Conscientizar as pessoas sobre a importância da educação sanitária, despertar valores relacionados à saúde, cuja definição vai muito além da ausência de doenças, relacionando-se diretamente à presença de uma autêntica qualidade de vida no cotidiano da população, são os objetivos do Dia Nacional da Saúde, celebrado anualmente em 5 de agosto no Brasil.
Instituída pela Lei nº 5.352/1967, a data homenageia o médico e sanitarista Oswaldo Gonçalves Cruz. Nascido em 05/8/1872, foi responsável pelas principais campanhas sanitárias de combate e erradicação de epidemias que assolavam o país no começo do século XX, como a febre amarela, a varíola e a peste bubônica.
Fundou em 1900 o Instituto Soroterápico Federal, transformado em 1908 no Instituto Oswaldo Cruz. Especializou-se em bacteriologia no Instituto Pasteur, em Paris, que na época reunia grandes nomes da ciência. Foi nomeado Diretor Geral de Saúde Pública em 1903, cargo que corresponde atualmente ao de Ministro da Saúde.
Assim como seus grandes feitos, a morte chegou cedo para Oswaldo Cruz, que morreu aos 44 anos, em 1917, foi vítima de insuficiência renal, causada por uma nefrite, mesma doença que vitimou seu pai.
Para a diretora do Instituto Oswaldo Cruz, Tania Araújo-Jorge, o maior legado do sanitarista foi incluir a pesquisa como elemento fundamental na política de saúde pública. Ela lembra que, anos depois de assumir o Instituto Soroterápico Federal, o médico o transformou em um instituto de patologia experimental, dedicado à pesquisa médica voltada à saúde coletiva.
“A saúde pública tem um antes e um depois de Oswaldo Cruz. Sem pesquisa, você não consegue fazer um bom enfrentamento de qualquer desafio de saúde”, afirma ela. “Não só a gente do Instituto Oswaldo Cruz, mas todo pesquisador brasileiro se sente inspirado pela visão dele de que você tem que fazer formação, tem que fazer pesquisa e que isso tem que estar comprometido com a melhoria da saúde do povo brasileiro”.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1946, definiu saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como a ausência de doença ou enfermidade.
A percepção do conceito de qualidade de vida também tem muitos pontos em comum com a definição de saúde e, desse modo, percebe-se a necessidade de analisar o corpo, a mente e até mesmo o contexto social no qual o indivíduo está inserido para conceituar melhor o estado de saúde.
A partir dessa visão ampla, um conjunto de bons hábitos, quando combinados, contribuem para o menor risco de desenvolvimento de doenças, sejam elas físicas ou mentais.
Ser saudável depende de uma série de fatores físicos e mentais que devem fazer parte da rotina de todos, como uma boa alimentação, privilegiando alimentos frescos em detrimento de alimentos processados e ultra processados, ingestão suficiente de água, prática de atividades físicas, lazer e descanso.
Fontes:
Conselho Regional de Medicina do Estado do Paraná
Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA)
Ministério da Saúde
Prefeitura Municipal de Capistrano (CE)
Programa Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ)