Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União
O Secretário de Assistência à Saúde, no uso de suas atribuições legais,
Considerando que a revascularização transluminal percutânea, desde sua introdução, adquiriu um papel destacado no manejo da cardiopatia isquêmica;
Considerando que o aprimoramento dos cateteres utilizados,associado ao aumento da experiência dos hemodinamicistas, permite que grande parte das obstruções coronárias sejam passíveis de tratamento percutâneo;
Considerando que atualmente o sucesso primário no implante de prótese de sustentação intraluminal arterial (stent) - obstrução residual menor que 30% e ausência de complicações maiores - é obtido em mais de 90% dos casos;
Considerando., que o implante de endopróteses coronaHanasreduz a necessidade de novas intervenções determinadas por recorrência da lesão ou reestenose, em relação à angioplastia coronária por cateter balão;
Considerando que o uso de stents permite que pacientes mais graves e com lesões mais complexas, possam ser submetidos a intervenções por cateter, deixando de serem submetidos à revascularização cirúrgica, o que aponta para a redução da mortalidade hospitalar, e
Considerando os estudos realizados pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista que resultaram no documento "Diretrizes para o Implante de Prótese de Sustentação Intraluminal Arterial- Stent", resolve:
Art. 1° - Aprovar, na forma do Anexo 1, as Diretrizes para o Implante de Prótese de Sustentação Intraluminal Arterial (stent), no âmbito do Sistema único de Saúde - SUS.
Parágrafo único - O implante de Prótese de Sustentação Intraluminal Arterial (stent) somente poderá ser realizado por hospitais previamente cadastrados, de acordo com as normas estabelecidas pela Portaria SAS n° 66, de 06 de maio de 1993, classificados como Centro de Referência 1 ou TI.
Art. 2° - Estabelecer, para os casos de implante de stent, a obrigatoriedade do preenchimento do formulário "Registro Brasileiro de Prótese de Sustentação Intraluminal Arterial", conforme modelo contido no Anexo II utilizando-se a tabela de códigos de, opção contida no Anexo III desta Portaria.
§ 1° - O objetivo principal deste Registro é o de formar uma base de dados sólida que permitirá aos órgãos governamentais e à Sociedade Módica orientar os investimentos na área da saúde, tendo, no entanto, importância fundamental para o acompanhamento dos pagamentos dos hospitais, para a avaliação dos pacientes submetidos ao implante e validação da 'garantia dos produtos implantados.
§ 2° - O Banco de Dados gerado pelo Registro poderá ser acessado por qualquer profissional de saúde, hospital ou fabricante ligado à área, preservados os aspectos éticos, através de consulta à Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista;
§ 3° - Os hospitais e seus médicos deverão preencher o formulário estabelecido no presente Artigo em 05 (cinco) vias, observando as instruções de preenchimento estabelecidas no Anexo IV e a tabela de códigos de opção constante no Anexo III;
§ 40 - Uma vez preenchido o formulário, suas vias terão a seguinte destinação:
a - 1° Via - deverá ser enviada em papel e em meio magnético, cm lotes mensais, à Secretaria Executiva de Procedimentos de Alta Complexidade cm Cardiologia - Conselho Diretor, situada à Av. Dr Enéas de Carvalho Aguiar, 44, térreo (SAIvIE), Bairro Cerqueira César - São Paulo/SP - CEP 05403-900;
b - 2° Via - deverá ser enviada ao fornecedor do produto;
c - 3° Via - deverá ser enviada à Secretaria Estadual de Saúde, do Distrito Federal ou Secretaria Municipal de Saúde (nos municípios em Gestão Plena do Sistema Municipal), de onde houver sido realizado o implante;
d - 4° Via - deverá ser enviada à Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI - Rua Beira Rio 45, 7° andar, Conjunto 71 - 04548-050 - São Paulo-SP.'
e - 5° Via - deverá ficar arquivada no prontuário do paciente.
