Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União
Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências.
O Ministro de Estado da Saúde, no uso das atribuições que
lhe confere o artigo 2° do Decreto n° 79.367, de 9 de março de 1977,
resolve:
Art. 1° Aprovar a Norma de Qualidade da Água para Consumo Humano, na forma do Anexo desta Portaria, de uso obrigatório em todo território nacional.
Art. 2° Fica estabelecido o prazo máximo de 24 meses, contados a partir da publicação desta Portaria, para que as instituições ou órgãos aos quais esta Norma se aplica, promovam as adequações necessárias a seu cumprimento.
§ 1º No caso de tratamento por filtração de água para consumo humano suprida por manancial superficial e distribuída por meio de canalização e da obrigação do rnonitoramento de cianobactérias e cianotoxinas, este prazo de até 36 meses.
§ 2° No período de transição deverão ser observadas as normas e o padrão 'estabelecidos na Portaria n.° 36/GM, de 19 de janeiro de 1990.
Art. 3° E' de responsabilidade da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios a adoção das medidas necessárias para o fiel cumprimento desta Portaria.
Art. 4° O Ministério da Saúde promoverá, por intermédio da
Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, a revisão da Norma de
Qualidade da Água para Consumo Humano estabelecida nesta Portaria,
no prazo de 5 anos ou a qualquer tempo, mediante solicitação
devidamente justificada de órgãos governamentais ou não governamentais
de reconhecida capacidade técnica nos setores objeto desta
regulamentação.
Art. 5° Fica delegada competência ao Presidente da FUNASA
para editar, quando necessário, normas regulamentadoras desta
Portaria.
Art. 6° Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
ANEXO
NORMA DE QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Norma dispõe sobre procedimentos e responsabilidades inerentes ao controle e à vigilância da qualidade da água para consumo humano e estabelece seu padrão de potabilidade e dá outras providências.
Art. 2° Toda a água destinada ao consumo humano deve obedecer ao padrão de potabilidade e. está sujeita à vigilância da qualidade da água.
Art. 3º Esta Norma não se aplica às águas envasadas e a outras, cujos usos e padrões de qualidade são estabelecidos em legislação específica.
CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES
Art. 4º Para os fins a que se destina esta Norma, são adotadas as seguintes definições:
I. água potável — água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão de potabilidade e que não ofereça riscos à saúde;
II. sistema de abastecimento de água para consumo humano— instalação composta por conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, destinada à produção e à distribuição canalizada de água potável para populações, sob a responsabilidade do poder público, mesmo que administrada em regime de concessão ou permissão;
III. solução alternativa de abastecimento de água para consumo humano — toda modalidade de abastecimento coletivo de água distinta do sistema de abastecimento de água, incluindo, entre outras, fonte, poço comunitário, distribuição por veículo transportador, instalações condominiais horizontal e vertical;
IV. controle da qualidade da água para consumo humano — conjunto de atividades, exercidas de forma contínua pelo(s) responsável(is) pela operação de sistema ou solução alternativa de abastecimento de água, destinadas a verificar se a água fornecida à população é potável, assegurando a manutenção desta condição;
V. vigilância da qualidade da água para consumo humano — conjunto de ações adotadas continuamente pela autoridade de saúde pública para verificar se a água consumida pela população atende à esta Norma e para avaliar os riscos que os sistemas e as soluções alternativas de abastecimento de água representam para a saúde humana;
VI. coliformes totais (bactérias do grupo coliforrne) - bacilos gratn-negativos, aeróbios ou anaeróbios facultativos, não formadores de esporos, oxidase-negativos, capazes de desenvolver na presença de sais bilrares ou agentes tensoativos que fermentam a lactose com produção de ácido, gás e aldeído a 35,0 ± 0,5 "C em 24-48 horas, e que podem apresentar atividade da enzima ti -galactosidase. A maioria das bactérias do grupo coliforme pertence aos gêneros Escherichia, Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter, embora vários outros gêneros e espécies pertençam ao grupo;
VII. conformes termotolerantes - subgrupo das bactérias do grupo coliforme que fermentam a lactose a 44,5 ± 0,2°C em 24 horas; tendo como principal representante a Escherichia coli, de origem exclusivamente fecal;
VIII. Escherichia Coli - bactéria do grupo coliforme que fermenta a lactose e manitol, com produção de ácido e gás a 44,5 ± 0,2°C em 24 horas, produz indol a partir do triptofano, oxidase negativa, não hidroliza a uréia e apresenta atividade das enzimas 13 galactosidase e li glucoronidase, sendo considerada o mais específico indicador de contaminação fecal recente e de eventual presença de organismos patogênicos;
IX. contagem de bactérias heterotróficas - determinação da densidade de bactérias que são capazes de produzir unidades formadoras de colônias (UFC), na presença de compostos orgânicos contidos em meio de cultura apropriada, sob condições pré-estabelecidas de incubação: 35,0, ± 0,5°C por 48 horas;
X.cianobactérias - microorganismos procarióticos autotróficos, também denominados como cianofíceas (algas azuis), capazes de ocorrer em qualquer manancial superficial especialmente naqueles com elevados níveis de nutrientes (nitrogênio e fósforo), podendo produzir toxinas com efeitos adversos à saúde; e
XI. cianotoxinas - toxinas produzidas por cianobactérias que apresentam efeitos adversos à saúde por ingestão oral, incluindo:
a)microcistinas - hepatotoxinas heptapeptídicas cíclicas produzidas por cianobactérias, com efeito potente de inibição de proteínas Osfatases dos tipos 1 e 2A e promotoras de tumores;
b)cilindrospermopsina - alcalóide guanidínico cíclico produzido por cianobactérias, inibidor de síntese protéica, predominantemente hepatotóxico, apresentando também efeitos citotóxicos nos rins, baço, coração e outros órgãos, e
c)saxitoxinas - grupo de a, alóides carbamatos neurotóxicos
produzido por cianobactérias, não sulfatados (saxitoxinas) ou sulfatados
(goniautoxinas e C-toxinas) e derivados decarbamil, apresentando
efeitos de inibição da condução nervosa por bloqueio dos
canais de sódio.
