SEPSE


MORTALIDADE; CRIANÇA; UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA

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GARCIA, Pedro Celiny Ramos; TONIAL, Cristian Tedesco; PIVA, Jefferson Pedro. Choque séptico em pediatria: o estado da arte. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, Porto Alegre, v. 96, supl. 1, p. 87-98, mar./abr. 2020. Disponível em Scielo

Objetivo: Revisar os principais aspectos da definição, diagnóstico e manejo do paciente pediátrico com sepse e choque séptico. Fontes de dados: Uma pesquisa nas plataformas de dados Medline e Embase foi feita. Os artigos foram escolhidos segundo interesse dos autores, priorizaram-se as publicações dos últimos 5 anos. Síntese dos dados: A sepse continua a ser uma causa importante de mortalidade em pacientes pediátricos. A variabilidade de apresentação clínica dificulta uma definição precisa em pediatria. A estabilização da via aérea com adequada oxigenação, e ventilação se necessário, ressuscitação volêmica inicial, administração de antibióticos e suporte cardiovascular são a base do tratamento da sepse. Em cenários de poucos recursos, deve-se atentar para os riscos de sobrecarga hídrica na administração de fluidos. A administração de drogas vasoativas, como adrenalina ou noradrenalina, se faz necessária na ausência da resposta ao volume na primeira hora. O seguimento do tratamento do choque deve seguir alvos como restauração dos sinais vitais e clínicos de choque e controle do foco de infecção. Recomenda-se a avaliação multimodal, com auxílio da ecografia à beira-leito para manejo após as primeiras horas. No choque refratário, deve-se atentar para situações como tamponamento cardíaco, hipotireoidismo, insuficiência adrenal, catástrofe abdominal e foco de infecção não controlado. Conclusões: Implantação de protocolos e avançadas tecnologias propiciou uma redução da mortalidade da sepse. Em cenários de poucos recursos, as boas práticas, como reconhecimento precoce da sepse, administração de antibióticos e cuidadosa infusão de fluidos, são os pilares do manejo da sepse.