§ 5° - O preenchimento e envio dos formulários de acordo com a presente norma 'é obrigatório para todos os implantes a partir da publicação desta Portaria;
§ 6° - O envio dos formulários, de acordo com o estabelecido no Parágrafo 4°, deverá ocorrer no mêà imediatamente posterior ao da realização do implante, sendo que o não cumprimento das normas ora estabelecidas pelos hospitais participantes do Sistema de Alta Complexidade em Cardiologia implicará no seu deseadastramento.
Art.30 Estabelecer que a entrega de cada prótse ao hospital, pelos fornecedores de próteses de suste ntação intraluminal arterial (stent), cujos produtos devem ser registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVS, deverá ser feita com a apresentação de 05 (cinco vias) do formulário "Registro Brasileiro de Prótese de Sustentação Intraluminal Arterial".
Art. 4° - Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
ANEXO 1
DIRETRIZES PARA O IMPLANTE DE PRÓTESE DE SUSTENTAÇÃO INTRALUMINAL ARTERIAL (STENI)
A angioplastia transluminal coronária com o balão (ATC) ganhou ampla aceitação em todo o mundo, desde a sua introdução por Andreas Gruentzig, em Zurique, em 1977. Atualmente, cerca de 1.300.000 pacientes/ano são tratados pelas técnicas percutâneas: 'balão, aterectomias, laser e stents. Estes procedimentos representam, na fase atual do tratamento da doença arterial coronária aterosclerótica, 50% do total de revãscularizações miocárdicas, em todo o mundo.
No Brasil, a primeira ATC com o balão 'foi realizada em 1979, dois anos após a contribuição. original de Grucntzig. Nos anos subsequentes, o avanço desta técnica no país foi crescente e, em meados dos anos 80, vários centros já haviam acumulado experiência de mais de 600 casos. No início dós anos 90, a ATC com o balão experimentou um impulso adicional, com importante aumento do número de procedimentos/ano.
Em 1991, a Sociedade Brasileira de Hemodinêmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) criou um registro nacional (Registro CENIC), para reunir os procedimentos de intervenção coronária percutânea, realizados no país. Os dados da CENTC referentes aos biênios 1992-93 e 1996-97 foram analisados e publicados, verificando-se expressivo aumento no número de casos tratados: de 16.429 (em 1992-93) para 22,025 (em 1996-97). Observou-se também, nesta análise, que, a despeito da maior complexidade das indicações, o sucesso do procedimento cresceu (de 89,70% para 92,82%) e as complicações maiores baixaram: infarto agudo do miocárdio de 2,5% para 1,2% e óbito de 1,8% para 1,4%.
Esta melhoria dos resultados da Cardiologia Intervencionista Brasileira foi interpretada (à semelhança-do ocorrido em outros países) como devida à incorporação das novas tecnologias (aterectomias,laser e endopróteses), cora ênfase no uso dos stents.
Não há dúvida que o emprego crescente da prótese de sustenção intralunuinal, hoje usada em 60-70% dos procedimentos percutâneos, constitui-se no maior avanço da Cardiologia Intervencionista, otimizando não só os resultados imediatos, mas também os tardios, com redução da restenose e das reintervenções na evolução, segundo os dados dos estudos randomizados BENESTENT- 1 e II e STRESS-I e H.
O Ministério da Saúde, em estreita cooperação com a Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, publica as presentes Diretrizes para o Implante de Prótese de Sustentação Intraluminal Arterial - Stent, cuja formulação está baseada na ampla experiência acumulada e em evidências científicas (estudos randomizados).
As indicações recomendadas são as seguintes:
INDICAÇÕES PARA O EMPREGO DOS STENTS NA CIRCULAÇÃO CORONÁRIA
As indicações para implante do stent são classificadas em:
Classe 1: Situações em que existe concordância geral para o uso da endoprótese. Ao lado de cada indicação classe 1 segue, entre parênteses, o estudo randomizado que lhe serve de fundamento, se houvpr.