CAPÍTULO III
DOS DEVERES E DAS RESPONSABILIDADES
Seção I
Do Nível Federal
Art. 5º São deveres e obrigações do Ministério da Saúde, por intermédio da FUNASA:
I -promover e acompanhar a vigilância da qualidade da água, em articulação com as Secretarias de Saúde dos Estados e do Distrito Federal e com os responsáveis pelo controle de qualidade da água, nos termos da legislação que regulamenta o SUS;
II -estabelecer as referências laboratoriais nacionais e regionais, para dar suporte às ações de maior complexidade na vigilância da qualidade da água para consumo humano;
III -aprovar e registrar as metodologias não contempladas nas referências citadas no artigo 16 deste Anexo;
IV-definir diretrizes específicas para o estabelecimento de um plano de amostragem a ser implementado pelos Estados, Distrito Federal ou Municípios, no exercício das atividades de vigilância da qualidade da água, no âmbito do Sistema Único de Saúde — SUS; e executar ações de vigilância da qualidade da água, de forma complementar, em caráter excepcional, quando constatada, tecnicamente, insuficiência da ação estadual, nos termos da regulamentação do SUS.
Seção II
Do Nível Estadual e Distrito Federal
Art. 6° São deveres e obrigações das Secretarias de Saúde dos Estados e do Distrito Federal:
I -promover c acompanhar a vigilância da qualidade da água
em sua área de competência, em articulação com o nível municipal e
os responsáveis pelo controle de qualidade da água, nos termos da
legislação que regulamenta o SUS;
II-garantir, nas atividades de vigilância da qualidade da água, a implementação de um plano de amostragem pelos municípios, observadas as diretrizes específicas a serem elaboradas pela FUNASA;
III -estabelecer as referências laboratoriais estaduais e do Distrito Federal para dar suporte às ações de vigilância da qualidade daágua para consumo humano, e
IV.executar ações de s,igilância da qualidade da água, de forma complementar, em caráter excepcional, quando constatada, tecnicamente, insuficiência da ação municipal, nos termos da regulamentação do SUS.
Seção III
Do Nível Municipal
Art. 7° São deveres e obrigações das Secretarias Municipais de Saúde:
I.exercer a vigilância da qualidade da água em sua área de competência, em articulação com os responsáveis pelo controle de qualidade da água, de acordo com as diretrizes do SUS;
II. sistematizar e interpretar os dados gerados pelo responsável pela operação do sistema ou solução alternativa de abastecimento de água, assim como, pelos órgãos ambientais e gestores de recursos hídricos, em relação às características da água nos mananciais, sob a perspectiva da vulnerabilidade do abastecimento de água quanto aos riscos à saúde da população;
III.estabelecer as referências laboratoriais municipais para
dar suporte às ações de vigilância da qualidade da água para consumo
humano;
IV.efetuar, sistemática e permanentemente, avaliação de risco à saúde humana de cada sistema de abastecimento ou solução alternativa, por meio de informações sobre:
a)a ocupação da bacia contribuinte ao manancial e o histórico das características de suas águas;
b)as características físicas dos sistemas, práticas operacionais e de controle da qualidade da água;
c)o histórico da qualidade da água produzida e distribuída;
d) a associação entre agravos à saúde e situações de vulnerabilidade do sistema.
