A Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal é uma data comemorativa instituída pela Lei nº 13.230/2015 com os objetivos principais de:
– estimular ações preventivas e campanhas educativas relacionadas ao câncer bucal;
– promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de atenção integral aos portadores de câncer bucal;
– apoiar as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em prol do controle do câncer bucal;
– difundir os avanços técnico-científicos relacionados ao câncer bucal.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa de novos casos é de 15.190, sendo 11.180 homens e 4.010 mulheres – 2020 e do número de mortes é de 6.192, sendo 4.767 homens e 1.425 mulheres – 2020, Atlas de Mortalidade por Câncer/Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).
O câncer da boca (também conhecido como câncer de lábio ou de cavidade oral) é um tumor maligno que afeta lábios, estruturas da boca, como gengivas, bochechas, céu da boca, língua (principalmente as bordas) e a região embaixo da língua.
É mais comum em homens acima dos 40 anos, sendo o quarto tumor mais frequente no sexo masculino, na região Sudeste. A maioria dos casos é diagnosticada em estágios avançados.
Nos casos mais avançados, observa-se:
– dificuldade de mastigar e de engolir;
– dificuldade na fala;
– sensação de que há algo preso na garganta;
– dificuldade para movimentar a língua.
Fatores que aumentam o risco do câncer de boca:
– exposição ao sol sem proteção representa risco importante para o câncer de lábios;
– excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer de boca;
– exposição a óleo de corte, amianto, poeira de madeira, poeira de couro, poeira de cimento, de cereais, têxtil e couro, amianto, formaldeído, sílica, fuligem de carvão, solventes orgânicos e agrotóxico, está associada ao desenvolvimento de câncer de boca;
– trabalhadores da agricultura e criação de animais, indústria têxtil, de couro, metalúrgica, borracha, construção civil, oficina mecânica, fundição, mineração de carvão, assim como profissionais cabeleireiros, carpinteiros, encanadores, instaladores de carpete, moldadores e modeladores de vidro, oleiros, açougueiros, barbeiros, mineiros, canteiros, pintores e mecânicos de automóveis, podem apresentar risco aumentado de desenvolver a doença;
– infecção pelo vírus HPV está relacionada a alguns casos de câncer de orofaringe;
– tabagismo: quem fuma cigarro ou utiliza outros produtos derivados do tabaco, como cigarro de palha, de Bali, de cravo ou kreteks, fumo de rolo, tabaco mascado, charutos, cachimbos e narguilé, entre outros, tem risco muito maior de desenvolver câncer de boca e de faringe do que não fumantes. Quanto maior o número de cigarros fumados, maior o risco de câncer.
Tratamento:
Na maioria das vezes o tratamento é cirúrgico, tanto para lesões menores, com cirurgias mais simples, como para tumores maiores. A cirurgia consiste na retirada da área afetada pelo tumor, associada à remoção dos linfonodos do pescoço e algum tipo de reconstrução, quando necessário.
Em lesões mais simples, muitas vezes é necessário apenas retirar a lesão, já em casos mais complexos, além do tratamento cirúrgico, é preciso realizar radioterapia para complementar o tratamento e obter melhor resultado curativo. Em todas as etapas do tratamento é importante a participação de vários profissionais de saúde, visando a prevenir complicações e sequelas.
Prevenção:
– não fumar;
– evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
– ter alimentação rica em frutas, verduras e legumes;
– manter boa higiene bucal;
– usar preservativo (camisinha) na prática do sexo oral;
– prestar atenção a mudanças na coloração ou no aspecto da boca.
Para o Sistema Conselhos (Conselho Federal de Odontologia), o maior desafio no combate ao câncer bucal é a desinformação sobre a doença. Por isso, a importância de intensificar a campanha da Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal.
Fontes:
Conselho Federal de Odontologia
Hospital do Policial Militar (Goiás)
Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Ministério da Saúde