03/6 – Dia Mundial do Pé Torto Congênito


 

Comemorado em 3 de junho, o Dia Mundial do Pé Torto Congênito, homenageia o aniversário do Dr. Ignacio Ponseti (1914-2009), desenvolvedor do Método Ponseti – considerado o padrão ouro no tratamento da anomalia. Ele acreditava que toda criança nascida com pé torto tinha direito ao tratamento usando sua abordagem não invasiva e de baixo custo, pois o método elimina a necessidade de cirurgias caras e dolorosas que eram a norma anteriormente.

O objetivo da data é aumentar a conscientização sobre essa deficiência e a terapia através do seu  método – um tratamento não cirúrgico, que inclui manipulação suave dos pés, seguido pela aplicação de moldes de gesso e órtese temporária.

 

O Pé Torto Congênito (PTC) é uma deformidade que envolve os ossos, músculos, tendões e, apesar de evidências apontarem para fatores genéticos, sua causa ainda é desconhecida.

Crianças que apresentam essa condição têm os pés encurvados para dentro, com pouca mobilidade nas articulações do pé e tornozelo.

O pé torto é a deformidade musculoesquelética de nascimento mais comum, afetando 200 mil recém-nascidos a cada ano, 80 por cento nos países em desenvolvimento. Há também centenas de milhares de crianças e adultos jovens que vivem com esta condição debilitante em todo o mundo.

Quanto mais cedo for feito o diagnóstico mais eficaz se torna o tratamento, que deve ser iniciado no primeiro mês de vida.

Sintomas do pé torto congênito:

Ao nascimento, observa-se que o pé se direciona para baixo e tem a parte da frente virada para dentro e para cima, apontando para a outra perna. Também é possível perceber que a parte de trás da perna (panturrilha ou batata da perna) é mais fina e o pé é um pouco menor. Apesar disso, o bebê não sente dor.

Quando não tratada, a deformidade provoca limitações para o paciente desde os primeiros anos de vida, além de ter grande impacto social e emocional para ele e para a sua família.

Tratamento:

Embora possa ser percebido por meio de exame de imagem realizado durante a gravidez, o tratamento deve ser iniciado nas primeiras semanas de vida da criança, por médico ortopedista especializado e treinado.

São feitas manobras específicas dos pés e a colocação de gesso. A cada semana o médico posiciona o pé de maneira diferente, em busca do caminho para a correção.

Após a retirada do último gesso, o pé já está corrigido e o tratamento prossegue com o uso de um par de sapatos de couro, abertos na frente, conectados por uma barra firme que mantém a posição do pé, permitindo o movimento dos joelhos e do quadril. Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma pequena cirurgia para alongar o tendão.

Os resultados são pés flexíveis, sem dor, com excelente aparência, que permitem o uso de sapatos convencionais e até a prática de esportes de alto rendimento por pacientes que nasceram com o problema.

 

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento, habilitação e reabilitação para pessoas com deficiência, incluindo-se os indivíduos com pé torto congênito, por meio dos Serviços Especializados em Reabilitação, como Centros Especializados em Reabilitação (CER), Serviços de Modalidade Única e Credenciados, onde se concentra a oferta desses serviços. Conheça os serviços habilitados pelo SUS em todo Território Nacional!

 

Fontes:

Associação Primeiro Passo
Clubfoot Solutions
Hospital Infantil Sabará (SP)
Hospital Israelita Albert Einstein: Blog Vida Saudável
Hospital Pequeno Príncipe (PR)
Ponseti International Association
Southern California Foot & Ankle Specialists