V.auditar o controle da qualidade da água produzida e distribuída e as práticas operacionais adotadas;
VI.garantir à população informações sobre a qualidade da água e riscos à saúde associados, nos termos do inciso VI do artigo 9
deste Anexo;
VII. manter registros atualizados sobre as características da água distribuída, sistematizados de forma compreensível à população e disponibilizados para pronto acesso e consulta pública;
VIII. manter mecanismos para recebimento de queixas referentes às características da água e para a adoção das providências pertinentes;
IX.informar ao responsável pelo fornecimento de água para consumo humano sobre anomalias e não conformidades detectadas, exigindo as providências para as correções que se fizerem necessárias;
X. aprovar o plano de amostragem apresentado pelos responsáveis pelo controle da qualidade da água de sistema ou solução alternativa de abastecimento de água, que deve respeitar os planos mínimos de amostragem expressos nas Tabelas 6, 7, 8 e 9;
XI. Implementar um plano próprio de amostragem de vigilância
da qualidade da água, consoante diretrizes específicas elaboradas
pela FUNASA; e
XII.definir o responsável pelo controle da qualidade da água de solução alternativa.
Seção IV
Do Responsável pela Operação de Sistema e/ou Solução Alternativa
Art. 8° Cabe ao(s) responsável(is) pela operação de sistema ou solução alternativa de abastecimento de água exercer o controle da qualidade da água.
Parágrafo único. Em caso de administração, em regime de
concessão ou permissão, do sistema de abastecimento de água, é a
concessionária ou a permissionária a responsável pelo controle da
qualidade da água.
Art. 9º Ao(s) responsável(is) pela operação de sistema de abastecimento de água incumbe:
I.operar e manter sistema de abastecimento de água potável para a população consumidora em conformidade com as normas técnicas aplicáveis publicadas pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas e com outras normas e legislações pertinentes;
II. manter e controlar a qualidade clp água produzida e distribuída, por meio de:
a)controle operacional das unidades de captação, adução, tratamento, reservação e distribuição;
b)exigência do controle de qualidade, por parte dos fabricantes de produtos químicos utilizados no tratamento da água e de materiais empregados na produção e distribuição que tenham contato com a água;
c)capacitação e atualização técnica dos profissionais encarregados
da operação do sistema e do controle da qualidade da água;
e
d)análises laboratoriais da água, em amostras provenientes das diversas partes que compõem o sistema de abastecimento.
III. manter avaliação sistemática do sistema de abastecimento de água, sob a perspectiva dos riscos à saúde, com base na ocupação da bacia contribuinte ao manancial, no histórico das características de suas águas, nas características físicas do sistema, nas práticas operacionais e na qualidade da água distribuída;
IV. encaminhar à autoridade de saúde pública, para fins de comprovação do atendimento a esta Norma, relatórios mensais com informações sobre o controle da qualidade da água, segundo modelo estabelecido pela referida autoridade;
V. promover, em conjunto com os órgãos ambientais e gestores de recursos hídricos, as ações cabíveis para a proteção do manancial de abastecimento e de sua bacia contribuinte, assim como efetuar controle das características das suas águas, nos termos do artigo 19 deste Anexo, notificando imediatamente a autoridade de saúde pública sempre que houver indícios de risco à saúde ou sempre que amostras coletadas apresentarem resultados em desacordo com os limites ou condições da respectiva classe de enquadramento, conforme definido na legislação específica vigente;
VI. fornecer a todos os consumidores, nos termos do Código de Defesa do Consumidor, informações sobre a qualidade da água distribuída, mediante envio de relatório, dentre outros mecanismos, com periodicidade mínima anual e contendo, pelo menos as seguintes informações:
a)descrição dos mananciais de abastecimento, incluindo informações sobre sua proteção, disponibilidade e qualidade da água;
b)estatística descritiva dos valores de parâmetros de qualidade detectados na água, seu significado, origem e efeitos sobre a saúde; e
c)ocorrência de não conformidades com o padrãõ de potabilidade e as medidas conetivas providenciadas.
VII. manter registros atualizados sobre as características daágua distribuída, sistematizados de forma compreensível aos consumidores e disponibilizados para pronto acesso e consulta pública;
VIII. comunicar, imediatamente, à autoridade de saúde pública e informar, adequadamente, à população a detecção de qualquer anomalia operacional no sistema ou não conformidade na qualidade da água tratada, identificada como de risco à saúde, adotando-se as medidas previstas no artigo 29 deste Anexo; .e
IX. manter mecanismos para recebimento de queixas referentes às características da água e para a adoção das providências pertinentes.
