Ministério da Saúde
Gabinete do Ministro

PORTARIA Nº 1.233, DE 30 DE JUNHO DE 2016

Habilita os entes federativos ao recebimento do incentivo financeiro de custeio para implantação e manutenção de ações e serviços públicos estratégicos de vigilância em saúde.

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único, do art. 87 da Constituição, e

Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências;

Considerando a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências;

Considerando a Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012, que regulamenta o § 3º do art. 198 da Constituição Federal para dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e serviços públicos de saúde; estabelece os critérios de rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas 3 (três) esferas de governo;

Considerando o Decreto nº 1.232, de 30 de agosto de 1994, que dispõe sobre as condições e a forma de repasse, regular e automático, de recursos do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos de Saúde Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, e dá outras providências;

Considerando o Decreto nº 1.651, de 28 de setembro de 1995, que regulamenta o Sistema Nacional de Auditoria no âmbito do SUS;

Considerando a Portaria nº 204/GM/MS, de 29 de janeiro de 2007, que regulamenta o financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e serviços de saúde, na forma de blocos de financiamento, com o respectivo monitoramento e controle;

Considerando a Portaria nº 1.378/GM/MS, de 9 de julho de 2013, que regulamenta as responsabilidades e define diretrizes para execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, relativos ao Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária;

Considerando a Portaria n° 183/GM/MS, de 30 de janeiro de 2014, que regulamenta o incentivo financeiro de custeio para implantação e manutenção de ações e serviços públicos estratégicos de vigilância em saúde, previsto no art. 18, inciso I, da Portaria nº 1.378/GM/MS, de 9 de julho de 2013, com a definição dos critérios de financiamento, monitoramento e avaliação;

Considerando a Portaria nº 48/GM/MS, de 20 de janeiro de 2015, que habilita os entes federativos ao recebimento do incentivo financeiro de custeio para implantação e manutenção de ações e serviços públicos estratégicos de Vigilância em Saúde;

Considerando a Portaria nº 1.955/GM/MS, de 2 de dezembro de 2015, que altera e acresce dispositivos à Portaria nº 1.378/GM/MS, de 9 de julho de 2013, que regulamenta as responsabilidades e define diretrizes para execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, relativos ao Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária; e

Considerando as homologações das respectivas Comissões Intergestores Bipartites, resolve:

Art. 1º Ficam habilitados os entes federativos ao recebimento do incentivo financeiro de custeio para implantação e manutenção de ações e serviços públicos estratégicos de vigilância em saúde.

Art. 2º As ações e serviços públicos estratégicos de vigilância em saúde a serem desenvolvidos pelas Secretarias Municipais de Saúde estão listados conforme o Anexo I a esta Portaria.

Art. 3º Fica definido que os valores do incentivo financeiro de custeio para implantação e manutenção de ações e serviços pú- blicos estratégicos de vigilância em saúde serão transferidos em parcelas mensais, correspondentes a 1/12 (um doze avos) dos valores pactuados, para os Fundos Municipais de Saúde, de acordo com o Anexo II a esta Portaria.

Parágrafo único. Quando a divisão por 1/12 (um doze avos) dos valores anuais implicar em dízima, os valores serão truncados em duas casas decimais.

Art. 4º Na hipótese de execução integral do objeto originalmente pactuado e verificada sobra de recursos financeiros, o ente federativo poderá efetuar o remanejamento dos recursos e a sua aplicação nos termos da Portaria nº 204/GM/MS, de 29 de janeiro de 2007 e nº 3.134/GM/MS, de 17 de dezembro de 2013.

Art. 5º Nos casos em que for verificada a não execução integral do objeto originalmente pactuado e a existência de recursos financeiros repassados pelo Fundo Nacional de Saúde para os fundos de saúde estaduais, distrital e municipais não executados, seja parcial ou totalmente, o ente federativo estará sujeito à devolução dos recursos financeiros transferidos e não executados, acrescidos da correção monetária prevista em lei, observado o regular processo administrativo.

Art. 6º Nos casos em que for verificado que os recursos financeiros transferidos pelo FNS foram executados, total ou parcialmente em objeto distinto ao originalmente pactuado, aplicar-se-á o regramento disposto na Lei Complementar nº 141, de 3 de janeiro de 2012, e no Decreto nº 7.827, de 16 de outubro de 2012.