Classe II: Situações em que freqüentemente há indicação para o implante do stent, mas não existe concordância geral quanto à sua necessidade absoluta de emprego. Nessas condições, o senso clínico, a experiência e a individualização de cada decisão poderão incluir ou excluir certo número de casos.
Classe IIl: Situações em que há concordância geral de que o implante não deve ser praticado.
Indicações Classe 1
A - Situações Eletivas
A.1 Pacientes com angina estável ou assintomáticos apresentando testes funcionais positivos, doença uniarterial, vaso-alvo na
tural ou ponte de safena ≥ 2,5mm, lesão primária ou restenótica ≥ 50%,
com extensão
≤ 30mm, com ou sem presença de cálcio ou
trômbo, em presença de músculo viável (BENESTENT 1 e
II,
STRESS I e II, REST, SAVED).
A.2 Pacientes com angina estável ou assintomáticos, com testes funcionais positivos e doença multiarterial, com lesões próprias para o implante de stents, em vasos naturais ou enxertos ≥ 3,0mm, lesões primárias ou reestenóticas ≥ 50%, extensão das lesões ≤ 20mm, em presença de músculo viável (revascularização anatômica completa) (ARTS).
B - Situações de Emergência
B.l Pacientes portadores de angina instável (recente começo, em repouso, progressiva, pós-infarto), com lesão-alvo em vaso natural ou ponte de aferia ≥ 2,5mm, lesão ≥ 50%, com ou sem trombo, com ou sem comprometimento do fluxo, extensão ≤ 20mm, independentemente das repercussões sobre a função ventricular esquerda. Nos casos com comprometimento multíarterial, o operador pode tratar a lesão culpada e as demais num só procedimento ou de forma estagiada, ou então somente a lesão-culpada, se as demais não forem adequadas para o implante de sterits (nesta circunstância, a revascularização poderá ser completada com cirurgia eletiva) (FRISC II).
B.2 - Pacientes em vigência de infarto agudo do miocárdio, nas primeiras 12h, com ou sem choque cardiogênico, sem o uso prévio de fibrinolíticos, vaso-culpado com lesão ≥ 50%, independentemente da qualidade do fluxo coronário (stent primário) (STENT PAMI, CADILLAC, SHOCK). Entre 12 e 24h de retardo, o stent, primário pode ser empregado se houver evidências de músculo viável (dor persistente, ST supra-desnivelado).
B.3 - Pacientes com infarto agudo do miocárdio, após o uso bem sucedido de fibrinolíticos, com lesão ≥ 50%, independentemente da qualidade do fluxo (o momento do emprego do stent fica - fase hospitalar ou até 30 dias pós-IAM - a critério clínico, baseado na evolução e na estabilidade heniodinâmica).
B.4 - Pacientes com infarto agudo do miocárdio, após insucesso do fibrinolítico, com retardo ≤ 24h, eia presença de sinais de músculo viável (persistência da dor e de alterações do segmento ST), com lesão≥ 50%, independentemente da qualidade do fluxo (stent de resgate) (RESCUE).
B.5 - Pacientes que apresentem risco de oclusão aguda do vaso-alvo ou oclusão aguda estabelecida, decorrentes de grave dano vascular, devido a manipulações com cateteres diagnósticos coronários (cinecoronariografia) ou pós-ação do balão, laser ou ateró tornos, com ou sem instabilidade clínica-hernodinârnica (STENT-BY. TASC 1 e II).
Indicações - Classe II
A - Situações Eletivas ou de Emergência
A.l - Lesões-alvo com extensão 30mm, em pacientes com doença uniarterial e vaso com diâmetro de referência 2,5mm.
A.2 - Lesões-alvo aorto-ostiais e não-aorto-ostiais (em leito natural ou enxertos venosos).