Art. 10. Ao responsável por solução alternativa de abastecimento de água, nos termos do inciso XIII do artigo 7 deste Anexo, incumbe:
I. requerer, junto à autoridade de saúde pública, autorização para o fornecimento de água apresentando laudo sobre a análise da água a ser fornecida, incluindo os parâmetros de qualidade previstos nesta Portaria, definidos por critério da referida autoridade;
II. operar e manter solução alternativa que forneça água potável em conformidade com as normas técnicas aplicáveis, publicadas pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, e com outras normas e legislações pertinentes;
III. manter e controlar a qualidade da água produzida e distribuída, por meio de análises laboratoriais, nos termos desta Portaria e, a critério da autoridade de saúde pública, de outras medidas conforme inciso II do artigo anterior;
IV. encaminhar à autoridade de saúde pública, para fins de comprovação, relatórios com informações sobre o controle da qualidadeda água, segundo modelo e periodicidade estabelecidos pela referida autoridade, sendo no mínimo trimestral;
V. efetuar controle das características da água da fonte de abastecimento, nos termos do artigo 19 deste Anexo, notificando, imediatamente, à autoridade de saúde pública sempre que houver indícios de risco à saúde ou sempre que amostras coletadas apresentarem resultados em desacordo com os limites ou condições da respectiva classe de enquadramento, conforme definido na legislação específica vigente;
VI. manter registros atualizados sobre as características da água distribuída, sistematizados de forma compreensível aos consumidores e disponibilizados para pronto acesso e consulta pública;
VII. comunicar, imediatamente, à autoridade de saúde pública competente e informar, adequadamente, à população a detecção de qualquer anomalia identificada corno de risco à saúde, adotando-se as medidas previstas no artigo 29; e
VIII. manter mecanismos para recebimento de queixas referentes às características da água e para a adoção das providências pertinentes.
CAPÍTULO IV
DO PADRÃO DE POTABILIDADE
Art.11. A água potável deve estar em conformidade com o padrão microbiológico conforme Tabela 1, a seguir:
Tabela 1
Padrão microbiológico de potabilidade da água para consumo humano
PARÂMETRO | VMP(1) |
Água para consumo humano(2) | |
Escherichia coli ou coliformes termotolerantes(3) | Ausência em 100ml |
Água na saída do tratamento | |
Coliformes totais | Ausência em 100ml |
Água tratada no sistema de distribuição reservatórios e rede) | |
Escherichia coli ou conformes termotolerantes(3) | Ausência em 100ml |
Coliformes totais | Sistemas que analisam até 40 amostras por mês: Ausência em 100m1 em 95% das amostras examinadas no mês; Sistemas que analisam mais de 40 amostras por mês: Apenas uma amostra poderá apresentar mensalmente resultado positivo em 100m1 |
NOTAS: (1) Valor Máximo Permitido.
(2) água para consumo humano em toda e qualquer situação, incluindo fontes individuais como poços, minas, nascentes, dentre outras.
(3) a detecção de Escherichia coli deve ser preferencialmente adotada.
§ 1° No controle da qualidade da água, quando forem detectadas
amostras com resultado positivo para coliformes totais, mesmo
em ensaios presuntivos, novas amostras devem ser coletadas em
dias imediatamente sucessivos até que as novas amostras revelem
resultado satisfatório. Nos sistemas de distribuição, a recoleta deve
incluir, no mínimo, três amostras simultâneas, sendo uma no mesmo
ponto e duas outras localizadas a montante e a jusante.
§ 2° Amostras com resultados positivos para coliformes totais devem ser analisadas para Escherichia coli e, ou, coliformes termotolerantes, devendo, neste caso, ser efetuada a verificação e confirmação dos resultados positivos.
§ 3° O percentual de amostras com resultado positive; de colifomies totais em relação ao total de amostras coletadas nos aistemas de distribuição deve ser calculado mensalmente, excluindo as amostras extras (recoleta).
§ 4° O resultado negativo para coliformes totais das amostras extras (recoletas) não anula o resultado originalmente positivo no cálculo dos percentuais de amostras com resultado positivo.
§ 5° Na proporção de amostras com' resultado positivo admitidas
mensalmente para coliformes totais no sistema de distribuição,
expressa na Tabela 1, não são tolerados resultados positivos que
ocorram em recoleta, nos termos do § 1° deste artigo.
§ 6° Em 20% das amostras mensais para análise de coliformes totais nos sistemas de distribuição, deve ser efetuada a contagem de bactérias heterotróficas e, uma vez excedidas 500 unidades formadoras de 'colônia (UFC) por ml, devem ser providenciadas imediata recoleta, inspeção local e, se constatada irregularidade, outras providências cabíveis.
§ 7° Em complementação, recomenda-se a inclusão de pesquisa de organismos patogênicos, com o objetivo de atingir, como meta, um padrão de ausência, dentre outros, de enterovírus, cistos de Giardia spp e oocistos de Cryptosporidium sp.