Art. 7º O ente federativo beneficiado, constante desta Portaria, que esteja com repasse do Piso Fixo de Vigilância em Saúde (PFVS) e do Piso Variável de Vigilância em Saúde (PVVS) do Bloco de Vigilância em Saúde bloqueado, por não alimentação do SIM e SINAN, não fará jus aos recursos previstos nesta Portaria caso a regularização da alimentação dos sistemas ocorra após 90 (noventa) dias da data de publicação do bloqueio, conforme disposto no § 2º do art. 39 da Portaria nº 1.378/GM/MS, de 9 de julho de 2013.

Art. 8º O Fundo Nacional de Saúde adotará as medidas necessárias para as transferências de recursos estabelecidas nesta Portaria aos respectivos Fundos de Saúde, em conformidade com os processos de pagamentos instruídos.

Art. 9º Os créditos orçamentários de que tratam a presente Portaria correrão por conta do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar o Programa de Trabalho - 10.305.2015.20AL - Incentivo Financeiro aos Estados, Distrito Federal e Municípios para a Vigilância em Saúde.

Art. 10 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

RICARDO BARROS

ANEXO I

UF IBGE ENTE FEDERADO AÇÕES E SERVIÇOS GESTÃO VALOR MENSAL (R$)
BA 292040 Manoel Vitorino PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
BA 292303 Novo Horizonte PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
GO 522145 Trombas PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
MG 312735 Glaucilândia PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
MG 314260 Monsenhor Paulo PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
PE 260780 Itaquitinga PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
RS 430471 Caraá PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
RS 430613 Cruzaltense PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
RS 431030 Ilópolis PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
RS 431140 Lajeado PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
RS 431780 Santo Augusto PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
RS 432060 Severiano de Almeida PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
RS 432218 Tupanci do Sul PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
SE 280600 Ribeirópolis PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
SP 350960 Campo Limpo Paulista PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
SP 351410 Dois Córregos PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
SP 351860 Guariba PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
SP 352430 Jaboticabal PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
SP 352750 Lucianópolis PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
SP 352980 Mineiros do Tietê PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
SP 354170 Quatá PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
SP 354625 Santa Cruz da Esperança PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00
SP 354850 Santos RCBP M U N I C I PA L 4.500,00
SP 355190 Severínia PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE M U N I C I PA L 3.000,00

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO II

UF IBGE ENTE FEDERADO VALOR MENSAL (R$) VALOR ANUAL (R$)
BA 292040 Manoel Vitorino 3.000,00 36.000,00
BA 292303 Novo Horizonte 3.000,00 36.000,00
GO 522145 Tr o m b a s 3.000,00 36.000,00
MG 312735 Glaucilândia 3.000,00 36.000,00
MG 314260 Monsenhor Paulo 3.000,00 36.000,00
PE 260780 Itaquitinga 3.000,00 36.000,00
RS 430471 Caraá 3.000,00 36.000,00
RS 430613 Cruzaltense 3.000,00 36.000,00
RS 431030 Ilópolis 3.000,00 36.000,00
RS 4 3 11 4 0 Lajeado 3.000,00 36.000,00
RS 431780 Santo Augusto 3.000,00 36.000,00

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RS 432060 Severiano de Almeida 3.000,00 36.000,00
RS 432218 Tupanci do Sul 3.000,00 36.000,00
SE 280600 Ribeirópolis 3.000,00 36.000,00
SP 350960 Campo Limpo Paulista 3.000,00 36.000,00
SP 351410 Dois Córregos 3.000,00 36.000,00
SP 351860 Guariba 3.000,00 36.000,00
SP 352430 Jaboticabal 3.000,00 36.000,00
SP 352750 Lucianópolis 3.000,00 36.000,00
SP 352980 Mineiros do Tietê 3.000,00 36.000,00
SP 354170 Quatá 3.000,00 36.000,00
SP 354625 Santa Cruz da Esperança 3.000,00 36.000,00
SP 354850 Santos 7 .500,00 90.000,00
SP 355190 Severínia 3.000,00 36.000,00
TO TA L 76.500,00 918.000,00

 

 

 

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