A.3 - Oclusão crônica, com período estimado de ocorrência ≤ 3 meses, com aspecto em funil e presença de músculo viável, dor anginosa persistente e/ou isquemia miocárdica detectável pelos testes funcionais, com ou sem circulação -colateral demonstrável angiograficamento.
A.4 - Lesão-alvo em vaso de diâmetro de referência < 2,5mm, irrigando importante massa miocárdica, com presença de is quemia demonstrável funcionalmente e/Ou de angina.
A.5 - Tronco de coronária esquerda não protegido por circulação colateral ou cirurgia de revascularização prévia, em pacientes com contra-indicação operatória, desde que haja, sistema de suporte cardio-circulatório (esta indicação passará a classe III caso não haja suporte cardio-circuiatório no laboratório de cateterismo -cardíaco).
A.6 - Pontes de safena degeneradas, com bom leito distal, cm qualquer período de evolução pós-operatória.
A.7 - Doença mu]tiartcdal em que não se possa promover revascularização anatômica completa, contudo as lesões-alvo que ir rigam os maiores territórios em risco possam ser tratadas com- stents (revascularização completa funcional).
Indicações Classe III
A - Situações Eletivas ou dé Emergência.
A.1 - Lesões difusas, em vaso-alvo <2,5mm, em um ou múltiplos territórios.
A.2 - Oclusões crônicas, com anatomia desfavorável, sem presença de músculo viável ou com evolução apreciada 3 inèses.
A.3 - Lesão-alvo em vaso derradeiro ≥ 2,5mm, de fácil acesso, adequada para o implante de stent, mas em hospitais que não disponham de sistema de suporte cardio-circulatóÈio (esta indicação passará à classe II, caso haja suporte- cardio-circulatório à disposição, no laboratório de cateterismo cardíaco).
ANEXO II
ANEXO III
REGISTRO BRASILEIRO DE PRÓTESE DE SUSTENTAÇÃO INTRALUMINAL ARTERIAL
TABELA DE CÓDIGOS PARA PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO
DADOS PESSOAIS DO PACIENTE
SEXO
M - Masculino
F - Feminino
RAÇA
B - Branca
N - Negra
M - Mestiça
A - Amarela
D.- Dado não definido
DADOS CLÍNICOS
Dados Clínicos Prévios
Fatores de Risco
01 - Diabetes (D)
02 - Hipercolesterolemia (C)
03 - Hipertensão arterial (H)
04 - Tabagismo (T)
05 - D+C
06 - D+H
07 - D+T
08 - C+H
09 - C+T
I0 - H+T
11 - D+C+H
12 - C+H+T
13 - H+T+D
14 - D+C+H+T
Infarto Prévio
1 - Na parede relacionada ao vaso a ser tratado
2 - Na parede não relacionada ao vaso-alvo
3 - Ausente
Cirurgia de Revasculaiização Miocárdica prévia
1 - Sim
2 - Não
Angioplastia prévia
1 - No vaso-alvo e na lesão-alvo
2 - No vaso-alvo mas não na lesão-alvo
3 - Em outro que hão o vaso-alvo
4 - Não
Indicação Clínica
Sintomas
01 - Assintomático
02 - Angina Estável (AE) - classe 1 da CCS
03 - AE - classe 2 da CCS
04 - AE - classe 3 da CCS
05 - AE - classe 4 da CCS
06 - Angina Instável (AI) de recente começo
07 - Arde repouso
08 - AI progressiva
09 - AI pós-infarto
10 - Infarto agudo do miocárdio (IAM), sem o uso prévio de fibrinolítico
11 - IAM com uso prévio de fibrinolítico
12 - Outros
Achados Eletrocardiográficos
1 - Normal
2 - Alterações isoladas da onda T
3 - Alterações isoladas do segmento ST (infra ou supradesnivelamento)
4 - Alterações eletrocardiográficas compatíveis com infarto agudo em evolução
5 - Hipertrofia ventricular -esquerda
6 -Bloqueio(s) atrioventricular(es)
7 - Bloqueio(s) fascicular(cs)
8 - Outros achados
9 - Informação não disponível.