§ 8° Em amostras individuais procedentes de poços, fontes, nascentes e outras formas de abastecimento sem distribuição canalizada, tolera-se a presença de coliformes totais, na ausência de Escherichia coli e, ou, coliformes termotolerantes, nesta situação devendo ser investigada a origem da ocorrência, tomadas providências imediatas de caráter corretivo e preventivo e realizada nova análise de coliformes.
Art. 12. Para a garantia da qualidade microbiológica da água, em complementação às exigências relativas aos indicadores microbiológicos, deve ser observado o padrão de turbidez expresso na Tabela 2, abaixo:
Tabela 2
Padrão de turbidez pára água pós-filtração ou pré-desinfecção
TRATAMENTO DA ÁGUA | VMP(1) |
Desinfecção (água subterrânea) | 1,0 UT(2) em 95% das amostras |
Filtração rápida (tratamento completo ou fiitração direta) |
1,0 UT(2) |
Filtração lenta | 2,0 UT(2) em 95% das amostras |
NÓTAS: (1) Valor máximo permitido.
(2) Unidade de turbidez.
§ 1° Dentre os 5% dos valores permitidos de turbidez superiores aos VMP estabelecidos na Tabela 2, o limite máximo para qualquer amostra pontual deve ser de .5,0 UT, assegurado, simultaneamente, o atendimento ao VMP de 5,0 UT em qualquer ponto da rede no sistema de distribuição.
. § 2° Com vistas a assegurar a adequada eficiência de remoção de enterovírus, cistos- de Giardia spp e oocistos de Cryptosporidium sp., recomenda-se, enfaticamente, que, para a filtração rápida, se estabeleça como meta a obtenção de efluente filtrado com valores de turbidez inferiores a 0,5 UT em 95% dos dados mensais e nunca superiores a 5,0 UT.
§ 3° O atendimento ao. percentual de aceitação do limite de turbidez, expresso na Tabela 2., deve ser verificado, mensalmente, com base em amostras no mínimo diárias para desinfecção ou filtração lenta e a cada quatro horas para filtração rápida, -preferivelmente, em qualquer caso, no efluente individual de cada unidade de filtração.
Art. 13. Após a desinfecção, .a água deve conter um teor mínimo -de cloro residual livre de 0,5 ing/L, sendo obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L em qualquer ponto da rede de distribuição, recomendando-se que a cloração seja realizada em pH inferior a 8,0 e tempo de contato mínimo de 30 minutos.
Parágrafo. único. Admite-se a utilização de outro agente desinfetante ou outra condição-de .operação do processo de desinfecção, desde que fique demonstrado pelo responsável pelo sistema. de tratamento uma eficiência de inativação microbiológica equivalente à obtida--com a condição definida -neste artigo.
Art.14. A água potável deve estar em conformidade com o padrão de substâncias químicas que representam risco para a saúde expresso na Tabela 3, a seguir:
Tabela 3
Padrão de potabilidade para substâncias químicas que representam risco à saúde
NOTAS: (1) Valor Máximo Permitido.
(2) Os valores recomendados para a concentração de íon fluoreto devem observar à legislação específica vigente relativa à fluoretação da água, em qualquer caso devendo ser respeitado o VMP desta Tabela.
(3) É aceitável a concentração de até 10 pg/L de microcistinas em até 3 (três) amostras, consecutivas ou não, nas análises realizadas nos últimos 12 .(doze) meses,
(4) Análise exigida de acordo com o desinfetante utilizado.
§ 1° Recomenda-se que as análises para cianotoxinas incluam a determinação de cilindrospermopsina e saxitoxinas (STX), observando, respectivamente, os valores limites de 15,0 ittg/L e 3,0 pg/L de equivalentes STXJL.
§ 2° Para avaliar a presença dos inseticidas organofosforados e carbamatos na água, recomenda-se a determinação da atividade da enzima,acetilcolinesterase, observando os limites máximos de 15% ou 20% de inibição enzimática, quando a enzima utilizada for proveniente de insetos ou mamíferos, respectivamente.
Art. 15. A água potável deve estar em conformidade com o padrão de radioatividade expresso na Tabela 4, a seguir:
Tabela 4
Padrão de radioatividade para água potável
PARÂMETRO | UNIDADE | VMP(1) |
Radioatividade alfa global | βg/L |
0.1 (2) |
Radioatividade beta global | βg/L |
1 0(2) |
NOTAS: (1) Valor máximo permitido.
(2) Se os valores encontrados forem superiores aos VMF', deverá ser feita a identificação dos radionuelídeos presentes e a medida das concentrações respectivas. Nesses casos, deverão ser aplicados, para os radionuclídeos encontrados, os valores estabelecidos pela legislação pertinente da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, para se concluir sobre a potabilidade da água.
Art. 16. A água potável deve estar em conformidade com o padrão de aceitação de consumo expresso na Tabela 5, a seguir:
Tabela 5
Padrão de aceitação para consumo humano
NOTAS: (1) Valor máximo permitido.
