DEPRESSÃO
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LIMA, Ana Flavia Barros da Silva; FLECK, Marcelo Pio de Almeida. Qualidade de vida e depressão: uma revisão da literatura. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, v. 31, n. 3, supl., 2009. Disponível em Scielo
Os sintomas depressivos são altamente prevalentes, principalmente em serviços de cuidados primários, provocando sérios prejuízos nos sujeitos que não são submetidos a tratamento. O objetivo deste estudo foi o de revisar o impacto da associação entre depressão maior e qualidade de vida. Foram revisados os artigos publicados entre 1990 e 2007, utilizando as palavras-chave “qualidade de vida”, “depressão”, “sintomas depressivos”, “serviços de cuidados primários”, “bem-estar e felicidade” e “preditores de remissão”. A presença de sintomas depressivos afeta todas as dimensões da qualidade de vida e, conforme a gravidade desses sintomas, o seu impacto na qualidade de vida pode ser maior do que o de outras doenças crônicas. Os resultados sugerem que a presença de sintomas depressivos exerce um importante impacto na qualidade de vida dos sujeitos, não se restringindo apenas às características clínicas do transtorno. Entretanto, ainda existe uma carência de modelos teóricos, assim como de estudos longitudinais, que possam estabelecer de forma mais clara qual é a real relação entre depressão e qualidade de vida. Provavelmente, através do entendimento de medidas subjetivas e objetivas de recuperação dos sujeitos com sintomas depressivos, poderão se buscar intervenções mais eficazes e que provoquem melhorias no funcionamento global dessa população. Sendo assim, a avaliação da qualidade de vida aparece como um desfecho relevante, pois pela sua multidimensionalidade é potencialmente capaz de detectar a magnitude e a abrangência do comprometimento que a depressão impõe.
OBESIDADE INFANTIL
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POETA, Lisiane Schilling; DUARTE, Maria de Fátima da Silva; GIULIANO, Isabela de Carlos Back. Qualidade de vida relacionada à saúde de crianças obesas. Revista da Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 56, n. 2, p. 168-172, 2010. Disponível em Scielo
OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde de crianças obesas. MÉTODOS: A pesquisa é do tipo descritiva e de corte transversal. A amostra foi composta por 131 crianças com idades entre 8 e 12 anos, sendo 50 crianças obesas (grupo de estudo) e 81 eutróficas (grupo controle). Todas as crianças participaram da avaliação antropométrica (massa corporal e estatura) para verificação do Índice de Massa Corporal, utilizando os critérios do NCHS-CDC para caracterização do estado nutricional. Para a avaliação da qualidade de vida foi utilizado o questionário PedsQL – versão genérica para crianças, validado para a população brasileira. Foi utilizada a estatística descritiva, o Teste U de Mann Whitney e o teste t de Student não pareado, com nível de significância p < 0,05. RESULTADOS: O grupo de crianças obesas apresentou qualidade de vida inferior em todos os quatro domínios em relação às crianças eutróficas, com diferença significante nos domínios físico, emocional, social, psicossocial e na qualidade de vida geral. De um total de 100 pontos, a mediana da qualidade de vida geral das crianças obesas foi 69,9 enquanto que das eutróficas foi 82,2. CONCLUSÃO: Na nossa amostra, as crianças obesas apresentaram pior qualidade de vida relacionada à saúde quando comparadas às crianças eutróficas, o que sugere ser um aspecto relevante no planejamento de ações para o controle desta doença.