Testes Funcionais
Teste ergométrico
1 - Negativo
2 - Positivo (alterações do segmento ST e/ou dor)
3 - Ineficaz
4 - Inconclüsivo
5 - Não disponível
Cintilografia com radioisótopos
1 - Normal
2 - Positiva (defeitos transitórios e/ou persis-tentes de captação)
3 - Não- disponível
Stress-ecocardiograma
1 - Normal
2 - Positivo (alterações provocadas segmentares e/ou global da contratação ventricular)
3 - Não disponível
Holter
1 - Negativo para isquemia (ausência de dor e/ou de alterações do segmento ST, durante a gravação)
2 - Positivo para isquemia ( dor e/ou alteração do segmento ST, durante a gravação)
3 - Não disponível
DADOS ANGIOGRÁFICOS
CATETERISMÓ CARDÍACO: Cinecoronariografia e Angiografia de Ventrículo Esquerdo - data do procedimento (dia, mês e ano com quatro algarismos)
N° de vasos acometidos
1 - Um vaso-uniarterial
2 - Dois vasos-biarterial
3 - Três vasos-triarterial
4 - Tronco de coronária esquerda
Vaso-alvo
01 - Coronária direita (CD), terço proximal
02 - CD, terço médio
03 - CD, terço distal (lesões no ramo descendente posterior ou ventricular posterior)
04 tronco de coronária esquerda
05 - Descendente anterior (DA), terço proximal (antes do 1° septal)
06 - DA, terço médio
07 - DA, terço distal
08 - 1ª Diagonal (Dg)
09 - Outras diagonais, que não a primeira
10 - Circunflexa (CX), terço proximal (antes do 1° Marginal)
11 - 1° Marginal (Mg)
12 - Outros marginais, que não o primeiro, incluindo o ramo AV após a 1ª Mg
13 - Ponte de safena (PSA0) para DA
14 - PSAo Dg1 (primeira diagonal)
15 - PSAo Dg2 (qualquer diagonal que não a primeira)
16.. PSAo CD (descendente posterior ou ventriculares posteriores)
17 -.PSAo Mgl (primeira marginal da circunflexa)
18 - PSAo Mg2 (qualquer marginal que não a primeira)
19 - Mamária para DA
20- Mamária para Dg
21 - Mamária para CD (ou DP)
22 - Mamária para Mg
23 - Outros enxertos arteriais para qualquer território
Tratamento prévio da lesão-alvo
1 - Lesão primária (não previamente tratada percutaneamente)
2 - Lesão reestenótica (previamente tratada percutaneaniente)
Função ventricular esquerda
1 - Normal
2 - Déficit discreto
3 - Déficit moderado
4 - Déficit grave
Etiologia Provável
1 - Aterosclerose
2 - Arterites ou aortites
3 -,Desconhecida
Condições do Implante do Stent
1 - Eletivo
2 - Emergência, devido a resultado subótimo de qualquer intervenção percutânca sem comprometimento do fluxo coronário (fluxo TIMI-3)
3 - Emergência, com fluxo TIMI-2
4 - Emergência, oclusão aguda (fluxo T.IMI 04)
INFORMAÇÕES SOBRE O IMPLANTE
Dados do Implante do Stent
Médico Responsável ( nome, por ,extenso, sem abreviaturas, assinatura e carimbo)
Hospital (nome por extenso, sem abreviaturas, e carimbo)
CNPJ (antigo CGC) do. Hospital- número completo (certificar-se de sua correção)
Data do implante - data do procedimento (dia, mês e anó com quatro algarismos)
Motivo principal para o implante
1 - Assintomático com teste (s) detector (es) de isquemia positivo (s)
2 - Angina estável com teste detector de isquemia positivo
3 - Angina instável com dór em repouso na última semana
4 - Angina instável sem dor em repouso, com teste (s) funcional (is). positivo (s)
5 - Infarto agudo do miocárdio nas primeiras 24 horas de evolução (implante primário)
6 - Infarto agudo do miocárdio, durante, a fase hospitalar, com ou sem o uso prévio de fibrinolíticos
7 - Infarto agudo do miocárdio, após alta hospitalar, dentro do primeiro mês de evolução, com ou sem o uso prévio de fibrinoliticos
Prótese de sustentação intraluminal arterial. Estas informações dizem respeito lis características do stent propriamente dito.