(2) Unidade Hazen (mg Pt-Co/L).
(3) critério de referência
(4) Unidade de turbidez.
§ 1° Recomenda-se que, fio sistema de distribuição, o pH da água seja mantido na faixa de 6,0 a 9,5.
§ 2° Recomenda-se que o teor máximo de cloro residual livre, em qualquer ponto do sistema de abastecimento, seja de 2,0 mg/L.
§ 3° Recomenda-se a realização de testes para detecção de
odor e gosto em amostras de água coletadas na saída do tratamento e
na rede de distribuição de acordo com o plano mínimo de amostragem
estabelecido para cor e turbidez nas Tabelas 6 e 7.
Art. 17. As metodologias analíticas para determinação dos parâmetros físicos, químicos, microbiológicos e de radioatividade devem atender às especificações das normas nacionais que disciplinem a matéria, da edição mais recente da publicação Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, de autoria das instituições American Public ljealth Association (APHA), American Water Works Association (AWWA) • e Water Environment FederatiOn (WEF), ou das normas publicadas pela ISO (International Standartization Organization).
§ 1° Para, análise de cianobactérias e cianotoxinas e comprovação de toxicidade por bioensaios em camundongos, até o estabelecimento de especificações em normas nacionais ou internacionais que disciplinem a matéria, devem ser adotadas as metodologias propostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em sua publicação Toxic cyanobacteria in water: a guide to their public health consequences, monitoring and management.
§ 2° Metodologias não contempladas nas referências citadas no § 1° e "capta" deste artigo, aplicáveis aos parâmetros estabelecidos nesta Norma, devem, para ter validade, receber aprovação e registro pela FUNASA.
§ 3° As análises laboratoriais para o controle e a vigilância da qualidade da água podem ser realizadas em laboratório próprio ou não que, em qualquer caso, deve manter programa de controle de qualidade interna ou 'externa ou ainda ser acreditado ou certificado por órgãos competentes para esse fim.
CAPÍTULO V
DOS PLANOS DE AMOSTRAGEM
Art. 18. Os responsáveis pelo controle da qualidade da água
de sistema ou solução alternativa de abastecimento de água devem
elaborar e aprovar, junto à autoridade de saúde pública, o plano de
amostragetn de cada sistema, respeitando, os planos mínimos de
amostragem expressos nas Tabelas 6, 7, 8 e 9.
Tabela 6
Número mínimo de amostras para o controle da qualidade daágua de sistema de abastecimento, para fins de análises físicas químicas e de radioatividade, em função do ponto de amostragem, da população abastecida e do tipo de manancial
NOTAS: (1) Cloro residual livre.
(2)As amostras devem ser coletadas, preferencialmente, em pontos de maior tempo de detenção da água no sistema de distribuição.
(3) Apenas será exigida obrigatoriedade de investigação dos parâmetros radioativos quando da evidência de causas de radiação natural ou artificial.
(4) Dispensada análise na rede de distribuição quando o parâmetro não for detectado na saída do tratamento e, ou, no manancial, à exceção de substâncias que potencialmente possam ser introduzidas no sistema ao longo da distribuição.
Tabela 7
Freqüência mínima de amostragem para o controle da qualidade da água de sistema de abastecimento, para fins de análises físicas, químicas e de radioatividade, em função do ponto de amostragem, da população abastecida e do tipo de manancial
PARÂMETRO | TIPO DE MANANCIAL | SAÍDA DO TRATAMENTO (FREQÜÊNCIA POR UNIDADE DE TRATAMENTOL |
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO (RESERVATÓRIOS E REDE) |
||
População abastecida | |||||
<50.000 hab. |
50.000. a 250000 hab. |
> 250.000 hab | |||
Cor Turbidez PH Flúor |
Superficial | A cada 2 horas | Mensal | Mensal | Mensal |
Cor Turbidez PH Flúor |
Superficial | A cada 2 horas | Mensal | Mensal | Mensal |
CRL(1) | Superficial | A cada 2 horas | (Conforme § 3° do artigo 18). | ||
Subterrâneo | Diária | ||||
Cianotoxinas | Superficial | Semanal (Conforme § 5° do artigo 18) |
- | - | - |
Trihalometanos | Superficial | Trimestral | Trimestral | Trimestral | Trimestral |
Subterrâneo | Anual | Semestral | Semestral | ||
Demais parâmetros(2) | Superficial ou Subterrâneo |
Semestral | Semestral(3) | Semestral(3) | Semestral(3) |
NOTAS: (I) Cloro residual livre.
(2) Apenas será exigida obrigatoriedade de investigação dos parâmetros radioativos quando da evidência de causas de radiação natural ou artificial.
