 1. X V. 1 (1997)
- Requisitos Mínimos para a Preparação de Bioterápicos
- Rotulagem XIII.2 XIV (1997) (1997)

- Sinonímia VI.4 (1997)
- Subcomissão de Homeopatia III (1997)
- Sucussão V. 4 (1997)
- Supositório Retal XII.2.2.3.1 (2002)
- Supositório Vaginal (Óvulos) XII.2.2.3.2 (2002)
- Supositórios XII.2.2.3 (2002)
- Tabela de Equivalência da Abertura de Malha e Tamis - Anexo 2 X V. 2 (1997)
- Tabletes - Formas Farmacêuticas Sólidas XII.1.2.5 (2002)
- Tabletes - Formulações Sólidas XII.1.3.2.4 (2002)
- Thuya occidentalis 36 (2002)
- Tintura-mãe X.1 (1997)
- Tintura-mãe - Conceitos e Definições V. 11 . 1 (1997)
- Trituração V. 5 (1997)
- Veículos e Excipientes VIII.1 (1997)

Saúde Legis - Sistema de Legislação da Saúde