- Fabricante - nome do fabricante por extenso, eia letra de forma.
- Modelo - nome completo (Ex.: Multilink Duet, NIR Primo, Cross- fiex LC Plus etc.);
- Número da série - copiar o número, da série impreso no selo de identificação do produto
RESULTADOS
Dados Angiográficos de Avaliação do Implante - Lesão (ões) tratada(s) (Lesão-alvo)
Tipo
1 - A
2 - B1
3 - B2
4 - C
Cálcio
1 - Ausente
2 - Presente
Trombo
1 - Ausente
2 - Presente
Extensão
1 - < l0mm
2 - 10 < 20mm
3 - 20 < 30mm
4 - ≥ 30mm
Diâmetro de referência
1 - 2,0 - 2,5rnm
2 - 2,5 - 3,0mm
3 - 3,0 - 3,5mm
4 - 3,5 - 4,0mm
5 - 4,0mm
Diâmetro mínimo da luz pré-stent
1 - 0 - 0,5mm
2 - 0,5 - 1,0mm
3 - 1,0 - 1,5mm
4 - 1,5mm
Diâmetro mínimo da luz pós-stent
1 - 1,0 - 2,0mm
2 - 2,0 - 3,0mm
3 - 3,0 - 4,0mm
4 - 4,0mm
Grau da lesão pré-stent
1 - ≥ 50 - 70%
2 - 70 - 99%
3 - 100%
Grau da lesão pós-stent
1 - < 10%
2 - 10 - 30%
3 - 30%
Métodos Quantitativos de Monitorização do Implante Angiografia quantitativa
1 - Sim
2 - Não
Ultra-som
1 - Sim
2 - Não
Doppler-fow-wire
1 - Sim
2 - Não
Pressure-wire
1 - Sim
2 - Não
Farmacologia Adjunta Pós-Stent Aspirina
1 - Sim
2 - Não
Ticlopidina
1 - Sim
2 - Não
Clopidogrel
1 - Sim
2 - Não
Heparina não Fracionada
1 - Sim
2 - Não
Heparina de baixo peso molecular
1 - Sim
2 - Não
Antagonistas da GP llb-IIIa
1 - Sim
2 - Não
Resultados do Procedimento Sucesso
1 - Sim
2 - Não
Causas do Insucesso
1 - Não se aplica, pois houve sucesso
2 - O stent não ultrapassou a. lesão-alvo
3 - O stent ultrapassou, mas não dilatou a lesão-alvo
4 Oclúsão aguda (trombose da prótese)
Manejo do Insucesso
1 - Não se aplica, pois houve sucesso
2 - Redilatação com balão somente
3 - Redilatação com implante de novo stent
4 - Cirurgia de emergência
Complicações Maiores
1 - Não se aplica, pois houve sucesso
2 - Ipfarto agudo do miocárdio
3 - Óbito
MOTIVO PARA O FECHAMENTO DO ARQUIVO
1- Óbito ou complicação clínica grave, após introdução do stcnt na via de acesso arterial, sem liberação no local-alvo
2 - Perda do stent na circulação sistêmica
3 - Liberação inadvertida fora da lesão-alvo
ANEXO IV
REGISTRO BRASILEIRO DE PRÓTESE DE SUSTENTAÇÃO INTRALUMINAL ARTERIAL
INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO Dos FORMULÁRIOS
O Registro Brasileiro de Prótese de Sustentação Intraluminal Arterial tem por finalidade cadastrar todos os implantes percutâneos de stents coronários, formando um registro nacional destes procedimentos. Este banco de dados poderá ser accssado por qualquer profissional de saúde, hospital ou fabricante, ligado à área da Cardiologia. Intervencionista, preservados os aspectos éticos, por meio de consulta à Sociedade Brasileira de Hernodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCD.