(3) Dispensada análise na rede de distribuição quando o parâmetro não for detectado na saída do tratamento e, ou, no manancial, à exceção de substâncias que potencialmente possam ser introduzidas no sistema ao longo dá distribuição.
Tabela 8
Número mínimo de amostras mensais para o controle da qualidade da água de sistema de abastecimento, para fins de análises microbiológicas, em função da população abastecida.
PARÂMETRO | SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO (RESERVATÓRIOS E REDE | |||
População abastecida | ||||
< 5.000 hab. | 5.000 a 20.000 hab. |
20.000 a 250.000 hab. |
> 250.000 hab. | |
Conformes totais | 10 | 1 para cada 500 hab. | 30 + (1 para cada 2.000 hab.) | 105 + (1 para cada 5.000 hab.) Máximo de 1.000 |
NOTA: na saída de cada unidade de tratamento devem ser coletadas, no mínimo, 2 (duas) amostra semanais, recomendando-se a coleta de, pelo menos, 4 (quatro) amostras semanais.
Tabela 9
Número mínimo de amostras e freqüência mínima de amostragem para o controle da qualidade da água de solução alternativa, para fins de análises físicas, químicas e microbiológicas, em função do tipo de manancial e do ponto de amostragem.
PARÂMETRO | TIPO DE MANANCIAL | SAÍDA DO TRATAMENTO (para água canalizada) |
NÚMERO DE AMOSTRAS RETIRADAS NO PONTO DE CONSUMOO) (para cada 500 hab.) |
FREQÜÊNCIA DE AMOSTRAGEM |
Cor, turbidez, PH e coliformes totais(2) |
Superficial | 1 | 1 | Semanal |
Subterrâneo | 1 | 1 | Mensal | |
CRL(2) (3) | Superficial ou Subterrâneo |
1 | 1 | Diário |
NOTAS: (1) Devem ser retiradas amostras em, no mínimo, 3 pontos de consumo de água.
(2) Pata veículos transportadores de água para consumo humano, deve ser realizada 1 (uma) análise de Cid, em cada carga e 1 (uma) análise, na fonte de fornecimento, de cor, turbidez, PH e coliformes totais com freqüência mensal, ou outra amostragem determinada pela autoridade de saúde pública.
(3) Cloro residual livre.
§ 1° A amostragem deve obedecer aos seguintes requisitos:
I.distribuição uniforme das coletas ao longo do período; e
II. representatividade dos pontos de coleta no sistema de
distribuição (reservatórios e rede), combinando critérios de abrangência
espacial e pontos estratégicos, entendidos como aqueles próximos
a grande circulação de pessoas (terminais rodoviários, terminais
ferroviários, etc.) ou edifícios que alberguem grupos populacionais
de risco (hospitais, creches, asilos, etc.), aqueles. localizados em trechos vulneráveis do sistema de distribuição (pontas de rede,
pontos de queda de pressão, locais afetados por manobras, sujeitos à
intermitência de abastecimento, reservatórios, etc.) e locais com sistemáticas
notificações de agravos à saúde tendo como possíveis- causas agentes de veiculação hídrica.
§ .2° No número mínimo de amostras coletadas na rede de distribuição, previsto na Tabela .8, não se incluem as amostras extras (recoletas).
' § 3° Em todas as amostras coletadas para análises microbiológicas
deve ser efetuada, no momento da coleta, medição de dom
residual livre ou de outro composto residual ativo, caso o agente',desinfetante utilizado não seja o cloro.
§ 4º Para uma melhor avaliação da qualidade da água distribuída, recomenda-se que, em todas as amostras referidas no § 3°- deste artigo, seja-efetuada a determinação de turbidez.
§ 5' Sempre que .o -número-de cianobactérias ria água do
Manancial, no ponto de captação, exceder 20.000 células/ml (2mm3/l
de biovolume), durante o monitoramento que trata o § 3° do artigo 19,
será exigida a análise semanal de cianotoximis na água na saída do tratamento e nas entradas (hidrômetros)" das clínicas de hemodiálise e indústrias de injetáveis, sendo que esta análise pode ser dispensada
quando não houver comprovação de toxicidade na água bruta por
.meio da realização- semanal de bioensaios em camundongos.
Art. 19. Os responsáveis pelo controle da qualidade da água de sistemas e de soluções alternativas de abastecimento supridos por manancial superficial devem coletar amostras semestrais da água bruta, junto do ponto de captação, para análise de acordo com os parâmetros exigidos na legislação vigente de classificação e enquadramento de águas superficiais, avaliando a compatibilidade entre as características da água bruta e o tipo de tratamento existente.
§ 1° O monitoramento de cianobactérias na água do manancial, no ponto de captação, deve obedecer freqüência mensal, quando o número de cianobactérias não exceder 10.000 células/ml (ou 1mm3/l de biovolume), e semanal, quando o número de cianobactérias exceder este valor.