Seu objetivo principal é formar uma base de dados sólida que permita aos órgão governamentais e à Sociedade Médica orientar os investimentos na área da Saúde. Além disto, deverá ter importância fundamental para o acompanhamento dos pagamentos dos hospitais, para a avaliação dos pacientes submetidos ao implante e validação da garantia dos produtos implantados.
Como as informações contidas no Registro Brasileiro de Prótese de Sustentação Intraluminal Arterial são digitadas e arquivadas de modo informatizado, é imprescindível que os formulários sejam préenchidos com letra de forma legível, assinados pelo médico e carimbados.
Os dados a serem cadastrados no Registro Brasileiro de Prótese de Sustentação Intraluminal Arterial foram separados em seis grupos: Dados Pessoais, Dados Clínicos, Dados Angiográfiëos, Informações sobre o Implante, Resultados e Fechamento do Arquivo. E fundamental que os formulários sejam preenchidos corretamente, de acordo com o prontuário hospitalar do paciente.
1 - DADOS PESSOAIS DO PACIENTE
Estes campos devem ser preenchidos com:
- Nome completo do paciente (sem abreviaturas ), em leva de .forma;
- Endereço onde o paciente reside (rua e complementos); - CEP (código de endereçamento postal, com oito dígitos), correspondente
ao endereço de residência do paciente;
- Cidade onde o paciènte reside; - U.F. (Estado onde o paciente reside);
- Telefone do paciente (os 05 campos iniciais, entre-parênteses, são para o DDD e os restantes são para o número do telefone do paciente). Exemplo: telefone de São Paulo: 5085-4259 deverá ser preenchido como se segue:
- Sexo do paciente (vide tabela de códigos do. formulário);
- Raça (vide tabela de códigos do formulário);
- Data de nascimento do paciente (dia, mês e ano com quatro algarismos)
II - DADOS CLINICOS
Este grupo de informações concentra-se, especificamente, nos dados clínicos prévios relevantes (incluindo os fatores de risco para doença coronária), na indicação clínica para o implante de stent (sintomas e dados eletrocardiográficos) e nos dados funcionais, que consubstanciam a indicação clínica (resultados dos testes- detectores de isquemia). Ainda que o procedimento cadastrado seja -referente a uma reintervenção, preencha estes campos com os dados que permitiram a indicação da repetição do procedimento.
Embora duas ou mais opções possam definir o problema clínico atual do paciente, apenas uma (a que melhor caracterizar o problema) deve ser a- escolhida e seu código correspondente é o que deverá figurar no formulário
II.1 Dados clínicos prévios. Estes campos correspondem a informações relativas a condições prévias, que tenham influência na evolução da doença e/ou do procedimento executado.
- Fatores de risco - condições comprovadamente relacionadas ao aparecimento e evolução da doença coronária. Optou-se pelos quatro de maior influência ou maior relevância: diabetes (D), hiperçolesterolemnia (C), hipertensão arterial (H) e tabagismo (T). Vide tabela de códigos do formulário, na qual há opções para fatores que apareçam isoladamente ou em combinações.
- Infarto prévio - relaciona-se a infarto agudo do miocárdio, com ou sem onda Q, que tenha ocorrido > 30 dias da intervenção atual. Vide tabela de códigos do formulário, em que há as três opções possíveis.
- Cirurgia prévia –
relaciona-se à cirurgia de revascularização miocárdica, que tenha ocorrido em
qualquer momento antes da intervenção atual, independentemente das variantes
quanto à técnica, à presença ou não de circulação extracorpórea, aos tipos de
enxertos empregados ou à execução de revascularização transmiocárdica.