§ 2° É vedado o uso de algicidas para o controle do crescimento
de cianobactérias ou qualquer intervenção no manancial que
provoque a liso das células desses microrganismos, quando a densidade
das cianobactérias exceder 20.000 células/ml (ou 2mm3/L de
biovolume), sob pena de comprometimento da avaliação de riscos à
saúde associados às cianotoxinas.
Art. 20. A autoridade de saúde pública, no exercício das atividades de vigilância da qualidade da água, deve implementar um plano próprio de amostragem, consoante diretrizes específicas elaboradas no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.
CAPÍTULO VI
DAS EXIGÊNCIAS APLICÁVEIS AOS SISTEMAS E SOLUÇÕES ALTERNATIVAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Art. 21. O sistema de abastecimento de água deve contar com responsável técnico, profissionalmente habilitado.
Art. 22. Toda água fornecida coletivamente deve ser submetida a processo de desinfecção, concebido e operado de forma a garantir o- atendimento ao padrão microbiológico desta Norma.
Art. 23. Toda água para- consumo humano, suprida por manancial superficial e distribuída por meio de canalização deve incluir tratamento por filtração.
. Art. 24 Em todos os momentos e em toda sua extensão, a rede de distribuição de água deve ser operada com pressão superior à atmosférica.
§ 1° Caso esta situação não seja observada, fica o responsável pela operação do serviço de abastecimento de água Obrigado a notificar a autoridade de saúde pública e informar à população, identificando períodos e locais de ocorrência de pressão inferior à atmosférica.
§ 2° Excepcionalmente, caso o serviço de abastecimento de água necessite realizar programa de manobras na rede de distribuição, que possa submeter trechos a pressão inferior à atmosférica, o referido programa deve ser previamente comunicado à autoridade de saúde pública.
Art. 25. O responsável pelo fornecimento de água por meio de veículos deve:
I -garantir o uso exclusivo do veículo para este fim;
II -manter registro com dados atualizados sobre o fornecedor e, ou, sobre a fonte de água; e
Ill-manter registro atualizado das análises de controle da qualidade da água.
§ 1° A água fornecida para consumo humano por meio de veículos deve conter um teor mínimo de cloro residual livre de 0,5 mg/L.
§ 2° O veículo utilizado para fornecimento de água deve conter, de forma visível, em sua carroceria, a inscrição: "ÁGUA POTÁVEL".
CAPÍTULO VII
DAS PENALIDADES
Art. 26. Serão aplicadas as sanções administrativas cabíveis, aos responsáveis pela operação dos sistemas ou soluções alternativas de abastecimento de água, que mão observarem as determinações constantes desta Portaria.
Art. 27. As Secretarias de Saúde doa Estados, do Distrito Federal e dos municípios estarão sujeitas a "suspensão de repasse. de recursos do Ministério da Saúde e órgãos ligados, diante da inobservância do contido nesta Portaria.
Art. 28. Cabe ao. Ministério da Saúde, por intermédio da FUNASA, e às autoridades de -saúde pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, representadas Pelas respectivas: Secretarias de Saúde ou órgãos equivalentes, fazer observar o fiel cumprimento desta Norma, nos termos da legislação que regulamenta o Sistema Único de Saúde - SUS.
CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS.
Art. 29. sempre que forem identifitadas situações de risco à saúde, o responsável pela operação do sistema ou solução -alternativa de abastecimento de água e. as autõridades de saúde pública devem estabelecer entendimentos para a elaboração de um plano de ação e tomada das medidas cabíveis, incluindo a eficaz comunicação à população, sem prejuízo das providências imediatas para a correção da anormalidade.
Art. 30. O responsável pela operação do sistema ou solução
alternativa de abastecimento de água pode solicitar à autoridade de
saúde pública a alteração na freqüência mínima de amostragem de
determinados parâmetros estabelecidos nesta Norma.
Parágrafo único. Após avaliação criteriosa, fundamentada em inspeções sanitárias e, ou, em histórico mínimo de dois anos do controle e da vigilância da qualidade da água, a autoridade de saúde pública decidirá quanto ao deferimento da solicitação, mediante emissão de documento específico.
Art. 31. Em função de características não conformes com o
padrão de potabilidade da água ou de outros fatores de risco, a
autoridade, de saúde pública competente, com fundamento em relatório
técnico, determinará ao responsável pela operação do sistema
ou solução alternativa de abastecimento de água que amplie o número
mínimo de amostras, aumente a freqüência de amostragem ou realize
análises laboratoriais de parâmetros adicionais ao estabelecido na
presente Norma.
Art. 32. Quando não existir na estrutura administrativa do estado a unidade da Secretaria de Saúde, os deveres e responsabilidades previstos no artigo 6° deste Anexo serão cumpridos pelo órgão equivalente.