- Angioplastia prévia – refere-se a qualquer intervenção coronária percutânea prévia, que tenha ocorrido em um período de internação hospitalar distinto do atual, em qualquer vaso que supra o miocárdio. Vide tabela de códigos do formulário, para a escolha das opções.
- Stress – ecocardiograma - a opção 1 refere-se à resposta normal da contração ventricular frente ao stress. A presença de anormalidades segmentar ou global significará a escolha da opção 2. Se não se dispuser deste exame, escolher a opção 3.
- vaso-alvo. Escolher a opção de acordo com o vaso tratado e o local da lesão-alvo. As opções de 01 a 03 referem-se à CD, com a lesão-alvo situada, respectivamente, nos terços proximal, médio e distal. A opção 04 é relativa à lesão em qualquer porção do TCE. De 05 a 07 serão as lesões de DA, respectivamente nos terços proximal, médio e distal. Dependendo da posição anatômica dos ramos diagonais (Dg), optar-se-á pelo item 08, para a primeira Dg, e 09 para qualquer das demais. O item 10 refere-se à lesão-alvo no terço proximal da CX, antes do ramo 1º marginal (Mg). Se a lesão localizar-se neste ramo, a opção será 11; para os demais Mg, quaisquer que sejam eles, incluindo o ramo AV, a opção será 12. As opções de 13 a 18 referem-se a pontes de safena como vaso-alvo; as diferentes opções dependem do local da anastomose distal. O mesmo ocorre quando o vaso-alvo for a mamária (independentemente de tratar-se da direita ou da esquerda e de enxerto livre ou não); as opções serão de 19 a 22 também na dependência do local da anastomose mamária-coronária. Se o vaso de interesse for outro, que não os mencionados acima, assinalar a opção 23.
- etiologia. Tendo como base
os achados clínicos e angiográficos, pode-se inferir a etiologia provável. A
opção 1 refere-se ao processo provavelmente aterosclerótico; a 2, a situações
inflamatórias/infecciosas, que genericamente foram denominadas de
arterites/aortites; a opção 3, para os casos em que não se trate,
provavelmente, das situações anteriores.
- condição do implante do stent. As opções possíveis são de 1 a 4. Ler com atenção as respectivas definições de eletividade ou de emergência, na tabela de códigos do formulário, antes de assinalar a opção correta.
IV.2 Prótese de sustentação
intraluminal arterial. Estas informações dizem respeito às características do
stent propriamente dito.
- Fabricante - nome do fabricante por extenso, em letra de forma.
- Número da série - copiar o número da série impresso no selo de identificação do produto;
- O sucesso (opção 1) é
caracterizado pela presença de lesão residual inferior a 30% e pela ausência de
complicações maiores, a saber: cirurgia de emergência, infarto do miocárdio e
óbito.
- Causas de insucesso - se o paciente tiver apresentado sucesso, opte pelo item 1 (não se aplica). Ler com atenção os itens de 2 a 4, na tabela de códigos do formulário, que caracterizam todas as causas de insucesso, antes de assinalar a opção correta
Este campo deverá ser
preenchido apenas nas situações nas quais o paciente deixe de receber a prótese
no local-alvo, o que pode ocorrer em três circunstâncias: opção 1: óbito ou
complicação clínica grave (edema agudo de pulmão, acidente vascular cerebral
etc..), após o médico ter introduzido o stent na via de acesso arterial, sem
ter tido a oportunidade de liberá-lo à altura da lesão, devido ao evento
súbito. Opção 2: nos casos em que ocorrer impossibilidade técnica de avanço do
stent no interior da coronária, até a lesão-alvo e, na tentativa de resgate, o
stent despreender-se do cateter-balão, perdendo-se na circulação sistêmica.
Opção 3: liberação inadvertida fora da lesão-alvo.
(Of. El. n2 1.563199)